Gente... nos meus tempos de criança... ou melhor... ainda estou nestes tempos... quando eu era menor... a Baby Consuelo (hoje, Baby do Brasil) cantava que "todo dia era dia de índio", música do Jorge Ben... enfim... seguindo esta idéia... hoje é dia de um indígena muito especial para a nossa literatura infantil... Certamente, hoje, as estrelas estão mais brilhantes no céu Munduruku, onde os Formigas Gigantes, os Caras-Pretas, devem estar contando a aventura de um filho que saiu da aldeia para encantar crianças e adultos mundo afora com as histórias indígenas. Pois hoje é dia de comemorar o aniversário de Daniel Munduruku. Os Roedores de Livros são fãs das histórias que o Daniel conta. Adoramos o cuidado com que trata seus livros... sempre com ótimos ilustradores, sempre histórias que nos faz mergulhar ainda mais em nossa cultura. Para se ter a idéia da importância do resgate que o Daniel, entre outros autores, faz com sua arte, em 1883 o sergipano Silvio Romero publicou o livro Contos Populares do Brasil, onde selecionou 51 contos de origem européia e apenas 21 indígenas, e 16 contos de origem africana. Daniel trabalha para corrigir estes números.
Pensando nisso, saí hoje para investir uns reais num livro que desejava há algum tempo: Os Filhos do Sangue do Céu e outras histórias indígenas de origem. O livro, uma belíssima publicação da Landy tem ilustrações fantásticas de Rosinha Campos e conta como surgiu o povo Tariano, as origens do fogo, do milho e da mandioca e é repleto de notas importantes sobre a cultura indígena. Indígena? Sim... existe diferença entre as palavras “índio” e “indígena”... aprendi isso hoje, lendo o livro. Descobri que o piauí é o único estado brasileiro sem uma comunidade indígena sequer. Aprendi muito mais com as histórias de Daniel, mas deixo vocês com o desejo de aprender lendo o livro. Foi a minha forma de curtir este “Dia de Índio”.
Outro livro muito importante e ítem obrigatório em qualquer biblioteca é o Coisas de Índio – Versão Infantil, publicado pela Callis, com ilustrações de Camila Mesquita, onde Daniel traduz de forma simples informações sobre a história, cultura cotidiana, enfim, coisas de índio. Tem um caráter didático, mas, escrito por quem tem orgulho das suas raízes, se transforma numa deliciosa leitura. Recebeu o prêmio Jabuti em 2004. Bem, se você se interessar um pouco mais pelo trabalho do Daniel Munduruku, pode ainda viajar no seu site: http://www.danielmunduruku.com.br/ . Deixamos aqui um abraço de letrinhas bem apertado para ele e o desejo de que suas histórias continuem a encantar o mundo. Parabéns!
Um comentário:
Eu tenho pesquisado este tema : ìndios de uns meses pra cá e fico cada vez mais maravilhado! Vou atrás dos trabalhos deste autor.
Obrigado pela dica!
Postar um comentário