segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Confraria Reinações - mais um encontro.
Somos um grupo de pessoas que curte a literatura feita pra crianças e adolescentes e há quase três anos resolvemos nos reunir mensalmente para conversar sobre LIJ. Já realizamos 33 encontros. Em 2009, foi criada uma extenção da Reinações na cidade de Caxias-RS. Já realizamos também dois saraus cujo público-alvo foram crianças e adolescentes, algumas mesas-redondas e um seminário sobre clássicos durante a Feira do Livro de 2010. As atividades são sempre gratuitas e abertas a que quiser aparecer.
Descobrindo a nova toca dos Roedores de Livros
Chegamos devagar, com os olhos curiosos e cheios de esperança. Com o desejo latente de desfrutar de um teto certo para nossas atividades semanais. Um abrigo para os nossos livros que em 2009 se espremeram em caixas de papelão enquanto nossas estantes esperavam vazias o momento de novamente se enfeitarem de livros e encher de fantasia os olhos das crianças.
O lugar estava lá. Esperando por nós. Pedindo um carinho. Uma cor. Uns quadros. Gente entrando e saindo. No coração dos Roedores, além do desejo de uma toca nova, o suspiro ansioso e cheio das dúvidas que chegam a cada recomeço. A cada mudança.
Fazer a mediação sob o céu azul de Ceilândia, sobre um tapete vermelho, ao abrigo da sombra de um pinheiro tem um rico valor simbólico e é bem poético. Mas, na prática, a buzina, a fumaça e o som dos motores dos carros, o sol, a fina poeira vermelha, o frio e a chuva jogavam contra nós. A favor, as crianças, os livros e a vontade de todos de transformar o Homem.
Saímos daquela primeira visita com uma lista inicial de ítens para uma reforma. Lista que ainda cresceria bastante até a "toca" ficar com a cara dos Roedores de Livros. E que só se tornou real a partir da resposta de queridos amigos ao nosso chamado. Uma campanha que correu à boca miúda e que serviu ao seu propósito: nos ajudar a oferecer um espaço digno de receber a fantasia, livros, leitores e "Roedores". Desde já agradecemos a todos que colaboraram. No próximo post vocês verão que estamos de "Casa Nova". Hatuna Matata.
Inscrições para participar do VIVA E DEIXE VIVER no DF.
Um dos braços da ASSOCIAÇÃO VIVA E DEIXE VIVER atua em Brasília desde 2007 fazendo um importante trabalho de humanização através da Contação de Histórias com atividades no HRAS (Hospital Regional da Asa Sul). Agora abre inscrições para quem deseja participar das suas ações no Hospital Regional de Samambaia. Para mais informações é só CLICAR AQUI. Há ainda processos de seleção acontecendo em cidades como São Paulo. Saiba mais no site da associação. Hatuna Matata.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Literatino - o blog do Tino Freitas.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
LEITURA: Prazer e Gosto - Uma entrevista com Maurício Leite.
A seguir, publico apenas um aperitivo da entrevista, que está no site do INSTITUTO C&A.
Instituto C&A – Como você define seu trabalho?
ML – O que tento fazer de uma forma menos poética e mais científica é despertar nas pessoas o gosto pela leitura. Sem blá-blá-blá, teatrinho, bonequinho, dancinha... O objeto principal do meu trabalho é o livro.
Instituto C&A – E é possível formar um leitor? Há caminhos a serem seguidos?
ML – Acho que sim. Para isso, tem que ter livros e um plano de trabalho, um programa para o livro. Tem que saber até onde você vai levar esse leitor. Eu trabalho com a criança como se fosse o último dia da minha vida, porque não sei quanto tempo vou ter ali para alimentar aquela fome de livro e de leitura nela. Faço o trabalho como se fosse a última vez. Mais do que ficar falando da importância de ler, é fundamental sentir na pele o prazer e o gosto da leitura. Não vejo outras palavras quando se vai trabalhar com leitura: prazer e gosto. É sempre importante lembrar que a literatura não é uma coisa técnica. É arte e é prazer. E você não pode dar um prazer mecânico. Você não pode dar uma coisa que não tem. Se não aconteceu com você, não pode acontecer com outro. Não é verdadeiro.
NESTE LINK você acessa a entrevista completa.
domingo, 31 de janeiro de 2010
"Ler é uma aventura"
“LER É UMA AVENTURA”
A gaúcha Lígia Cademartori, colaboradora do Correio, radicada em Brasília há mais de 20 anos, é uma das mais importantes pesquisadoras da história da leitura no Brasil. Mas, antes de tudo, é uma leitora apaixonada, uma dependente química dos livros. Ela se revolta com o fato de que os professores quase sempre são colocados na condição de instrumentos dos projetos de leitura e não de sujeitos pensantes. Lígia acaba de publicar O professor e a literatura para pequenos, médios e grandes, em que defende uma visão original e polêmica da leitura em uma era do bombardeio dos meios de comunicação de massa e do império do consumo. Ela sustenta que detestar um livro pode ser algo bem interessante e o importante é ler com paixão.
Você escreve sobre muito sobre os desafios para a formação de leitores. Mas, afinal, como se tornou uma leitora?
Eu não poderia deixar de ser leitora porque nasci em uma casa de leitores. Meu pai era um empresário apaixonado por filosofia e poesia, e a minha mãe devorava romances e gostava de cinema. O meu pai era o que chamo de leitor dependente, ou seja, aquele que não vive sem leitura. Quando estava para morrer, sobrevivendo na base do soro, perguntei se ele não precisava de alguma coisa. Então ele me pediu para abrir um jornal e se aproximar dele para que pudesse ler. Argumentei que ele não podia, pois estava tomando soro e ele respondeu: “Fazer soro sem ler enlouquece”.
Mas viver em uma sociedade de consumo sem ler também não enlouquece?
Olha, estamos vivendo uma situação perturbadora: não somos mais do que consumidores. Você é um consumidor classe A, B ou C. É terrível, mas desde o instante em que chegam à escola, as crianças são avaliadas pela marca do tênis ou da mochila. Todos procuram se adequar aos padrões do consumo para sobreviver. Quem não se enquadra é excluído, pois a sociedade de consumo é bastante totalitária e intransigente.
Qual a responsabilidade da escola nesse processo? Ela não poderia ter uma postura menos passiva em relação ao mundo do consumo?
As crianças já nascem com uma pauta de consumo e a escola é um cenário desse processo. A escola já produziu símbolos, já foi referência, mas, hoje, ela só repercute o que ocorre no mundo da mídia. Mas, para que ela interfira na formação das crianças é preciso que os professores sejam leitores, é preciso que eles não se rendam à pauta do consumo e ao grande jogo de interesses que envolve o mercado editorial. A literatura é uma provocação e um convite para o ser, para a sua singularidade, para ouvir a sua voz.
É possível transmitir a paixão pela leitura sem gostar de ler?
Eu perguntei a um professor que estava indicando alguns livros: “Você gostou?” E ele respondeu: “Ainda não li”. Que critério está comandando essa escolha? Muito possivelmente o da publicidade. É preciso conceder aos alunos a liberdade de se manifestar com franqueza sobre a sua experiência de leitura. Deixa eles dizerem que detestaram, que odiaram, que acharam um saco. Não gostei dá uma discussão fantástica. Não gostar é um efeito tão importante quanto gostar. A função da literatura não é formar consensos, é colocar os sentidos em tensão. Qualquer coisa que não seja a apatia é boa.
Como despertar o interesse pelo livro em uma sociedade da informação, sob um bombardeio vertiginoso de estímulos e seduções?
Hoje, as escolas de primeiro e segundo graus têm muito mais livros do que há 30 ou 40 anos. No entanto, não podem concorrer com a velocidade e o processo avassalador da informação instantânea. O professor tem de saber que não vai entrar pela porta da frente, mas sim pela fresta. Na era da velocidade ele vai propor: pare com tudo, vamos fazer a experiência lenta, mas essencial da leitura. Ela é uma aventura do sentido.
O que Monteiro Lobato poderia fazer se estivesse vivo?
Monteiro Lobato não concorreu com os meios de comunicação. A minha geração sempre teve a literatura por perto. Só existiam o livro, o rádio e a eletrola. O Lobato formou toda uma geração de leitores com novos valores. Ele era um racionalista, formou uma geração de crianças críticas e irreverentes. Lobato insinuou, sem que os pais percebessem, uma moral relativa, que rompia com as ideias prontas e a moral absoluta.
Você acha que é possível estabelecer uma relação espiritual com os autores que a gente lê nos livros?
Certa vez, quando eu trabalhava em uma instituição do governo, relacionada aos livros, recebi um telefonema e a voz do outro lado da linha se identificou: “Eu sou filha do Monteiro Lobato”. Eu disse para ela: “Eu também”. A minha maneira de ver o mundo foi muito influenciada pelo espírito crítico do Lobato.
Tivemos uma produção de literatura infanto juvenil de alta qualidade com a Ruth Rocha e a Ana Maria Machado. Elas não fizeram a cabeça de várias gerações de crianças?
São autoras que tiveram uma função muito importante porque a obra delas questionou muito os valores opressivos de um país que vivia sob uma ditadura militar. Elas fizeram a sátira e a crítica do poder em uma sociedade autoritária. Mas a literatura dirigida às crianças e aos adolescentes não fala mais das relações do poder.
O que mudou e quais são os traços marcantes da nova literatura para crianças e adolescentes?
Eu detecto mudanças em dois aspectos: no plano formal e nos temas. No plano formal, o desenho e os textos passaram a ter a mesma importância. As imagens não se limitam mais a serem ilustrações do texto. É como se as imagens narrassem uma história e o texto outra. Essa tendência é bastante significativa em uma cultura em que a imagem ocupa um espaço avassalador no imaginário das crianças. E, neste sentido, valeria a pena citar dois nomes: Fernando Vilela e o brasiliense Roger Mello. Em nossa sociedade eminentemente visual, em que tudo passa pela tevê, a nova literatura seduz pela imagem. O brasiliense Roger Melo é um dos maiores ilustradores do mundo. É uma grife em qualquer bienal internacional do livro. O outro aspecto interessante na literatura do século 21 é a tendência a ver e respeitar as diferenças. Você não vê o outro como objeto do seu olhar, mas como sujeito. Uma obra como Lampião e Lancelote, de Fernando Vilela, aproxima diferentes culturas diferentes e aparentemente distantes. Aprender a ver o outro é o traço essencial dessa nova literatura.
Por que a sua ênfase nos clássicos?
Questiono o absolutismo do conceito de literatura juvenil. O exemplo do que ocorreu com o escritor Luiz Rufatto me parece muito bom. Ele tinha 12 anos, morava em uma cidadezinha do interior de Minas, passou por uma biblioteca, mas não estava à procura de nenhum livro. Uma bibliotecária lhe indicou um livro russo de leitura adulta que, a princípio, não tinha nada a ver com a realidade imediata dele, em vez de replicar o que se passa na tevê. O livro teve um enorme impacto em sua sensibilidade e despertou sua veia de escritor. Sou capaz de apostar que o livro da Feiurinha, escrito pelo Pedro Bandeira, que serviu de base para o filme da Xuxa, estará na maioria das listas de livros a serem indicados nas escolas. A literatura também virou um item do consumo e do mercado. Por isso, eu tenho reivindicado, quixotescamente, que o professor leia para que ele mesmo seja capaz de fazer a sua lista.
Você escreveu um livro preocupada com a relação didática dos professores com os alunos e, ao mesmo tempo, afirma que nem todos serão leitores. Não é uma contradição?
Sou filha única e todas as minhas notas em matemática eram ruins, ficavam abaixo da média em outras matérias. Os meus pais contrataram os melhores professores de matemática, mas não adiantou, não consegui me apaixonar por aquilo. Tenho uma amiga que fica acordada até de madrugada, no gelo do Rio Grande do Sul, para fazer cálculo. Ela é louca por aquilo. Fui também aluna medíocre de música e abandonei o piano no dia em que a professora disse que, a partir dali, eu teria de me dedicar cinco horas por dia. Eu perguntei: e que tempo terei para ler? Ela disse: você não terá. A escola tem a obrigação de dar competência textual aos alunos, ensinar a ler e a escrever. Mas a paixão pela leitura também é uma vocação.
A que leitor se refere quando afirma que nem todos serão leitores?
Há o sujeito que lê eventualmente, que está de férias e compra um livro para ler na praia. Mas estou falando de gente que não pode viver sem ler.
Ler também cria dependência química?
Sim, tem gente que não consegue viver sem ler, não consegue parar de ler.
O Roland Barthes afirma que da mesma maneira que existe um obscurantismo do saber existe um obscurantismo do prazer. Ou seja: há prazeres que desconhecemos. Você concorda?
Concordo plenamente, é um prazer que exige iniciação, mas acho também que a leitura é uma aventura da subjetividade. A leitura é doação de sentido. Quem dá o sentido é quem se emociona, é o sujeito. Nem sempre essa aventura será do prazer. Ela pode ser dolorosa. E também você precisa admitir que algumas pessoas não têm esse prazer. O nosso magnífico poeta João Cabral de Melo Neto destestava música e teatro. Mas por causa disso, ele criou uma poesia toante, uma antimúsica, uma poesia a palo seco.
Por que abandonar o programa Big Brother Brasil para ler um livro?
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Cadê o Juízo do menino?... foi visto na lista dos melhores livros para crianças de 2009 do ESTADÃO.
Clique sobre a imagem acima para ler a apresentação publicada no suplemento infantil ESTADINHO ESPECIAL. Abaixo o texto que fala sobre as desparafuzices do nosso menino sem juízo. Hatuna Matata.
Cadê o Juízo do menino?... foi visto na Ciência Hoje das Crianças!!!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
PRÊMIO CUTIA 2009 - OS MELHORES LIVROS PARA CRIANÇAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Recontos da tradição oral, histórias inéditas, poesia e o resgate de um conto português do início do século passado estão nessa seleção que premia nove autores e oito ilustradores brasileiros, um autor e um ilustrador português e uma ilustradora chilena. Todos os livros foram publicados em 2009 e aqui, aparecem em ordem alfabética.
AS HORROROSAS MARAVILHOSAS / ELIAS JOSÉ (TEXTO) / ILUSTRAÇÕES (ROSINHA CAMPOS) / EDITORA DCL
BICHO DE SETE CABEÇAS E OUTROS SERES FANTÁSTICOS / EUCANAÃ FERRAZ (TEXTO) / ANDRÉ DA LOBA (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA COMPANHIA DAS LETRINHAS
COMO SOMOS / FLÁVIA LINS E SILVA (TEXTO) / LEICIA GOTLIBOWSKI (ILUSTRAÇÕES) / INDICA (INSTITUTO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE).
DONA FEIA / ANDERSON DE OLIVEIRA (TEXTO) / WALTER LARA (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA ABACATTE
FORMIGAS / ELAINE PASQUALI CAVION (TEXTO) / ANDRÉ NEVES (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA PAULUS
LENDAS JUDAICAS / ILAN BRENMAN (TEXTO) / RENATO MORICONI (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA SALESIANA
O LIVRO DE ANA / BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS (TEXTO) / MARCONI DRUMMOND (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA GLOBAL
O LOBO / GRAZIELA BOZANO HETZEL (TEXTO) / ELISABETH TEIXEIRA (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA MANATI
Um livro para quem ama contar histórias. Um livro para quem sente saudade. Para ouvir em silêncio cada frase da autora entrando pelos olhos, ecoando no coração. Aceite o convite do lobo misterioso de olhos amarelos. Aceite o desafio de imaginar as duas histórias (sim, duas) depois do fim. Fim? Acho que não.
O MISTÉRIO DA ÁRVORE / RAUL BRANDÃO (TEXTO) / MÁRIO VALE (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA LARROUSSE.
ONDE O SOL NÃO ALCANÇA / JANAÍNA MICHALSKI (TEXTO) / ALÊ ABREU (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA NOVA FRONTEIRA
E para você que nos acompanha, mais uma vez, deixamos o convite para que deixe a sua lista dos melhores nos comentários abaixo. Hatuna Matata!!!
sábado, 9 de janeiro de 2010
Prêmio CAPIVARA 2009 - OS MELHORES LIVROS PARA JOVENS BRASILEIROS
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS / LEWIS CARROLL (TEXTO) / NICOLAU SEVCENKO (TRADUÇÃO) / LUIZ ZERBINI (ILUSTRAÇÕES) / EDITORA COSAC & NAIFY
Mesmo prefirindo a tradução que ANA MARIA MACHADO fez para a Ática, o trabalho de SEVCENKO também nos encanta. E em conjunto com o excepcional trabalho de ZERBINI e com o rico projeto gráfico dessa edição (em duas versões ambas maravilhosas) a editora oferece ao leitor um livro que é uma obra de arte.
DE QUANTA TERRA PRECISA O HOMEM? / LIVE TOLSTÓI / CÁRCAMO (TRADUÇÃO, ADAPTAÇÃO E ILUSTRAÇÕES) / CIA DAS LETRAS
O DIA EM QUE LUCA NÃO VOLTOU / LUÍS DILL (TEXTO) / CIA DAS LETRAS
O ELEFANTE DO MÁGICO / KATE DiCAMILLO (TEXTO) / YOKO TANAKA (ILUSTRAÇÕES) / RODRIGO NEVES (TRADUÇÃO) / MÔNICA STAHEL (REVISÃO) / EDITORA WMF MARTINS FONTES
O LABIRINTO DOS OSSOS (The 39 Clues) / RICK RIORDAN (TEXTO) / RAFAEL MANTOVANI (TRADUÇÃO) / EDITORA ÁTICA
OS 13 PORQUÊS / JAY ASHER (TEXTO) / JOSÉ AUGUSTO LEMOS (TRADUÇÃO) / EDITORA ÁTICA.
OS MONSTROS / DAVE EGGERS (TEXTO) / FERNANDA ABREU (TRADUÇÃO) / CIA DAS LETRAS
PIVETIM / DÉCIO TEOBALDO (TEXTO) / EDITORA SM
QUERIDA / LYGIA BOJUNGA (TEXTO) / EDITORA CASA LYGIA BOJUNGA
UM PINGUIM TUPINIQUIM / ÍNDIGO (TEXTO) / GIRAFINHA