terça-feira, 1 de junho de 2010

O craque da Copa do Mundo é Odilon Moraes

Quando se fala em Copa do Mundo de Futebol a primeira lembrança que tenho não é da Seleção Canarinho, mas da Argentina. Nasci em 1972 e, apesar de estar certo que assisti a alguma coisa da copa da alemanha em 74 a memória me falha completamente. Mas, com seis anos, em 1978, lembro perfeitamente daquela noite, na sala de casa, meu pai, minha mãe, amigos da família, o primeiro aniversário do meu irmão. Era 21 de junho. Um barulhão das conversas das pessoas apaixonadas por um Brasil que estava por vir e uma torcida alegre e otimista pela seleção peruana. Explico: para o Brasil se classificar para a final era necessário que a Argentina fizesse 4 ou mais gols de diferença.

A copa era na Argentina e, apesar da nossa torcida, a seleção peruana entregou o jogo perdendo por 6 x 0. O barulhão foi se aquietando a cada gol portenho. Uma tristeza gigante que eu ainda não entendia de onde vinha. Depois, o Brasil – que tinha em Rivelino o seu camisa 10 - ganhou da Itália por 2 x 1 e ficou com o terceiro lugar sem ter perdido uma partida sequer. Fomos campeões morais. Coisas do futebol. E eu estava com a camisa rubro-negra do meu time de coração.

Quatro anos depois, o Flamengo – meu time, depois do Fortaleza - já era campeão fluminense, brasileiro e mundial. Zico era o craque e dono da camisa 10 da Seleção brasileira – e eu vestia a mítica segunda camisa do mengão, branca. Ao lado de Sócrates, Falcão e companhia, o galinho de Quintino embalava o povo brasileiro num sonho repleto de futebol arte. Aquele sim foi o meu escrete favorito. E ainda hoje lembro como foi difícil descobrir de onde vinha aquela tristeza tão grande que dominara os amigos da família naquele 1978. O Brasil perdeu da Itália por 3 x 2, massacrado pelo camisa 20, Paolo Rossi. O segundo gol deles – num erro de passe infeliz de Toninho Cerezo ainda hoje me dá pesadelos.

Míope, dependendo dos óculos desde os 6 anos – daqueles “fundo de garrafa” – nunca fui um atleta fenomenal, embora tenha medalhas escolares em natação e handball - eu era goleiro!!! Lá pelos 12 anos ainda cultivava o sonho infantil de marcar um gol de cabeça. Naquele tempo eu era craque mesmo no violão - e em redação. Mas numa pelada no Clube Santana (em Sobradinho, BA) estava na área quando vi a bola chegar de um cruzamento. Parado estava, parado fiquei. Apenas fechei os olhos e inclinei a cabeça para receber a bolada. Aquilo doeu, mas foi bom. Fiz o gol da vitória e desde então, acho que nunca mais joguei uma partida. Virei torcedor profissional.

E é como torcedor que escolhi o meu craque da Copa do Mundo de 2010. Chama-se Odilon Moraes. Não sei se ele jogou futebol quando menino no interior paulista. Mas ele bate um bolão danado quando assume o ataque com um lápis na mão. Assim, ele resolveu contar uma história sobre o amor de um menino pela Seleção. Uma história em verde, amarelo, azul e branco. Uma m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a história com texto invisível.

Digo isso porque o texto - invisível no livro - está escrito na cabeça do leitor. Na sua, na minha, na de Odilon. Somos nós que colocamos as palavras, as vírgulas, as pausas. Somos nós que pasamos a história para a página seguinte e escolhemos a data e as personagens. O PRESENTE (Cosac Naify) é o gol de mão e cabeça (ao mesmo tempo) que Odilon nos oferece. E eu – que nunca tive uma camisa 10 autografada - vou levar a que ele desenhou para ganhar a sua assinatura no nosso próximo encontro. E será com ela que vou torcer para o Brasil ser campeão mais uma vez. Hatuna Matata.

P.S. As ilustrações acima (exceto a reprodução da capa do livro) são recortes das páginas do livro O PRESENTE. É preciso ler cada página por inteiro para que a arte de Odilon seja percebida em seu contexto original. Não as reproduzo por inteiro aqui para não estragar as surpresas do livro.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

4 anos de Roedores de Livros (2006 - 2010)

O céu da Ceilândia estava particularmente belo, sem nuvens, naquela manhã de sábado, 08 de maio. Ainda não sabíamos, mas seria um dia incrível no Roedores de Livros. Não só por que comemorávamos quatro anos de atividades (o projeto teve início em 6 de maio de 2006), mas por que as crianças apareceram em massa. Ah, teve outro motivo muito especial, mas só podemos dizer em junho. Por enquanto, cruzamos os dedos. 9h. A casa estava pronta para receber os amigos.

A garotada foi chegando, foi chegando e aí, o jeito foi abrir o tapete vermelho na sala de entrada. Três novos visitantes: Israel, Isabel e Isaac. Depois, dois irmãos (Fernando e Paulo). Ainda vieram duas Vitórias, Ana Clara, Sara, Tiago, Cauã, Cecília… aturma foi chegando como nunca naquele dia.

Tino começou com uma sequência de cantigas tradicionais: O sapo não lava o pé, Minhoca, Borboletinha, Dona Aranha, A Barata… e todo mundo foi participando, pedindo músicas e as canções ecoando pela sala, descendo pelas escadas e atraindo mais crianças.


Chegou a hora das histórias. Eu tinha levado alguns livros super-super para a mediação e comecei com A vaca que botou um ovo (Andy Cutbill, com ilustrações de Russel Ayto, Salamandra). Diverte e surpreende. O final é muito legal. E as crianças curtiram.

Mais crianças sentaram no tapete. Quase 30!!! Hora de ler Comilança (Fernando Vilela, DCL). O livro tem um formato que - junto com as ilustrações do autor - arregala o olho da gente. A cada página uma surpresa. Uma criança mais impaciente se levanta lá atrás da roda, outra criança se inclina ainda mais na direção do livro. Alegria, gente. A leitura foi um sucesso. Interação, integração, emoção. Foi demais!!!

Depois, Tino leu um livro que foi surpresa para todos: Shrek! (Wiliam Steig, Cia das Letrinhas). Ali, nenhuma criança sabia que o filme surgiu depois do livro. Tentavam adivinhar a história e ficavam mais e mais curiosos ao ver que, apesar de alguns personagens em comum (Shrek, burro e princesa), havia outros e um enredo diferente mas muito, muito engraçado. Divertiu tanto quanto o filme.

Terminada a mediação, Edna, Célio e Clara Etiene (nossa convidada especial, responsável direta por estarmos de casa nova) prepararam uma mesa especial para os parabéns. Bolo, suco, refrigerante e um monte de gente confraternizando conosco. Poses para as fotos, palmas, uhús e muita alegria.

Casa cheia, foi preciso dividir as crianças em três grupos. Um grupo ouvia Clara Etiene e o Tino mediando outros tantos livros. O terceiro, fazia Barangandões com Ana Paula. Depois de um tempo, trocávamos os grupos de lugar enquanto Edna coordenava a distribuição de tarefas, de crianças e tudo o mais que fosse preciso.


Outro grupo escolhia os livros para uma leitura ora compartilhada, ora sozinha, mas sempre sob o olhar atento do Célio. O terceiro, fazia Barangandões comigo. As crianças maiores serviram de monitores para os menores e isso foi muito legal. Depois de um tempo, trocamos os grupos de lugar enquanto Edna coordenava a distribuição de tarefas, de crianças e tudo o mais que fosse preciso.

Meio-dia, cansados e felizes, saímos da Torre A do Shopping Popular da Ceilândia com a certeza de que livros e crianças precisam se encontrar mais, produzindo manhãs cheias de fantasia e alegria. No térreo, muitos barangandões balançavam no ar. Como é bom ser criança. Como é bom viver a infância. Estamos prontos para mais quatro anos. E outros tantos. Hatuna Matata.


Um pau-de-arara para Brasília

Queridos leitores, hoje à tardinha, em Brasília, o escritor João Bosco Bezerra Bonfim fará o lançamento do seu livro mais recente: UM PAU-DE-ARARA PARA BRASÍLIA. O evento, incomum, acontecerá em cima de um caminhão, em frente à Biblioteca Demonstrativa de Brasília (EQS 506/507, W3 Sul), a partir das 17h. No programa - que deve seguir até as 19h - além da minha participação como "Mestre de Cerimônia", vários convidados farão a leitura de trechos do livro e os repentistas Chico de Assis e João Santana improvisarão sobre os temas propostos - acerca da imigração do sertão para Brasília, o poeta cearense João Bosco, e a Literatura de Cordel. Enfim, música, poesia, improviso e literatura em cima de um caminhão. Estão todos convidados para essa confraternização.

O livro, publicado pela Biruta, com um projeto gráfico ousado, da Rex Design, sobre ilustrações de Alexandre Torres, conta - em versos - uma história de amor que precisou atravessar o interior do Brasil em cima de um Pau-de-Arara para acontecer no coração do Brasil, em 1960.

O texto da quarta capa já é um convite:

Serão quinze ou vinte dias?
Nem o motorista sabe.
Só sabe que muito pó
a cada um sempre cabe.
Mas, do sertão a Brasília,
Ninguém lhes bota empate.

Brasília, moça de coragem, embarcou
em um pau-de-arara para Brasília.
Assum preto, folheteiro, seguiu atrás.

Será possívelconstruir uma cidade
inteira de uma vez só? Os brasileiros
conseguiram, e Brasília já comemora
50 anos. Conheça também um pouco
da aventura que viveram os candangos.

João Bosco Bezerra Bonfim é um artista da palavra e da vida nordestina. Já escrevia livros primorosos usando como principal ingrediente a literatura de cordel, muito antes do boom desse gênero. São primorosos os livros Chronica de D. Maria Quitéria dos Inhamuns e Romance do Vaqueiro Voador. Dois de seus livros (O Soldadinho de chumbo em cordel e No reino dos preás, o rei carcará) integraram o Catálogo de Bologna 2010, publicado pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil). Dos escritores que moram no Distrito Federal, apenas ele e Lígia Cademartori integraram essa lista.

No livro que lança hoje, Bosco relata mais uma história de amor. Vai além. Aproveita o mote e apresenta ao leitor a aventura do sertanejo ao embarcar num caminhão, cruzando o sertão, em direção a um futuro desconhecido, semanas a fio comendo poeira na estrada até alcançar o coração do Brasil, no grande canteiro de obras que foi a construção da Capital Federal. Poesia, história, fantasia. Uma certeza: boa leitura. Hatuna Matata!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

TV PIÁ - Com a palavra, A CRIANÇA!!!

Gente, há uma revolução a caminho. Os programas de TV feito para crianças estão indo além da mera apresentação de desenhos animados. Um deles é a TV PIÁ, do Canal Brasil. Nós já acompanhamos O BLOG da criançada do programa. Mas vale a pena assistir ao PRIMEIRO PROGRAMA. O formato é interessante e revela a surpreendente sinceridade que pode ter uma criança com um microfone na mão. Adoramos! Abaixo, um texto de apresentação simples e direto:

Esse é um programa infantil, feito por crianças do Brasil. Por não haver muita divulgação do mesmo e pela dificuldade encontrada em colocar vídeos de até 30min. on line na internet, o Vimeo passou a ser uma boa alternativa. O Programa só está na net porque nem todas as crianças que particiam do programa tem acesso ao mesmo, pelas vias comuns. Divirtam-se!

CLICANDO AQUI você conhece mais sobre a TV PIÁ. Vida longa a mais essa iniciativa. Assista e divulgue você também! Hatuna Matata!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Saiu a lista FNLIJ OS MELHORES LIVROS de 2009

Olá, pessoal... saindo para tomar a vacina contra a H1N1 resolvi dar uma passadinha no SITE DA FNLIJ e vi - COM MUITA ALEGRIA - que O LOBO (Graziela Hetzel, com ilustrações de Elisabeth Teixeira, Manati) ganhou como O MELHOR LIVRO PARA CRIANÇA. Na verdade, foi publicada a lista dOS MELHORES LIVROS de 2009 na ótica da instituição. Depois, comentamos as escolhas aqui no blog.
Para conhecer a NOSSA LISTA dos melhores de 2009, CLIQUE AQUI.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Contagem regressiva para o Controle Remoto

Olá pessoal, passo por aqui para informar que daqui a um mês (19 de junho, 16h) acontecerá o lançamento de mais uma obra deste Roedor de Livros que vos escreve: CONTROLE REMOTO. Com ilustrações de MARIANA MASSARANI e publicado pela editora MANATI, o livro será lançado no Rio de Janeiro, durante a programação do 12º Salão do Livro Infantil e Juvenil, que acontecerá no Centro Cultural Ação da Cidadania. Aguardo vocês por lá.

Para conhecer um pouco mais sobre o livro, acessem o blog LITERATINO. Hatuna Matata!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Saindo da toca em busca de novos leitores

Quase dois meses de Roedores de Livros no Shopping Popular da Ceilândia e ainda não conseguimos o número de crianças desejado. Estranho, não? Apesar de muitas crianças circularem nos dois pisos do shopping - um pouco mais tarde, é certo (por volta das 10h) - os filhos e netos dos feirantes (público inicial) não apareceram na sala da Torre A. Muitos dos que foram, continuam conosco, mas sentimos que precisávamos aparecer mais para eles. Então, na manhã do sábado 24 de abril fizemos uma ação diferente: descemos da torre, estendemos nosso tapete vermelho na área comum do primeiro piso, espalhamos umas almofadas e o Tino, como o flautista de hamelin, entoou seus cânticos de chamar meninos.

Aos poucos, algumas crianças - além das já conhecidas - foram se chegando. Os pais e avós interromperam suas compras e ficaram ao redor - uns em pé, outros nas cadeiras de plásticos da "praça de alimentação". Ao fim da cantoria 14 crianças já se espalhavam pelo tapete esperando a hora da história. Como era um dia especial, começamos com a clássica Bruxa, bruxa, venha à minha festa (Druce Arden, Brinque Book) em que as ilustrações pareciam saltar aos olhos dos pequenos. Ao final da história, a surpresa que encantou a todos. Ali, juntos, estávamos convidados e prontos para a festa do encontro entre os livros e as crianças.

Duas sacolas de livros e tantas histórias bacanas para contar. A edição pop up de Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela (Werner Holzwarth, com ilustrações de Wolf Erlbruch, Cia das Letrinhas) também fez um sucesso danado. A criançada se divertiu com os "movimentos" das ilustrações e com os diversos tipos de cocôs que foram aparecendo durante o enredo. Um super livro.

Entre outras leituras daquela manhã, o reconto de A galinha ruiva (Elza Fiúza, ilustrado por Leninha Lacerda, Moderna) foi a derradeira e a turma - que chegou a um total de 18 crianças - em coro, respondia quando a galinha perguntava se alguém poderia ajudá-la a preparar o bolo. Mas, ao final, todos participamos de uma manhã inesquecível, e que serviu também para apresentar o projeto para quem ainda não sabia. Esperamos ter mais crianças em breve.

Em nossa avaliação sobre a preferência das crianças em ficar à toa circulando no shopping enquanto os pais trabalham percebe-se um certo desinteresse dos responsáveis em levar as crianças ao projeto. O motivo, até imaginamos, mas não sabemos ao certo. O importante é sabermos que há muito ainda por fazer para pescarmos mais leitores - uma ação inicial é divulgarmos a ação nas escolas da redondeza. Mas é preciso um pouco mais de tempo para visitar tais escolas durante a semana. O Roedores de Livros é um projeto bancado por quatro teimosos que vez em quando se permitem viver no mundo da fantasia, embora a vida real grite o tempo todo chamando de volta ao batente. Mas, pelo menos, nas manhãs de sábado, estamos firmes na feliz missão de levar o prazer da leitura para mais crianças. Hatuna Matata.

Mais uma flor no jardim de André Neves

Quando conheci a história de Obax, em novembro de 2008, ela me tomou os ouvidos. Era puro texto. Sem desenhos. Sem as cores no papel. E já me encantara. A menina inventadeira de causos me remetia a uma infância cheia de fantasia, onde bastavam batatas e palitos para começar uma brincadeira. Hoje, se formos pensar a sério, quase não há tempo para isso. A TV entrega tudo pronto, formatado. É a fantasia de um a serviço da preguiça criativa dos outros. Mas voltemos ao assunto principal: novo livro de André Neves.

Passado um tempo, menina Obax - que me encantara meses atrás - ganhou uma editora, cores, formas e, mesmo assim, continuou me espetando a fantasia. É o tal do traço mágico de André Neves que retrata deixando espaços pra gente criar. E criar é verbo que domina a história da personagem africana, desacreditada pelas crianças e adultos de sua pequena aldeia quando disse ter visto cair do céu uma chuva de flores.

Ofendida, a pequena que já havia caçado ovos de avestruz, corrido com os antílopes e enfrentado crocodilos, sai pelo mundo em busca de uma prova da sua chuva de flores – afinal, naquela savana, mal chovia água. No caminho, encontra Nafisa, um elefante que a ajuda na sua viagem. O novo amigo, ainda por cima, seria testemunha de tudo que viesse a acontecer. Obax não estaria só.

Daí pra frente o enredo fica ainda mais rico. E cheio de surpresas. Surpresas até para mim, que já conhecia a história, mas fui redescobrí-la nas ilustrações de André, cheias de referências às cores e estampas (repare nos vestidos) vistas nas aldeias mais isoladas dos grandes centros africanos. Com um olhar mais atento, é possível encontrar peças de artesanato, utensílios domésticos e até uma tromba de elefante no abraço carinhoso da mãe do Obax (não sei se André a criou ou se foi minha imaginação).

Por fim, as flores. Ah, as flores de André. Dá para sentir o perfume de longe. E a primavera chegou com todo seu colorido no meio da secura desse Planalto Central assim que descobri o livro ontem à noite na estante da livraria. Não resisti e trouxe Obax para casa, onde a rego com o meu olhar e ela me responde florindo aqui na mesa ao lado do computador, soprando histórias e me deixando ainda mais apaixonado pela África.

No início do livro – publicado pela Brinque Book – André Neves escreve que “Quando o sol acorda no céu das savanas, uma luz fina se espalha sobre a vegetação escura e rasteira. O dia aquece, enquanto os homens lavram a terra e as mulheres cuidam dos afazeres domésticos e das crianças. Ao anoitecer, tudo volta a se encher de vazio, e o silêncio negro se transforma num ótimo companheiro para compartilhar boas histórias”.

Obax é também um ótimo companheiro. Se você o encontrar por aí, não hesite. Descubra as histórias que ele guarda em suas páginas e se emocione com o texto e o traço de André Neves. Hatuna Matata.

P.S. A quarta imagem, é o registro de André Neves contando a história de Obax para crianças numa escola em Pirenópolis, interior de Goiás.