quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Lata vazia é a que faz mais barulho...

Há 10 anos, o 5 de dezembro pasou a ser uma data muito importante para mim: é o aniversário do meu filho Pedro. Normalmente nos encontramos em Fortaleza, como fizemos neste ano. Os dias que antecedem são cercados da vontade de acertar no presente. E o brinquedo sempre chega acompanhado de um livro. Pedro Tino adora ver o tempo passar na fantasia de uma boa leitura. Geramente demoro a escolher um livro para ele. Este ano a escolha foi rápida e certeira: O LIVRO PEDRIGOSO PARA GAROTOS (Con e Hal Iggulden, tradução de Maria Beatriz de Medina, publicado pelo selo Galera, da editora Record).
Me apaixonei pelo livro desde o primeiro contato. Me lembrou o exemplar do Manual do Escoteiro Mirim de capa azul e cadeado - em volume único - que eu tinha quando na flor dos meus 10 anos. Me encantou desde o título. Logo nas primeiras páginas fala sobre canivetes e caixas de fósforos. Depois, ensina a fazer estilingue (baladeira) e arco e flecha. Pedro avançou o olhar curioso nas páginas do livro. Ficou ali uns bons minutos. Gostou do presente.
O livro surpreende pelo conteúdo. De forma sutil e inteligente convida o leitor a abandonar o controle remoto da TV e o Joystick do videogame. Mistura a fórmula para escrever com tinta invisível e dicas sobre gramática, geografia e história. Ah, tem ainda turbinados aviões de papel, ensina como fazer uma pilha, um carrinho de rolimã e outras coisas que vão mexer com a curiosidade das crianças. Acho que você também vai gostar.
Os autores são dois irmãos ingleses com pouco mais de 30 anos. Por isso, acho improvável que els tenham indicado os livros do Pedro Bandeira como o segundo ítem da seção LIVROS QUE TODO GAROTO DEVERIA LER. Certamente, a tradutora interferiu na obra, dando ares tupiniquins a algumas seções. Na maioria das vezes, acerta na medida. Apresenta frases de Machado de Assis, convida para uma leitura de um trecho de Os Sertões (Euclides de Cunha) e cita Amyr Klink como um dos grandes aventureiros. O livro fala ainda sobre piratas, jogos e outras curiosidades que fazem a imaginação do leitor dar pulos de alegrias.
Nesta manhã do dia 05 de dezembro, eu e meu filho, deitados na rede, nos entregamos as delícias ofertadas pelos irmãos Iggulden. Logo no início, pausa para falarmos sobre a expressão Lata vazia faz mais barulho que consta na carta de introdução ao livro. Depois, seguimos enchendo nossa lata com nós, longitudes, dinossauros e silêncios. O único som que nos embalou foi o canto de um bem-te-vi que pousou curioso na varanda. Ah, vez em quando o armador rangia na parede e eu esticava o sorriso por sobre os cabelos de Pedro. A vida é boa!!! Hatuna Matata.

Um comentário:

Anônimo disse...

ô meu deus... agora também quero esse livro...
;o)