Há exatos 10 anos, Sylvia Orthof foi conhecer as estrelas. E os Roedores de Livros sentem uma falta danada dela. Escritora que revolucionou a literatura infantil no início dos anos 80 com suas histórias repletas de bom humor e criatividade, Sylvia publicou mais de 100 livros, fez grandes amigos e, como a personagem Fada Fofa, saía descobrindo sorrisos em crianças e adultos.
Se você, querido internauta, nunca ouviu falar de Sylvia Orthof, não se sinta culpado. Parece que o Brasil tem o dom de esquecer seus gênios e, consequentemente, não propagar seus feitos às novas gerações. A imprensa também se esqueceu de Sylvia Orthof. Pelo menos aqui em Brasília, onde ela foi muito importante no desenvolvimento do teatro local no início dos anos 70. Não se fala em homenagens à sua obra. Ainda bem que nem todos se calam. No último dia 19 de julho, Fanny Abramovich lançou o livro Sylvia Sempre Surpreendente (Paulinas, com ilustrações de Ge Orthof) em que relata sua convivência com a autora. Os Roedores de Livros preparam ainda para este semestre o espetáculo FIRIMFIRIMFIMFOCA – Histórias de uma fada carioca. Nossa homenagem à Sylvia Orthof. Vocês serão convidados.
Contam por aí que, pessoalmente, Sylvia também era dona de um bom humor infalível! No penúltimo dia do 9º Salão do Livro da FNLIJ, Luiz Raul Machado, Léo Cunha e Ricardo Benevides prestaram uma homenagem à autora contando alguns fatos que dividiram com ela, multiplicando risos e lágrimas naquele fim de tarde carioca. Os Roedores de Livros estavam lá (foto acima). Inesquecível!!! Assim como Sylvia.
Se você nunca leu nada desta autora, recomendo o espetacular livro BICHOS QUE TIVE (Salamandra, com ilustrações de Gê Orthof) em que ela relata suas experiências com bichos de estimação. Coelho, cachorro, Elefante, bicho papão e até um bicho de pé. Mas, se Sylvia já pertence ao seu universo, talvez você não tenha lido ainda o SE A MEMÓRIA NÃO ME FALHA (Nova Fronteira, com ilustrações de Tato) onde a autora conta fatos e sentimentos comuns à adolescência resgatados de seu próprio passado: o primeiro beijo, o baile tão esperado, as farras no colégio, medos, sustos e emoções.
No final do livro, ela diz: “Acho que vou dar uma volta pela praça da Liberdade. O nome da praça é doce, você não acha? Um beijão, tchau”. O livro é de 1987. Dez anos depois ela resolveu dar uma volta nas estrelas. Nesta noite, olho para o céu peço à Fada Fofa que continue inspirando a fantasia dos anjos para que protejam os que ainda estão por aqui em busca do pote de ouro no fim do arco-íris. Amém! E viva Sylvia Orthof!!!
2 comentários:
Ana, cheguei nesse blog procurando sobre saci.. hehe.. voce colocou um post a algum tempo sobre o socaci.org. Mas enfim, esse post é para parabenizar pela inciativa literária, e pelo nome do blog, muitissimo feliz: "Roedores de Livros". Parabéns, foi para meus favoritos!
Estava pesquisando Tato Orthof encontrei este blog, sou professora coordenadora em uma escola estadual de Indaiatuba, estamos desenvolvendo um projeto de leitura ,dentre as escritoras está a Silvia Orthof, não consegui sobre Tato se souber algo, mas tenho certeza que por tras de uma grande mulher está um grande homem,parabéns pelo seu bog conheça nosso blog http://eeaurea.blogspot.com
Vera Ivanov
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