Depois de São Paulo, parada obrigatória no Rio de Janeiro para conferir a Maratona de Contos: 24 horas de contação de histórias!!! Das 18h de sábado às 18h de domingo, no Espaço SESC (Copacabana). Entrada franca, só era preciso paciência para entrar. Depois de lotado o auditório, só entra um quando outro sai. Foi assim que, lá pela meia noite adentramos naquele Tetaro de Arena. Gente com travesseiros, outros ligados no café... olhos sempre atentos. Brasília estava lá: Miriam, Aldanei e Teresa. A Carleusa também estava, mas tinha saído na hora da foto acima. Nós, só bicando um lugar na platéia para apreciar um número incrível de contadores de histórias de várias partes do planeta. Alguns excelentes atores, outros, enfadonhos. Mas, nos interessava mais os contadores que usavam a palavra como principal instrumento, refletindo textos da literatura infantil, mesmo que encantasse também aos adultos.
Neste perfil, da meia noite de domingo até as quatro da manhã, o destaque foi Regina Machado. Autora dos livros O Violino Cigano e outros contos de mulheres sábias, A formiga aurélia e outros jeitos de ver o mundo e o genial Nasrudim, Regina encantou a todos com três histórias do tempo das mil e uma noites. Foi aplaudida de pé, as duas da manhã, sob pedidos de bis. Naquela madrugada, encontramos nossa querida Lenice Gomes (na foto abaixo) que, devido a um acidente impensável, não pode desfilar seu talento contando suas sacadas folclóricas. Passavam das quatro da manhã quando cruzamos as ruas iluminadas de Copacabana, exaustos, felizes. Um pouco de sono para dar espaço para os sonhos contarem novas histórias.
Onze da manhã... dormimos demais!!! Engolimos o café de uma vez e corremos para o SESC. Todo mundo lá. Aldanei só descansara 60 minutos. Devorou 23 horas de histórias. Tinha a força dos jovens apaixonados. Grande Alda. Mas eu queria falar de uma dupla genial, os mestres de cerimônia da maratona: os atores Álvaro Assad e Marcio Moura (integrantes do Centro Teatral e Etc e tal) dominaram a cena com entradas hilárias plenas de interação com o público. De pijamas, de toalhas, de mestres cuca... impecáveis na arte de entreter com inteligência.
O domingo carioca apresentava suas cores quentes, mas nós não víamos o tempo passar naquela arena. Principalmente quando fomos surpreendidos com a apresentação de Ana Luisa Lacombe. Numa homenagem à Sylvia Orthof, contou a trilogia da galinha: “Foi o ovo, uma ova”, “Galo, galo, não me calo” e “Mudanças no galinheiro mudam as coisas por inteiro”. As crianças tiveram crises de riso que contagiaram a todos. Lacombe mostrou que o bom contador, estuda sua história e encanta, mesmo respeitando o texto literário. Que show!!! De lambuja, contou "Se as coisas fossem mães". Após cada história, sempre apresentava o livro de origem.
Boa parte do Firimfimfoca (nosso espetáculo-surpresa que está quase saindo do ovo) estava presente naquela arena. Adoramos. Depois daquela apresentação, feita sob medida para nós, fãs de Sylvia Orthof (agora, fãs da contadora carioca radicada em São Paulo), não perdemos tempo: convidamos Ana Luisa Lacombe para uma canja em breve na Capital Federal. Assim, deixamos a maratona felizes e ansiosos para retornar em 2008 para a Cidade Maravilhosa que, mesmo no interior de um teatro arena nos presenteou com maravilhas.
Um comentário:
Essa parte do Simpósio eu não assisti!
Perdi,perdi, perdi!!!
Mas...ganhei o elogio de Regina Machado: "Quem disse que você não é uma contadora de histórias?"
Uma pergunta: vocês não visitam, nem comentam os "blogs amigos"?
Abraços.
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