terça-feira, 30 de junho de 2009
Desparafusando na FLIPINHA 2009.
Os Roedores de Livros estarão na FLIP 2009, participando da programação da FLIPINHA e lançando o livro CADÊ O JUÍZO DO MENINO? com apresentação musical do Tino Freitas no sábado, 04 de julho, 13h, na Tenda da Biblioteca da FLIPINHA, na Praça da Matriz (Parati - RJ). Apareçam por lá. Hatuna Matata.
O primeiro autógrafo a gente nunca esquece...
O 11º Salão FNLIJ do livro para crianças e jovens tinha duas novidades para mim.
A primeira, sem dúvida, foi o local. O Centro Cultural Ação da Cidadania passarai a abrigar o maior e melhor evento nacional do gênero. Um lugar lindo, com uma infraestrutura bem melhor que a dos salões anteriores abria suas portas para mim e para Ana Paula.
A segunda, mais intensa, foi a de entrar no Salão como autor. Sei lá, foi diferente. Estranhamente gostoso. Uma sensação que sumiu depois do primeiro dia, mas que naquela tarde do sábado, 13 de junho, me tomou por inteiro já na entrada, quando recebi o crachá.
Depois de abraçar alguns amigos que encontramos nos corredores, é claro que fui ao stand da Manati. Lá, tudo lindo demais. Encontrei meu livro ao lado de tantos outros que aprendi a admirar. Rosalina, Marieta, e A Cristaleira dividiam espaço com Cadê o Juízo do Menino. As pessoas entravam no stand, folheavam o livro, achavam engraçado. Meu olho brilhou, encheu meu sorriso de cor e eu fiquei ali parado um tempão meio sem saber da vida.
Foi Ana Paula quem me trouxe de volta:
- Ei menino sem juízo, a moça quer um autógrafo!!!
A mãe do Lucas estava ali, ao lado, esperando por um carinho meu na folha de rosto do livro.
Pausa para pensar o que escrever... Afinal, era o primeiro autógrafo... A dedicatória saiu fácil, afinal, Lucas é nome de menino traquino, feliz. Soltei a mão e deixei um abração para o Lucas. A mãe dele sorriu. Espero que os dois tenham se divertido com o livro. Eu estava muito, MUITO feliz.
Faltou Mariana naquele primeiro encontro com o livro. Mas ela esteve presente em outros tantos bons momentos naquela visita ao Rio. Para encerrar o primeiro dia, uma foto com Silvia Negreiros e Bia Hetzel, as meninas que apostaram na minha história. Muito criativas, elas me ensinam a atravessar o caminho das pedras. Estamos juntos nesta lida de levar a fantasia para a casa do pensamento das crianças sem juízo. Hatuna Matata.
A primeira, sem dúvida, foi o local. O Centro Cultural Ação da Cidadania passarai a abrigar o maior e melhor evento nacional do gênero. Um lugar lindo, com uma infraestrutura bem melhor que a dos salões anteriores abria suas portas para mim e para Ana Paula.
A segunda, mais intensa, foi a de entrar no Salão como autor. Sei lá, foi diferente. Estranhamente gostoso. Uma sensação que sumiu depois do primeiro dia, mas que naquela tarde do sábado, 13 de junho, me tomou por inteiro já na entrada, quando recebi o crachá.
Depois de abraçar alguns amigos que encontramos nos corredores, é claro que fui ao stand da Manati. Lá, tudo lindo demais. Encontrei meu livro ao lado de tantos outros que aprendi a admirar. Rosalina, Marieta, e A Cristaleira dividiam espaço com Cadê o Juízo do Menino. As pessoas entravam no stand, folheavam o livro, achavam engraçado. Meu olho brilhou, encheu meu sorriso de cor e eu fiquei ali parado um tempão meio sem saber da vida.
Foi Ana Paula quem me trouxe de volta:
- Ei menino sem juízo, a moça quer um autógrafo!!!
A mãe do Lucas estava ali, ao lado, esperando por um carinho meu na folha de rosto do livro.
Pausa para pensar o que escrever... Afinal, era o primeiro autógrafo... A dedicatória saiu fácil, afinal, Lucas é nome de menino traquino, feliz. Soltei a mão e deixei um abração para o Lucas. A mãe dele sorriu. Espero que os dois tenham se divertido com o livro. Eu estava muito, MUITO feliz.
Faltou Mariana naquele primeiro encontro com o livro. Mas ela esteve presente em outros tantos bons momentos naquela visita ao Rio. Para encerrar o primeiro dia, uma foto com Silvia Negreiros e Bia Hetzel, as meninas que apostaram na minha história. Muito criativas, elas me ensinam a atravessar o caminho das pedras. Estamos juntos nesta lida de levar a fantasia para a casa do pensamento das crianças sem juízo. Hatuna Matata.
O mensageiro e os Roedores de Livros.
Seria muito mais fácil dizer não.
- Ah, meninos… passei a semana inteira trabalhando, ontem fui à 03 escolas e hoje à tarde terei mais uma apresentação na Expotchê. Tô precisando relaxar aqui no hotel, aproveitar a piscina, tomar um café v a g a r o s a m e n t e. Vamos deixar para uma próxima vez?
Mas ele não disse isso. Muito pelo contrário. Aliás, foi ele quem ligou para dizer:
- Vocês vêm me pegar que horas?
Bocejando ao celular o Tino disse:
- Já estamos a caminho…
…
Hermes Bernardi Jr. tinha mesmo passado a semana trabalhando, tinha visitado e se apresentado em 03 escolas no dia anterior, tinha que fazer uma apresentação no meio da tarde na badaladíssima Expotchê e estava hospedado num super hotel da Capital Federal.
Mas trouxe na bagagem – de fato – o desejo de conhecer as crianças do projeto Roedores de Livros. Os deuses enviaram o mensageiro para mostrar que ainda há generosidade por aí.
Foi lindo ver os olhinhos das crianças brilhando ao se deparar com um autor vindo de tão longe. Hermes havia presenteado nossos meninos com alguns livros e sua história estava na pontinha da memória dos pequenos.
O autor de livros bons de roer como Planeta Caiqueria e E Um Rinoceronte Dobrado (RESENHADOS AQUI) conversou com a turma, fez uma apresentação improvisada do seu Lilliput de Sorvete e Chocolate, ao ar livre; fez mediação de leitura, batizou a todos “em nome da ordem dos rinocerontes dobrados”; autografou todos os livros com um carinho sincero; lanchou e andou de trem conosco.
Tudo isso aconteceu na manhã de sábado, 06 de junho, uma semana antes dele lançar dois novos livros (Doido pra voar e O Emaranhado da Moçoroca) no Salão da FNLIJ no Rio de Janeiro… Mas isso é assunto para outra hora.
Agora só queremos agradecer a Hermes - em nome das nossas crianças – por dispor do seu tempo e compartilhar conosco todo o seu talento e amizade.
E para vocês, queridos leitores, algumas fotos do nosso encontro inesquecível. Hatuna Matata.
Hermes conquista o olhar dos Roedores de Livros com sua performance teatral.
Abaixo, quem encontra os quindins na página de E O Rinoceronte Dobrado?
Um autógrafo carinhoso para cada criança...
Euzinha, sendo batizada "em nome da ordem dos rinocerontes dobrados"...
Por fim, nosso convidado andou de trem no brinquedo cantado movido pelo Tino.
- Ah, meninos… passei a semana inteira trabalhando, ontem fui à 03 escolas e hoje à tarde terei mais uma apresentação na Expotchê. Tô precisando relaxar aqui no hotel, aproveitar a piscina, tomar um café v a g a r o s a m e n t e. Vamos deixar para uma próxima vez?
Mas ele não disse isso. Muito pelo contrário. Aliás, foi ele quem ligou para dizer:
- Vocês vêm me pegar que horas?
Bocejando ao celular o Tino disse:
- Já estamos a caminho…
…
Hermes Bernardi Jr. tinha mesmo passado a semana trabalhando, tinha visitado e se apresentado em 03 escolas no dia anterior, tinha que fazer uma apresentação no meio da tarde na badaladíssima Expotchê e estava hospedado num super hotel da Capital Federal.
Mas trouxe na bagagem – de fato – o desejo de conhecer as crianças do projeto Roedores de Livros. Os deuses enviaram o mensageiro para mostrar que ainda há generosidade por aí.
Foi lindo ver os olhinhos das crianças brilhando ao se deparar com um autor vindo de tão longe. Hermes havia presenteado nossos meninos com alguns livros e sua história estava na pontinha da memória dos pequenos.
O autor de livros bons de roer como Planeta Caiqueria e E Um Rinoceronte Dobrado (RESENHADOS AQUI) conversou com a turma, fez uma apresentação improvisada do seu Lilliput de Sorvete e Chocolate, ao ar livre; fez mediação de leitura, batizou a todos “em nome da ordem dos rinocerontes dobrados”; autografou todos os livros com um carinho sincero; lanchou e andou de trem conosco.
Tudo isso aconteceu na manhã de sábado, 06 de junho, uma semana antes dele lançar dois novos livros (Doido pra voar e O Emaranhado da Moçoroca) no Salão da FNLIJ no Rio de Janeiro… Mas isso é assunto para outra hora.
Agora só queremos agradecer a Hermes - em nome das nossas crianças – por dispor do seu tempo e compartilhar conosco todo o seu talento e amizade.
E para vocês, queridos leitores, algumas fotos do nosso encontro inesquecível. Hatuna Matata.
Hermes conquista o olhar dos Roedores de Livros com sua performance teatral.
Abaixo, quem encontra os quindins na página de E O Rinoceronte Dobrado?
Um autógrafo carinhoso para cada criança...
Euzinha, sendo batizada "em nome da ordem dos rinocerontes dobrados"...
Por fim, nosso convidado andou de trem no brinquedo cantado movido pelo Tino.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Roedores de Livros no Rio de Janeiro.
Fuçando sobre o lançamento do livro do Tino e da Mariana Massarani (Editora Manati) encontrei a foto acima no SITE DO 11º SALÃO FNLIJ seguida da legenda:
Tino Freitas encheu a Biblioteca FNLIJ/Petrobras na leitura do livro "Cadê o juízo do menino?".
Foi assim mesmo. Tinha um mar de crianças. O Tino até mergulhou. Sem juízo!!! Mas a gente conta tudinho depois, com novas fotos. Essa é só de aperitivo.
Tino Freitas encheu a Biblioteca FNLIJ/Petrobras na leitura do livro "Cadê o juízo do menino?".
Foi assim mesmo. Tinha um mar de crianças. O Tino até mergulhou. Sem juízo!!! Mas a gente conta tudinho depois, com novas fotos. Essa é só de aperitivo.
sábado, 20 de junho de 2009
Aprendendo sobre ilustração em livros para crianças.
Este convite é para quem estiver em Brasília. Aproveitem!!!
Palestrantes:
MIRIAM GABBAI, formada em Belas Artes e História,dona e editora de arte da Editora Callis.
JONAS RIBEIRO, formado em Letras, escritor e ilustrador,autor de cerca de 80 livros infanto-juvenis.
O livro A HISTÓRIA ROCAMBOLESCA DE MADAME VALESCA, estará em promoção no local: DE 38,00, por 15,00.
Palestrantes:
MIRIAM GABBAI, formada em Belas Artes e História,dona e editora de arte da Editora Callis.
JONAS RIBEIRO, formado em Letras, escritor e ilustrador,autor de cerca de 80 livros infanto-juvenis.
O livro A HISTÓRIA ROCAMBOLESCA DE MADAME VALESCA, estará em promoção no local: DE 38,00, por 15,00.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Um lançamento SEM JUÍZO...
Queridos amigos,
Desde sábado passado (13/06) acompanhamos de perto o 11° Salão FNLIJ, no Rio de Janeiro. Sei que vocês passam por aqui sempre em busca de novas informações sobre o projeto, sobre novos livros e sobre o que acontece de bom culturalmente referente à infância. Pois é: estamos colhendo todas essas informações para repassar a vocês assim que retornar a Brasília, pois por aqui são muitas emoções e pouco tempo para o computador. Desde sábado encontrei os amigos, vi meu livro pela primeira vez numa estante, recebi o crachá como autor, dei o primeiro autógrafo, aprendi muito nos seminários, enfim... tudo isto estará relatado por aqui, em breve.
Passo por cá somente para convidá-los oficialmente para -se não de forma presente, que seja no pensamento - nos encontrarmos na próxima sexta, 19 de junho, para o lençamento do meu primeiro livro, CADÊ O JUÍZO DO MENINO? (ilustrações de Mariana Massarani, Editora Manati), as 15h, na BIBLIOTECA FNLIJ PARA CRIANÇAS, dentro da superprogramação do 11° Salão FNLIJ, no CENTRO CULTURAL AÇÃO DA CIDADANIA (Av. Barão de Tefé, 75), no Rio de Janeiro.
Caso vocês se encontrem distantes e queiram adquirir o livro, ele está à venda no SITE DA LIVRARIA CULTURA.
Abraços Musicais e até breve!!!
Hatuna Matata.
Desde sábado passado (13/06) acompanhamos de perto o 11° Salão FNLIJ, no Rio de Janeiro. Sei que vocês passam por aqui sempre em busca de novas informações sobre o projeto, sobre novos livros e sobre o que acontece de bom culturalmente referente à infância. Pois é: estamos colhendo todas essas informações para repassar a vocês assim que retornar a Brasília, pois por aqui são muitas emoções e pouco tempo para o computador. Desde sábado encontrei os amigos, vi meu livro pela primeira vez numa estante, recebi o crachá como autor, dei o primeiro autógrafo, aprendi muito nos seminários, enfim... tudo isto estará relatado por aqui, em breve.
Passo por cá somente para convidá-los oficialmente para -se não de forma presente, que seja no pensamento - nos encontrarmos na próxima sexta, 19 de junho, para o lençamento do meu primeiro livro, CADÊ O JUÍZO DO MENINO? (ilustrações de Mariana Massarani, Editora Manati), as 15h, na BIBLIOTECA FNLIJ PARA CRIANÇAS, dentro da superprogramação do 11° Salão FNLIJ, no CENTRO CULTURAL AÇÃO DA CIDADANIA (Av. Barão de Tefé, 75), no Rio de Janeiro.
Caso vocês se encontrem distantes e queiram adquirir o livro, ele está à venda no SITE DA LIVRARIA CULTURA.
Abraços Musicais e até breve!!!
Hatuna Matata.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Os meninos descalços
O motivo da Ana Paula estar com este sorriso solto aí na foto acima é um só: Samuel. Menino roedor de livros desde o ano passado, naquele dia apareceu com uma pergunta daquelas que desconcertam a gente pela simplicidade, expontaneidade e força quando acontece dentro de um projeto de leitura. Foi no final da manhã de sábado, 30 de maio. Era a hora das crianças escolherem os livros para empréstimo. Edna e Célio estavam viajando, cada um com seus motivos profissionais e particulares. Na Ceilândia, eu, Ana Paula e as crianças.
Ao chegarmos, muito barulho (a creche passa por uma reforma) e foi preciso uma sessão enorme de músicas e brinquedos cantados até que fosse possível reunir o grupo para uma boa mediação. Ouvidos atentos para Marina e Makulelê (Gilles Eduar, projeto Bem Me Quer). O livro encantou a todos com seu enredo simples valorizando as amizades que se formam apesar das diferenças seja na aparência, nos costumes, enfim. Após a leitura, Ana Paula perguntou ao pequeno grupo se ali havia alguém diferente.
Depois de um breve silêncio um deles respondeu afirmativamente e apontou para outro: "Fulano é diferente". Observamos ali que uma das crianças com mais características distintas do grupo enxergou no outro algum problema. Mas ressaltou: "Eu gosto muito dele. Somos amigos". E são mesmo. Brincam juntos. Brigam juntos. Como todas as crianças. Dividem suas histórias. As da vida. As dos livros.
Ana Paula leu ainda As Meninas Descalças (Jonas Ribeiro, Projeto Bem-Me-Quer), outro texto reforçando a importância em conviver bem na diversidade. Ali, no tapete vermelho, todos atentos à história do encontro, na praia, entre duas meninas de classes sociais opostas. "As meninas estão descalças como nós aqui no tapete", lembrou uma das crianças. Pura sabedoria infantil.
Depois da mediação, hora de escolher os livros. Ana Paula com as fichas e sacolas, eu com a câmera e os meninos comos livros. Foi então que apareceu o Samuel perguntando: "Tem mais livros do André Neves?". Ana levantou a cabeça e pescou na caixoteca A Caligrafia de Dona Sofia. "Esse eu já li", disse o menino. Ana procurou mais um pouco e ofereceu Poesias dão nomes ou nomes dão poesias? "Esse eu já li", disse o menino. Ana então encontrou O Monstro Monstruoso da Caverna Cavernosa, de Rosana Rios que, em nova versão, ganhou ilustrações de André Neves. "É esse o que eu vou levar", gritou Samuel, pegando o livro e guardando-o na sacola. Aquele livro havia acabado de chegar junto com o Mateus (que veio depois da aula, mesmo atrasado), outro fã do autor e ilustrador pernambucano. As outras crianças escolheram seus livros e fomos todos para casa. Eu e Ana Paula, felizes, por colher frutos tão saborosos em nosso jardim de livros. Amo muito tudo isso! Hatuna Matata!!!
Ao chegarmos, muito barulho (a creche passa por uma reforma) e foi preciso uma sessão enorme de músicas e brinquedos cantados até que fosse possível reunir o grupo para uma boa mediação. Ouvidos atentos para Marina e Makulelê (Gilles Eduar, projeto Bem Me Quer). O livro encantou a todos com seu enredo simples valorizando as amizades que se formam apesar das diferenças seja na aparência, nos costumes, enfim. Após a leitura, Ana Paula perguntou ao pequeno grupo se ali havia alguém diferente.
Depois de um breve silêncio um deles respondeu afirmativamente e apontou para outro: "Fulano é diferente". Observamos ali que uma das crianças com mais características distintas do grupo enxergou no outro algum problema. Mas ressaltou: "Eu gosto muito dele. Somos amigos". E são mesmo. Brincam juntos. Brigam juntos. Como todas as crianças. Dividem suas histórias. As da vida. As dos livros.
Ana Paula leu ainda As Meninas Descalças (Jonas Ribeiro, Projeto Bem-Me-Quer), outro texto reforçando a importância em conviver bem na diversidade. Ali, no tapete vermelho, todos atentos à história do encontro, na praia, entre duas meninas de classes sociais opostas. "As meninas estão descalças como nós aqui no tapete", lembrou uma das crianças. Pura sabedoria infantil.
Depois da mediação, hora de escolher os livros. Ana Paula com as fichas e sacolas, eu com a câmera e os meninos comos livros. Foi então que apareceu o Samuel perguntando: "Tem mais livros do André Neves?". Ana levantou a cabeça e pescou na caixoteca A Caligrafia de Dona Sofia. "Esse eu já li", disse o menino. Ana procurou mais um pouco e ofereceu Poesias dão nomes ou nomes dão poesias? "Esse eu já li", disse o menino. Ana então encontrou O Monstro Monstruoso da Caverna Cavernosa, de Rosana Rios que, em nova versão, ganhou ilustrações de André Neves. "É esse o que eu vou levar", gritou Samuel, pegando o livro e guardando-o na sacola. Aquele livro havia acabado de chegar junto com o Mateus (que veio depois da aula, mesmo atrasado), outro fã do autor e ilustrador pernambucano. As outras crianças escolheram seus livros e fomos todos para casa. Eu e Ana Paula, felizes, por colher frutos tão saborosos em nosso jardim de livros. Amo muito tudo isso! Hatuna Matata!!!
Nas Bancas...
A Revista Crescer de junho chegou às bancas com a sua lista dso 30 melhores livros infantis do ano (não informa se de 2008 ou 2009 ou de junho de 2008 a junho de 2009). A lista é criada a partir da avaliação de 40 personalidades ligadas ao universo do livro infantil (livreiros, pesquisadores, professores, bibliotecários, pedagogos, etc). É o quarto ano da lista. Não é comum se falar dos melhores livros na grande mídia, portanto, esta seleção, de responsabilidade das jornalistas Cristiane Rogério e Marina Vidigal, é um oásis no deserto em que muitos pais se encontram quando encontram a seção infantil de sua livraria preferida com os livros apertados uns contra os outros de um jeito que quase não dá para tirar da estante.
Entre os contemplados, há livros de 16 editoras, destacando a Cosac & Naify, com 6 títulos; a Cia das Letrinhas, com 5, Salamandra e Brinque Book com 3 indicações, cada. São apresentados em seções e com indicações de idade. Como em toda lista, a gente sempre sente falta de um ou outro livro que poderia estar ali, afinal são só 30 títulos em meio a tantos lançamentos. Mas vale a sua corrida à banca para conhecer os indicados.
A revista apresenta ainda uma reportagem com os 10 passos para escolher um bom livro; outra, sobre o cuidado com o livro politicamente correto, além de um especial de três páginas com o carismático Roberto Carlos Ramos, considerado um dos maiores contadores de histórias do planeta. Vale à pena. That's all, folks.
No site da revista Crescer você pode conferir OS INDICADOS DESTE ANO, os de 2008, de 2007 e a lista de 2006 que elegeu os "55 melhores livros para o seu filho".
Entre os contemplados, há livros de 16 editoras, destacando a Cosac & Naify, com 6 títulos; a Cia das Letrinhas, com 5, Salamandra e Brinque Book com 3 indicações, cada. São apresentados em seções e com indicações de idade. Como em toda lista, a gente sempre sente falta de um ou outro livro que poderia estar ali, afinal são só 30 títulos em meio a tantos lançamentos. Mas vale a sua corrida à banca para conhecer os indicados.
A revista apresenta ainda uma reportagem com os 10 passos para escolher um bom livro; outra, sobre o cuidado com o livro politicamente correto, além de um especial de três páginas com o carismático Roberto Carlos Ramos, considerado um dos maiores contadores de histórias do planeta. Vale à pena. That's all, folks.
No site da revista Crescer você pode conferir OS INDICADOS DESTE ANO, os de 2008, de 2007 e a lista de 2006 que elegeu os "55 melhores livros para o seu filho".
Destelhado, descoberto, deslumbrante.
Trimmmmm!!!
- Alô!
- Alô... Tino?
- Sim, quem é?
- Oi, Tino. Sou eu, nonononono. Estou ligando porque chegou um livro novo ilustrado pelo André Neves – só chegou um, viu?! – e estamos todos aqui curiosos para dar uma olhadinha, mas tem um selo, um lacre, que não dá pra tirar... só se comprar o livro... você vai querer?
- Hã... livro novo do André?
- É... a ilustração. O texto não é dele. Deixa eu ler aqui... o texto é da Ninfa Parreiras. O livro é da DCL, o título é UM TETO DE CÉU, tem umas estrelas na capa e o formato é tipo um envelope. Bem bacana. Mas tem um selo, um lacre, que não dá pra tirar... Você vai reservar?
- Vou, vou. Obrigado por ligar.
- Ah, Tino, quando você vier pegar o livro, passa aqui na seção que a gente quer ver o livro, tá? Você vem hoje?
- Hoje não dá. Mas passo aí amanhã à tarde.
- Combinado então. Tá reservado. Não esquece de passar por aqui. Tchau!
- Tchau!
Fiquei curioso, mas naquele dia não deu para ir à livraria. Fui no dia seguinte, conforme havia prometido. Na seção de reservas fui surpreendido com um livro num formato diferente, novidade para mim. Um selo com as inicias de Ninfa e André tornava a obra inviolável para os curiosos. Não dava para tomar um café com o livro antes. Era preciso comprar o livro para depois descobrí-lo. Se não, a gente danifica o livro para um outro cliente. Não tive dúvidas. Um livro da dupla era certeza de uma ótima aquisição. Os dois são artistas do mundo da boa literatura infantil.
Fui ao caixa, investi algumas realidades e – com cuidado – retirei o lacre da fantasia. Ao abrir a capa preta cheia de estrelas, fui presenteado com o mundo de cores de André e com a bela história de Ninfa sobre uma menina, Luana; sua vila, onde só havia uma estação: a seca; onde as casas não têm teto, pois nunca chove por lá – aliás, o teto era o céu; o sol e as estrelas -; um encontro com uma moça da terra das águas e uma troca de presentes. Tudo absurdamente lindo. Emocionante.
Mas, antes de me derreter de paixão pelo texto de Ninfa, entrei no jogo do livro objeto em formato de envelope preto que ao se abrir derrama cores e pede ao leitor que mude a posição do livro para entrar na história. Algumas páginas se desdobram oferecendo surpresas aos olhos do leitor. Algumas palavras crescem, outras dançam nas páginas. O projeto gráfico, assinado por André Neves e Thiago Nieri é FANTÁSTICO. Torna a leitura diferente sem interferir na linearidade do texto. Agiganta o livro. Gostei. Muito.
André – como sempre – faz da sua arte um instrumento para brincar com o leitor. Um olho recortado cabe numa janela; um pássaro entrega o livro para a personagem – o livro que estamos lendo; estrelas pingam do céu como gotas de chuva ou como frutos maduros; há um chafariz de areia colorida; objetos de casas do interior brasileiro; texturas, colagens e talento.
Ninfa - como sempre – faz da sua arte um instrumento para brincar com o leitor. Imprime no papel as frases mais bonitas, como um ourives lapidando o cristal. “O teto era o céu. Sem nuvens, sem chuva. A chuva não conhecia aquelas casas sem teto. A chuva sempre demorava, atrasava, nunca chegava. A chuva perdeu o calendário das estações... perdeu o relógio. A chuva foi chover por outras bandas”. Beleza pura. Rara por estes dias.
Um teto de céu é o resultado de um encontro entre amigos. E a gente sempre oferece o melhor para quem amamos. O melhor tempo, o melhor texto, o melhor traço, o melhor tudo. Assim é o novo livro de Ninfa e André. Fotografia para o meu álbum dos melhores momentos da literatura brasileira para a infância deste começo de século.
E a turma da livraria? Ah, passei uma boa hora tomando café enquanto eles enchiam os olhos de estrelas. Que bom que ainda hajam vendedores de livros interessados em livros. Liguem sempre. Hatuna Matata!!!
- Alô!
- Alô... Tino?
- Sim, quem é?
- Oi, Tino. Sou eu, nonononono. Estou ligando porque chegou um livro novo ilustrado pelo André Neves – só chegou um, viu?! – e estamos todos aqui curiosos para dar uma olhadinha, mas tem um selo, um lacre, que não dá pra tirar... só se comprar o livro... você vai querer?
- Hã... livro novo do André?
- É... a ilustração. O texto não é dele. Deixa eu ler aqui... o texto é da Ninfa Parreiras. O livro é da DCL, o título é UM TETO DE CÉU, tem umas estrelas na capa e o formato é tipo um envelope. Bem bacana. Mas tem um selo, um lacre, que não dá pra tirar... Você vai reservar?
- Vou, vou. Obrigado por ligar.
- Ah, Tino, quando você vier pegar o livro, passa aqui na seção que a gente quer ver o livro, tá? Você vem hoje?
- Hoje não dá. Mas passo aí amanhã à tarde.
- Combinado então. Tá reservado. Não esquece de passar por aqui. Tchau!
- Tchau!
Fiquei curioso, mas naquele dia não deu para ir à livraria. Fui no dia seguinte, conforme havia prometido. Na seção de reservas fui surpreendido com um livro num formato diferente, novidade para mim. Um selo com as inicias de Ninfa e André tornava a obra inviolável para os curiosos. Não dava para tomar um café com o livro antes. Era preciso comprar o livro para depois descobrí-lo. Se não, a gente danifica o livro para um outro cliente. Não tive dúvidas. Um livro da dupla era certeza de uma ótima aquisição. Os dois são artistas do mundo da boa literatura infantil.
Fui ao caixa, investi algumas realidades e – com cuidado – retirei o lacre da fantasia. Ao abrir a capa preta cheia de estrelas, fui presenteado com o mundo de cores de André e com a bela história de Ninfa sobre uma menina, Luana; sua vila, onde só havia uma estação: a seca; onde as casas não têm teto, pois nunca chove por lá – aliás, o teto era o céu; o sol e as estrelas -; um encontro com uma moça da terra das águas e uma troca de presentes. Tudo absurdamente lindo. Emocionante.
Mas, antes de me derreter de paixão pelo texto de Ninfa, entrei no jogo do livro objeto em formato de envelope preto que ao se abrir derrama cores e pede ao leitor que mude a posição do livro para entrar na história. Algumas páginas se desdobram oferecendo surpresas aos olhos do leitor. Algumas palavras crescem, outras dançam nas páginas. O projeto gráfico, assinado por André Neves e Thiago Nieri é FANTÁSTICO. Torna a leitura diferente sem interferir na linearidade do texto. Agiganta o livro. Gostei. Muito.
André – como sempre – faz da sua arte um instrumento para brincar com o leitor. Um olho recortado cabe numa janela; um pássaro entrega o livro para a personagem – o livro que estamos lendo; estrelas pingam do céu como gotas de chuva ou como frutos maduros; há um chafariz de areia colorida; objetos de casas do interior brasileiro; texturas, colagens e talento.
Ninfa - como sempre – faz da sua arte um instrumento para brincar com o leitor. Imprime no papel as frases mais bonitas, como um ourives lapidando o cristal. “O teto era o céu. Sem nuvens, sem chuva. A chuva não conhecia aquelas casas sem teto. A chuva sempre demorava, atrasava, nunca chegava. A chuva perdeu o calendário das estações... perdeu o relógio. A chuva foi chover por outras bandas”. Beleza pura. Rara por estes dias.
Um teto de céu é o resultado de um encontro entre amigos. E a gente sempre oferece o melhor para quem amamos. O melhor tempo, o melhor texto, o melhor traço, o melhor tudo. Assim é o novo livro de Ninfa e André. Fotografia para o meu álbum dos melhores momentos da literatura brasileira para a infância deste começo de século.
E a turma da livraria? Ah, passei uma boa hora tomando café enquanto eles enchiam os olhos de estrelas. Que bom que ainda hajam vendedores de livros interessados em livros. Liguem sempre. Hatuna Matata!!!
quarta-feira, 10 de junho de 2009
O DARIZ...
O melhor em viver um Salão da FNLIJ, além de reencontrar os amigos e fazer novas amizades é o encontro com o livro. Livros novos que, mitas vezes passamos um ano inteiro e não os encontramos nas prateleiras por motivos diversos. Acabamos de receber um email da Cosac & Naify sobre seus lançamentos e gostaria de compartilhar com vocês a delícia que deve ser O DARIZ de Olivier Douzou, francês, escritor, ilustrador e designer de móveis que estará lançando o livro no dia 20, as 17h, no 11º Salão FNLIJ. Estamos curiosos para conhecer o texto traduzido por Paulo Neves pois "um dos grandes méritos do livro está na utilização dos desvios de grafia para simular a pronúncia típica de alguém resfriado" informa o texto de divugação que reproduzo acima (clique sobre a imagem para ler a resenha por inteiro). Parece engraçado e feito para uma boa mediação. Vai pra lista de compras no salão!!! Hatuna Matata.
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