Depois de merecidas férias. retomamos as atividades no sábado, 09 de agosto. Edna havia ido ao Peru, eu fui com as crianças para Sampa e o Tino foi encontrar nosso outro Pedro em Fortaleza. Nada melhor que uma viagem para descansar a cuca e renovar as idéias. Chegamos com muita saudade de tudo: das crianças, de estarmos juntos e do Célio. Sim, nosso quarto Roedor não poderá nos acompanhar durante os próximos sábados, mas está sempre presente. Voltará em breve. Sem ele, começamos as atividades rompendo as fronteiras da língua. A Edna presenteou-nos com um livro peruano chamado El Hombre, El Tigre y La Luna. A turma ficou curiosa para conhecer e história. Então, improvisamos um espanhol instrumental em que a Edna lia a história e as crianças faziam a tradução. Foi uma experiência MARAVILHOSA. Através da sonoridade próxima do português e das ilustrações, nossos roedores mirins foram se apossando da história estrangeira onde o tigre tem pele de onça e a esperteza do homem supera a força do animal.
Todo mundo participou da "leitura". Interação total. Repetiremos a brincadeira em breve. O tal livro ainda passou de mão em mão pois a turma queria ver como as palavras eram escritas... enfim, uma reencontro diferente e muito gostoso.
Quando planejamos a volta das férias, resolvi tirar do nosso baú particular dois livros peruanos que resolveram ficar lá em casa depois da última temporada dos Tapetes Contadores de Histórias aqui em Brasília: El Zorro e El Cuy e As Ilhas de Pachacamaca. O livro inusitado (de pano, repleto de bordados e personagens que se escondem e aparecem à medida que a história avança) foi feito pelas mulheres do projeto peruano MANOS QUE CUENTAN e é LINDO, LINDO, LINDO e parece que foi feito com ímãs que atraem os olhos das crianças.
Contei as duas histórias mas, antes, contamos um pouco das curiosidades peruanas como, por exemplo, por que os povos das montanhas são de baixa estatura (o corpo se adaptou à altitude). Falei que tanto a história do livro que a Edna havia importado quanto a dos livros de pano carregavam consigo a TRADIÇÃO ORAL. Perguntei a todos o que seria tal tradição. Um garoto respondeu na hora: - É A TRADIÇÃO DA HORA!!! Rimos muito, mas aproveitamos para abordar a origem das histórias, desde sempre, antes dos livros, passadas de geração em geração através da tradição oral até ganhar as cores e tintas no papel. Foi um papo SUPER!!!
A manhã que começou preguiçosa terminou quase que num segundo. O tempo passou rápido na Ceilândia naquele sábado. Tempo, tempo, tempo, tempo. Aquele senhor tão bonito da canção de Caetano deixou-nos famintos por mais meninos, mais histórias, mais VIDA EM COMUM. Que a vida seja longa para que possamos aprender sempre com nossas crianças. Hatuna Matata.
2 comentários:
Que fofo isso, hein?
Beijos
da Pin
;o)
Quando vocês pretendem vir para São Paulo novamente?
Quero conhecê-los!!!!
abs,
ALberto
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