sábado, 13 de novembro de 2010

Roedores de Livros em POA 2010 - no Traçando Histórias

Quando chegamos à mostra de ilustração TRAÇANDO HISTÓRIAS, semana passada, encontrei essas três bruxas confabulando:

- Que poxa, a Angela Lago não vem (por recomendações médicas)... (disse uma).
- Ihhh, fiquei sabendo que a Eva Furnari também não - e parece que o motivo também foi a saúde... (disse outra).
- Ah, mas a Ana Raquel confirmou a presença (por recomendações médicas)... e soltaram três gargalhadas estridentes...

A mostra - que acontece durante a programação da 56a Feira do Livro de Porto Alegre (que vai até o próximo dia 15) - homenageia os 30 anos de carreira dessas três artistas geniais, com quase uma dezena de originais de cada uma, além de dois originais de outros 37 ilustradores, destacando seus trabalhos livros publicados em 2008, 2009 e 2010.

De todos os trabalhos maravilhosos expostos na Mostra - entre eles, mais de duas dezenas a partir do formato digital (demosntrando a pluralidade da exposição) - escolhi esses dois, que me saltaram aos olhos um pouco mais que os demais.

Acima, a obra de Salmo Dansa - que nos presenteou com uma palestra riquíssima sobre o seu processo de criação - para o livro Pinóquio (Letícia Dansa, Larousse, 2010). Todo o trabalho de ilustração foi concebido a partir de xilogravura. O cara botou a mão na massa (ops, na madeira) para dar forma a sua ideia. Uma beleza rara de se ver. Aguardem a versão que ele prepara para João e o pé de feijão (texto de Júlio Emílio Brás). Um banho de criatividade.

Abaixo, um dos originais de Roger Mello para o seu livro Carvoeirinhos (Cia das Letrinhas, 2009). Como disse, bem humorado, o Odilon Moraes:

- Por que só a ilustração dele (Roger) ganhou uma luz no fundo?

Brincadeiras à parte, nem o livro, nem a foto acima conseguem mostrar ao "leitor" a força da fosforecência do original, ali, ao vivo. Super!!!

A cada dois anos, com a Mostra (essa foi a sétima), a Feira do Livro apresenta uma programação paralela com oficinas, palestras e mesas-redondas voltada para quem se interessa por ilustração de livros infantis. Além de aprender mais sobre o tema e discutir conteúdos ricos e, às vezes, polêmicos, a gente sempre esbarra com um ou outro artista para um papo descontraído, fuçar um ou outro projeto que se tornará um livro no futuro, comentar os lançamentos, etc.

Consegui pescar o flash acima na hora que o fotógrafo oficial clicava uma turma da pesada. Da esquerda para a direita: (atrás) Jean-Claude R. Alphen, Salmo Dansa, Mateus Rios, Lucia Hiratsuka, Angelo Abu, Elisabeth Teixeira e Odilon Moraes; (frente) Cris Eich, Elma Fonseca, Marília Pirilo, Guazzelli e Cristina Biazetto.

Antes do coquetel de abertura da Mostra, houve um bate papo descontraidíssimo com a Ana Raquel, Roger Mello, Odilon Moraes e a Alice, enviada pela RHJ para representar Angela Lago - uma empreitada da qual a moça se saiu bem pois não é fácil ocupar um espaço em que Angela falaria sobre seus 30 anos de carreira. Foi lá que conhecemos a Maria Eugênia (acima) e deixamos pré marcado um café com bobagem na nossa próxima ida à Sampa.

Difícil foi fazer uma foto comportada com a Ana Raquel (danada e querida, essa menina), feliz com a merecida homegem. Convidei a amiga carioca Fátima Campilho para compor o álbum. Foi sua primeira vez em POA e pelo sorriso dá para imaginar que ela virá outras vezes.

Durante o coquetel, flagramos essa dupla talentosa e inseparável (Roger Mello e Graça Lima). Naquele dia (04 de novembro), Roger deveria receber o Jabuti (em São Paulo) pelo seu trabalho no livro Carvoeirinhos, mas decidiu manter o compromisso anteriormente agendado com a Câmara Rio Grandense do Livro. Foi num encontro com Graça e outros ilustradores, na manhã daquele dia, que a conversa se extendeu até as 13h30 (deveria ser encerrada lá pelo meio dia) e ninguém percebeu, tão bom que estava o assunto.

Ao final, todo mundo era só sorrisos, cada um com o super catálogo da Mostra. Para ilustrar esse momento, publico a foto abaixo com os sorrisos (da esquerda para a direita) da Márcia Cavalcante (OnG Cirandar), Elma Fonseca (ilustradora) e Ana Paula Bernardes (daqui, deste espaço, do Roedores de Livros).

Por enquanto é só. Depois conto mais. Hatuna Matata!!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais 2 dias em Porto Alegre.


Fomos a mais uma edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Acabei de chegar. Trouxemos muitas novidades. Algumas podemos contar aqui. Por motivo de força maior (que ainda não posso contar) precisei ficar mais dois dias. Ana Paula veio antes: acabaram as férias. E FOI BOM FICAR MAIS 2 DIAS EM PORTO ALEGRE.

Primeiro, por poder encontrar mais amigos queridos, que chegaram ao soar da última chamada para o embarque de volta;

Segundo, por finalizar com a equipe do Cirandar a primeira parte de um trabalho que encantou a muitos por lá. E que promete ser algo inédito, de qualidade ímpar;

E por fim, em terceiro lugar (sem desmerecer a importância), por sermos Roedores de Livros, famintos por boas histórias, e sermos presenteados com uma delícia que saboreio lentamente desde o meio dia. E que acredito ser o melhor livro de 2010, até que venha outra publicação que me aguce o paladar e me prove o contrário.

Já, já, divido essa delícia com vocês, jnto com as novidades publicáveis. Hatuna Matata.

domingo, 31 de outubro de 2010

Dia de visita na toca...

Vez em quando acontece: a gente recebe visita de muita gente que quer conhcer o projeto. Mas no dia 21 de agosto a toca estava cheia. Lorranye e suas amigas da UnB, além dos familiares do Tino e da Edna apareceram por lá e participaram de todos os momentos: cantaram com o Tino (que voltou do Rio e de Fortaleza - onde foi divulgar seus livros); deram uma força no lanche, ao lado da Edna (que voltava - com louvor - da defesa da sua tese de mestrado); e - é claro - brincamos jutos na mediação - comigo (que voltava de um descanso forçado por motivos de saúde, mas em plena forma) e com o Tino. Note que, com tantos afazeres, foi preciso um sábado de folga para todos (não houve atividades no dis 14/08). E naquele dia (21) foi ótimo pois quando a visita participa, ajuda muito e não atrapalha.

Na mediação, algns livros bem legais como o SAI DA LAMA, JACARÉ (história contada sem texto, mas rico em imagens da Graça Lima, Paulus) - em que a turma participou bastante, e o AJIDAR - O DRAGÃO DA TERRA (Marjane Satrapi - aquela no genial PERSÉPOLES, Biruta).
Por fim, o Tino leu alguns contos africanos do livro SUA MAJESTADE, O ELEFANTE (Luciana Savaget, Paulinas).
Ao final, fizemos uma grande farra com brinquedos cantados, envolvendo as visitas, as crianças e nós - é claro. Uma manhã divertida e movimentada na toca dos Roedores de Livros. Que seja sempre assim! Hatuna Matata!!!

Multiplicando leitores...

Queridos amigos, eu sei, eu sei, há tempos não postamos nada sobre o projeto. Mas não tem sido fácil parar esse tempo louco. Mas faremos um upgrade nas informações pois temos muita coisa bacana para informar a vocês.
Começamos mostrando a foto acima das nossas meninas leitoras Anne (lendo O Iglu, de Flávia Lins e Silva, com ilustras da Mariana Massarani, Brinque-Book) e Isabelle que, junto com a Isabela tem tomado a iniciativa de ler para os outros participantes.
Desinibidas, com uma boa dicção, as vezes travam numa palavra desconhecida ou menos usual, mas já conseguem a atenção de todos para a compreensão do texto - e isso não é tarefa fácil.
Aguardem por mais notícias. Seguimos firmes e fortes com o trabalho.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As ideias não perdem o viço!!!

Acontece em Brasília o III COMLEI - CONGRESSO LATINO AMERICANO DE COMPREENSÃO LEITORA, um evento imperdível para todos que se preocupam com os caminhos do livro, da leitura e da literatura. Desde ontem (12/10) um grupo de pessoas "estranhas" (ah esses amantes da leitura...) ocupam os espaços possíveis e impossíveis da nossa capital. Essa manhã, uma dose cavalar de emoções em torno do congresso. A primeira, na palestra Os Intelectuais Brasileiros e a Formação de Leitores, fala da Professora Doutora Maria das Graças Rodrigues Paulino (na foto acima, a palestrante (sentada, à direita) ouve as considerações de Nilma Lacerda (no telão), sob o olhar atento de Emília Gallego (de óculos, no telão) e Hilda Lontra (na mesa, à esquerda).

Depois, como se fôssemos calouros universitários, rumamos para a sala da Comissão de Educação no Senado Federal e quebramos o protocolo ocupando um espaço que até então não permitira público sentado no chão ou em pé (vejam as fotos).

Sala tomada por gente que pensa e faz, o tempo foi pouco para Gabriel Perissé, Fabiano dos Santos, Emília Gallego (vejam na foto abaixo o interesse de todos na mesa acerca da fala de Emília) e Hilda Lontra, que fez uma leitura incrível das fotos dos presidentes da tal comissão penduradas numa das paredes da sala.

Porém, quem mais emocionou a todos foi a Magnólia, professora da região do Crato, no interior do Ceará, que deu um depoimento que deveria constar nos anais do Senado Federal sobre a paixão por ensinar, por vivenciar a educação na sala de aula, por romper as amarras da bur(r)ocracia e colocar a mão na massa em busca de leitores mesmo quando a maré tenta puxar para a outra margem. Foi ovacionada de pé e a discussão estava só começando, pois professores, bibliotecários, universitários pediram a palavra e compartilharam angústias, soluções possíveis e experiências.

Por fim, deixo aqui uma das frases que ouvi nessa manhã e que guardarei com carinho para sempre, dita pela professora Hilda Lontra, uma das pessoas mais maravilhosas com quem tive e tenho o prazer de conviver nesse mundo de livros e leituras:

AS IDEIAS NÃO PERDEM O VIÇO!

Hatuna Matata!!!

Em casa com Roseana e Elvira

Hoje voltei da livraria na companhia da arte de Roseana Murray, Sara Ávila e Elvira Vigna. A poesia apaixonada e criativa de FRUTA NO PONTO (il Sara Avila, FTD) me tomou ainda no café entre livros e não consegui largar a leitura antes da última página. Recomendo a todos os que reverberam amores pela vida e tem alguém com quem compartilhar esse amor. Daí não resisti à reedição de FARDO DE CARINHO, primeiro livro de Roseana Murray (ilustrações de Elvira Vigna, Lê) e seu mais recente lançamento (pelo menos para mim), CARTEIRA DE IDENTIDADE (Elvira Vigna, Lê). Não é preciso me estender aqui para falar da força inventiva da poesia de Roseana que ora diverte, ora acarinha, ora nos espanta pela beleza. Mas o projeto gráfico das duas edições da Lê, trazem a ARTE de Elvira Vigna como um plus. ADORO! Fardo de Carinho já era um clássico, mas de roupa nova está ainda mais bonito. Porém o que me tirou da cama agora para escrever no blog foi meu encanto com o novo livro, todo em preto e branco, ilustrações feito poesia rica de emoções para a gente colorir com o pensamento. Ou não. Carteira de Identidade é absurdamente belo desse jeito. Parabéns a todos os que se envolveram nessas obras de arte. Hoje a minha noite é de poesia. Que bom. Obrigado Roseana. Obrigado Elvira.

Ah, não vou dar nenhum aperitivo. Apenas as fotos das capas. Deixem de preguiça e procurem os livros numa livraria mais próxima e deixem a poesia, a fantasia, a literatura derramarem suas invencionices em seus olhos e emocionem-se. Hatuna Matata!!!

Oito milhões de livros!!!

A partir de 11 de outubro o Itaú vai distribuir gratuitamente 8 milhões de livros, numa iniciativa prá lá de bacana. Saiba mais no site do ITAÚ CRIANÇA. Hatuna Matata!!!

sábado, 9 de outubro de 2010

FIRIMFIMFOCA - Divertido, inteligente e imperdível!!!

Olá, pessoal. O espetáculo FIRIMFIMFOCA - HISTÓRIAS DE UMA FADA CARIOCA, que homenageia a obra da genial SYLVIA ORTHOF desembarca nesse DOMINGO, 10/10, no Teatro EVA HERZ da LIVRARIA CULTURA do SHOPPING IGUATEMI (Lago Norte - Brasília - DF).
A apresentação acontece as 15h (isso mesmo, três da tarde) com entrada franca.
No palco, Aldanei Menegaz, Míriam Rocha, Simone Carneiro apresentam as histórias A FADA LÁ DE PARSÁGADA, A BRUXA UXA E O ELEFANTEZINHOZINHOZINHO, FOI O OVO, UMA OVA, MARIA VAI COM AS OUTRAS, O SAPATO QUE MIAVA e O BISAVÔ E A DENTADURA, todas costuradas por músicas de Tino Freitas. É divertido, inteligente e imperdível. Hatuna Matata!!!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ivan Zigg canta, conta e pinta em Brasília nesse final de semana!!!

Gente... as coisas estão corridas por aqui e sei que estamos em falta com postagens sobre o projeto... mas até o final de outubro vamos tentar atualizar tudinho para vocês. Enquanto isso não acontece, convido àqueles que estão em Brasília para o espetáculo gratuito que IVAN ZIGG apresentará nesse final de semana no Espaço Cultural do Brasília Shopping (02 e 03/10, 16h). Ivan é um ARTISTA na concepção da palavra: escreve, ilustra, canta, dança e faz graça como poucos. Como o cara mora no Rio de Janeiro, essa é uma oportunidade ímpar de compartilhar das alegrias que esse cara carrega consigo. As crianças vão adorar. E os adultos também!!! Até lá. Hatuna Matata!!!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tá barato pra caramba!!!

Pequenino (no formato) e precioso, o livro CONTOS DE FADAS (Zahar) reúne qualidade e preço acessível numa edição impecável, em capa dura. São 20 histórias traduzidas a partir do que possamos chamar de fontes "originais", traduzidas por Maria Luiza Xavier de Almeida Borges, e um prefácio de Ana Maria Machado.

Se o leitor procura uma obra com mais referências e comentários, pode arriscar alguns reais a mais e comprar a edição comentada, organizada por Maria Tatar e publicada pela mesma editora. Aliás, o novo livro é uma versão pocket dessa edição, obrigatória para quem deseja mergulhar mais fundo no universo dos contos de fadas. Um livrão pesado, ricamente ilustrado e repleto de informações extras.

Mas a leveza do lançamento também pesa em conteúdo. Os contos, organizados por autores (irmãos Grimm, Perrault, Andersen, entre outros), são precedidos por biografias de seus "criadores". Gostei do fato de o projeto apresentar duas versões do clássico Chapeuzinho Vermelho (uma de Perrault e outra dos Irmãos Grimm). Parecidas mas diferentes. Dá para notar diferenças de estilo e a preocupação dos irmãos Grim em amenizar o final de história. Outra coisa que encanta é a seleção de ilustrações, coloridas, de artistas renomados como Arthur Rackham, Walter Crane e Gustave Doré, por exemplo. Um brinde para o olhar.

Enfim, uma edição de bolso, luxuosa, com ótimas histórias que há muito não aparecem juntas num formato bem cuidado e acessível (menos de R$ 20). Obrigatório para quem deseja (re)descobrir sabores da infância, onde o impossível acontece e a fantasia ainda reina. São histórias escritas entre os séculos XVII e XIX que ainda nos encanta e emociona. Vale a pena. Hatuna Matata!!!