quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Roedores na Feira de POA 2009

Queridos, estamos na Feira de POA, cansados e felizes. Por aqui, esposição do projeto Roedores de Livros na Vitrine da Leitura, Contação de Histórias, Lançamento do livro do Tino (Cadê o Juízo do Menino?) e exposição dos originais da Mariana Massarani (Antes de Ser Livro), um bate papo-violão na Padaria Espiritual riograndense e o reencontro com amigos queridos e o prazer de fazer novos amigos. A foto acima foi um flagrante da apersentação do dia 01 de novembro, feita sob um calor escaldante. Vocês podem ver outras fotos oficiais CLICANDO AQUI. As não oficiais - algumas - postaremos em breve. Hatuna Matata!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Texto de um Roedor de Livros na Revista Crescer.

Queridos Leitores, em setembro o Tino recebeu o convite da Revista CRESCER (Ed. Globo) para criar um texto a ser publicado na edição de outubro da revista. E assim aconteceu: O MENINO QUE FALAVA POUCO foi ricamente ilustrado por SIMONE MATIAS e está lá na seção QUINTAL, na página 102 da edição que se encontra nas bancas. A história foi inspirada em nossa viagem à Parati em julho passado e o Tino oferece ao querido Miguel. Para os mais curiosos, convido a descobrir a história completa na revista. Vale a pena. Hatuna Matata!!!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Roedores de Livros no Correio Braziliense

A REVISTA DO CORREIO, encartada no jornal CORREIO BRAZILIENSE do último domingo, 11 de outubro, publicou reportagem intitulada PALAVRINHAS MÁGICAS, da repórter Maria Júlia Lledó, em que o projeto ROEDORES DE LIVROS é citado ao lado de outros personagens como o cineasta Luiz Villaça, a professora Beatriz de Souza Griesinger, a consultora cultural e escritora Alessandra Garcia Trindade e a professora Eleonora Zicari. Abaixo, fac-símile da página que se reporta aos Roedores de Livros (clique sobre a imagem para ampliá-la) e a reprodução do texto que retrata uma manhã de sábado com as crianças.

Jardim das maravilhas


Acompanhadas por suas sacolas azuis, em que guardam os livros, as crianças chegam aos poucos à Creche Comunitária da Ceilândia. É sábado de manhã - "dia de história e lanche", fazem coro. A professora Edna Freitas, do grupo Roedores de Livros, traz uma caixa de contos e fábulas. "Vamos montar a casa no jardim?" As crianças prontamente saem para ajudá-la a abrir um tapete no gramado e espalhar livros de lobos, príncipes, princesas e dragões. A imaginação se encarrega de fantasiar as paredes e a porta de entrada para a "casa da leitura".

As crianças - 14, entre 8 e 12 anos de idade - esperam ansiosamente pela tia Ana. Artista plástica responsável pelo projeto Oficinas Pedagógicas na Secretaria de Educação do GDF, Ana Paula Bernardes, 39 anos, não gosta do título de contadora de histórias. Prefere o termo mediadora da leitura. Quando ela chega, as crianças se aproximam para ouvir a história do ursinho apavorado e do menino que tem medo do ridículo.

Começa a diversão da palavra escrita até a chegada do músico Tino Freitas, 37 anos, para contar causos com a ajuda de notas musicais. Na roda, meninos e meninas escutam, perguntam, brigam pelo próximo livro a ser lido. Ao final, depois do lanche, levarão para casa um livro e prepararão a leitura para os colegas no próximo encontro.

Esse encantamento pela literatura, visível no comportamento da turminha, é resultado de um trabalho de cinco anos dos Roedores de Livros. No começo, o grupo contava histórias no Açougue Cultural T-Bone. Há dois anos, mudaram as atividades para Ceilândia, onde continuam conquistando a atenção da garotada. "Se a história for boa, ela põe todo mundo no bolso", acredita Tino. Até os pais de algumas crianças já ouviram os Roedores e se emocionaram. "Isso porque todo mundo guarda a infância dentro de si", acrescenta o músico.

Para Ana, as historinhas permitem que as crianças deem asas à fantasia, melhorando o raciocínio. "Também vemos que há uma maior socialização entre elas. Alguns bem calados tornaram-se os mais falantes", observa. O objetivo dos Roedores de Livros é familiarizar as crianças com a leitura, permitindo-lhes uma melhor interação com bibliotecas e livrarias. "O amor pelo livro precisa ser incentivado", constata Ana, enquanto fecha a caixa com livros e dá o último aviso às crianças: "Sábado que vem tem mais".

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Roger Mello em Brasília

Queridos amigos que estão em Brasília. Neste sábado, 10 de outubro, ROGER MELLO estará lançando seu livro mais recente - CARVOEIRINHOS (Cia das Letras) - na LIVRARIA CULTURA (Casapark), 16h. O livro é LINDOOOOOO! Roger é um talento ímpar e transborda simpatia. Vale o passeio. Vale o livro. Vale o encontro. Estaremos lá. Hatuna Matata!!!

domingo, 4 de outubro de 2009

Um crocodilo, um elefante e um tigre encontram o peixe-boi-marinho.

Queridos amigos, é com muit alegria que recbemos notícias da MANATI, informando o lançamento dos livros de Anushka Ravishankar TIGRE EM CIMA DA ÁRVORE e PEGA ESSE CROCODILO (com ilustrações de Pulak Biswas) e ELEFANTES NUNCA ESQUECEM (com ilustrações de Christiane Pieper) publicados originalmente pela TARA BOOKS, editora responsável pelos livros mais bonitos da Índia. Os livros estão saindo do forno e em breve vão colorir nosso olhar com suas belíssimas ilustrações e textos cheios de nonsense. Para ilustrar a paixão da editora Manati (Peixe-Boi-Marinho), copio abaixo texto da Bia Hetzel falando sobre sua paixão pelos livros indianos.

Em abril, quando vi pela primeira vez esses livros na feira de Blogna, na Itália, em meio a milhares de outros títulos, fui tomada por uma paixão fulminante. Não conseguia pensar em mais nada. Os livros de Anushka se adornaram do meu coração. Só queria trazê-los para junto do meu travesseiro, para a minha casa, para as crianças do meu país. E tinha que ser pela Manati, porque só a Silvia Negreiros conseguiria garantir o capricho fráfico, o requinte do texto e a alegria que a gente sentia acariciando os livros. São jóias, são obras de arte que tivemos o privilégio de trazer para as crianças e os adultos do Brasil.
O vídeo abaixo é um dos hits do youtube e mostra o processo de criação dos livros da Tara Books. Caso deseje ver mais fotos dos livros traduzidos pela Manati, CLIQUE AQUI.


12 de outubro - DÊ LEITURA DE PRESENTE!!!

Dia 12 de outubro, além de comemorarmos o dia da criança e o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, passamos a celebrar o DIA NACIONAL DA LEITURA. O Instituto ECOFUTURO encabeça a campanha DÊ LIVRO DE PRESENTE. Os Roedores de Livros apoiam esta ideia. E você? Hatuna Matata.

P.S. Clique na imagem para visualizar o texto de forma legível.

sábado, 26 de setembro de 2009

IVAN ZIGG em Brasília!!!

É isso: IVAN ZIGG, premiado ilustrador de livros para a infância, também escritor de livros como O ELEFANTE CAIU, SEGREDO e SÓ UM MINUTINHO, apresenta seu show DE A a ZIGG neste domingo, 27 de setembro, as 16h, com ENTRADA FRANCA, no auditório do BRASÍLIA SHOPPING. Após o show, sessão de autógrafos. Os Roedores de Livros estarão lá prestigiando este espetáculo. Se você estiver em Brasília, apareça também. Hatuna Matata!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Os pequenos livros das grandes coisas

Reportagem publicada na revista CARTA CAPITAL, edição 562, de 09 de setembro, de autoria de ROSANE PAVAM, reúne nomes como Bartolomeu Campos de Queirós, Nelly Novaes Coelho, Luiz Raul Machado, Milu Leite, Odilon Moraes e Isabel Coelho (teóricos, escritores, ilustradores e editores de literatura infanto-juvenil) em torno de um tema polêmico: as fronteiras entre a literatura infanto-juvenil e a literatura adulta.

OS PEQUENOS LIVROS DAS GRANDES COISAS

Os títulos infanto-juvenis crescem, mas não se dedicam só aos jovens.

Por Rosane Pavam.

O menino ficou amigo do passarinho, mas o passarinho morreu na varanda. Outro garoto matou o bichinho, que agora pia em seu coração. Estes argumentos carregados de violência e sexualidade orientam os livros de Bartolomeu Campos de Queirós e Wander Piroli. Suas histórias, intituladas Até Passarinho Passa (Moderna) e O Matador (Leitura), abrigam-se sob a categoria infanto-juvenil. Mas quem garante que um adulto não precisará delas?

A literatura infanto-juvenil é o mais sério caso enre as ficções brasileiras. Ela ultrapassa as fronteiras etárias e orienta a produção adulta. Faz seis décadas que somos aproximadamente o mesmo leitor desde a adolescência. Ou nos infantilizamos a ponto de exigir, dos escritores, a linguagem do início de nossas vidas, ou os jovens cresceram rápido demais e invadiram o terreno da imaginação adulta.

“Quando eu tinha 12 anos, não lia literatura infanto-juvenil. Eu lia Tchekov”, afirma Nelly Novaes Coelho, a mais respeitada teórica brasileira a abordar essa produção. “Depois de O Reizinho Mandão, da Ruth Rocha, disse ao meu marido que a ditadura acabaria logo, já que até a literatura juvenil zombava dela”, conta. Ela leu o livro em 1977 e o AI-5 foi revogado no ano seguinte.

Nelly crê que toda literatura obedece a um impulso criador ligado ao erotismo. Se o sexo está cerceado na sociedade, como no Brasil no início do século XX, a elaboração mental cresce. Solto o erotismo, não é preciso recorrer à extrema organização de ideias para se relacionar com o mundo.

“A literatura infantil hoje, ao contrário daquela de 40 anos atrás, está cheia de besteirol, mas deixa estar”, raciocina Nelly. “Vivemos uma transição esperando que um novo sistema, tão eficiente quanto aquele racional e literário, se imponha. A criança de hoje tem um mundo mágico à sua disposição, fundado em tecnologia. Vai ler por que? Na minha infância, havia muita literatura, mas a magia se reduzia ao Ford Bigode estacionado na rua.”

Para Nelly, de 87 anos, não se pode pensar em literatura, hoje, senão como uma tradição necessitada de incentivos escolares. Mas ocorre de os próprios professores não a conhecerem. A capacitação desses profissionais toma um enorme tempo na vida de um esritor como Luiz Raul Machado, que orienta grupos no Rio. É preciso que os professores aprendam a gostar de ler, ou a literatura morrerá, ele diz.

A batalha pela aquisição de leitores não tem trégua também no mercado editorial, já que as vultosas compras governamentais de títulos infanto-juvenis sustentam muitas casas publicadoras. A Câmara Brasileira do Livro informa que entre 2007 e 2008 os títulos para crianças com até 10 anos cresceram 14,02%. A partir de 11 anos, 41,88%. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura do Brasil, de 2007, é a mãe de família a principal responsável pela indicaçào dos livros a seus meninos com até 10 anos. Na faixa etária entre 11 e 13, a criança lê principalmente o que a escola exige. A partir dos 14 anos, escolhe. Mas lê menos do que antes.

Há quem ligue a perda desse leitor à simplificaçào promovida por educadores e editoras. “O conceito infanto-juvenil é questionável”, acredita Elisabeth Maggio, autora de O Senhor dos Pesadelos. “A ideia contida no conceito é que os jovens terão uma literatura mais fácil e digerível para estimulá-los a ler e que, com o tempo, farão a transição para uma literatura adulta. Mas nem sempre acontece assim. Os leitores acabam estacionando na tal da literatura de transição, e quando têm de ler o Machado de Assis pela primeira vez, é um choque.”

Milu Leite, finalista do Prêmio Jabuti por O Dia em Que Felipe Sumiu, condena a pressão por enquadrar a literatura como “mais uma maneira” de educar as crianças. “Essa pressão vem de algumas editoras, pais e escolas, não das crianças, os leitores.” Bartolomeu Campos de Queirós tem sua visão particular desse universo. “A sociedade confunde infância com o superficial, o raso, o vazio. Mas a infância é o lugar das perguntas, dos medos, das dúvidas, das alegrias, mas também das tristezas.”

O Nobel de Literatura Isaac Bashevis Singer, autor de Histórias para Crianças (Topbooks), enumerou em 1978 suas razões para escrever para esse público. “Na época de hoje, quando a literatura para adultos se deteriora, bons livros infantis são a única esperança, o único refúgio. Muitos adultos leem e apreciam livros infantis. Escrevemos não só para crianças como para seus pais. Eles, também são crianças sérias.”

Responsável por títulos destinados às escolas, Maristela Petrilli de Almeida Leite, da Editora Moderna, diz não discriminar temas, embora oriente a linguagem destinada a seus leitores. “O texto tem de ter qualidade e ser prazeroso. Não cai bem o palavrão. Se puder substituí-lo por outra expressão, o autor deve fazê-lo.”

Lilia Schwarcz iniciou, em 1992, a publicação de infantis pela Editora Companhia das Letras. Ela reconhecia a seriedade desse mercado e das publicações da área no Brasil, mas, mãe de crianças, achou por bem dar a face de sua editora aos títulos para jovens. Publicou os livros de Babette Cole, apresentou autores como Dr. Seuss, pediu ao ilustrador brasileiro Odilon Moraes para desenhar sem cores um clássico como Pinóquio, de Carlo Collodi. As ousadias ampliaram seu público.

Em uma livraria, títulos como esse Pinóquio ou Av. Paulista, de Carla Caffé, que integra a coleção Ópera Urbana, da Cosac Naify, podem confundir um leitor. Ele será uma criança se achar que aquele livro infanto-juvenil lhe foi destinado?

A confusão não ocorre por acaso. Em alguns casos, é estimulada. A editora Isabel Lopes Coelho quer que os livros da Cosac diluam as fronteiras entre adultos e pequenos. Não há outra maneira, a seu ver, de formar um bom leitor. Os livros da editora são especialmente pensados sob o aspecto do design, como se as categorias etárias se distinguissem também pelo repertório gráfico, absorvendo elementos da arquitetura ou do cinema conforme a idade avança.

“A literatura não tem destinatários, mas remetentes”, defende o autor Odilon Moraes, que ilustrou O Matador, obra capaz de entender a criança, antes de se adequar a ela. Moraes diz que é preciso derrubar o antigo conceito de livro infanto-juvenil, no qual a palavra manda. “A ilustração também é escrita, ajuda a contar uma história, seja qual for seu público”, ele defende. Em razão disso, crê que um novo conceito, o do Picture Book, livro com imagem, já muito comum entre crianças e adultos japoneses, chega para ficar. Nesta produção, concebida à moda de um roteiro cinematográfico, estaria contida a nova escrita para um vasto público, não só infantil. Seria este o sistema a substituir o racional e literário, esmagado pelo Ford Bigode de Nelly Novaes Coelho? O tempo, reizinho mandão, dirá.

domingo, 6 de setembro de 2009

Um Parafuso a mais para a literatura.


Queridos amigos, o livro CADÊ O JUÍZO DO MENINO? (Tino Freitas, ilustrações de Mariana Massarani, Manati) segue conquistando leitores. Desta vez, foi parar no blog do DOBRAS DA LEITURA, sítio que nós aqui do Roedores de Livros estamos sempre de olho pois Peter O'Sage, Renata Nakano, Luiz Sposito e outros colaboradores sempre falam com propriedade do universo da Literatura Infantil e Juvenil. Peter escreveu a resenha. Brinca com a palavra TINO (no caso, ora substantivo, ora nome do autor). Seu olhar crítico alcança horizontes ainda não percebidos por outros leitores. Obrigado Peter. Tino manda abraços musicais. Eu, deixo aqui a saudade de molho e um até breve. E, para quem quiser ler a resenha, é só CLICAR AQUI.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

oitocentos e poucos. São muitos. Queremos mais.

O mês de agosto começou. Dia primeiro, sábado, foi folga de todos os Roedores de Livros - os pequenos e os grandes. Mas no domingo, 02, foi dia de muito, muito trabalho. Desta vez a tropa pensante foi reunida na casa da Edna. A tarefa? Nada simples: Conferir os livros cadastrados, ver quantos se "perderam" no caminho, além de colher outros dados.

Quando chegamos, Edna já havia separado os livros, facilitando a tarefa para mim e para o Tino. Mas só conseguimos encerrar a maratona quando a segunda feira já estava batendo à porta. Ufa!!! Mas valeu a pena. Descobrimos que havia, de fato, pouco mais de 800 livros cadastrados. E, naquele domingo, contabilizamos mais de 700 livros, que redistribuímos nas caixotecas. Menos de 10% de perda é um número para se comemorar. Até por que muitos livros se perderam na casa dos pequenos roedores que foram crescendo, deixando o projeto, mas se apropriando do que de melhor havia por lá: livros.

Nosso acervo foi construído por doações de amigos; de editoras; de desconhecidos que colaboraram nas campanhas que fizemos em escolas, livrarias e shoppings centers; autores e ilustradores... e alguns que nós compramos em sebos. A biblioteca do projeto possui exclusivamente livros infantis e juvenis. Alguns informativos, outros de poesia. Fantasia para criança nenhuma botar defeito. Lá, as histórias dos irmãos grimm e de Andersen convivem com algumas histórias contadas por barbies. As recriações de Ricardo Azevedo e Câmara Cascudo dividem o espaço com as aventuras de Pérola e Judy Moody. Enfim. 800 e poucos livros em três anos e meio de projeto. Uma conquista e tanto. Mas ainda falta. Livros são sempre bem vindos. E nossa meta para 2010 é conseguir um lugar maior que as nossas caixas de papelão pois os livros precisam estar mais à vista das crianças. Chegaremos lá. Hatuna Matata!!!