Sábado passado, 03 de maio, o dia se fez belo e construiu uma sombra generosa para que o projeto acontecesse mais uma vez ao ar livre. Teoricamente, isso acontece porque ainda estamos em processo de ajustes na "sala da fantasia". Na prática, adoramos o improviso. Mesmo. Recebemos a visita do Evanilton, irmão da Edna, que deu uma passadinha para conhecer a turma. Presentes ainda a Hilariana, o Célio, Ana Paula, as crianças e eu.
Começamos as atividades com a Ana Paula lendo O rei que virou vaca, texto de Ricardo Azevedo que finalmente ganhou as páginas de um livro. Está no novíssimo Papagaio come milho, periquito leva a fama! (moderna), um livro repleto de histórias divertidas, quadras e adivinhas. A turma ficou curiosa para saber que fim teria aquela trama sobre um rei que acordou achando que era vaca e queria que seu corpo fosse fatiado e distribuído entre o povo.
Depois eu contei O Diabinho Bom, um conto mais longo, porém contagiante, escrito por Pierre Gripari, no ótimo livro Contos da Rua Brocá. É a história de um diabinho que na escola lá no inferno fazia tudo o que não devia. Ou seja, sabia a lição, fazia o dever, estudava história, geografia... ah, e não fazia guerra de papel na classe! Uma vergonha para a família. O pai, o diabo, ficava zangado com a falta de traquinagem do filho. Um dia, o pequeno encontrou um padre e pediu um conselho. Queria ser bom. O religioso disse: - É simples: obedeça aos seus pais!!! Risos à sombra da árvore.
O Livro das Árvores, que havia feito um sucesso danado há duas semanas, foi pinçado do baú por uma das crianças. A Edna, então, leu sobre o Mapinguari. Mais uma vez, todo mundo de olho. Depois, a sombra resolveu acolher as leituras das crianças. Mas isso eu conto no próximo post.
Um comentário:
Que legal!
Fiz duas semanas só de literatura indígena para atender a todas as turmas da escola. Daniel Munduruku foi o preferido, mas gostaram muito do Mapinguari do Livro das Árvores.
Abraços.
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