sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Fnac Brasília - 06 de outubro 2007
... entrou nossa convidada especial daquela tarde: Ana Terra. E desfilou talento, poses, caras e bocas contando a história de Zé Burraldo do ótimo livro Histórias de Bobos, Bocós, Burraldos e Paspalhões, de Ricardo Azevedo...
... finalizamos juntos cantando com os pais, avós e crianças. A canção? Ah... um tema universal que já vem no DNA do brasileiro: Felicidade, de Lupiscínio Rodrigues, conterrâneo da gaúcha Ana Terra. Pausa para água, livros e então...
... chegou Ivan Zigg com seu figurino impecável arrancando olhares curiosos em saber o conteúdo da sua maleta (a segurança da Fnac também quis saber... hehehe). Risos, muitos risos e, antes de dizer uma palavra, Ivan já tinha todos na palma da mão!!! Impressionante. A performance De A a Zigg mostrou não só o talento do ilustrador - que já conhecíamos - mas apresentou um Ivan contador de histórias, compositor e dançarino (hehehe) de mão cheia...
Ao final, a hipersupermegaaultra contagiante canção da caveira que pôs todo mundo de pé, dançando ao som da canção de Zigg, que ainda teve fôlego para uma seção de desenhos autografados... UFA!!! Ufa? Não, UFA foi só no dia seguinte, mas eu conto no próximo post.
P.S. A canção da caveira e outras criações bem bacanas estão no CD que Ivan Zigg está produzindo e que os Roedores de Livros ouviram de primeira mão. Úm trabalho gostoso de ouvir. Nota 10. Aguardem que em breve chegará para todos!!!
Impressões ZiggAnas Roedoras...
Naquela manhã, durante o café da manhã, sorrisos pela conquista e espectativa para um passeio inesquecível a Pirenópolis (GO) onde Tino, Ana Terra e Ivan recarregariam as baterias para os dias seguintes. Eu não pude ir mas, pelo que soube, a viagem foi rápida e rica em ótimas sensações.
Abaixo, um recorte do texto que fala sobre a apresentação Direto da estante pro alto falante zás trás num instante tem gosto de bombom em que a Juliana e o Tino desfilam histórias, canções e alegrias. Para ler as reportagens é só clicar nas imagens que elas aparecem num tamanho maior, legível.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
A rua está do lado errado...
Eu ADORO tangerinas. Desde pequenininha quando vim morar aqui tinha uma época do ano em que Seu Humberto (que morava em frente de casa) trazia baldes com tangerinas colhidas do pé que ficava no terreno da sua casa. Antes, eu namorava a florada branca, espiava os frutos verdes ganharem seu colorido e enchia os olhos de desejo. A boca guardava uma vontade que explodia num sorriso quando Seu Humberto chegava com suas tangerinas. Confesso que eu gostava de sentir no nariz o aroma e os respingos das cascas furadas por meus dedos ávidos por seus gomos. Ah, era uma farra deliciosa. O tempo testemunhou minha infância e adolescência e as visitas de Seu Humberto e suas tangerinas.
Nossa rua é formada por gente mais velha, que chegou aqui no início da construção de Brasília. Amigos de meu pai viram seus filhos crescerem brincando conosco. Uma rua solidária, como poucas em grandes capitais. Vez em quando alguém mais idoso diz adeus e parte para o lado misterioso da vida. Foi assim com Seu Humberto há uns dois anos. Ele já era viúvo. Na casa, ficou a saudade, o pé de tangerina e o Beto, amigo da minha meninnice, que herdou do pai a generosidade de deixar a cada safra um balde repleto da fruta para mim e os daqui. Foi assim por pouco tempo. Ao retornar de uma viagem de uma semana, descobri que o Beto vendera a casa e se mudara para um apartamento. Começaram a derrubar a antiga construção e a levantar uma nova. A rua se mobilizou. Queriam saber se o novo proprietário manteria vivo o pé de tangerina. Pelo jeito, não era só eu a apreciar os frutos. Cresceram os rumores de que a árvore mais antiga da rua sobreviveria àquela construção que brotava vertiginosamente em frente da minha casa. No fundo, ficava em mim o consolo de, se não iria mais provar os frutos, pelo menos namoraria as flores e as tangerinas com meu olhar guloso. Não foi bem assim. Num fim de tarde primaveril em que os Flamboyants coloriam Brasília com seus vermelhos e laranjas meu pé de tangerina de estimação foi arrancado. Suas raízes ganharam o solo da minha memória onde buscam nutrientes no meu olhar saudoso. Para fugir da tristeza entrei no mundo de saudades e sentimentos d'A CASA DOS BENJAMINS (Socorro Acioli, ilustrações de Daniel Diaz, Caramelo). O livro tem como personagens uma menina curiosa, uma casa amarelada pelo tempo e quatro benjamins (fícus benjamim). Não havia muro. Entre a rua e a casa, só as quatro frondosas árvores, guardiãs daquele lar. A menina quer conhecer a história daquele misterioso lugar. Compartilha com sua professora os medos, os sonhos. Ganha coragem e a companhia de uma velhinha simpática que a convida para conhecer os segredos da casa. Viaja no tempo.
Conhece um lugar repleto de árvores e peixes. Antigos personagens daquele mesmo lugar. Além da casa, a menina só reconheceu os Benjamins. Descobriu que a velhinha ao seu lado era a escritora Rachel de Queiroz. Conheceu a história por trás do mistério. “Quem deixa livros no mundo não morre nunca” diria Raquel. Mas a frase que eu guardei no coração foi a resposta para o motivo dos Benjamins no meio da rua: “Porque as árvores vieram primeiro, a rua é que está no lugar errado”. Ao fim do encanto com a visita e suas descobertas, a menina descobre que “tudo estava como antes. As casas com grades e muros. As árvores dentro das casas. As ruas asfaltadas e sem árvores. Os quintais sem açude, sem pomares, sem espaço para o vento passar”.
O livro é inspirado num espaço real. Uma casa em Fortaleza onde Rachel de Queiroz escreveuseu romance de estréia, O Quinze. As belas ilustrações de Daniel conversam com um fundo fotográfico e com as folhas dos benjamins de que fala a história. Dão ainda mais beleza às palavras de Socorro. Flagram a cumplicidade que os dois carregam. Ilustrador e escritora são, antes de tudo, amigos. Daqui de longe fico amiga dos dois por dividirem comigo esta história repleta de sentimentos. Fim do livro e eu também desencantei e dei de cara com a realidade. Minha rua parecia aquela com grades e muros. Agora, sem pé de tangerina. Alguma coisa me diz que a rua está do lado errado.
P.S. A primeira foto é o registro daquele entardecer sem o pé de tangerina. Depois, capa do livro da Socorro Acioli e detalhe de uma ilustração do miolo. Daniel Diaz é clicado numa performance ao vivo no Salão do Livro Infantil da FNLIJ e, por fim, Socorro e eu num momento de descontração em terras cariocas.
sábado, 20 de outubro de 2007
Pequena observação sobre o Dia Mundial do Poeta.
No Planeta Poesia,
quando um fala "Bom dia",
o outro diz "Como vai a tua tia"
Todo mundo é poeta,
do mais sábio
ao mais pateta.
Um simples "Boa tarde"
é seguido de "covarde",
"alarde", "arde".
E é isso o dia inteiro,
e é assim todo dia.
Só de pensar, me dá azia.
P.S. Conversando com a Ana Terra sobre literatura infantil, fiquei sabendo que este livro foi publicado antes pela Editora Projeto na coleção Rimas Tiras, com ilustrações do Gauzzelli. Essa coleção é genial. Tem outros títulos divertidos como Boneco Maluco, de Elias José.
Nosso parabéns a tantos poetas que plantam maravilhas para colhermos poesia. Viva a poesia todos os dias. Hatuna Matata.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
- Que bagunça é essa?
Depois do lanche, tinha mais. Aldanei apresentou O Saco, história clássica de um livro do Ivan Zigg em parceria com Marcello Araújo. Nosso ilustre visitante adorou a surpresa e posou para o clique abaixo ao lado dos objetos que Aldanei utilizou na contação.
Nossos meninos e meninas gostaram das histórias. Na oficina de artes, fizemos barangandão (sempre um sucesso). Depois todos foram para casa brincando e com um livro emprestado. E foi assim.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Furando sombras, descobrindo labirintos...
Enquanto Zubair - o menino - corria, eu descansava os olhos em cada palavra do autor, cada ilustração. Zubair e os labirintos (texto e ilustrações de Roger Mello, Cia das Letrinhas) – o livro – exige cuidado. Cuidado no sentido de atenção. É um livro acima da média. O olhar é surpreendido pela forma, pelo enredo e por suas ilustrações. O livro são dois. Os dois são um. Mas não pense que ler Zubair e os labirintos é uma tarefa difícil como tentar sair de um labirinto. Zubair só pede atenção. Um lugar em silêncio para ouvir as bombas, o coração do menino, o medo da cidade que corre, corre, corre.
Zubair tem ainda suas entrelinhas. Fala sobre o histórico saque ao Museu de Bagdá nos dias da guerra. Peças de valor incalculável como vasos da Mesopotâmia, esculturas assírias de marfim, cerâmicas do cemitério real da cidade de Ur ficaram à mercê de vândalos e oportunistas. O menino Zubair corre, sobre os destroços se encanta com um tapete dobrado, toma-o para si e corre dos mísseis, de um soldado da coalizão e de um miliciano. Enfim, um lugar seguro para Zubair e seu precioso tapete. Hora descobrir que “desembrulhado uma duas três vezes, o tecido espesso abraçava um livro que se lia: Os treze labirintos”. Um susto!!! Eu havia desembrulhado o livro três vezes e descoberto outro: Os treze labirintos. Esperto esse Roger Mello. Esperto e surpreendente pois o novo livro convida para uma leitura inversa da ocidental. Não do texto, mas das páginas. Forma que o autor inventou para nos aproximar do universo de Zubair.
O novo livro apresenta os labirintos. Drops da genialidade do autor. O papel laranja guarda belíssimas ilustrações em preto. Eu diria que os labirintos estão nas palavras, mais que nos desenhos, embora alguns sejam as duas coisas. Eu adorei. O primeiro labirinto guarda um bom enredo. O terceiro foi escrito para o riso dos adultos – perfeito! O oitavo e o nono pontuam pela forma disforme (!!!). O décimo labirinto – o das sombras – é uma brincadeira com palavras ao melhor estilo Lewis Carrol. E por aí seguem os olhos de Zubair e os meus. Roger me faz rir com tantas descobertas. Será que tem mais? Onde estará o décimo terceiro labirinto? Bem, acho que dei atenção demais para o livro, estou viajando nas possibilidades. Descobri que quando a última página do livro laranja se encontra com o livro-tapete uma terceira história se completa. Putzgrila!!! Vou ler de novo.
É hora de guardar o ouvido no bolso para me encantar com o primeiro parágrafo reproduzido no início deste texto. Descansar os olhos nas ilustrações coloridas que mostram uma Bagdá em guerra (num estilo que lembra o lindo trabalho do autor no livro Meninos do Mangue). Descobrir o menino Zubair correndo entre as ruas repletas de destroços. “Zubair fura sombras enquanto corre”. Roger Mello deve furar sombras enquanto imagina suas histórias. Eu continuo procurando o décimo terceiro labirinto...
P.S. A primeira foto é a capa do livro, seguida do terceiro labirinto. Depois, Ana Paula brinca com os segredos gráficos de Zubair. Na última foto, Roger Mello apresenta o boneco de Zubair na Feira do Livro de Brasília (2007).
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Poeira das estrelas...
O enredo repleto de tramas paralelas que se encontram aqui e ali só enaltecem o talento de Neil Gaiman autor do texto originalmente publicado como o romance ilustrado STARDUST. Gailman é o autor da série Sandman – uma pérola dos quadrinhos. Mas no nosso universo da literatura infantil teve publicado pela rocco dois títulos igualmente geniais: Coraline (que está em fase de adaptação para o cinema) e Os lobos dentro das paredes. Estes livros não protegem as crianças de sustos e arrepios. Vai muito além dos padrões. Gailman escreve contos de fadas sem os "cuidados" das adaptações que os tradicionais contos europeus sofreram de Disney. Mantém o susto e instiga a fantasia. Mas vou deixar os comentários dos livros para uma outra hora. Agora quero falar do filme.
Um mundo fantasioso está além dos muros do povoado de Muralha. Um rei no seu leito de morte dita a profecia que revelará seu sucessor. Três velhas feiticeiras se alimentam da juventude no coração de uma estrela. Um jovem apaixonado busca a prova do seu amor. Fura-neve é o nome de uma flor européia com pétalas brancas que deu o nome original do conto que hoje conhecemos como Branca de Neve. Esta e outras referências aos tradicionais contos de fadas (como uma carruagem parecidíssima com uma abóbora) aparecem sutilmente por toda a trama. Acho que não preciso dizer mais nada. Vão ao cinema. De preferência numa sessão mais tarde. A nossa, vespertina, foi dublada. Mas não diminuiu a atuação de DeNiro que surpreende como o capitão de um navio que navega no céu. Gostosas risadas. Por fim, não é um conto de fadas só para adultos. Levem as crianças. Aproveitem para, depois do cinema, passar numa livraria e comprar um livro do Neil Gaiman. Pura fantasia.
Uma simplicidade e uma beleza que espantam a tristeza...
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Tino e Ana Paula por Ivan Zigg
P.S. Quer bisbilhotar um pouco da visita de Ana Terra e Ivan Zigg no Planalto Central? Clique no Blog da Ana e no Blog do Zigg e procurem por lá.
Dia das Crianças...
Todo pivete gostaria
de ter o seu anjo-da-farda
e sua fada magrinha.
Um dia super para todos!!!
That´s all, folks.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Sol, crianças e livros!!!
A Tita, nosso contato com a Pró Gente, apareceu por lá para falar pessoalmente sobre as dificuldades e caminhos em busca das soluções. Enquanto o projeto corria a meia luz, uma mesa redonda (com a Edna, a Irmã Mariazinha – tia do Tino que visitava o projeto -, e eu) ouvia com atenção as palavras da Tita. Da nossa parte, a Pró Gente pode contar com empenho, idéias e solidariedade. O desejo maior é que a entidade consiga se manter sem tanta dependência. O espaço é generoso e tem muita gente querendo ajudar. Mas para tudo temos que dispor de dinheiro. O vil metal – como no caso – falou mais alto que a vontade de ajudar. Por isso, acabou a luz elétrica. Mas nossa energia ganhou força. Seguimos contando histórias e fazendo a diferença.
Abrimos janelas, portas e a imaginação. Fez-se a luz no olho arregalado do menino que ouvia a história da Menina Luz. Fez-se mais luz no branco-marfim do riso moleque da menina que descobria Com a pulga atrás da orelha. A sala de leitura ficou ainda mais reluzente com O Ovo. Todas histórias ilustradas ou por Ana Terra ou por Ivan Zigg, que nos visitariam na semana seguinte.
A expectativa de receber os autores / ilustradores deixou acesa a imaginação das crianças que capricharam na pintura em tecido ocupando todo o espaço da tela (único pedido meu e da Vilma). Por fim, a íntegra da pintura do Wesley – que abriu este post – mostrando indiretamente que a lua, as estrelas e os faróis do automóvel podem - assim como a nossa vontade – iluminar o caminho que, parodiando a música gravada pelo Jota Quest, nos levará pra onde tenha sol. Completo: sol, crianças e livros!!! That’s all, folks!!!
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Oba!!!! Sábado e domingo tem festa com gosto de bombom...
Dias 06 e 07 de outubro – a partir das 15h
DIRETO DA ESTANTE PRO ALTO-FALANTE ZÁS-TRÁS NUM INSTANTE TEM GOSTO DE BOMBOM.
A contadora de histórias Juliana Maria e o músico Tino Freitas, integrantes do projeto ROEDORES DE LIVROS, desfilam seu mix de histórias e músicas para crianças de todas as idades provocando um show de interatividade recheado de brincadeiras, resgatando o melhor que a cultura popular pode nos oferecer: um mergulho na fantasia do mundo.
* No dia 06, a contadora de histórias e ilustradora gaúcha Ana Terra fará uma participação especial no espetáculo.
Dia 06 de outubro – a partir das 17h00
De A a Zigg
Imagine um tipo magro e alto, de chapéu, terno xadrez e carregando uma misteriosa maleta. Agora suponha que dessa maleta vão saindo lápis, tintas, papel, um pandeiro, um violão... Pronto: ali mesmo o sujeito começa a contar, cantar e pintar histórias. Assim é De A a Zigg, a bem-humorada performance do artista múltiplo Ivan Zigg.
Tem o caso da mulher gorda que entalou Na Porta da Padaria, a “assustadora” Eu, Heim!, onde “um esqueleto vestindo sunga, batuca na catacumba”, e o cachorro que enxergava em preto-e-branco e por isso tinha que adivinhar as cores, entre outras.
Premiado ilustrador, Zigg assina mais de cem livros, entre eles O Elefante Caiu, O Saco e Quando os Tam-Tans Fazem Tum-Tum, e recebeu o Jabuti de melhor ilustração para Livro Infantil/2004. Durante os quarenta minutos da apresentação, o público canta, dança e aceita o convite para brincar de artista. Afinal todo mundo tem uma história pra contar, não é?
Dia 07 de outubro – a partir das 17h00
UFA!
Espetáculo de contação de histórias com Ivan Zigg e Ana Terra.
De forma bem humorada e dinâmica, os dois artistas, capturam a atenção do público com a ajuda de música, manipulação criativa de objetos, sonoplastia e desenhos ao vivo. São contadas sete histórias durante o espetáculo: Na Porta da Padaria, O Menino que Chovia e mais cinco contos tradicionais da cultura popular. Um estilo radiofônico pode ser percebido muitas vezes durante as histórias, assim como o trabalho de ilustração e jogos teatrais entre a dupla.
Ivan Zigg assina mais de cem livros e recebeu o prêmio Jabuti de Melhor Ilustração para Livro Infanto-Juvenil/2004. Artista múltiplo, ele também escreve, conta e canta suas próprias histórias.
A ilustradora e escritora Ana Terra é outra que mescla linguagens, em seus diversos trabalhos com teatro formou-se uma contadora de histórias.
Quer mais????? A Semana da Criança dos Roedores de Livros está apenas começando....
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
André Neves em bytes ponto com
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Impressões saltitantes...
O que eu vi de mais? Bem, primeiro, você economiza na aquisição: são duas histórias que correm paralelamente página à página num mesmo livro. Guardada as devidas proporções, é como se Quentin Tarantino passasse para a linguagem da literatura infantil os enredos paralelos do filme Pulp Fiction. O melhor: isto está nas entrelinhas. O livro não oferece resenhas. Está lá, nu e cru. O texto conta uma história, as ilustrações, outra. No primeiro, uma mãe sai com seu filho para um passeio no shopping. No outro, uma rã é capturada e posta à venda num pet shop. Ali, texto e imagem se encontram pela primeira vez. Neste momento a criança pede a mãe para comprar uma rã. Ela não compra. Tristeza... A rã também segue triste a sua saga. Encontram-se pela segunda vez numa sacada genial entre saltos do animal e um insistente “por favor” da criança. O texto leva mãe e filho para casa. Banho, tarefa, dever de casa, quarto... hora de dormir. Enquanto isso, a rã também enfrenta suas agruras. Ao final, o terceiro encontro entre as histórias paralelas. E não adianta perguntar. Não vou estragar a surpresa. O livro tem um projeto gráfico bem cuidado em tons esverdeados. A autora colombiana ilustra também com as palavras. A fala do menino e a rã ilustrada unem-se na narrativa sob um verde claríssimo, quase creme. A mãe (suas palavras) ganha uma cor quase acinzentada que combina com suas ordens e negativas. Fechei o livro e pedi para o Tino dar uma olhada melhor. Dei umas pistas... ele soltou um palavrão elefântico (êêêêêê Sylvia Orthof), terminou o café e trouxe o RÃ para casa. E nem pediu porf... porf... porf... porf... por favor. Pôs o livro na sacola e saiu saltitante em direção ao estacionamento. Hatuna Matata!!!
P.S. O professor-poeta-escritor Bartolomeu Campos de Queiroz afirma que a leitura se faz do encontro do livro com o leitor. É um terceiro elemento. Mutável. Essa leitura pode ser diferente mesmo que o livro seja o mesmo. É que o leitor pode ter adquirido novas visões que daria àquela informação uma roupa diferente da primeira leitura. É o poder da fantasia de cada um que vai de encontro com o que o autor imprimiu no papel. Por isso, descobri duas histórias no livro acima. Talvez você ache quatro. Num primeiro momento, o Tino não viu história alguma. Logo depois, sua leitura mudou. Hoje, ele diz que o RÃ carrega em seus verdes segredos três histórias!!! Essa é a mágica do encontro entre o livro e o leitor. É isso! Agora vou brincar mais um pouco de fazer mágicas com a fantasia!
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Novo Blog para navegar...
Queridos amigos... um sonho está se tornando realidade... o FIRIMFIMFOCA - Histórias de uma fada carioca está quase no ar. Caso queiram descobrir um pouco mais, estamos revelando tudo em pequenas doses no blog http://firimfimfoca.blogspot.com . Apareçam por lá e torçam para que os últimos ajustes caibam no nosso desejo. Nossa homenagem a Sylvia Orthof está batendo na casca, querendo sair... Está quase na hora!!!
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Uma parte ajuda no todo...
Eu levei o mosaico de Kirigame feito com algumas rendas de papel criadas pelas crianças no sábado anterior. Penduramos na parede da sala de leitura. Todos gostaram muito. Bacana saber que uma parte de cada um serviu para um todo muito bonito.
Juliana vestiu meu gorro e contou O Duende da Ponte, uma história que gostamos muito, repleta de adivinhas absurdas que testam a esperteza - ou a falta de - do duende. Brincamos com as adivinhas e todos ficamos ligados na aventura. Na oficina de artes abri contando A Galinha Ruiva para introduzir uma nova ave de origami. As crianças pintaram o papel e aos poucos foram descobrindo o animal. Na foto acima Wendel, Ítala e Guilherme exibindo suas criações.
O lanche foi pipoca e suco. Na hora da foto, um flagra da Lisianny, coitada, que, de tanto fazer galinha, se amarrou num milho e atracou-se com a pipoca!!! Esqueceu que tinha mãos e saiu bicando pipoca pra lá, pipoca pra cá!!! Ê, trabalheira e diversão... Tô fraca, tô fraca, tô fraca...
No final, antes da música, um bate papo para saber se alguém tinha algo para contar sobre os livros que têm lido. Deixamos todo mundo à vontade e apenas três crianças falaram das suas leituras. Foram relatos simples que mostraram um entendimento da leitura. Acreditamos que fuçando mais um pouco vamos conseguir mais atenção das crianças para o que lêem. Esperamos que no sábado que vem tenhamos novas descobertas. That´s all, folks.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Bastidores pipocando de felicidade...
Bem, na foto acima, ninguém pode dizer que eu não visto a camisa dos Roedores de Livros (hehehe).
Nesta outra, Tino e Juliana descobrem os Nove Chapeuzinhos de Flávio de Souza (livro novo). Parece muito legal!!!
Aqui, uma pausa na fantasia. Wanessa de duende, Lisianny pensando na morte da bezerra, Tiago pegando um colo emprestado, além de um bate papo informal lá no cantinho...
Neste close, o Tino em ação... pena que não dá para ouvir! Mas é a música nova que ele fez ali mesmo, minutos antes, e que todo mundo aprendeu e cantou junto!!!
Essa não é de bastidores dos adultos, mas é um clique da Deysiane na hora que a gente cantou de surpresa os parabéns para ela!!! Olhem bem... é um misto de felicidade e timidez... estou certa de que seu coraçãozinho estava a mil por hora. Assim como o meu e o do Tino nesta quinta...
Bem, antes que alguém pense que vem um roedorzinho de livro por aí... nanananadica de nada!!! Mas, parece que outros muitos roedores vão circular em busca de livros por aí afora... Dá uma vontade de abrir a janela do carro no eixão, colocar a cabeça pra fora e gritar: -uhúúúúúúú!!!
P.S. As fotos estão aquareladas.