Trimmmmm!!!
- Alô!
- Alô... Tino?
- Sim, quem é?
- Oi, Tino. Sou eu, nonononono. Estou ligando porque chegou um livro novo ilustrado pelo André Neves – só chegou um, viu?! – e estamos todos aqui curiosos para dar uma olhadinha, mas tem um selo, um lacre, que não dá pra tirar... só se comprar o livro... você vai querer?
- Hã... livro novo do André?
- É... a ilustração. O texto não é dele. Deixa eu ler aqui... o texto é da Ninfa Parreiras. O livro é da DCL, o título é UM TETO DE CÉU, tem umas estrelas na capa e o formato é tipo um envelope. Bem bacana. Mas tem um selo, um lacre, que não dá pra tirar... Você vai reservar?
- Vou, vou. Obrigado por ligar.
- Ah, Tino, quando você vier pegar o livro, passa aqui na seção que a gente quer ver o livro, tá? Você vem hoje?
- Hoje não dá. Mas passo aí amanhã à tarde.
- Combinado então. Tá reservado. Não esquece de passar por aqui. Tchau!
- Tchau!
Fiquei curioso, mas naquele dia não deu para ir à livraria. Fui no dia seguinte, conforme havia prometido. Na seção de reservas fui surpreendido com um livro num formato diferente, novidade para mim. Um selo com as inicias de Ninfa e André tornava a obra inviolável para os curiosos. Não dava para tomar um café com o livro antes. Era preciso comprar o livro para depois descobrí-lo. Se não, a gente danifica o livro para um outro cliente. Não tive dúvidas. Um livro da dupla era certeza de uma ótima aquisição. Os dois são artistas do mundo da boa literatura infantil.
Fui ao caixa, investi algumas realidades e – com cuidado – retirei o lacre da fantasia. Ao abrir a capa preta cheia de estrelas, fui presenteado com o mundo de cores de André e com a bela história de Ninfa sobre uma menina, Luana; sua vila, onde só havia uma estação: a seca; onde as casas não têm teto, pois nunca chove por lá – aliás, o teto era o céu; o sol e as estrelas -; um encontro com uma moça da terra das águas e uma troca de presentes. Tudo absurdamente lindo. Emocionante.
Mas, antes de me derreter de paixão pelo texto de Ninfa, entrei no jogo do livro objeto em formato de envelope preto que ao se abrir derrama cores e pede ao leitor que mude a posição do livro para entrar na história. Algumas páginas se desdobram oferecendo surpresas aos olhos do leitor. Algumas palavras crescem, outras dançam nas páginas. O projeto gráfico, assinado por André Neves e Thiago Nieri é FANTÁSTICO. Torna a leitura diferente sem interferir na linearidade do texto. Agiganta o livro. Gostei. Muito.
André – como sempre – faz da sua arte um instrumento para brincar com o leitor. Um olho recortado cabe numa janela; um pássaro entrega o livro para a personagem – o livro que estamos lendo; estrelas pingam do céu como gotas de chuva ou como frutos maduros; há um chafariz de areia colorida; objetos de casas do interior brasileiro; texturas, colagens e talento.
Ninfa - como sempre – faz da sua arte um instrumento para brincar com o leitor. Imprime no papel as frases mais bonitas, como um ourives lapidando o cristal. “O teto era o céu. Sem nuvens, sem chuva. A chuva não conhecia aquelas casas sem teto. A chuva sempre demorava, atrasava, nunca chegava. A chuva perdeu o calendário das estações... perdeu o relógio. A chuva foi chover por outras bandas”. Beleza pura. Rara por estes dias.
Um teto de céu é o resultado de um encontro entre amigos. E a gente sempre oferece o melhor para quem amamos. O melhor tempo, o melhor texto, o melhor traço, o melhor tudo. Assim é o novo livro de Ninfa e André. Fotografia para o meu álbum dos melhores momentos da literatura brasileira para a infância deste começo de século.
E a turma da livraria? Ah, passei uma boa hora tomando café enquanto eles enchiam os olhos de estrelas. Que bom que ainda hajam vendedores de livros interessados em livros. Liguem sempre. Hatuna Matata!!!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
O DARIZ...
O melhor em viver um Salão da FNLIJ, além de reencontrar os amigos e fazer novas amizades é o encontro com o livro. Livros novos que, mitas vezes passamos um ano inteiro e não os encontramos nas prateleiras por motivos diversos. Acabamos de receber um email da Cosac & Naify sobre seus lançamentos e gostaria de compartilhar com vocês a delícia que deve ser O DARIZ de Olivier Douzou, francês, escritor, ilustrador e designer de móveis que estará lançando o livro no dia 20, as 17h, no 11º Salão FNLIJ. Estamos curiosos para conhecer o texto traduzido por Paulo Neves pois "um dos grandes méritos do livro está na utilização dos desvios de grafia para simular a pronúncia típica de alguém resfriado" informa o texto de divugação que reproduzo acima (clique sobre a imagem para ler a resenha por inteiro). Parece engraçado e feito para uma boa mediação. Vai pra lista de compras no salão!!! Hatuna Matata.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Seu Tino, é pro senhor...
Foi assim, logo de manhã.
A moto buzinou. Uma voz gritou: - CASA 29!!! Eu abri um olho.
A empregada foi ver o que era. O portão rangeu o ferro no piso. Vozes ao fundo.
Depois toc toc toc na porta do quarto...
- Seu Tino, é pro senhor...
Depois... pregaram um sorriso no meu rosto assim, de manhã...
Tô com ele até agora!!!
Enfim, a Manati mandou meu primogênito sem avisar e a semana começou muito bem.
E já está a venda na LIVRARIA CULTURA!!!
A moto buzinou. Uma voz gritou: - CASA 29!!! Eu abri um olho.
A empregada foi ver o que era. O portão rangeu o ferro no piso. Vozes ao fundo.
Depois toc toc toc na porta do quarto...
- Seu Tino, é pro senhor...
Depois... pregaram um sorriso no meu rosto assim, de manhã...
Tô com ele até agora!!!
Enfim, a Manati mandou meu primogênito sem avisar e a semana começou muito bem.
E já está a venda na LIVRARIA CULTURA!!!
Coleção de livros do Projeto Bem-Me-Quer
No dia 28 de maio foi lançado na sede do Itaú Cultural, em São Paulo, uma coleção de livros do Projeto Bem-Me-Quer, do INDICA (Instituto dos Direitos da Criança e do Adolescente). No final de 2008 recebemos uma ligação da equipe do Indica nos convidando (o grupo FIRIMFIMFOCA) para gravar seis das nove histórias de uma coleção de livros paradidáticos que seriam lançados e distribuídos a 2.600 entidades sociais apoiadas pelo Itaú Cultural. É claro que topamos.
Por acaso estava em Sampa na ocasião do lançamento da coleção e pude reencontrar o escritor Jonas Ribeiro (na foto acima) e a editora Denyse Cantuária e Iago Sartini, além de conhecer pessoalmente a até então amiga virtual Lígia Pin (também na foto acima). Mas a vitrine da noite eram os livros. De fato. Não é cômoda para nós, Roedores de Livros, a idéia de que o livro serve para alguma coisa. E esta coleção trata da boa convivência entre as diferenças: sociais, sexuais, religiosas, raciais, etc. Mas o cuidado que o INDICA dispensou a obra fez com que eu pensasse melhor a respeito.
Um time de autores experientes como Adriana Falcão, Anna Claudia Ramos, Jonas Ribeiro, Gilles Eduar, Flávia Lins e Silva, entre outros, ao lado de ilustradores tarimbados como Ana Raquel, Jô Oliveira, Leicia Gotlibowski (ilustradora argentina que não conhecia e fiquei fã) e José Carlos Lollo, para citar alguns, deram uma pincelada de arte no produto final, muito bem acabado no belíssimo projeto gráfico de Alex Chacon. Dois livros foram ilustrados por Maurenilson, ilustrador veterano, amigo dos Roedores (mora em Brasília), e que agora estreia na literatura para crianças e jovens. Que venham outros tantos.
Diante de tantos livros, há os que saltam aos olhos. O texto de Jonas Ribeiro, As Meninas Descalças, é muito bom. Roda-Gigante de Adriana Falcão fica mais encantador em combinação com as ilustrações+recortes+colagens de Lollo. Pena não poder levá-los juntos para o áudio. Marina e Makolelê, de Gilles Eduar - como sempre - alcança o ouvido das crianças com seu texto curto e ilustrações coloridas. Como Somos de Flávia Lins e Silva mostra o quanto um escritor precisa estar atento ao seu cotidiano para pescar boas ideias na boca das crianças.
As histórias são para várias faixas de idade. Textos curtos. Textos longos. Temas clássicos - como A Cor do Ovo, de Chico Salles, sobre preconceito racial. Outros nem tanto presentes na literatura para jovens como Porque eu não consigo gostar dela?, de Anna Claudia Ramos, que trata da homossexualidade com cuidado e talento. Enfim, uma coleção e tanto. Estou certa de que a coleção faria sucesso em todas as escolas - se tratadas com a devida atenção por um professor-mediador. Como já disse antes, o Itaú Cultural, comprou a ideia, o Indica criou o produto e 2.600 instituições receberão o kit com 9 livros e um audio-livro para que - principalmente - os deficientes visuais possam desfrutar das histórias.
Por falar eu áudio-livro, Aldanei Andrade, Míriam Rocha, Simone Carneiro e Tino Freitas participaram da gravação de seis das nove histórias. É particularmente emocionante poder desfrutar delas em livro (nós recebemos só os textos) e descobrir a força que um bom ilustrador aliado a um projeto gráfico criativo podem dar a um livro. Esperamos que ao ouvir as histórias gravadas, as crianças possam viajar nas palavras e colorir sua imaginação com os personagens, com os cenários, com o que de melhor cada história pode passar.
Parabéns ao INDICA pela competência com que trataram o projeto. Roemos e indicamos. Que, no futuro, estes livros possam alcançar outros tantos leitores. Hatuna Matata.
Por acaso estava em Sampa na ocasião do lançamento da coleção e pude reencontrar o escritor Jonas Ribeiro (na foto acima) e a editora Denyse Cantuária e Iago Sartini, além de conhecer pessoalmente a até então amiga virtual Lígia Pin (também na foto acima). Mas a vitrine da noite eram os livros. De fato. Não é cômoda para nós, Roedores de Livros, a idéia de que o livro serve para alguma coisa. E esta coleção trata da boa convivência entre as diferenças: sociais, sexuais, religiosas, raciais, etc. Mas o cuidado que o INDICA dispensou a obra fez com que eu pensasse melhor a respeito.
Um time de autores experientes como Adriana Falcão, Anna Claudia Ramos, Jonas Ribeiro, Gilles Eduar, Flávia Lins e Silva, entre outros, ao lado de ilustradores tarimbados como Ana Raquel, Jô Oliveira, Leicia Gotlibowski (ilustradora argentina que não conhecia e fiquei fã) e José Carlos Lollo, para citar alguns, deram uma pincelada de arte no produto final, muito bem acabado no belíssimo projeto gráfico de Alex Chacon. Dois livros foram ilustrados por Maurenilson, ilustrador veterano, amigo dos Roedores (mora em Brasília), e que agora estreia na literatura para crianças e jovens. Que venham outros tantos.
Diante de tantos livros, há os que saltam aos olhos. O texto de Jonas Ribeiro, As Meninas Descalças, é muito bom. Roda-Gigante de Adriana Falcão fica mais encantador em combinação com as ilustrações+recortes+colagens de Lollo. Pena não poder levá-los juntos para o áudio. Marina e Makolelê, de Gilles Eduar - como sempre - alcança o ouvido das crianças com seu texto curto e ilustrações coloridas. Como Somos de Flávia Lins e Silva mostra o quanto um escritor precisa estar atento ao seu cotidiano para pescar boas ideias na boca das crianças.
As histórias são para várias faixas de idade. Textos curtos. Textos longos. Temas clássicos - como A Cor do Ovo, de Chico Salles, sobre preconceito racial. Outros nem tanto presentes na literatura para jovens como Porque eu não consigo gostar dela?, de Anna Claudia Ramos, que trata da homossexualidade com cuidado e talento. Enfim, uma coleção e tanto. Estou certa de que a coleção faria sucesso em todas as escolas - se tratadas com a devida atenção por um professor-mediador. Como já disse antes, o Itaú Cultural, comprou a ideia, o Indica criou o produto e 2.600 instituições receberão o kit com 9 livros e um audio-livro para que - principalmente - os deficientes visuais possam desfrutar das histórias.
Por falar eu áudio-livro, Aldanei Andrade, Míriam Rocha, Simone Carneiro e Tino Freitas participaram da gravação de seis das nove histórias. É particularmente emocionante poder desfrutar delas em livro (nós recebemos só os textos) e descobrir a força que um bom ilustrador aliado a um projeto gráfico criativo podem dar a um livro. Esperamos que ao ouvir as histórias gravadas, as crianças possam viajar nas palavras e colorir sua imaginação com os personagens, com os cenários, com o que de melhor cada história pode passar.
Parabéns ao INDICA pela competência com que trataram o projeto. Roemos e indicamos. Que, no futuro, estes livros possam alcançar outros tantos leitores. Hatuna Matata.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Os Olhos Que Comiam Carne
Duas e vinte e sete da manhã. No quarto, a TV ligada exibe a sequência de um filme de terror. O que deu origem a série até que não era ruim, mas este é uma tortura para qualquer mente insone como a minha. Sinto frio. Sinto fome de algo prazeroso para meus olhos que teimam em não dormir. Ao lado da cama alguns livros que Ana Paula trouxe de uma recente viagem à Sampa. Muita coisa boa. Escolho um e vou para a sala. Levo o cobertor. Acendo a luz e Hermione, nossa gata, se aninha perto do sofá. O livro, escolhido a dedo, intitula-se Os Olhos Que Comiam Carne e outros contos de terror de Humberto de Campos (organização de Denyse Cantuária, publicado pela Noovha América, para o selo Sete Luas). Ganhei a noite e mais um motivo para escrever no blog.
Composto por cinco contos, este livro já é – para mim – um clássico nacional do gênero. Com sua pesquisa, Denyse nos mostra que a literatura de horror tupiniquim pode caminhar lado a lado das estrangeiras. Lado a lado com Edgard Allan Poe (Wiliam Wilson), Guy de Maupassant (O Horla) e Charles Dickens (O Sinaleiro), para citar alguns. Os textos do maranhense Humberto de Campos (1886 – 1934) datam de quase uma centena de anos. Apesar de algumas referências – óbvias – àquela época, seus contos podem facilmente ser devorados por olhos juvenis famintos de boa literatura. Mas não pense que vai encontrar ali um balaio de sustos, rios de sangue, monstros fantasmagóricos ou outros clichês que acompanham mutos dos “novos” livros deste gênero que se estendem em coleções nas prateleiras de muitas livrarias.
O terror dos contos de Humberto de Campos não vem de fora, à meia-noite, carregado pelo uivar do vento. É mais íntimo e poderoso. Nasce dentro da gente. Range dentro da gente. É inesperado como o primeiro soluço. De repente. Em Catimbau, o fim, súbito. Pronto. Acabou-se. E a gente fica assim, sem fala, na página 24. A Noiva foi escrita principalmente para quem – como eu – vive garimpando livros em sebos e vez em quando encontra pertences de outros leitores guardados nas páginas de velhas edições: eu já encontrei uma nota de 50 Cruzados Novos (aquela com o Drummond), um extrato de banco, um pedaço puído de uma fita do Senhor do Bomfim e uma rosa desidratada. Quantas histórias por trás destes objetos, não é mesmo? A tal noiva, por exemplo, procura há anos por um pertence seu esquecido num livro.
O conto que dá título ao livro é absurdamente bem escrito. Me lembrou O Extraordinário Caso dos Olhos de Davidson, conto de H. G. Wells, que tenho em casa no excelente quarto volume da série Contos e Poemas para Crianças Extremamente Inteligentes (Coletânea organizada por Harold Bloom, Objetiva). Há ainda O Seringueiro, em que a gente vai se encantando com o mocinho até que... Enfim, o livro termina com O Poço dos Maridos, que dedico a tantas belas mulheres caçadoras de príncipes encantados sem defeitos. Há ainda uma apresentação do autor, da organizadora e do selo Sete Luas.
O livro apresenta um belo projeto gráfico de Iago Sartini feito a partir da seleção e do aproveitamento de imagens de dominio público criadas por artistas dos séculos XVI, XVII, XVIII. O novo beija o antigo numa edição primorosa. Literatura de primeira. Ótimas histórias. Um livro para a gente se deliciar com seu conteúdo e perceber como o dedo de um bom editor (no caso, Denyse Cantuária) pode dar mais sabor a uma obra quase centenária. Não vi as horas mas certamente passavam das quatro da manhã quando terminei de ler o livro e lancei meus olhos agora famintos de sono de volta para o quarto. Desliguei a TV, deitei na cama e... tenho certeza de que dormi com um sorriso no rosto. Hatuna Matata.
Composto por cinco contos, este livro já é – para mim – um clássico nacional do gênero. Com sua pesquisa, Denyse nos mostra que a literatura de horror tupiniquim pode caminhar lado a lado das estrangeiras. Lado a lado com Edgard Allan Poe (Wiliam Wilson), Guy de Maupassant (O Horla) e Charles Dickens (O Sinaleiro), para citar alguns. Os textos do maranhense Humberto de Campos (1886 – 1934) datam de quase uma centena de anos. Apesar de algumas referências – óbvias – àquela época, seus contos podem facilmente ser devorados por olhos juvenis famintos de boa literatura. Mas não pense que vai encontrar ali um balaio de sustos, rios de sangue, monstros fantasmagóricos ou outros clichês que acompanham mutos dos “novos” livros deste gênero que se estendem em coleções nas prateleiras de muitas livrarias.
O terror dos contos de Humberto de Campos não vem de fora, à meia-noite, carregado pelo uivar do vento. É mais íntimo e poderoso. Nasce dentro da gente. Range dentro da gente. É inesperado como o primeiro soluço. De repente. Em Catimbau, o fim, súbito. Pronto. Acabou-se. E a gente fica assim, sem fala, na página 24. A Noiva foi escrita principalmente para quem – como eu – vive garimpando livros em sebos e vez em quando encontra pertences de outros leitores guardados nas páginas de velhas edições: eu já encontrei uma nota de 50 Cruzados Novos (aquela com o Drummond), um extrato de banco, um pedaço puído de uma fita do Senhor do Bomfim e uma rosa desidratada. Quantas histórias por trás destes objetos, não é mesmo? A tal noiva, por exemplo, procura há anos por um pertence seu esquecido num livro.
O conto que dá título ao livro é absurdamente bem escrito. Me lembrou O Extraordinário Caso dos Olhos de Davidson, conto de H. G. Wells, que tenho em casa no excelente quarto volume da série Contos e Poemas para Crianças Extremamente Inteligentes (Coletânea organizada por Harold Bloom, Objetiva). Há ainda O Seringueiro, em que a gente vai se encantando com o mocinho até que... Enfim, o livro termina com O Poço dos Maridos, que dedico a tantas belas mulheres caçadoras de príncipes encantados sem defeitos. Há ainda uma apresentação do autor, da organizadora e do selo Sete Luas.
O livro apresenta um belo projeto gráfico de Iago Sartini feito a partir da seleção e do aproveitamento de imagens de dominio público criadas por artistas dos séculos XVI, XVII, XVIII. O novo beija o antigo numa edição primorosa. Literatura de primeira. Ótimas histórias. Um livro para a gente se deliciar com seu conteúdo e perceber como o dedo de um bom editor (no caso, Denyse Cantuária) pode dar mais sabor a uma obra quase centenária. Não vi as horas mas certamente passavam das quatro da manhã quando terminei de ler o livro e lancei meus olhos agora famintos de sono de volta para o quarto. Desliguei a TV, deitei na cama e... tenho certeza de que dormi com um sorriso no rosto. Hatuna Matata.
Buzinas, carros de som, crianças e literatura...
O sábado, 23 de maio, teve um componente que não costuma incomodar no projeto Roedores de Livros: o barulho. Tivemos que nos reunir na área externa da creche pois acontecia uma reunião importante no interior do prédio. Até aí, nada de novo. De repente apareceu um caminhão tipo trio elétrico anunciando o aniversário de um supermercado local. Passou devagarinho com o volume nas alturas bem no meio de A Cobra e o Grilo (Graziela Hetzel, com ilustrações de Ivan Zigg, Ediouro). Uma paradinha para os "comerciais". Plim, plim.
Fiz um brinquedo cantado para descontrair e introduzir a a mediação de O Amigo Urso (Mery Weiss, Formato). Fom Fom! Buzinou um grande carro preto para um barulhento fusquinha que se arrastava na pista ao lado da gente. Bip Bip! Respondeu o fusquinha. Cri Cri! Ssssssssss!! Groaaarrrr!!! A cobra, o grilo, o urso e as crianças se manifestaram. Outra pausa para a rua deixar as histórias se acomodarem no pensamento. Plim, plim!
Parti para a leitura de uma história do Contos de Artimanhas e Travessuras (Vários Autores, Ática). A raposa estava comendo os peixes quando o mesmo primeiro caminhão voltava pela via oposta convidando a todos para a promoçào de aniversário do tal supermercado. Desta vez, era seguido por algumas kombis, fiorinos e outros veículos da frota da empresa. Ora o tomate estava em promoção, ora Claudia Leite cantava seu axé. As crianças pareciam mais incomodadas que a gente - mas nem eu, nem Edna, nem Tino, nem Célio cabíamos em meio a tanto aborrecimento. Plim, plim!
Foi então que a pequena Samara pediu para ler um livro que gostamos muito por aqui: Coitada da Raposa! (Sandra Ronca, Cortez). A história é bem divertida e vai levando o leitor por um caminho que parece mas não é tão óbvio. Aí o livro ganha o sorriso no olhar dos pequenos. Samara começou a leitura em voz baixa, ainda tímida, mas depois a história pegou e - sem interrupções - chegou ao seu final surpreendente. Depois a monitora Samantha pediu para ler A Cidade dos Carregadores de Pedras (Sandra Branco, ilustrado por Elma, Cortez). Partindo de uma metáfora genial, a autora desfila um enredo gostoso em que ora os meninos se espantam com uma cidade em que todos carregam pedras ora se encantam com o final transformador da história. Por fim, brinquedos cantados como o Andar de Trem (foto abaixo) descontraíram a turma antes do retorno para casa.
É sempre bom que o mediador tome conhecimento prévio do que vai ler para o público. Assim, prepara-se melhor para as palavras difíceis, para as entonações certas, para o jogo entre o livro e o espectador. Naquela manhã barulhenta, as crianças perceberam nosso incômodo e pediram para ler novas histórias. Não foi um exemplo de mediação. Mas, certamente, um exemplo de carinho pelo outro. Sim, nas manhãs de sábado, não só aprendemos - todos - o prazer em descobrir boas histórias nos livros. Aprendemos também a respeitar o próximo. Sem barulhos. Hatuna Matata.
P.S. Um dia, escreverei um post sobre a conquista da nossa sede. Enquanto este dia não chega, agradecemos ao pessoal da Creche Comunitária da Criança que nos acolhe sempre com muito carinho. Fazem o possível para que sigamos com o nosso trabalho.
Fiz um brinquedo cantado para descontrair e introduzir a a mediação de O Amigo Urso (Mery Weiss, Formato). Fom Fom! Buzinou um grande carro preto para um barulhento fusquinha que se arrastava na pista ao lado da gente. Bip Bip! Respondeu o fusquinha. Cri Cri! Ssssssssss!! Groaaarrrr!!! A cobra, o grilo, o urso e as crianças se manifestaram. Outra pausa para a rua deixar as histórias se acomodarem no pensamento. Plim, plim!
Parti para a leitura de uma história do Contos de Artimanhas e Travessuras (Vários Autores, Ática). A raposa estava comendo os peixes quando o mesmo primeiro caminhão voltava pela via oposta convidando a todos para a promoçào de aniversário do tal supermercado. Desta vez, era seguido por algumas kombis, fiorinos e outros veículos da frota da empresa. Ora o tomate estava em promoção, ora Claudia Leite cantava seu axé. As crianças pareciam mais incomodadas que a gente - mas nem eu, nem Edna, nem Tino, nem Célio cabíamos em meio a tanto aborrecimento. Plim, plim!
Foi então que a pequena Samara pediu para ler um livro que gostamos muito por aqui: Coitada da Raposa! (Sandra Ronca, Cortez). A história é bem divertida e vai levando o leitor por um caminho que parece mas não é tão óbvio. Aí o livro ganha o sorriso no olhar dos pequenos. Samara começou a leitura em voz baixa, ainda tímida, mas depois a história pegou e - sem interrupções - chegou ao seu final surpreendente. Depois a monitora Samantha pediu para ler A Cidade dos Carregadores de Pedras (Sandra Branco, ilustrado por Elma, Cortez). Partindo de uma metáfora genial, a autora desfila um enredo gostoso em que ora os meninos se espantam com uma cidade em que todos carregam pedras ora se encantam com o final transformador da história. Por fim, brinquedos cantados como o Andar de Trem (foto abaixo) descontraíram a turma antes do retorno para casa.
É sempre bom que o mediador tome conhecimento prévio do que vai ler para o público. Assim, prepara-se melhor para as palavras difíceis, para as entonações certas, para o jogo entre o livro e o espectador. Naquela manhã barulhenta, as crianças perceberam nosso incômodo e pediram para ler novas histórias. Não foi um exemplo de mediação. Mas, certamente, um exemplo de carinho pelo outro. Sim, nas manhãs de sábado, não só aprendemos - todos - o prazer em descobrir boas histórias nos livros. Aprendemos também a respeitar o próximo. Sem barulhos. Hatuna Matata.
P.S. Um dia, escreverei um post sobre a conquista da nossa sede. Enquanto este dia não chega, agradecemos ao pessoal da Creche Comunitária da Criança que nos acolhe sempre com muito carinho. Fazem o possível para que sigamos com o nosso trabalho.
sábado, 30 de maio de 2009
Aos curiosos desparafusadamente sem juízo...
Queridos amigos... a MANATI disponibilizou em seu site as primeiras páginas do CADÊ O JUÍZO DO MENINO, meu primogênito literário que está para nascer. Ilustrado por MARIANA MASSARANI, o danado já entrou em trabalho de parto, foi para a gráfica e está lá colocando seus parafusinhos para fora aos poucos, dando cambalhotas, chutando a prensa e gritando para todo mundo: QUERO SAIIIIIIRRRRRRRRRRR!!!
Se vocês quiserem dar uma olhadinha, acessem ESTE LINK.
Aviso: O início não entrega o jogo e - segundo minha querida amiga LÍGIA PIN - serve para aumentar a curiosidade. Assim que estiver dispponível para vendas on line eu aviso a todos. Hatuna Matata.
Se vocês quiserem dar uma olhadinha, acessem ESTE LINK.
Aviso: O início não entrega o jogo e - segundo minha querida amiga LÍGIA PIN - serve para aumentar a curiosidade. Assim que estiver dispponível para vendas on line eu aviso a todos. Hatuna Matata.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Tempo de Caju
Quando chegavam as férias de dezembro papai lotava a marajó com a família e enfrentávamos 12 horas de estrada para ir da Bahia ao Ceará. Era tempo de festa, de banho de rio, banho de mar, shopping center, cinema… era tempo de caju. Eu achava lindo quando a carro passava por Pacajus e via as margens da estrada apinhadas de grandes cajueiros e seus frutos coloridos.
Caju é fruto abundante no Ceará. Aliás, o fruto, mesmo, é a castanha. Ambos – castanha e carne do caju (o tal pseudofruto) - me deixam com água na boca. Aprecio também o suco, o doce em calda, cristalizado, a cajuína. Tem até hambúrguer de caju. O maior cajueiro do planeta tem suas raízes em solo potiguar. É uma árvore gigantesca, cheia de ramificações. Fui conhecê-la ano passado com meu pai e Pedro, meu filho. Mas era o mês de julho. Não era tempo de caju, que ocorre normalmente entre outubro a dezembro.
Dia desses fiquei surpreso ao encontrar belos e saborosos cajus em pleno mês de maio. Chegaram por email. Foram enviados por Socorro Acioli, menina do Ceará, rica em talentos na hora de contar histórias. Plantados por ela e pelo ilustrador Daniel Diaz, a safra de cajus que chegou por aqui foi comprada pelo Governo do Estado do Ceará, através do programa Alfabetização na Idade Certa, como forma de matar a fome de leitura dos pequenos alencarinos. 40 mil exemplares distribuídos na rede escolar estadual.
É isso mesmo que você entendeu: os cajus de Socorro e Daniel vieram em forma de livro. Chama-se TEMPO DE CAJU e conta uma bela história sobre como o curumim Porã se tornou um sábio cacique. O texto emociona e as ilustrações saltam aos olhos com suas cores ricas e traços com referências às pinturas indígenas. O livro não está à venda nas livrarias, mas você pode baixá-lo gratuitamente CLICANDO AQUI e descobrir que até mesmo os cajus virtuais têm seus sabores para bons leitores. Por aqui, não me canso de provar. Desfrute à vontade. Não dá indigestão. Hatuna Matata.
P.S.1 Socorro Acioli é autora de vários livros, dos quais O ANJO E O LAGO e A CASA DOS BENJAMINS foram resenhados neste blog.
P.S.2 Acredite, na primeira foto, toda aquela copa atrás de mim, pertence apenas a UM cajueiro.
Caju é fruto abundante no Ceará. Aliás, o fruto, mesmo, é a castanha. Ambos – castanha e carne do caju (o tal pseudofruto) - me deixam com água na boca. Aprecio também o suco, o doce em calda, cristalizado, a cajuína. Tem até hambúrguer de caju. O maior cajueiro do planeta tem suas raízes em solo potiguar. É uma árvore gigantesca, cheia de ramificações. Fui conhecê-la ano passado com meu pai e Pedro, meu filho. Mas era o mês de julho. Não era tempo de caju, que ocorre normalmente entre outubro a dezembro.
Dia desses fiquei surpreso ao encontrar belos e saborosos cajus em pleno mês de maio. Chegaram por email. Foram enviados por Socorro Acioli, menina do Ceará, rica em talentos na hora de contar histórias. Plantados por ela e pelo ilustrador Daniel Diaz, a safra de cajus que chegou por aqui foi comprada pelo Governo do Estado do Ceará, através do programa Alfabetização na Idade Certa, como forma de matar a fome de leitura dos pequenos alencarinos. 40 mil exemplares distribuídos na rede escolar estadual.
É isso mesmo que você entendeu: os cajus de Socorro e Daniel vieram em forma de livro. Chama-se TEMPO DE CAJU e conta uma bela história sobre como o curumim Porã se tornou um sábio cacique. O texto emociona e as ilustrações saltam aos olhos com suas cores ricas e traços com referências às pinturas indígenas. O livro não está à venda nas livrarias, mas você pode baixá-lo gratuitamente CLICANDO AQUI e descobrir que até mesmo os cajus virtuais têm seus sabores para bons leitores. Por aqui, não me canso de provar. Desfrute à vontade. Não dá indigestão. Hatuna Matata.
P.S.1 Socorro Acioli é autora de vários livros, dos quais O ANJO E O LAGO e A CASA DOS BENJAMINS foram resenhados neste blog.
P.S.2 Acredite, na primeira foto, toda aquela copa atrás de mim, pertence apenas a UM cajueiro.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Ah, se eles pudessem escolher...
No início do projeto - nos idos de 2006 - decidimos que o projeto deveria fugir de qualquer proposta educacional - entenda-se escolar, professoral. O prazer de ler deveria vir sem as fichas literárias; sem a obrigação de aprovação ou reprovação por testes ou frequencia. Nós fazemos sim, um acompanhamento da turma para um controle interno, mas ali todos vão porque gostam. Mas nem sempre é assim. Por exemplo, no sábado, 16 de maio, pouca gente apareceu pois, devido à greve dos professores do GDF, houve reposição de aulas naquela data. Muita gente mandou recado pelos outros, que apareceram ou por que faltaram a aula ou por estudarem à tarde. Teve até bilhetes das mães. A novidade naquela manhã foi a presença sempre bem vinda do Célio, que andava afastado por motivos de força maior.
Estendemos o tapete no interior da Creche Comunitária da Criança, fizemos uma sessão de músicas incorporando novas canções no repertório e depois o Tino partiu para a mediação. A primeira leitura foi a do livro DIÁRIO DE UM GATO ASSASSINO (Anne Fine, com ilustrações de Sofia Balzola, Edições SM). O suspense foi acompanhado por todos, embora algumas crianças tenha achado a história um pouco longa demais. Mas insistimos com alguns textos maiores para exercitar a atenção da turma. De um modo geral, foi muito bom.
Na sequência, um livro diferente. EU ADORO CHOCOLATE (Davide Cali, com ilustrações de Evelyn Daviddi, Girafinha) é um livro que desperta sensações. Não traz uma história linear, mas abre o apetite por mostrar as cores, sabores e outras delícias do universo desta paixão universal. Foi ler e ouvir huuummmmms e nhaaaaaams!!! A cada frase, sempre uma criança se manifestava concordando ou não. Ótima leitura para interagir com os ouvintes.
Por fim, o terceiro livro daquela manhã foi COMO COMEÇA (Silvana Tavano, com ilustrações inspiradíssimas de Elma, Callis). Um texto sensível, feito sob medida para brincar com a fantasia dos pequenos. Não é à toa que recebeu o selo de Altamente Recomendável da FNLIJ. Um casamento perfeito entre palavra e imagem. Ao final da leitura, aplausos espontâneos das crianças. Já sabem reconhecer uma obra de arte.
Depois do lanche (bolo de chocolate com refrigerante), a euforia de sempre na escolha dos livros, a ida até a pista para ajudar a turma a atravessar a avenida, um bate papo sobre as impressões da manhã com Edna, Tino e Célio e as primeiras ideias para a semana seguinte. Ficamos com a impressão de que o dia seria ainda melhor se todas as crianças tivessem a liberdade para escolher o que fazer nas suas manhãs de sábado. Hatuna Matata.
Estendemos o tapete no interior da Creche Comunitária da Criança, fizemos uma sessão de músicas incorporando novas canções no repertório e depois o Tino partiu para a mediação. A primeira leitura foi a do livro DIÁRIO DE UM GATO ASSASSINO (Anne Fine, com ilustrações de Sofia Balzola, Edições SM). O suspense foi acompanhado por todos, embora algumas crianças tenha achado a história um pouco longa demais. Mas insistimos com alguns textos maiores para exercitar a atenção da turma. De um modo geral, foi muito bom.
Na sequência, um livro diferente. EU ADORO CHOCOLATE (Davide Cali, com ilustrações de Evelyn Daviddi, Girafinha) é um livro que desperta sensações. Não traz uma história linear, mas abre o apetite por mostrar as cores, sabores e outras delícias do universo desta paixão universal. Foi ler e ouvir huuummmmms e nhaaaaaams!!! A cada frase, sempre uma criança se manifestava concordando ou não. Ótima leitura para interagir com os ouvintes.
Por fim, o terceiro livro daquela manhã foi COMO COMEÇA (Silvana Tavano, com ilustrações inspiradíssimas de Elma, Callis). Um texto sensível, feito sob medida para brincar com a fantasia dos pequenos. Não é à toa que recebeu o selo de Altamente Recomendável da FNLIJ. Um casamento perfeito entre palavra e imagem. Ao final da leitura, aplausos espontâneos das crianças. Já sabem reconhecer uma obra de arte.
Depois do lanche (bolo de chocolate com refrigerante), a euforia de sempre na escolha dos livros, a ida até a pista para ajudar a turma a atravessar a avenida, um bate papo sobre as impressões da manhã com Edna, Tino e Célio e as primeiras ideias para a semana seguinte. Ficamos com a impressão de que o dia seria ainda melhor se todas as crianças tivessem a liberdade para escolher o que fazer nas suas manhãs de sábado. Hatuna Matata.
Louco para andar na montanha russa...
Pois é gente... saiu a programação do 11º Salão FNLIJ e, é verdade, estarei lá como autor, lançando CADÊ O JUÍZO DO MENINO (com ilustrações da MARIANA MASSARANI, Editora MANATI) - que está ganhando forma na gráfica. Mariana estará lá e - espero eu - que Bia Hetzel e Silvia Negreiros também apareçam. Todos responsáveis pela belezura que ficou o livro.
O lançamento acontecerá na sexta feira, 19 de junho, as 15h, na Biblioteca para Crianças. Só de pensar dá um friozinho na barriga. Uma mistura de felicidade e apreensão. Coisa de quem vai ao parque de diversões, louco para andar na montanha russa e hesita por 30 segundos antes de cruzar a roleta. O Salão da FNLIJ acontece na Cidade Maravilhosa, no Centro Cultural da Ação da Cidadania, de 10 a 21 de junho. Estive no Salão nas suas duas últimas edições e espero - mais uma vez - reencontrar e fazer novos amigos, descobrir novas histórias e desparafusar o juízo em meio a tanta literatura. Pois, é... meu livro fala um pouco sobre isso. Estão todos convidados. A gente se encontra por lá. Abaixo, uma palhinha da quarta capa do livro.
CLIQUE AQUI para conferir toda a programação do 11º SALÃO FNLIJ.
O lançamento acontecerá na sexta feira, 19 de junho, as 15h, na Biblioteca para Crianças. Só de pensar dá um friozinho na barriga. Uma mistura de felicidade e apreensão. Coisa de quem vai ao parque de diversões, louco para andar na montanha russa e hesita por 30 segundos antes de cruzar a roleta. O Salão da FNLIJ acontece na Cidade Maravilhosa, no Centro Cultural da Ação da Cidadania, de 10 a 21 de junho. Estive no Salão nas suas duas últimas edições e espero - mais uma vez - reencontrar e fazer novos amigos, descobrir novas histórias e desparafusar o juízo em meio a tanta literatura. Pois, é... meu livro fala um pouco sobre isso. Estão todos convidados. A gente se encontra por lá. Abaixo, uma palhinha da quarta capa do livro.
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