quarta-feira, 5 de maio de 2010

Para Gostar de Ler - É preciso voar

De volta ao projeto, uma semana após o recesso - pois fomos prestigiar a FLIPIRI -, a manhã de sábado, 20 de março, foi como um recomeço. Explico usando o título desse post. Para gostar de ler é preciso, entre outras coisas, voar. E nesse desafio de conquistar novos leitores numa nova casa, é preciso inserir o livro aos poucos no meio de outras atividades que, para as crianças, são mais prazerosas. A gente aprende a voar a partir de brincadeiras de roda e oficinas de arte que sempre foram nosso forte no início do projeto, junto com a mediação de leitura. Dividíamos o tempo entre essas três coisas. Aos poucos as crianças foram pegando gosto pelo livro, foram pedindo para levar alguns para casa, se colocavam à disposiçào para uma leitura em grupo, etc. Nesse sábado retomamos essa ideia com uma simples folha de papel em branco.

Mas, antes do final, a turma participou com ouvidos atentos e olhares curiosos da mediação com os livros O PRESENTE DE ANIVERSÁRIO DO MARAJÁ (James Rumford), QUE BICHO SERÁ QUE FEZ O BURACO? (Angelo Machado, com ilustrações de Roger Mello) e O SHORT AMARELO DA RAPOSA (Maria Heloísa Penteado, com ilustrações de Igor Balbachevski). Esse último, arrancando expressões de incredulidade da meninada a cada bichão engolido pela raposa. Bem divertido ver essa "briga" entre a fantasia e a realidade.

Depois, folhas de papel e um pouco de conhecimento para criar aviões bem diferentes dos tradicionais. O Fernando (na foto abaixo) criou o seu avião - bem diferente do nosso - mas depois entrou na fábrica em série e foi divertido botar essa turma para voar.

Um, dois, três e JÁ!!! Não foi fácil produzir uma foto com os aviões no ar. Mas aqui está a melhorzinha. A turma da foto tem aparecido com mais frequencia e a gente já percebe uma melhor interação também na relação conosco.

Ainda dá um friozinho na barriga a cada sábado que a gente chega lá por não saber se a casa vai estar cheia ou não. Mas em dias como esse, a gente sente que o caminho, apesar de íngreme, levará a um lugar bom. Basta saber voar quando for preciso. Hatuna Matata!!!

Um comentário:

Maria Amália Camargo disse...

Hum, meus aviões nunca voam direito. Sempre batem o nariz no primeiro segundo de decolagem.
Bom saber que a criançada daí foi parar nas nuvens ouvindo a Ana Paula.
Saudades de vocês.
Beijos a todos,