
sexta-feira, 25 de março de 2011
Recomeçando - Roedores de Livros 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011
Acordei Roedora de Livros

No início do ano passado, quando os Roedores de Livros vieram para o Shopping Popular de Ceilândia, o espaço que seria ocupado por eles na manhã de sábado, à tarde ficaria livre para que eu iniciasse uma nova experiência. Sou professora de literatura e há dois anos deixei as salas de aula para trabalhar em um órgão de pesquisas, portanto, sentia falta de um espaço para dialogar sobre literatura e acima de tudo, sentia falta dos leitores.
Durante alguns anos na Universidade de Brasília participei de um Grupo de Pesquisa cujo principal foco era a Formação de Leitores, e a leitura, que sempre teve um lugar especial na minha vida, tornou-se foco de muitos estudos e tema do meu doutorado. Mas, foi no ano passado, aos sábados à tarde que vivenciei uma experiência cheia de boas surpresas. Já que os Roedores de Livros recebiam as crianças pela manhã, me atrevi a abrir as portas para receber os adolescentes, jovens e adultos no período da tarde.
Levei revistas, Best Sellers, Gibis, Postais e tudo que pudesse fazer parte do universo de interesse dos adultos para começar minha estratégia de sedução leitora. O objetivo era atraí-los para o texto e incentivá-los a escrever a partir dessa leitura. Logo percebi que as pessoas vão se distanciando do mundo da palavra ao longo dos anos e quando adultos entendem, equivocadamente, que o mundo dos livros e da leitura não faz parte de suas vidas. Então, as pessoas apareciam e sumiam com a desculpa “Isso não é para mim...”.
Um grupo de quatro adolescentes frequentou mais os encontros, mas foi uma mulher de aproximadamente 35 anos que um dia chegou ao local dos encontros me dizendo que adorava escrever e que precisava de ajuda. Deu-se o implacável destino. Ao longo de vários meses a Hosana, feirante do Shopping Popular, veio ao me encontrar aos sábados à tarde para aprender a compor histórias e o único empurrãozinho que eu precisei dar foi mostrar que só quem lê bem consegue melhorar sua produção escrita. Ela aprendeu rápido, reescreveu toda a história que ainda está sendo gestada, de forma mais organizada e apropriando-se de vários recursos narrativos. O método que eu apresentava sempre era a leitura de algumas obras, como contos, fábulas e romances. Líamos e relíamos, sobretudo, o que a Hosana escrevia e ela melhorava os seus textos a cada sábado.
No último encontro de 2010, Hosana foi uma das estrelas que brilhou. Na nossa programação de encerramento lemos para as crianças uma história escrita por ela: “Meu primeiro beijo”. Fizemos o lançamento do "livro" com direito a pose para fotos, autógrafos e abraço dos amigos. Depois daquele ano de trabalho aos sábado à tarde, a alegria da Hosana foi apenas um dos presentes que eu recebi, porque foi nesse mesmo evento que a Ana Paula, Edna, Celio e Tino me intimaram e eu logo aceitei a compor oficialmente o grupo dos Roedores de Livros.
A Hosana é para nós dos Roedores a prova de que sempre há alguém sedento esperando por algo que temos guardado misteriosamente.
Parece sonho...
sexta-feira, 11 de março de 2011
Uma pausa, uma festa, vários sonhos









Livro é sempre bem-vindo por aqui...






quinta-feira, 10 de março de 2011
Foi assim em novembro de 2010.



Foi assim em outubro de 2010.

- Olha só, eu gostei demais desse poema!
E leu um. Depois outro. Mais outro.





Foi assim em setembro de 2010.



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
A criança tratada como um ser pensante!

sábado, 19 de fevereiro de 2011
O Baile do Jonas

Na sexta passada, dancei com caveiras no meio da tarde em pleno shopping center. E, se o tema parece assustador, garanto que me diverti bastante com a “performance” dos Djs – oops, autores – responsáveis pelo meu par: o livro O BAILE DAS CAVEIRAS: Jonas Ribeiro e Cris Alhadeff (Franco Editora). É certo que já dancei bastante – literalmente - ao lado dessa turma animada da Literatura Infantil. Mas uma das performances literais e inesquecíveis (há várias, acredite) foi a de Jonas, como cover de Sidney Magal num certo sarau, anos atrás.


Jonas é, além de tudo, um homem generoso. Espelha isso em seus abraços e em suas ações: em nosso encontro mais recente, participando do projeto Grava Livro Aêh, em Porto Alegre (foto acima), ainda de mochila nas costas, Jonas não resistiu às crianças sentadas em frente ao ônibus-estúdio e tagarelou alguns travalínguas impossíveis que deixaram todos ainda mais felizes.

Em O BAILE DAS CAVEIRAS, Jonas escreve como quem conta uma boa históra. Labareda – o cão da família de Thiago (o menino-narrador da história) – não largou o osso, e eu não larguei o livro até chegar ao final. Nele encontrei os elementos para uma divertida história de terror: uma avó à beira da morte, a própria Morte, um cemitério, esqueletos, uma caixa misteriosa, gritos e Sidney Magal (???). A narrativa parece, mas não é linear. E esse jogo (em que o autor conta a mesma história por ângulos diferentes) dá um sabor especial ao texto.

Apesar do tema sombrio, as ilustrações de Cris Alhadeff mostram, já na capa, que há mais que suspense no livro de Jonas. Há sorrisos aqui e ali. Despertos pelo repertório de truques do contador de histórias. Gostei muito das ilustrações e gostaria até de dizer mais. Mas prefiro deixar o leitor brincar com elas sem saber aonde vai dar a viagem. Se não o fizer assim, posso ficar como o Zé Fuxico, desacreditado por toda a cidade, mesmo depois de ver o que viu. Só posso dizer que estou feliz com mais um livro de Jonas que não vai descansar na estante. Só peço a ele que avise quando for contar essa história por aqui, pois gostaria de vê-lo sacudindo os ossos, os juízos (poucos) e os sorrisos (muitos) das crianças. Hatuna Matata!!!
P.S. O livro saiu agorinha do forno e, talvez por isso, não o encontrei disponível nas livrarias virtuais para linká-lo nesse post. Mas vale a pena cobrar e/ou esperar um pouquinho para bailar com Jonas, Cris e suas caveiras.segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Mais um roedor de livros para o nosso acervo...

Então, aconteceu: não era nosso anversário, nem dia do livro... sequer dia do amigo... mas semana passada o querido Jean Claude R. Alphen nos presenteou com o seu Roedor de Livros. ADORAMOS!!! Obrigado, Arnaldo. Agora, compartilhamos a arte, o carinho e o talento de Jean-Claude com vocês. HATUNA MATATA!!!