
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Delicadeza, sem perder a esperteza.

Desde quando li o primeiro livro dessa escritora paulista (A MALDIÇÃO DA MOLEIRA) tenho procurado por Cobras em Compota, dito por alguns próximos como um livro fantástico. Ontem à noite devorei o danado do livro com um sorriso nos lábios. Depois de uma desnecessária "Carta ao leitor" escrita por alguém do Ministério da Cultura, fui iluminado pelo prefácio - esse sim, de categoria - escrito por Marcelino Freire, do qual tirei o título desse post: "Para curar o mau humor. A dor nas costas. O peso do dia-a-dia. O cansaço. Aliviar o seu ar preocupado. Eis o antídoto (...)"
Uma vez, numa palestra em São Paulo, Luiz Raul Machado disse que Marina Colasanti era um Andersen de saia. Acho até que já escrevi isso: para mim, Índigo é Nelson Rodrigues desencarnado. Imagine o escritor carioca escrevendo para crianças e jovens. Mas Índigo escreve também para os maiores. Eu sou fã. Leio tudo dela que chega por aqui. Ainda não consegui achar o tom para escrever sobre os ótimos SAGA ANIMAL e UM DÁLMATA DESCONTROLADO, obrigatórios em qualquer biblioteca infantil.
COBRAS EM COMPOTA é assim: indispensável. Dezenas de contos curtíssimos, ágeis. Um relato de loucas memórias de uma infância pra lá de criativa. Cobras guardadas em potes gigantes de maionese expostos na Sala de Ciências da escola; traquinagens entre irmãos na mesa do jantar ou brincando com o gato e a tal psicologia infantil. O livro vai chegando ao fim e as memórias vão adolescendo. Obrigatório para as leitoras - não apenas juvenis -, os contos Notícias do Dromedário, O Que eu Aprendi com as Gorilas, O Pintinho e o Analista e O Peixe Dele. Índigo ainda brinca - a sério - com o mundo da literatura nos contos O Livro Pompom, A Biblioteca Silenciosa e Namorado e Medo de Piolho - este último reproduzido ao final do post.
O Ministério da Educação, através do site DOMÍNIO PÚBLICO disponibiliza o livro em PDF. Eu tentei baixá-lo hoje pela manhã. Segundo informado no site, já foram feitos 921 downloads. Quando eu cliquei, esperei uns 10 minutos e dos 9 megas só havia sido baixado 1,3. Achei que fosse minha internet. Não era. Tentei de novo. A caixa de download que se abriu informou que demoraria 25 minutos para baixar. Resolvi escrever o post e até agora, baixou pouco mais da metade. Desisti. Você pode ter melhor sorte. CLIQUE AQUI para baixar o arquivo.
Mas se você for como eu, avesso a ler livros em monitores, procure numa biblioteca pública perto da sua casa (não sei se foi disponibilizado "somente" para bibliotecas escolares) ou nos sebos virtuais. Não é possível encontrá-lo nas livrarias! Não sei como, mas num desses sítios famosos, encontrei há pouco, quase duas dezenas de Cobras em Compotas disponíveis para compra. O livro É MUITO BOM!!! Hatuna Matata!!!
NAMORADO E MEDO DE PIOLHO (texto de Índigo)
Livro não vende. Não vende porque as pessoas não lêem. E assim ficava, num eterno mantra de que nesse país ninguém lê. Certo dia resolvi tomar uma providência. Procurei uma creche comunitária e pedi uma turma de jardim. Meu raciocínio era que de nada adiantava ensiná-los a ler, se eles não entendessem para que servia a leitura.
Ganhei a turma. Entre 4 e 5 anos. Analfabetos de tudo, do jeito que eu queria. Comecei a ler para eles. Levei u8m monte de livros, fizemos uma roda e passamos várias tardes assim, eu lendo e eles prestando atenção, sem piscar, de tão curiosos. Foi comovente. Ia embora feliz, certa de que estava pegando gosto pela coisa.
"Você não tem medo de pegar piolho?", foi o único comentário do meu namorado.
Corta.
Seis meses depois, continuava me encontrando semanalmente com a turminha. No final da leitura eles pulavam em cima de mim, me abraçavam, me cobriam de beijos.
Nunca peguei um piolho sequer. O namorado dançou faz tempo.
sábado, 26 de junho de 2010
Roedores de Livros na TV SENADO (programa INCLUSÃO)

Olá, pessoal,
No início do mês recebemos a visita da jornalista SOLANGE CALMON e a equipe do programa INCLUSÃO da TV SENADO para a gravação de um dia de atividades no projeto. O programa apresenta vários projetos e personagens que tem a leitura e a literatura infantil como foco. O Roedores de Livros aparece logo na abertura. A reportagem poderá ser assistida nesse domingo, 27/06, as 9h e as 17h, na TV Senado. Sintonize aí na sua cidade e compartilhe da nossa companhia na telinha.
Assim que for disponibilizado no Youtube a gente posta aqui no blog.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
De volta para a toca...

quarta-feira, 16 de junho de 2010
Apertando o PLAY e lançando outro livro no Salão FNLIJ
domingo, 13 de junho de 2010
Brasília, no Rio de Janeiro

Copiei o título do post do Dobras da Leitura para informar que estamos no Rio, para participar do 12° Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Nessa segunda, 15h, lanço o livro BRASÍLIA DE A a Z (com ilustrações do Kleber Sales - que estará aqui também). Durante o lançamento, um bate papo sobre curiosidades da Capital Federal. Espero você.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Se a casa é sonolenta, acordamos leitores!




Quanto ao zoom, a cada página que passava, as crianças foram entrando no jogo e prestando mais atenção nos detalhes para tentar adivinhar o que surgiria mais à frente. Ao final de leitura coletiva, experimentamos o livro de trás pra frente e foi igualmente deliciosa a sensação. Nossa turma mergulhou fundo no desafio de ler dois livros sem texto. Passaram com louvor.

quarta-feira, 9 de junho de 2010
Livro do TINO na lista dos 30 MELHORES LIVROS INFANTIS DO ANO


domingo, 6 de junho de 2010
Roedores de Livros na CRESCER - Projeto Generosidade

sexta-feira, 4 de junho de 2010
Roedores no brejo: rãs, sapos, um pouco de medo e um barquinho de papel.



Aí, uma das meninas pediu para ler O BICHO-MEDO E SEU SEGREDO (de Eliane Pimenta, com ilustrações de Mateus Rios, Manati). O livro estava no expositor e instigava a curiosidade da turma pelo seu título curioso (ninguém resiste a saber um segredo) e a ilustração genial do Mateus Rios. A cada página, o texto sussurrava um bicho estranho que atiçava o olhar da turma que ao ver as criações medonhas que habitavam o menino Leonardo. Foi uma pausa na saparia. Mas a garotada se amarrou na trama.




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