quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A invenção dos sonhos em papel...

Foi nas férias de 1982. Eu estava com 10 anos e guardo até hoje as sensações daquele domingo. Meus pais me levaram ao Cine São Luiz no centro de Fortaleza para assistir ao filme E.T. O Extraterrestre, de Steven Spielberg. Meu olhar era todo sentimento. Ainda hoje não consigo descrever as sensações. O local carregado de pompa, exibia um lustre gigantesco (pelo menos para meus pequenos olhos arregalados), paredes e pisos revestidos com mármore Carrara e a capacidade para impressionantes 1.500 espectadores. Mas meu olhar-menino não prestou muita atenção nestes detalhes. Estava grudado na tela e se enchia de cores, sons e fantasia que se derramaram em lágrimas e arrepios na hora em que a bicicleta levitou com o ET e Elliot cruzando o céu iluminado pela lua cheia. Acho que levitei também. Esta é, de fato, a seqüência cinematográfica que marcou a minha infância.

Para o pai de Hugo, a cena mais impressionante que havia visto no cinema foi a de um foguete voando para dentro de um olho desenhado na cara da lua. Ele disse que nunca havia experimentado sensação parecida. Era como ver seus sonhos em pleno dia. O filme em questão era Viagem à Lua (1902) de Georges Méliès. Este filme marcou a estrréia da ficção científica no cinema (veja o filme nos links PARTE 01 e PARTE 02).


Mas... quem é Hugo? E o que as minhas impressões e as do pai dele têm a ver com este espaço dedicado à literatura? Estas reminiscências cinematográficas brotaram depois que consegui largar o livro A INVENÇÃO DE HUGO CABRET (Texto e ilustrações de Brian Selznick, Edições SM) nesta madrugada. O pai de Hugo está em suas páginas. O Cine São Luiz e o E.T. de Spielberg também. Com certeza, seu filme preferido estará lá. Não explicitamente. Mas a leitura vai resgatar suas melhores lembranças do escurinho do cinema. Confesso que há tempos não devorava um livro de 500 páginas em pouco mais de 24 horas. Não o fiz em menos tempo, pois tinha outros afazeres.
O autor inova utilizando seqüências de imagens e textos de uma agilidade ímpar para contar a história do menino Hugo Cabret, um órfão que vive nos subterrâneos de uma estação de trem em Paris no início dos anos 30. Suas habilidades com a mecânica, sua busca por uma mensagem secreta – possivelmente deixada por seu pai –, suas aflições e descobertas me transformaram naquela criança que saiu do cinema anos atrás encantado com a fantasia vivida no interior daquela invenção dos sonhos.
Para se ter uma idéia do impacto desta leitura inovadora, em poucos minutos é possível chegar até a página 100. Aí, você já foi fisgado pela agilidade da trama. As belíssimas ilustrações feitas a lápis remetem a um storyboard. O projeto gráfico lembra o preto e branco dos filmes daquela época. Deixa as páginas com bordas escuras e por vezes – de tão mergulhado na história - imaginei meus dedos com manchas de grafite. Ainda estou sob o impacto de suas páginas. Já havia lido que este livro recebeu vários prêmios pelo mundo afora. Dizem que é o sucessor de Harry Potter como fenômeno de vendas para jovens. Esqueça isso! A INVENÇÃO DE HUGO CABRET é, antes de tudo, uma grande aventura, um sacolejo na fantasia. Um empurrão na imaginação no topo de uma montanha russa. Feche os olhos, abra os braços e sinta o vento bater no rosto. Mergulhe sem medo nas suas 534 páginas. Você vai descobrir um livro com cheiro, cores e sons. Um livro feito sob medida para encantar gerações de leitores.
Meu filho completará 10 anos em breve. É provável que o cinema já não apresente tantas surpresas para ele quanto já apresentou para mim e para o pai de Hugo Cabret. Mas, sem dúvida alguma, este livro pode ser inesquecível para ele que, assim como o personagem principal do livro, está cheio de segredos na cabeça, com o futuro entrando perfeitamente nos eixos.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Um jardim no asfalto

O que você faria se, de uma hora para outra, precisasse viajar e levar apenas o necessário? A menina Zolfe pensava em levar seu livro preferido, um caderno de desenho, lápis de cor, um vestido vermelho, uma capa de chuva, uma muda de roupa íntima e uma escova de dentes. Mas, na hora em que os homens mascarados invadiram sua casa e forçaram uma saída imediata, a menina levou o essencial: Émil, seu peixe de estimação.
A visão de Zolfe para as implicações pessoais acarretadas por acontecimentos políticos que forçaram sua família e outras pessoas da sua cidade a um êxodo tocado a fuzil é o tema central do ótimo livro Nenhum Peixe Aonde Ir (Marie-Francine Hébert, com ilustrações de Janice Nadeau, traduzido por Maria Luíza Borges, SM). O tema parece difícil, não é mesmo? Mas, de tão belos, texto e ilustração fazem deste livro um jardim florido e perfumado que brota no asfalto.
No meio de tanta angústia, muita prosa poética. Muita. Um estilo próximo ao de Bartolomeu Campos de Queirós. De não em não, a menina segue carregando seu peixe no aquário. A cada passo ele ganha peso. Tudo exige cuidado, pois está cercada de “gente grande brincando de guerra”. Zolfe “carrega o universo nos braços”. E assim, “quando se tem o mundo nos braços deve-se andar a passos lentos”. A leitura pede cuidado. Atenção. Passos lentos para que se possa apreciar a tradução que emociona, conquista. As ilustrações em aquarela ora encantam, ora assustam. Cores vivas dialogam com tons de cinza. Metáforas em forma de aves, gaiolas, máscaras... Árvores secas com raízes cobertas de folhas. Escadas prontas para levar a algum lugar. Um presente para os olhos.
Nenhum peixe aonde ir oferece surpresas. Em suas páginas, a amizade cresce verde e forte. Como uma trepadeira, embeleza o livro ocupando espaços impensáveis. Dentro do livro, outro. Aquele que a menina colocou como o primeiro ítem necessário, mas que deixou para trás: seu livro preferido. O Pote dos Sonhos. Presente de sua melhor amiga. Essencial para exercitar a fantasia em sua difícil jornada para lugar nenhum. Não precisou levar, pois o guarda na memória. O leitor é convidado a conhecer este outro livro na íntegra. Trechos dele se enlaçam com a vida que anda a passos lentos no mundo de Zolfe.
Você pode perguntar qual o destino do peixinho Émil. Eu não vou responder. Só posso dizer que a menina quer ser ceramista quando crescer. Quer construir um pote bem grande onde possa caber inteira. No ar, ficam outras perguntas: Qual universo carregaríamos nos braços? O que levaríamos na memória? Com quem compartilharíamos tudo isso? Vale pensar no que seria necessário e essencial para cada um de nós. Existe uma diferença sutil. E isso não é uma resposta. É um ponto final.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Bela reportagem sobre Sylvia Orthof

Quero convidar a todos, principalmente aos Orthóficos que visitam nosso blog, a ler a reportagem em que a escritora Sylvia Orthof foi retratada com as devidas honras. Ao final da matéria, publicada no suplemento literário PENSAR do jornal CORREIO BRAZILIENSE em 03 de novembro passado, Graça Ramos se reporta aos Roedores de Livros e ao espetáculo Firimfimfoca - Histórias de uma fada carioca. Para conhecer a íntegra da reportagem CLIQUE AQUI.

Bruxas soltas na ex-toca dos Roedores de Livros...

Quando chegamos à sede da OnG Pró Gente naquele sábado, 27 de outubro, para mais uma manhã com as crianças do Projeto Roedores de Livros, alguma coisa estranha pairava no ar. Não sei se era por causa da proximidade com o Dia das Bruxas ou por encontrar o chão repleto das cores dos Flamboyants. Definitivamente, suas flores ficam mais bonitas em contraste com o céu. O dia aguardava para nos mostrar suas surpresas. Nada agradáveis.
A primeira surpresa foi encontrarmos energia nas instalações depois de quatro semanas funcionando com luz natural. Ora, vivas!!! Mas a sala de leitura precisava de penumbra pois o tema da semana era histórias de magia e encantamento. Para dar um clima, convidamos a Hilariana para encarnar uma bruxa e contar uma história repleta de feitiços. Os meninos foram se envolvendo com a trama e pouco a pouco foram soltando interjeições, risadas e... foi se o espanto, ficou o encanto que abriu aquela bela manhã como num passe de mágica. Depois, Juliana se serviu dos livros para continuar semeando a fantasia. Caprichou nas meias, na voz e na escolhas das histórias. Não faltaram abracadabras, ocus pocus e pirlimpimpins.
Na oficina, continuamos trabalhando com cores e texturas. Desta vez usamos folhas de lixa e as crianças foram trabalhando com giz de cera. O resultado também foi muito bacana e, como já falei em outro momento, notamos uma melhora significativa na criatividade e no desenvolvimento motor da turma.
Mas aquela manhã reservava mais surpresas que a volta da luz nos salões da Pró Gente. Pouco depois do lanche fomos surpreendidos com a notícia da venda da sede da OnG para uma faculdade particular e, conseqüentemente, os Roedores de Livros não poderiam oferecer o projeto naquelas instalações muito em breve. Foi um susto! O que fazer com as crianças? Será que encerraremos o projeto este ano na data prevista? Estas e outras questões pulavam na minha cabeça naqueles minutos iniciais. Dores de cabeça.
Naquele momento, no projeto, só os Roedores fundadores Juliana, Vilma, Tino e eu. Uma reunião rápida para algumas decisões urgentes. O que fazer? Contar a verdade para as crianças, foi a decisão. Nada de fantasias. O assunto era sério demais. Outra reunião. Desta vez na sala de leitura com as crianças. Ficamos todos tristes com a possibilidade de mudança de endereço em 2008. Mas não desistiríamos tão fácil das crianças. De lá pra cá muita coisa tem acontecido. Aos poucos vocês acompanharão aqui o desenrolar de mais esta pedra no caminho. Nunca foi fácil. Mas já aprendemos a andar nesta difícil seara do trabalho social voluntário. Os Roedores de Livros continuam seu trabalho. Sempre!!! Hatuna Matata.

sábado, 10 de novembro de 2007

Dona Sofia vai para Porto Alegre...

Quando soubemos da visita de André Neves a Brasília, além da felicidade com a chegada do amigo, colocamos em prática uma idéia que rondava nossa fantasia desde que conhecemos Crico e Daniel, da Fábrica de Bonecas aqui em Brasília. Cientes da criatividade da dupla, encomendamos a Dona Sofia para presentearmos André com uma versão 3D de uma das suas personagens mais queridas. A imagem que serviu de inspiração foi pinçada da segunda versão do livro A CALIGRAFIA DE DONA SOFIA (texto e ilustrações de André Neves, compilação de poemas de diversos poetas, Paulinas).
Os meninos capricharam - vocês podem conferir nas fotos. Confessaram que depois de conhecer o livro a paixão por Dona Sofia só aumentou. Foi difícil tirá-la do ateliê. Ficaram fãs do trabalho do André quem por sua vez, se encantou com trabalho dos meninos. Os Roedores de Livros somos fãs de todos eles. Dona sofia chegou para André dentro de uma caixa de correio. Surpresa no olhar. Sorriso latente. Foi uma felicidade só. Temos a certeza que ganhará um cantinho especial em Porto Alegre.
Em breve, aqui no blog, a cobertura da passagem de André Neves por Brasília.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O Roedor de Livros de André Neves

Neste ano e meio de Roedores de Livros guardamos na estante mais que livros. Viagens, bobagens e novos amigos. Ontem reencontramos André Neves que trouxe na mala presentes para os Roedores. Entre eles a ilustração acima (clique sobre a imagom para ampliá-la). Papelão, colagem, pintura, carinho, talento e surpresa que deixaram a mim e ao Tino sem palavras. Nosso querido ilustrador pernambucano-gaúcho estará por aqui falando sobre seu trabalho para professores da rede pública hoje e amanhã. Os Roedores de Livros estarão presentes. Aguardem mais notícias.
Agora, vou sair para a casa de molduras pois o roedor de André Neves está ansioso para encontrar os originais de Biry Sarkis, Jô Oliveira e Laura Castilhos entre outros que encantam a nós e as crianças com sua arte. Obrigada a todos. Obrigada, André Neves. Hatuna Matata!!!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Roedores de Livros e Instituto C&A

Parte da equipe dos Roedores de Livros foi convidada pelo Instituto C&A para fazer uma avaliação e seleção de textos dos voluntários e educadores participantes dos projetos apoiados por aquela empresa. O tema foi UMA LEITURA QUE MEXEU COM MINHA CABEÇA.
Depois da nossa seleção, o site do Instituto C&A começou a publicar as redações vencedoras. O primeiro lugar entre os educadores foi para Alexandra Santana da Silva que escreveu sobre o impacto do livro Chapeuzinho Amarelo (Chico Buarque, com ilustrações de Ziraldo, José Olympio) na sua vida. Leia aqui.
As imagens acima foram copiadas do site do instituto C&A.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Entrega do Prêmio Viva Leitura 2007

Na última terça, 30 de outubro, aconteceu aqui em Brasília, nas Sala Martins Pena do Teatro Nacional a entrega do Prêmio Viva Leitura. Voltado para premiar e ao mesmo tempo conhecer ações que buscam despertar e incentivar o gosto pela leitura, o prêmio apresentou naquela noite 15 projetos selecionados em três categorias distintas:

a) Bibliotecas públicas, privadas e comunitárias;
b) Escolas públicas e privadas;
c) Sociedade: empresas, ongs, pessoas físicas e universidades.

Criado e patrocinado pela Fundação Santillana, com o apoio da OEI – Organização dos Estados Ibero-americanos em parceria com o PNLL – Plano Nacional do Livro e Leitura, Ministério da Cultura e Ministério da Educação, o Viva Leitura deste ano recebeu 1855 inscrições, o que mostra um país preocupado com a questão da leitura e cercado de iniciativas por todos os lados. Ou seja, boa vontade e boas idéias a caminho de um Brasil mais responsável com a cultura. Pelo menos, é o que se espera.

A apresentação dos projetos, ao meu ver, foi muito resumida se compararmos com o que aconteceu na cerimônia de 2006, mas no CATÁLOGO 2007 do Prêmio Viva Leitura oferece uma visão mais ampla do que estes 15 projetos oferecem às suas comunidades (é preciso ter o Adobe Acrobat Reader instalado em seu computador para que o arquivo seja aberto).

Na primeira categoria (Bibliotecas públicas, privadas e comunitárias) o vencedor foi o projeto Borrachalioteca - um jeito diferente de ler o mundo, representado por Marcos Túlio Damascena (foto acima, ao centro). Uma idéia que mexeu com a comunidade local, na cidade de Sabará (MG), e emocionou a todos na cerimônia quando, ainda na apresentação em vídeo, arrancou aplausos da platéia. Simplicidade, vontade e livros. Parabéns Marcos. Os Roedores de Livros também aplaudem efusivamente a sua iniciativa.
Na categoria Escolas públicas e privadas o projeto vencedor foi o Retrato Falado, que acontece na Escola Santa Rita, em Barra Mansa (RJ) representado na cerimônia pela professora Fabiana de Carvalho (na foto acima ao meu lado e de Juliana). O projeto promove a participação de pais e alunos usando as histórias destes como motor para o gosto ela leitura. Emocionada com a premiação Fabiana dedicou o prêmio a sua mãe, também professora, de quem herdou a paixão por livros.
Por fim, o projeto Leitura para todos, de Belo Horizonte (MG), venceu na terceira categoria. Também aplaudidíssimo durante a apresentação em vídeo, este projeto de extensão da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais é de uma simplicidade que assusta e deveria ser implantado em todo o país. Não podíamos deixar de dar nosso abraço à Maria Antonieta Pereira, representante do projeto (na foto acima, Juliana, Maria e eu).
A cerimônia contou com o pocket show Piano e Voz de Ná Ozetti e André Mehmari. Um repertório luxuoso de clássicos da música brasileira passeando por Pixinguinha, Lupiscínio Rodrigues e Tom Jobim. Dos Roedores de Livros fomos eu, Juliana e o Tino (que fez as fotos). Nos bastidores, encontramos os queridos amigos Jô Oliveira, Cristiane, Sônia, Vânia (oficina pedagógica), Cláudia e Luciana (Editora Moderna), Rosângela e Franco (Ministério da Cultura). Conhecemos a presidente da Câmara Brasileira do Livro, Rosely Boschini, que marcou presença ao lado da Íris Borges (Vice Presidente Secretária). Por fim, um abraço gostoso e saudoso no professor Bartolomeu Campos de Queiroz (na foto acima), integrante do júri do projeto. Uma noite repleta de amigos e ações em torno de um bem comum: o incentivo ao hábito da leitura. Que estas idéias possam frutificar em mais leitores.

P.S. Os Roedores de Livros também participaram da solenidade de entrega do Prêmio Viva Leitura 2006. Se quiserem rever as impressões daquela noite, Clique Aqui.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Dia das crianças no Projeto - Parte IV

Mas ainda tinha mais... o bolo de chocolate deu um barato na garotada. Uma aura de alegria baixou naquele lugar. Acho que todos esquecemos as dificuldades, a falta de luz e outras faltas... Convidamos todos para a sala de leitura e o Tino apareceu com pipocas e pirulitos... loucura, loucura, loucura... Mas o melhor ainda estava por vir numa caixa florida com conteúdo misterioso.
Rolou um clima, curiosidade à flor da pele, passes de mágica... e...
Olha só o close nos meninos na hora exata em que abrimos a caixa... note que na foto anterior tinha um pessoal sentado lá atrás e agora estão todos ao redor...
Na caixa, uma edição em miniatura do livro Menino Maluquinho. cada criança ganhou o seu embalado pra presente e com um cartão exclusivo com seu nome e as felicitações dos Roedores de Livros. Eu chamava um a um e entregava o mimo que foi festejado por todos. Abaixo, Gabriel mostra o presente que coroou o o final daquele sábado muito, muito, muito feliz.

Gente, é óbvio que as crianças saíram de lá felizes. Mas eu quero dizer que nós também ficamos. A felicidade deles dá um barato na gente. Não tem preço e não dá pra explicar. Só vivenciando. Se depender da nossa vontade, exclusivamente dela, os roedores de livros ainda farão muitos sorrisos por aí. Amém!!!

P.S. Agradecemos a todos que ajudaram a tornar este dia uma realidade.

Dia das crianças no Projeto - Parte III

Após a escolha dos livros foi a hora da oficina de artes. Sobre um fundo de TNT preto os meninos foram descobrindo cores e formas com giz de cera e imaginação.
Quando fizemos as primeiras atividades de desenho na Ceilândia notamos as criançãs muito presas, com dificuldades na coordenação motora e com pouca criatividade. Meses depois elas estão mais íntimas com o processo de desenhar. Texturas diferentes, materiais diversos e várias atividades depois percebemos crianças mais criativas, mais coloridas, mais felizes.
Aí veio a hora do lanche. Um bolo de 4 quilos de chocolate com cobertura e recheios deliciosos. Gente, foi uma farra gigante. Aproveitamos para cantar os parabéns da Néia que fez aniversário dois dias depois.