sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pouco, às vezes, é muito.

Sábado passado, 10 de maio, véspera do dia das mães, a turma estava muito dispersa. Não foi um dia dos mais tranquilos. Talvez por estarem todos ansiosos para fazer os cartões e descobrir qual a surpresa que levariam como presente para suas mães. Talvez pela presença de um ou outro novo menino que trouxe uma eletricidade diferente. Mas a garotada estava ligada na tomada. Elétrica. Atenção mesmo só na primeira história, contada pela Hilariana. Ela escolheu o livro Ensinei meu gato a falar francês (Sérgio Vieira Brandão, ilustrado por , Paulinas). Depois, seguiram as leituras das crianças, mas não aconteceu com a atenção das semanas anteriores. Peguei uma história para ler. Não funcionou. Estavam dispersos mesmo.
Calma e concentração para a hora de cada um fazer um cartão para a mãe. Nossos meninos e meninas encontram na figura da mãe toda a força para seguir em frente. Muitas trabalham, não têm marido, mas, com todas as dificuldades, conseguem oferecer um mínimo de carinho para seus filhos. Pouco, às vezes, é muito diante de tanta adversidade. Por isso acredito que a vontade de oferecer algo para as mães trouxe uma carga de realidade que a fantasia dos nossos livros não conseguiu romper.
Conseguimos a doação de livros para que cada criança levasse de presentepara sua mãe histórias de mulheres vencedoras. Num embrulho simples, reencontramos o sorriso sincero e o orgulho de todos em voltar para casa com este mimo. Agora, sim, com o presente na mão, de volta ao projeto, era a hora de escolher os livros para empréstimo.
Sentada na relva (pense!!!) a Edna finalizou os trabalhos daquela manhã, anotando os livros que cada criança escolheu. Enquanto aguardam a sua vez na fila, uns lêem, outros trocam informações sobre suas escolhas, e outros ainda só esperam a hora de ir para casa.

Hatuna Matata!!!

Um comentário:

Lígia Pin disse...

Criança, como diz aquele outro ditado, "é tudo igual, só muda o endereço". Qualquer palavra, acontecimento ou expectativa diferente dispersa toda a atenção e consegue tirar dos eixos nossos planos e quebrar a rotina. Eu vejo isso diariamente com os alunos - é preciso cuidado com os "recados" (se eu falo que vamos fazer uma atividade em grupos... não consigo mais explicar nada, nem o conceito do trabalho porque eles só se preocupam em saber quem será o grupo. Então, é preciso fazer o caminho inverso. Primeiro explicar a tarefa e só depois avisar que podem escolher companheiros pro grupo. Eu imagino que, fazer o cartão para as mães tenha sido uma ansiedade e tanto. Não sabemos, muitos talvez alguns só tiveram isso para presentear a mãe, não é mesmo? E receber o pacotinho do livro deve mesmo ter sido uma emoção. Que bonito, adoro ver como essas coisas funcionam.
Beijão pra vcs!