sábado, 16 de junho de 2007

A educação vem do berço...

Durante todo este tempo trabalhando com educação e, principalmente junto aos Roedores de Livros, percebo o afastamento da família no processo de formação cultural e afetivo das crianças. Não é tão comum os pais adormecerem com seus filhos após uma leitura. Isso é coisa para contar em livros infantis. Digo mais, não é tão comum os pais lerem sequer para si. À escola é dado o dever de educar, de escolher os livros aos quais as crianças "obrigatoriamente" devem ler para a prova de literatura. É um trauma para o resto da vida. Aos pais ficam o direito de "pagar" por esta suposta educação e assistir de camarote a literatura descendo goela abaixo dos seus filhos. Bem, acho que a maioria nem se dá ao trabalho de assistir.
Por aqui, ainda somos daquele tempo em que se dizia que "a educação vem do berço". E aí, chegou até nós o belíssimo livro TODAS AS NOITES DO MUNDO (Dominique Demers, Editora Nacional) que conta a hora em que o garoto Simão vai dormir. Para pegar no sono, ele precisa que o planeta inteiro durma antes e, para isso, seu pai - que conhece as palavras mágicas para adormecer os seres da terra, do céu, da água, e de outros mundos - entra em ação. O livro tem ilustrações MARAVILHOSAS de Nicolas Debon como a que reproduzimos abaixo. Todas com um colorido puxando para o entardecer e repleto de animais.
O livro tem um erro de português, e isso é grave. Por isso, enquanto a editora não corrige com uma nova edição, recomendo que um adulto faça a mediação da leitura junto à criança. O livro, apesar deste escorrego, é ÓTIMO. Outra coisa bem legal é que ele coloca o pai como personagem ativo na história, carinhoso e atencioso com seu filho. Geralmente nestes temas familiares, os livros são repletos de mães, avós, tias... enfim, personagens femininos reforçando aquela idéia ultrapassada de que o afeto vem da mulher e ao homem fica a tarefa de prover a casa. Por isso, em nossa estante de favoritos TODAS AS NOITES DO MUNDO fica ao lado de ADVINHA QUANTO EU TE AMO, O HOMEM QUE AMAVA CAIXAS e MACAQUINHO. Se você é pai, estes livros são ótimos presentes para acalorar mais a relação com seu filho. E se você é filho, pode presentear seu pai como forma de lembrar os bons momentos que passaram ou passam juntos. Acho que é isso: além de uma boa história, TODAS AS NOITES DO MUNDO reforça esta relação tão singular entre pai e filho. Uma forma quixotesca de enfrentar os moinhos de vento destes dias em que a escola - e não a família - é o núcleo da educação. Leve o livro para casa. Desligue a TV por alguns minutos e leia com seu filho. Deixe que a fantasia alimente o amor de vocês. Fartem-se. Hatuna matata.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Júlia e Pedro descobrem as aventuras do Marcelo na escola...

Semana passada aconteceu um lance muito legal aqui em casa. Temos um acervo privilegiado de literatura infantil e juvenil na nossa sala. Temos ainda o Pedro e a Julia, 11 e 10 anos que, geralmente passam direto da sala para o quarto, apesar da fantasia estar ao alcance das mãos, dos olhos... Os meninos vivem num mundo repleto de livros e de leitores, mas passam por um momento de videogames, computadores e programas de TV. Mas os livros também fazem parte de suas vidas. Voltando ao lance legal: Numa destas manhãs, daqui do quarto ouvia a voz da Júlia e as gargalhadas do Pedro e isso ia durando já um tempo e resolvi descobrir qual era o motivo de tantas risadas e parlatórios. Cheguei no quarto e vi a Júlia deitada na cama lendo em voz alta A PROFESSORA DE DESENHO E OUTRAS HISTÓRIAS, do Marcelo Coelho (Cia das Letrinhas) e o Pedro dando boas risadas com o conto COMO SER RUIM NO FUTEBOL. O livro é MUITO BOM e recebeu o selo de ALTAMENTE RECOMENDÁVEL da FNLIJ. São 7 contos – narrados em primeira pessoa, num delicioso tom confessional - que remetem ao tempo em que o autor era um garoto estudante. O texto consegue reproduzir a linguagem das crianças. Consegue mais: emociona.
Particularmente tenho preferência pelo conto que dá título ao livro. Até o ano passado fui professora de Artes e tive alguns alunos bem envolvidos com a disciplina – outros, nem tanto. Mas quando o personagem Marcelo diz que “a escola era muito chata, mas esqueci de uma coisa: as aulas de desenho. Essas eram legais. (...) A aula de desenho era uma farra. A gente abria os cadernos, que não tinham linhas, só folhas de papel em branco, para a gente fazer o que quisesse. Podia. Dona Andréia deixava.” A professora de desenho do conto era popular. E aí vem o final do texto. Arrepiei. Não posso estragar a surpresa. Descubram vocês. Vez em quando encontro meus ex-alunos e é aquela festa. Um deles vai estrear com destaque no musical Miss Saigon que estréia em breve em São Paulo. Outros, não foram tão longe, mas espero que levem aquelas aulas no coração, assim como o personagem-autor. Fico feliz e acho que o Marcelo conseguiu passar a importância do professor deixar o aluno criar, apesar das conseqüências (leiam o texto).
Voltando para a minha querida Júlia, mediando leitura e descobrindo risos no irmão (na foto acima, fazendo pose com o livro). Ela gostou muito do conto ELEFANTES em que o menino Marcelo acaba fazendo xixi na sala de aula. Este é um tema que garante boas leituras por aqui. Ela ainda não terminou o livro pois a escola a OBRIGA a ler outro livro para uma prova - e essa é uma discussão importante, mas não para agora.
Para finalizar quero dizer que o livro ficou ainda mais belo com as ilustrações do Luiz Maia (reproduzo uma delas abaixo). Ele é fera. Somos fãs. Seu traço tem personalidade e beleza. A gente pára e fica ligando todas as informações da ilustração e, de certa forma, o texto está todo lá, desenhado. Aqui ao lado da cama está o livro novo da Fernanda Lopes de Almeida com ilustrações dele... Em breve vou contar esta outra história bem doida. Maluquinha mesmo. That’s all, folks!!!

Chat com EVA FURNARI

Eva Furnari é um talento a serviço da literatura infantil. Escreve e ilustra com uma característica ímpar: é capaz de deixar a todos - adultos e crianças - com um sorriso maroto no canto dos lábios, seja com as ilustrações com que molda seus personagens, seja com o texto que os põe em ação. Os Roedores de Livros AMAM Eva Furnari. Iríamos nos encontrar no Salão do Livro, mas um feiticeiro soltou uma dorzinha bem na véspera da viagem e Eva não pode ir ao Rio de Janeiro. Convocada imediatamente, a Bruxinha sacou sua varinha de acupuntura e resolveu tudo: Eva Furari está saltitante (hehehe), serelepe e soltando criatividade por todos os lados. Bem, o motivo deste post é divulgar que está na rede a íntegra do chat com Eva Furnari promovido na última segunda pela Revista Crescer. Algumas curiosidades, outras "novidades". Vale a pena ganhar seu tempo conhecendo um pouco mais da mãe da Bruxinha. Navegar é preciso!!!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Um fino trato para o dia dos namorados...


Aos apaixonados em busca de uma opção diferente. Há cerca de três anos a Sandra Peres e o Paulo Tatit - o coração do selo PALAVRA CANTADA, responsável por discos excepcionais de músicas infantis - estiveram em Brasília num encontro com professores. Eu e Tino participamos deste encontro / palestra / musical. Naquela ocasião, o meu príncipe sapo falou que a música RATO daria um ótimo presente para o dia dos namorados e eles adoraram a idéia. Na oficina pedagógica fizemos uma apresentação desta canção (presente no CD Canções Curiosas) com fantoches e estávamos no começo do namoro quando o Tino assistiu a esquete. Ele diz que se viu na pele do rato e que, enfim, eu era a ratinha do final da história. Enfim... se você acabou de encontrar sua cara-metade ou se já sabe quem é mas não tem coragem de contar a sua história, entre no mundo do faz-de-conta e compre o Livro-CD Rato (Cosac & Naify). Quem sabe, sua história de amor pode dar num final feliz. Por aqui, o rato ganhou a rata, a rata ganhou o rato e daí vieram os Roedores de Livros e tantas outras felicidades. Estamos longe do fim, e até aqui, muitas felicidades. Amor, livros, música... é uma combinação e tanto, não acha? Hatuna Matata!!!
E por falar em PALAVRA CANTADA... aguardem: em breve eles estarão em Brasília e os Roedores de Livros estarão ao lado desta turma que leva a música infantil a sério!!! É... seguimos somando... depois conto os detalhes. Quem sabe este namoro não dá casamento?!

"Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro"...

Gente, retomamos o projeto neste sábado, 09 de junho. Fazia muito, muito, muito frio e ventava demais naquela manhã. Tivemos apenas 09 pequenos heróis que enfrentaram a preguiça, a secura e a poeira fina e vermelha que empestava o ar gelado. Tudo por uma boa história, uns agarradinhos e um delicioso arroz doce. Na foto acima, o registro dos nossos meninos e seus agarradinhos feitos na oficina de arte.
Juliana não foi. Ainda está sob cuidados e não pode falar. Aí, o jeito foi promover o Tino a mediador de leitura. É, acho que para quem viajou no mar de histórias com as crianças pela primeira vez, ele até que não se saiu mal. Contou um conto do Bichos que tive da Sylvia Orthof, Um Pipi Choveu Aqui, da mesma autora e finalizou brincando com as crianças e o livro pop up O Leão Preguiçoso. Acima, o Hugo imita o elefante.
Desta vez, o Igor imita o chimpanzé. A turma toda participou e foi uma festa de sons e gestos.
Depois, todos foram buscar na estante histórias para aquecer o coração. Descobrir um livro, compartilhar do que se gosta. Isto são os Roedores de Livros. Ainda longe do ideal, mas, no caminho. Fazendo. E tocando em frente, como diria a canção do Djavan citada no título deste post, "para enfeitar amores gris". That's all, folks.

domingo, 10 de junho de 2007

Ivan, o terrível, Zigg...

Outro encontro maravilhoso nos dias de Rio de Janeiro foi com o Ivan Zigg. Primeiro, ele é um desenho animado vivo!!! Três metros de ilustrador com uma maleta 007 pronta para sacar tintas alemãs supersônicas (hehehe... essa vai para a Elma) e pincéis ultrasupermegahipergorilizado... bem, é claro que eu sempre aumento um ponto no conto... Zigg, se mostrou uma figura (?!) gente boa... acho que é influência da Ana Terra (hehehe...) e, de fãs, os Roedores de Livros, ficamos amigos. Duas noitadas – onde os Roedores são mais roedores - e um salão depois, deixamos aqui um pouco do nosso carinho pelo amigo e pelo talentoso ilustrador, músico, muitimídia, performer, extratosférico, tchã, tchã, tchã, TCHÃÃÃÃÃÃ... IVAN ZIGG!!! (Acima, Ivan em ação no Espaço Petrobrás do Salão do Livro da FNLIJ).
Caramba, ficou legal o texto aí em cima... Bem, vamos ao princípio. Ivan ilustra livros infantis. Zigg tem uma banda: Conga, a Mulher Gorila. A mãe dele disse que nós não poderíamos deixar de assistir a performance no show!!! Se a mãe dele diz... Ainda tem o espetáculo De A a Zigg. Enfim, os Roedores de Livros só conhecem o Ilustrador – por enquanto. E somos fãs – já disse isso.
Ele ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustração Infantil ou Juvenil em 2004 com o SENSACIONAL trabalho no livro COM A PULGA ATRÁS DA ORELHA, de Chistiane Gribel, publicado pela Salamandra. A cada frase, duas ilustrações: uma expressando o texto literal, e outra, mostrando o real sentido do texto. Em resumo, Ivan Zigg arrasou em todos os sentidos. Eu ADORO este livro. Muito legal também é a sacada de desenhar uma pulga “atrás da orelha” do livro. Pode parecer óbvio, depois de feito. Mas que a idéia foi genial, foi!!! (Acima, capa do livro COM APULGA ATRÁS DA ORELHA).
Recentemente, procuramos incansavelmente um livro da Sylvia Orthof para nosso projeto FIRIMFIRIMFIMFOCA – HISTÓRIAS DE UMA FADA CARIOCA e encontramos O SAPATO QUE MIAVA em novíssima edição, desta vez com ilustrações do Ivan. Quando nos encontramos no Rio de Janeiro, ele ainda não havia recebido o livro. Contamos do nosso prazer com a surpresa. O texto repleto de comicidade casou bem com o traço de Zigg. Acima, uma canja com duas páginas da nova edição. Vocês querem saber do projeto? Esperem mais um pouco. Está no forno. Quanto ao livro da Sylvia, pode levar pra casa sem medo. O sapato mia, o chinelo late e a gente dá muita risada.
Pra finalizar, queremos deixar aqui nosso abraço de letrinhas ao casal Ivan Zigg e Ana Terra (comigo na foto – com efeito de aquarela). Paixão, saúde e inspiração sempre a vocês. Brasília está de asas abertas e nossa já famosa rede hoteleira, sempre à disposição.

Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho do Ivan Zigg pode acessar o site dele. Ainda está em construção, mas tem umas ilustrações bem legais.

Os primeiros 10 mil...


10 mil pageloads... 13 meses de vida... é... amanhecemos este domingo com esta marca no contatdor do blog.

Queríamos dividir com vocês, afinal, chegamos a este número graças a curiosidade de todos acerca do projeto e, acreditamos, da busca por referências culturais para nossos filhos.

Ainda tímido se comparado a outros sites, este número é expressivo para nós, Roedores de Livros, pois mostra que o projeto extrapolou as cercanias do Distrito Federal. E mostra que existe gente interessada no que a Literatura Infantil pode oferecer de melhor.

Novidades? Bem, estamos com idéias para melhorar este espaço. Entrevistas exclusivas, mais resenhas, mais outras coisas... sem perder a qualidade.

Não é fácil arranjar tempo para postar tudo o que queremos, pois o dia a dia atrás do nosso ganha pão, mais a preparação para que o projeto aconteça nas manhãs de sábado, acabam tomando conta de boa parte das 24 horas diárias que temos que dividir ainda com a família, o lazer... enfim. Mas chegamos a esta primeira marca!!! Estamos felizes. Seguimos em frente. Hatuna Matata!!!

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Uma despedida genial...

Na nossa última noite no Rio, sábado passado, um encontro de Gigantes. Um bar no Largo do Machado reuniu novos e velhos amigos. Ao final, um registro para os Roedores de Livros, improvisado no “jogo americano” de papel. Na mesa, o poeta Elias José, os autores Anna Cláudia Ramos, Marta Lagarta e Sandra Pina (que aniversariou após a meia-noite), além dos ilustradores André Neves, Elma, Ivan Zigg, Ana Terra, Simone Matias e Andréia Vieira, entre outros amigos. Uma festa só. Saudades de todos e a certeza de um breve encontro. Hatuna Matata!

P.S. Para uma melhor visão, é só clicar na imagem.

Novas oficinas na Fnac Brasília

Queridos amigos... aos que estão em Brasília deixamos aqui o convite para as oficinas para crianças entre 05 e 10 anos, que faremos neste final de semana na Fnac Parkshopping.
Nesta sexta, 08/06, a partir das 16h30, faremos AGARRADINHOS. Bonecos feito de EVA, prendedores de roupa e outros acessórios para customização. O resultado pode servir como brinquedo e/ou decoração.
No sábado, 09/06, o horário é um pouco mais cedo: 15h. A oficina será GALINHA, feita com copos plásticos, bolas de isopor, barbante e criatividade. Com um pequeno “segredo”, ao puxar o barbante, este tradicional brinquedo popular emite o som da galinha.
As inscrições, GRATUITAS, poderão ser feitas antecipadamente na bilheteria da loja ou pelo telefone (61) 2105 2000, ou ainda, minutos antes das oficinas (desde que as vagas não tenham sido ainda preenchidas). Ah! Chegue cedo, pois todos deverão confirmar presença 5 minutos antes do horário da oficina!

Durante o mês de junho a FNAC e os Roedores de Livros promovem mais quatro oficinas. Caso queiram conhecer a programação completa é só acessar o site da Fnac.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Suspense, surpresas, suspiros...

Neste fim de semana, enquanto estava no Rio de Janeiro participando do Salão do Livro da FNLIJ, os meninos foram acampar junto com os escoteiros no Planalto Central. E aí, fiquei preocupada com o que eles estariam fazendo. Chegamos de viagem e tudo correu bem. Fora o ataque de uns carrapatos e algumas roupas que não passaram no teste daquele famoso sabão em pó, os meninos chegaram vivos e com algumas histórias novas para contar. Agora, teriam mais histórias se o chefe da tropa tivesse levado o livro HISTÓRIAS DE BOCA da Anna Claudia Ramos (Larousse Jovem, com ilustrações de Ana Raquel) para contar no acampamento, assim, à noitinha, antes de dormir.
Este foi mais um livro que decidiu vir conosco para Brasília. Ontem resolvi descobrir seus mistérios: A Mula-sem-cabeça, o Papa-figo, Comadre Florzinha e o Caboclinho-d’água. Inicialmente pensei que era um livro que falasse dos mitos e lendas de forma tradicional. Coisas didáticas do folclore. Recontos... enfim. Qual a surpresa – e a Anna Cláudia Ramos me pregou mais esta – ao descobrir que o livro apresenta – como diz o título – histórias de boca, contadas pelo narrador, que ouviu de outros e segue aumentando um ponto, um susto, um medo... A autora conta o que é cada lenda, mas sem didatismo. Bem no meio de histórias que vão mexer com a garotada. Suspense, surpresas, suspiros. Ainda não fiz isso, mas imagino que posso contar o pega que a Mula-sem-cabeça deu na turma do Juca, no quarto, sob a luz do abajur. Melhor ainda: a lenda urbana do Papa-figo cairá como uma luva na sala de leitura do projeto, na voz brincante da Juliana (essa ela vai adorar!!!). As outras duas histórias são igualmente ótimas. Estão prontas para dar voltas em casa, na escola, no acampamento dos escoteiros... De certo, os meninos desejarão mais livros da Anna Cláudia Ramos. Ah, nós, Roedores de Livros, também!!!

P.S. Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho desta autora – ela tem mil e uma atividades – é só visitar seu endereço na internet. Acima, a capa do livro e aqui abaixo, nós e Anna Cláudia Ramos.