quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um rinoceronte cheio de poesia...

Foi numa das esquinas do Salão. Não sei se fui eu que o encontrei ou se foi ele. Nos reconhecemos na hora. Hermes Bernardi Jr. vinha assistir ao lançamento do livro As Marias de Anna Claudia Ramos que acontecia no Espaço de Leitura. Ana Paula já estava entretida com a Elma - que ilustrou As Marias - e deu um "oi" de longe. Hermes estava ali colhendo os frutos dos seus "filhos" Planeta Caiqueria, Casa Botão e E um rinoceronte dobrado. Aproveitou para plantar novas histórias no solo fértil das editoras presentes no Salão.
Depois da muvuca, reunimos a turma para as fotos e Hermes foi ao hotel buscar uma caixa no hotel para a apresentação que faria logo mais ao lado do ilustrador Guto Lins. Nem acreditei quando ele falou que na caixa havia um rinoceronte dobrado. Durante o lançamento do livro, Hermes e Guto falaram dos caminhos que levaram a esta parceria. A sala ia se enchendo. O autor atiçou o público a recitar poemas. Roger Mello caprichou, Anna Claudia Ramos esqueceu o seu, mas logo depois recitou. Eu não resisti e mandei uma quadra clássica:
Lá vem a lua saindo
Redonda como uma vara
Não é lua, não é nada
É um gato se afogando.
(Risos)
Foi então que Hermes e Guto finalmente desdobraram o rinoceronte da caixa. Foi festa para os olhos das crianças e adultos. Para melhorar a interação - que já estava boa - Hermes convidou a todos para escreverem poemas no seu animal de tecido. Foi uma farra. Todos no chão escrevendo. E o rinoceronte foi ganhando uma alma poética. Lindo, lindo, lindo.
Depois de tudo, hora dos autógrafos. Hermes, que tem um olho bom para enxergar onde mora o moleque dentro de cada um, apresentou mais uma surpresa: um carimbo com o animal que dá título ao seu delicioso livro. Mãos sapecas - como a de Fátima Campilho, do Blogstórias Essenciais - ganharam mais um carinho de Hermes. O cara é mesmo uma caixinha de surpresas. De ótimas surpresas.

P.S. Na primeira foto, da esquerda para a direita, Rogério Andrade Barbosa, Águeda (Salesiana), Jô Oliveira, Ana Paula, Hermes e eu.
Na segunda foto, eu ouço o rinoceronte dobrado recitar poemas de dentro da caixa de Hermes. poemas
Na terceira foto, Hermes Bernardi Jr. e Guto Lins desdobram o rinoceronte.
Na quarta foto, a turma começa a escrever no rinoceronte.
Na quinta foto, Hermes carimba o rino na mão de Fátima Campilho.

No mais, como diria Ivan Zigg... Alguma coisa se encaixa...

Os Roedores de Livros já escreveram sobre livros de Hermes. Clique aqui para conhecer nossa opinião.

Outro Clicks ilustrados...

No lançamento do seu belíssimo Sai Pra Lá, a autora e ilustradora Ana Terra esbanjou simpatia com a garotada que, no final, pediu que ela desenhasse a si mesma. Com muito bom humor, a gaúcha começou pelo nariz e arrancou interjeições da platéia. Depois, com o capricho no vestido, a turma aplaudiu a performance.
Não conhecíamos Caulus pessoalmente. No dia da sua apresentação levávamos na sacola A Última Flor Amarela, O Princípio e o Fim, ambos de sua autoria (texto e ilustrações) e uma nova edição do clássico Boi da Cara Preta com textos de Sérgio Capparelli e ilustrações de Caulus. Ficou clara a sua decepção com o cuidado da editora com esta nova edição em que a lombada do livro deu lugar a grampos e as fontes da capa cobriam parte da ilustração. Em cena, brincou bastante com as crianças com "pegadinhas" através dos seus desenhos.
Elma se apoderou das tintas de André Neves para desenhar um índio e uma onça que agradaram em cheio as crianças que lotavam o Espaço de Leitura da FNLIJ. De repente, uma surpresa daquelas. Uma criança perguntou a ela se algum dia havia passado pela sua cabeça a idéia de desistir de ser ilustradora. Elma se emocionou ao lembrar do nascimento do seu neto em 2007 e das diversas circunstâncias que, naquela ocasião, a motivaram a desistir da sua arte. Coisa passageira para a autora de A Princesa Anastácia, pois a vovó (hehehe) está cheia de projetos e a cada dia apresenta trabalhos mais bonitos. Mas que a sua emoção arrepiou a todos, arrepiou.
Nós não conhecíamos o Marcello Araújo, mas desde que comecei a trabalhar com Literatura Infantil, O Saco (livro dele e de Ivan Zigg) anda sempre comigo. Os dois se juntaram no Salão para o lançamento da Coleção 1, 2, 3 e já! Enquanto Ivan entretia a garotada com sons engraçadíssimos a partir das histórias, Marcello seguia desenhando. Ali, todos tínhamos 10 anos de idade. Uma maravilha!
Para finalizar, os elefantes de Rosinha Campos. Ela, que tem um livro-imagem muito legal chamado Branca, trabalhou muito fazendo a mediação entre os ilustradores e as crianças presentes no Espaço de Leitura, mas deixou sua arte impressa nos painéis do Salão em várias performances.

Desenhar não é coisa só de criança...

O local mais concorrido do 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens foi o Espaço de Leitura FNLIJ. Era lá que aconteciam - entre outras coisas - as performances dos ilustradores. É curioso ver o artista criar na hora, no meio de uma barulheira, com crianças passando de um lado para outro, além do olhar atento de quem ficou no espaço para aprender um pouco sobre o trabalho daquele artista.
Não conseguimos assistir a todas as apresentações, mas, sem dúvida, uma das mais marcantes foi a que reuniu o italiano Francesco Altan, e os brasileiríssimos André Neves e Roger Mello.
Isso, porque eles não se contentaram em fazer o seu desenho em separado, mas, cada ilustrador pôde interferir no trabalho do outro, promovendo uma interação entre eles e a obra.
Enquanto o trabalho seguia, outra ilustradora - a pernambucana Rosinha Campos - promovia um bate pronto de perguntas e respostas entre o público e os artistas. Inesquecível.
As fotos são de Tino Freitas, exceto a última, copiada do site oficial do Salão FNLIJ.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Uma manhã de reencontros...

Enquanto eu e Tino representávamos o projeto no 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, Edna e Célio assumiam o timão da barca dos Roedores de Livros na manhã do sábado, 24 de maio, na Ceilândia. Foi através do relato da Edna, que destaco em cores alaranjadas, que nós tomamos conhecimento de como foi o encontro naquela manhã. Nossa mais nova colaboradora, Aline, manteve a palavra e apareceu para o seu segundo encontro. Edna logo arrumou uma função para ela que “foi cumprimentada por todos, como velha conhecida. É sinal de que foi, prontamente aceita pela garotada
Apesar de todo o planejamento, cada sábado tem sua característica, sua identidade, sua surpresa. Um dia, uma história surpreende, noutro, uma criança se emociona com uma leitura. Às vezes, há uma dispersão mais cedo, outras, não queremos terminar o encontro, de tão bom que ele está. Naquele sábado não seria diferente. Edna relata que “as crianças sempre nos surpreendem. Hoje, Jardson, Guilherme e Wendel estavam em sintonia. Eles nos surpreenderam com um comportamento hiper-elétrico”. Devem ter dado um trabalho gigantesco. Coisas de criança.
Outra delícia do sábado passado foi o retorno de Juliana ao convívio com os Roedores. Entre 2006 e 2007 Juliana fez a mediação no projeto. Projetos particulares a afastaram do nosso encontro semanal em 2008. As crianças estavam com saudades. Segundo a Edna, o reencontro se deu assim: “Esse foi um acontecimento especial. Quando tudo estava pronto para entrarmos na casa, aparece lá no portão, a Juliana. Ela é muito querida pelas crianças. Ao vê-la, todas correram a seu encontro. Ficaram muito felizes ao revê-la. Juliana chegou e começou batendo um papo para saber das últimas novidades. Só então começou a mediação, envolvendo as crianças, falando da China, tema da primeira história. Minutos depois, chegou o Jardson, atrasado. Sentou-se para também ouvir a história. De repente, ele “percebe” que é a Juliana quem está fazendo a leitura. Não fez por menos: interrompeu a história e, num entusiasmo, corre ao encontro dela para abraçá-la. Foi um momento emocionante, muito bonito e verdadeiro. A história precisou esperar um pouco para assistir a confraternização dos dois
Para coroar o sábado, e para deixar a mim e ao Tino com mais saudades, Edna nos contou que outra surpresa aguardava por todos naquela manhã: “O retorno de uma roedora muito especial: dona Emília. Ela disse que nos procurou até achar. Que ótimo nos reencontrarmos!” Dona Emília e Ana Letícia, sua neta, integram o projeto desde o ano passado. Com a mudança de endereço do projeto e a distância entre sua casa e a nova sede, demoramos a tê-las conosco novamente. Enfim este dia chegou. Por fim, Edna arremata seu relato dizendo: “Aline, Emília e Juliana, que bom revê-las. Foi um dia de reencontro. Só alegrias”. Hatuna Matata.

Um balanço do Salão FNLIJ do livro.

O Salão do Livro da FNLIJ é, antes de tudo, o melhor e mais organizado evento da Literatura Infantil. É um grande encontro entre escritores, ilustradores, editores, pais e filhos. No interior do MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio de Janeiro, durante 12 dias, aconteceram performances de ilustradores, lançamentos de livros, mediações de leitura, exposição de livros e imagens de outros países... Enfim, foi impossível ficar parado em meio a tantas atividades. Foram 66 editoras presentes em estandes onde o livro foi a atração principal. Nada de brinquedos ou brindes chamativos que distraiam a atenção do leitor.
Para se ter acesso a este mundo de livros, pagava-se apenas R$ 3,00 (gratuidade para maiores de 65 anos, portadores de deficiência e professores da rede municipal). Um valor ínfimo se você imaginar que na maioria das editoras participantes a gente conseguiu um desconto de 20% na compra de livros. Em algumas, foi mais difícil. A Cia das Letras, por exemplo, dificultou o tal desconto em nossas aquisições. No final, deu tudo certo, mas poderiam evitar a burocracia que não tivemos, por exemplo, na Editora SM e na Girafinha. Lá os descontos já estavam na lista, independente de o comprador ser ou não professor. Por falar na categoria, professores da rede pública que trabalham nas salas de leitura receberam da prefeitura um cartão com cerca de R$ 500,00 em créditos para investirem no acervo. Fica a dica para que em 2009 façam como em 2007 onde todos os estandes ofereciam descontos para qualquer visitante.
As atividades especiais aconteceram no Espaço FNLIJ de Leitura, a Biblioteca FNLIJ e o Espaço Petrobras. O estande do INBRAPI (Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual) também promovia encontros em que os indígenas faziam pintura no corpo das crianças, ilustravam ao vivo e contavam histórias. Havia ainda um espaço dedicado à Itália, país homenageado neste Salão. Lá, uma exposição com livros e ilustrações de publicações infanto-juvenis italianas. Tudo muito bonito de se ver.
Durante os finais de semana, os dois mil metros quadrados dedicados à literatura eram ocupados principalmente por pais e filhos. Um público surpreendente. Durante a semana, os corredores ficam repletos de crianças. MESMO!!! Muita gente. Segundo o site oficial do Salão, o público presente superou em 10 mil o índice de 2007. Em alguns momentos ficava difícil percorrer os corredores. Mas a estrutura com banheiros, água de graça e praça de alimentação deu conta do recado. Parabéns à organização.
Por fim, não cansamos – eu e Ana Paula – de exultar a FNLIJ por conseguir distribuir UM LIVRO PARA CADA CRIANÇA VISITANTE na hora da saída. Grátis!!! No Salão do Livro da FNLIJ, crianças e Jovens tiveram o direito a levar para casa um livro próprio para sua idade. E não foram títulos vagabundos, não. A cada instante, bons livros, de ótimas editoras, transformavam a surpresa em sorrisos e ganhavam o olhar de todos na saída do Salão. Que estas ações, misto de competência, organização, planejamento e respeito para com o livro, seus agentes, professores, pais e crianças se multipliquem por todo o país. Nossas crianças e jovens merecem a devida atenção. O 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens é, de fato, o melhor evento do gênero. Voltaremos no ano que vem. That’s all, folks!!!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O Chileno, o Roedor e o Sanduíche de Pernil...

Sempre que eu lia numa orelha de livro "Gonzalo Cárcamo" a primeira sensação era a de admiração. Não é pra menos. As aquarelas com que ele embeleza os livros são um presente para os olhos. Ano passado, o livro Viagem pelo Brasil em 52 histórias, com ilustrações de Cárcamo, ganhou o prêmio de O Melhor para Criança da FNLIJ na categoria Reconto. Este ano, o livro Thapa Kunturi: ninho do condor, com texto e ilustrações dele, recebeu o prêmio de Melhor Ilustração, também pela FNLIJ. Outros livros deliciosos de Cárcamo são Modelo Vivo, Natureza Morta e O Amigo Fiel, reconto do texto de Oscar Wilde, ambientado na fauna brasileira.
Apesar de tanta admiração, tanto eu como o Tino achávamos que ele seria um senhor sisudo, fechado, de difícil aproximação. Talvez pelas fotos nas orelhas dos livros. Talvez fosse uma impressão sem motivo. Gente, já no sábado à tarde, encontramos Cárcamo esbanjando simpatia pelos corredores do Salão. Primeiro foi se chegando, descobrindo outros ilustradores, abraçando velhos amigos, trocando idéias. Nos apresentamos. Gostou do nome do projeto. Achou importante a iniciativa. Marcamos o encontro da noite no Cervantes. Reduto da boêmia informal carioca. Lá, num encontro memorável com mais de 20 pessoas, Cárcamo, Tino e Marcelo desfilaram um repertório incrível de piadas e aquela impressão do ilustrador sisudo foi para o espaço.
Depois de alguns sanduíches de pernil e muito papo, Cárcamo nos presenteou com um pouquinho do seu enorme talento. Inspirado no tema do projeto, o ilustrador criou ali, no papel que cobria nossa mesa no Cervantes, uma caricatura que brincava com o Tino assumindo a forma de um roedor. Criatividade e talento que trouxemos na mala. Obrigado querido. Daqui, do Planalto Central, aguardamos a concretização daquele novo livro. Pois é... além de simpatia, o homem é cheio de ótimas idéias. Hatuna matata.

Foto 01 - Cárcamo, Tino e Marcelo no Salão do Livro.
Foto 02 - Eu, com o chapéu de Ivan Zigg, e Cárcamo.
Foto 03 - A ilustração de Cárcamo para o Tino.

De volta à toca dos roedores de livros

Retornamos à toca dos roedores. Foram oito dias mergulhados no mundo da literatura infantil e juvenil. Descobrimos livros que ainda não chegaram às livrarias; projetos que serão transformados em livros até o próximo salão; os bastidores de algumas criações; a política por trás deste universo, nada infantil; novos amigos; emoções compartilhadas... tudo vivido intensamente por mim e pelo Tino, enquanto Edna e Célio tocavam o barco do projeto por aqui. Acompanhem, a partir de hoje, o que de melhor o 10º Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil ofereceu a nós, Roedores de Livros. Hatuna Matata.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Marina e Maurício no Salão...

Marina Colasanti, ao receber o prêmio (Hors Concours) de melhor livro de poesia, tirou da "manga" uma carta que recebeu (?) de Maurício Leite e a leu em público. Ele é um arte-educador, contador de histórias ENCANTADOR, que já vi em ação e que deu aulas (um mini-curso) para Ana Paula há muitos anos, quando ainda morava em Brasília. Atualmente ministra oficinas e conta histórias pela Europa, África e outroa continentes. Ele, sempre munido do livro, trabalha de forma genial, inclusive usando livros "só" de imagens, arrancando beijos, interjeições e aplausos da garotada. Depois, deixa sua mala - repleta de livros, brinquedos populares e outros badulaques - aberta para o deleite da garotada. Na carta, ele fala das dificuldades que encontrou numa viagem para contar histórias em Angola, e exulta a alegria das crianças admiradas com as histórias e os livros. Agradece aos escritores pelas histórias publicadas, instrumento de seu trabalho, importantes (as histórias e sua contação) para o despertar do gosto pela leitura em crianças mundo afora.

Naquela sala, indiretamente, Marina Colasanti - sem querer, querendo - disse à todos que um bom contador de histórias pode sim, incentivar a leitura. Maurício Leite usa de objetos em suas apresentações, assim como usa o livro. Os Tapetes Contadores de Histórias, usam objetos em seu excepcional trabalho, assim como usam o livro. Outros tantos também assim o fazem. A FNLIJ - Fundação NAcional do Livro Infantil e Juvenil, condena qualquer ação que não se prenda exclusivamente à leitura dos livros. Diz que o "resto" não incentiva a leitura. É mero entretenimento. Mergulhado na minha insignificância teórica, mas na força da prática que exerço, e sem as amarras políticas que envolvem tudo em torno da FNLIJ, digo que as palavras de Maurício Leite, repetidas por Marina Colasanti naquela sala na noite de segunda feira, soaram como música em meus ouvidos. Ao final de cada Firimfimfoca, por exemplo, os pais saem em busca dos livros da Sylvia Orthof atendendo ao pedido dos filhos.

O salão da FNLIJ é sim, o grande momento da litratura infantil e juvenil brasileira, como escreveu Socorro Acioli num comentário neste blog. É mais: um grande encontro de artistas do livro. É também um balcão de negócios. A mais organizada feira de livros que já vi. Porém, exitem muitos arte-educadores que usam o livro e suas histórias - e outros elementos - com talento e sucesso, despertando o gosto pela leitura, que não têm seu trabalho valorizado por esta instituição que tanto preza o livro e a criança. A FNLIJ merece todos os aplausos, mas - assim como qualquer mortal - não está imune a críticas. De um lado e de outro, todos queremos despertar nas crianças o gosto, o prazer pela leitura seja através de programas governamentais e projetos de incentivo à leitura ou práticas individuais. Queremos o mesmo: mais bibliotecas, mais mediadores, mais arte-educadores, mais leitores com prazer em ler. Hatuna Matata.

Premiando...

Cá estamos, mais uma vez, num cyber café carioca, postando algumas impressões sobre o que acontece no 10º Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil. No cyber, não consegui baixar as fotos (tantas) que entopem o cartão de memória da nossa máquia, por isso copio acima foto tirada no site oficial. Pouco tempo depois que esta foi tirada, as paredes naquele espaço estavam lotadas de outros autores, ilustradores, editores e participantes do salão. Receberam as láureas em mãos a divertidíssima Mighian Nunes (ganhou outro prêmio no ano passado), Jaqueline Soares (ambas do concurso Leia Comigo), Rosilene Pereira(concurso Tamoios), Graziela Hetzel e Elisbeth Teixeira (que me deu uma bronca por ter colocado o ex-libres no "lugar errado" do livro), Nilson Moulin, Cárcamo, Roger Melo (com uma camiseta MARAVILHOSA), Lucia Hiratsuka, Karen Acioly, André Mendes e Marina Colasanti. Quebrando o "protocolo", a sala foi sonorizada por "wuhús" calorosos e barulhentos quando foi anunciada a premiação de Lúcia Hiratsuka por seu livro Histórias Tecidas em Seda. Segundo os organizadores, foi a primeira premiação dela e da editora Cortez. O próprio sr Cortez, emocionadíssimo, subiu para receber o prêmio ao lado da doce Hiratsuka. Muita emoção, mesmo. Graziela Hetzel chorou no palco, emocionadíssima com a premiação de seu maravilhoso livro O Jogo de Amarelinha, enquanto Bia Hetzel, sua filha, fotógrafa, escritora, editora e gente boa, registrava tudo. Depois de uma belíssima apresentação musical, o 2º andar do Instituto Italiano de Cultura foi o palco de uma deliciosa recepção. Novos amigos, velhos amigos e muita conversa fiada e afiada nesta confraternização. Parabéns a todos. Autores, ilustradores, editores, Instituto Italiano de Cultura, patrocinadores e FNLIJ. A Literatura Infantil e Juvenil - que ainda está às margens da grande mídia, mas conquista a passos fortes um espaço melhor - merece toda esta atenção e reconhecimento. Nós, Roedores de Livros, ávidos consumidores de histórias e aprendizes na arte de conquistar novos leitores, aplaudimos e agradecemos. Wuhúúúúúúú!!!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Primeiras impressões do Salão da FNLIJ 2008

No último sábado, enquanto Edna, Célio, Aline e Juliana davam seqüência ao projeto na Ceilândia, eu e Ana Paula desembarcávamos no Rio de Janeiro para participarmos do 10º Salão FNLIJ di Livro para Crinaças e Jovens. A primeira impressão ao entrar no MAM, sede do salão, é a de nos sentirmos em casa. Livros. Autores. Ilustradores. Tantos que guardamos em casa nas estantes, nos emails, nos telefonemas... e agora, ali, ao alcance do olhar, do abraço, do reencontro, do muito prazer. Muito prazer. Esta é a palavra. Estou num Cyber-café no Flamengo e tenho que correr para o lançamento do novo e belíssimo livro de Ana Terra, Sai pra lá. Por isso, deixo mais impressões para depois. O que posso dizer é que os encontros após o salão são deliciosos. Segunda, uma mesa gigantesca no Cervantes reuniu editores, André neves, Elma, Marcelo, Ivan Zigg, Ana Terra, Cárcamo, Roger Melo, Hermes Bernardi Jr., Anna Claudia Ramos, Sandra Pina entre tantos outros. Ontem, no salão, o grande momento foi o lançamento do MARAVILHOSO livro Pelos Jardins Boboli - Reflexões dobre a arte de ilustrar livros para crianças e jovens, do genial Rui de Oliveira. Além de fãs, curiosos e alunos, Rui concentrou na platéia mais da metade dos melhores autores e ilustradores para crianças do Brasil, todos na fila de autógrafos. Um momento inesquecível. Talvez Rui ainda estivesse lá agora autografando (a fila era imensa) se a Beth Serra (a comandante em chefe do Salão) não aparecesse por lá com o microfone na mão expulsando todos da sala pois o horário havia estourado. À noite, num restaurante do Horto, Eva Furnari, Ricardo Azevedo, Diléa Frate e boa parte do "time" da primeira noite. Nesta segunda acontece a entrega dos prêmios da fundação. A noite também promete. Sigo informando aos poucos. Aguardem fotos e relatos de cada encontro.

Mais informações no SITE DO SALÃO.