sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Oba!!!! Sábado e domingo tem festa com gosto de bombom...
Dias 06 e 07 de outubro – a partir das 15h
DIRETO DA ESTANTE PRO ALTO-FALANTE ZÁS-TRÁS NUM INSTANTE TEM GOSTO DE BOMBOM.
A contadora de histórias Juliana Maria e o músico Tino Freitas, integrantes do projeto ROEDORES DE LIVROS, desfilam seu mix de histórias e músicas para crianças de todas as idades provocando um show de interatividade recheado de brincadeiras, resgatando o melhor que a cultura popular pode nos oferecer: um mergulho na fantasia do mundo.
* No dia 06, a contadora de histórias e ilustradora gaúcha Ana Terra fará uma participação especial no espetáculo.
Dia 06 de outubro – a partir das 17h00
De A a Zigg
Imagine um tipo magro e alto, de chapéu, terno xadrez e carregando uma misteriosa maleta. Agora suponha que dessa maleta vão saindo lápis, tintas, papel, um pandeiro, um violão... Pronto: ali mesmo o sujeito começa a contar, cantar e pintar histórias. Assim é De A a Zigg, a bem-humorada performance do artista múltiplo Ivan Zigg.
Tem o caso da mulher gorda que entalou Na Porta da Padaria, a “assustadora” Eu, Heim!, onde “um esqueleto vestindo sunga, batuca na catacumba”, e o cachorro que enxergava em preto-e-branco e por isso tinha que adivinhar as cores, entre outras.
Premiado ilustrador, Zigg assina mais de cem livros, entre eles O Elefante Caiu, O Saco e Quando os Tam-Tans Fazem Tum-Tum, e recebeu o Jabuti de melhor ilustração para Livro Infantil/2004. Durante os quarenta minutos da apresentação, o público canta, dança e aceita o convite para brincar de artista. Afinal todo mundo tem uma história pra contar, não é?
Dia 07 de outubro – a partir das 17h00
UFA!
Espetáculo de contação de histórias com Ivan Zigg e Ana Terra.
De forma bem humorada e dinâmica, os dois artistas, capturam a atenção do público com a ajuda de música, manipulação criativa de objetos, sonoplastia e desenhos ao vivo. São contadas sete histórias durante o espetáculo: Na Porta da Padaria, O Menino que Chovia e mais cinco contos tradicionais da cultura popular. Um estilo radiofônico pode ser percebido muitas vezes durante as histórias, assim como o trabalho de ilustração e jogos teatrais entre a dupla.
Ivan Zigg assina mais de cem livros e recebeu o prêmio Jabuti de Melhor Ilustração para Livro Infanto-Juvenil/2004. Artista múltiplo, ele também escreve, conta e canta suas próprias histórias.
A ilustradora e escritora Ana Terra é outra que mescla linguagens, em seus diversos trabalhos com teatro formou-se uma contadora de histórias.
Quer mais????? A Semana da Criança dos Roedores de Livros está apenas começando....
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
André Neves em bytes ponto com
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Impressões saltitantes...
O que eu vi de mais? Bem, primeiro, você economiza na aquisição: são duas histórias que correm paralelamente página à página num mesmo livro. Guardada as devidas proporções, é como se Quentin Tarantino passasse para a linguagem da literatura infantil os enredos paralelos do filme Pulp Fiction. O melhor: isto está nas entrelinhas. O livro não oferece resenhas. Está lá, nu e cru. O texto conta uma história, as ilustrações, outra. No primeiro, uma mãe sai com seu filho para um passeio no shopping. No outro, uma rã é capturada e posta à venda num pet shop. Ali, texto e imagem se encontram pela primeira vez. Neste momento a criança pede a mãe para comprar uma rã. Ela não compra. Tristeza... A rã também segue triste a sua saga. Encontram-se pela segunda vez numa sacada genial entre saltos do animal e um insistente “por favor” da criança. O texto leva mãe e filho para casa. Banho, tarefa, dever de casa, quarto... hora de dormir. Enquanto isso, a rã também enfrenta suas agruras. Ao final, o terceiro encontro entre as histórias paralelas. E não adianta perguntar. Não vou estragar a surpresa. O livro tem um projeto gráfico bem cuidado em tons esverdeados. A autora colombiana ilustra também com as palavras. A fala do menino e a rã ilustrada unem-se na narrativa sob um verde claríssimo, quase creme. A mãe (suas palavras) ganha uma cor quase acinzentada que combina com suas ordens e negativas. Fechei o livro e pedi para o Tino dar uma olhada melhor. Dei umas pistas... ele soltou um palavrão elefântico (êêêêêê Sylvia Orthof), terminou o café e trouxe o RÃ para casa. E nem pediu porf... porf... porf... porf... por favor. Pôs o livro na sacola e saiu saltitante em direção ao estacionamento. Hatuna Matata!!!
P.S. O professor-poeta-escritor Bartolomeu Campos de Queiroz afirma que a leitura se faz do encontro do livro com o leitor. É um terceiro elemento. Mutável. Essa leitura pode ser diferente mesmo que o livro seja o mesmo. É que o leitor pode ter adquirido novas visões que daria àquela informação uma roupa diferente da primeira leitura. É o poder da fantasia de cada um que vai de encontro com o que o autor imprimiu no papel. Por isso, descobri duas histórias no livro acima. Talvez você ache quatro. Num primeiro momento, o Tino não viu história alguma. Logo depois, sua leitura mudou. Hoje, ele diz que o RÃ carrega em seus verdes segredos três histórias!!! Essa é a mágica do encontro entre o livro e o leitor. É isso! Agora vou brincar mais um pouco de fazer mágicas com a fantasia!
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Novo Blog para navegar...
Queridos amigos... um sonho está se tornando realidade... o FIRIMFIMFOCA - Histórias de uma fada carioca está quase no ar. Caso queiram descobrir um pouco mais, estamos revelando tudo em pequenas doses no blog http://firimfimfoca.blogspot.com . Apareçam por lá e torçam para que os últimos ajustes caibam no nosso desejo. Nossa homenagem a Sylvia Orthof está batendo na casca, querendo sair... Está quase na hora!!!
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Uma parte ajuda no todo...
Eu levei o mosaico de Kirigame feito com algumas rendas de papel criadas pelas crianças no sábado anterior. Penduramos na parede da sala de leitura. Todos gostaram muito. Bacana saber que uma parte de cada um serviu para um todo muito bonito.
Juliana vestiu meu gorro e contou O Duende da Ponte, uma história que gostamos muito, repleta de adivinhas absurdas que testam a esperteza - ou a falta de - do duende. Brincamos com as adivinhas e todos ficamos ligados na aventura. Na oficina de artes abri contando A Galinha Ruiva para introduzir uma nova ave de origami. As crianças pintaram o papel e aos poucos foram descobrindo o animal. Na foto acima Wendel, Ítala e Guilherme exibindo suas criações.
O lanche foi pipoca e suco. Na hora da foto, um flagra da Lisianny, coitada, que, de tanto fazer galinha, se amarrou num milho e atracou-se com a pipoca!!! Esqueceu que tinha mãos e saiu bicando pipoca pra lá, pipoca pra cá!!! Ê, trabalheira e diversão... Tô fraca, tô fraca, tô fraca...
No final, antes da música, um bate papo para saber se alguém tinha algo para contar sobre os livros que têm lido. Deixamos todo mundo à vontade e apenas três crianças falaram das suas leituras. Foram relatos simples que mostraram um entendimento da leitura. Acreditamos que fuçando mais um pouco vamos conseguir mais atenção das crianças para o que lêem. Esperamos que no sábado que vem tenhamos novas descobertas. That´s all, folks.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Bastidores pipocando de felicidade...
Bem, na foto acima, ninguém pode dizer que eu não visto a camisa dos Roedores de Livros (hehehe).
Nesta outra, Tino e Juliana descobrem os Nove Chapeuzinhos de Flávio de Souza (livro novo). Parece muito legal!!!
Aqui, uma pausa na fantasia. Wanessa de duende, Lisianny pensando na morte da bezerra, Tiago pegando um colo emprestado, além de um bate papo informal lá no cantinho...
Neste close, o Tino em ação... pena que não dá para ouvir! Mas é a música nova que ele fez ali mesmo, minutos antes, e que todo mundo aprendeu e cantou junto!!!
Essa não é de bastidores dos adultos, mas é um clique da Deysiane na hora que a gente cantou de surpresa os parabéns para ela!!! Olhem bem... é um misto de felicidade e timidez... estou certa de que seu coraçãozinho estava a mil por hora. Assim como o meu e o do Tino nesta quinta...
Bem, antes que alguém pense que vem um roedorzinho de livro por aí... nanananadica de nada!!! Mas, parece que outros muitos roedores vão circular em busca de livros por aí afora... Dá uma vontade de abrir a janela do carro no eixão, colocar a cabeça pra fora e gritar: -uhúúúúúúú!!!
P.S. As fotos estão aquareladas.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Olhos acesos, sorrisos abertos...
Charlie tem sete anos e Lola, quase cinco. São irmãos. Na história, o irmão mais velho tenta convencer a menina de que ela já é grande o suficiente para ir à escola. Lola discorda e se derrama em explicações. Charlie, rebate cada justificativa com argumentos criados à altura para conquistar a personalidade teimosa da irmã. Ao final, a pequena convida seu amigo invisível (Soren Lorensen) e descobrem a escola como um lugar de novos amigos e saberes. O tema é interessante e só a forma como a autora o desenvolve já valeria uma resenha. Mas o livro ainda é LINDO!!! As ilustrações se mesclam com texturas e fotos numa gigantesca e genial colagem. Surgem de todos os cantos das páginas. As palavras passeiam pelo texto em círculos, linhas sinuosas. Voam como borboletas num céu de papel. Tudo é muito BELO!!! Outra coisa que não passa despercebida é a ausência física de adultos na história. Charlie e Lola são retratados num mundo quase que exclusivamente infantil. A presença dos mais velhos naquele universo é minimamente sugerida nos diálogos. Também acho difícil imaginar um irmão com a paciência e sabedoria de Charlie mas, lembrem-se, este é um mundo de fantasia! Por isso, embarque sem preconceitos! A autora e ilustradora Lauren Child publicou várias histórias de Charlie e Lola pelo mundo mas, no Brasil, até hoje foram publicados apenas três: Eu Não Quero Dormir Agora e Eu Nunca Vou Comer um Tomate, além do título resenhado acima. Todos abordando temáticas que permeiam a vida dos pequenos.
Depois de ler o livro, me entreguei aos prazeres de também assistir aos desenhos animados exibidos na TV Cultura de segunda a sexta, às 17h45. Se vocês – como eu – não podem estar em casa sempre neste horário, ou se por aí não dá para assistir a TV Cultura, invista uns reais comprando os DVDs da série. A animação segue a idéia do livro com ilustrações em 2D, texturas, fotos e filmes. Ops... pois é... a animação segue a idéia do livro, sim. O livro veio primeiro. Eu é que não sabia. Não deu para me despir ainda daquele paradigma, mas estou aberto às novas descobertas. Charlie e Lola é para ser lido com as crianças, de preferência. Mas estou certo de que seu filho vai se divertir lendo sozinho. Você também vai descobrir diálogos incríveis numa leitura solitária. Ou simplesmente vocês, juntos ou não, acenderão o olhar e soltarão o riso nas páginas coloridas desta coleção repleta de humor, criatividade e infância. Pegue um leite rosa na geladeira, o livro na estante e... huummmm... delicie-se com mais esta leitura!!! Ah, o precinho é bem legal também. Hatuna Matata!!!
P.S. Tem um site bem legal. Em inglês!!!
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
A peleja entre o cangaceiro o cavaleiro e o roedor...
Um ano depois, no mesmo stand, no último dia da Feira do Livro, resolvi atender aos apelos do livro e trouxe-o para casa. Deixei-o na cabeceira da cama por uns dias e hoje pela manhã armei uma rede cearense, presente de meu querido pai, e deitei os olhos com a devida atenção que os lendários personagens mereciam. Não cedi à tentação do balanço da rede. Rasguei o plástico e deitei o livro sobre meus braços. Deitamos todos: a rede, no quarto; eu nela; o livro em mim; meus olhos no livro. Devo desculpas ao Fernando Vilela. O livro é um brinde para o olhar. Os detalhes em prata e cobre saltam das folhas e dão movimento às cenas. Mas o livro não é só imagem e é aí que ele surpreende!!! O texto demonstra pesquisa, cuidado, precisão. Parece que cada palavra foi entalhada no poema com a benção do cordelista Leandro Gomes de Barros.
O livro trata do fictício encontro-duelo entre o cangaceiro Lampião e o cavaleiro inglês Lancelote. Munido de vasta pesquisa iconográfica e literária, o autor desfila estilos. Ao retratar o bravo cavaleiro dos tempos medievais Fernando usa setilhas, ou seja, sete versos de sete sílabas e rima em ABCBDDB. Quando o mote é nordestino ele usa das sextilhas, com rimas em ABCBDB. A prosa também aparece em 10 das quase 50 páginas que contam a aventura. Galopa ao lado de Lancelote em terras inglesas, é envolta no feitiço de Morgana e encontra com Lampião em pleno sertão potiguar. A poesia retoma seu lugar e, a exemplo dos grandes duelos da Literatura de Cordel, difama o adversário, conta vantagens, desemboca em desafio. O que vem daí? Dicas da cultura popular medieval e nordestina. Um duelo sem fim onde o leitor sai ganhando sempre. Ops... quase sempre!!! Para que o trabalho de Fernando Vilela coubesse num livro, a editora apostou num formato ousado. Capa dura, cores especiais e um tamanho fora dos padrões (70cm x 24cm o livro aberto). Este cuidado deixou o livro a um custo acima da média (R$ 49,00). É, também, um objeto frágil. Com todo o cuidado que empreendi para sua leitura, fui surpreendido por um afastamento entre as páginas 16 e 17. O livro não manteve sua integridade numa primeira leitura feita por um adulto. Imagine nas mãos de uma criança!!! É para ser manuseado com extremo cuidado.
Devo desculpas a Fernando Vilela. Quando estivemos com ele em maio na entrega dos Prêmios da FNLIJ eu estava encantado com seu trabalho no livro-imagem A Toalha Vermelha e pequei por ignorância. Achei – sem ter lido – que Lampião e Lancelote seria um trabalho menor. Que nada!!! Lampião e Lancelot é um grande livro. Por suas proporções desafiadoras para um livro infantil. Pelo espetacular trabalho gráfico merecidamente premiado. Pelo texto cuidadoso, repleto de poesia e história. Se você, como eu, já encontrou com este livro e achou que ele seria apenas um livro lindo, entregue-se também aos prazeres escondidos em suas palavras. É nelas que Fernando Vilela faz seus melhores desenhos. É a literatura de cordel tratada com esmero. Um susto nos sentidos! Uma beleza que esconde sua melhor qualidade: ser uma ótima história para crianças de todas as idades!!!
Deixo aqui um petisco para abrir o apetite de vocês:
De um velho mandacaru
Tirou do miolo um cordel
Invocou o Santo Nás
Que movimentou o céu
Abriu um oco no centro
E pôs todo mundo dentro
Destas folhas de papel
Por fim, caso você tenha uma queda por temas medievais, pelejas e cordéis, procure nos sebos ou nas feiras populares o livreto A Batalha de Oliveiros com Ferrabraz. São 101 décimas do paraibano Leandro Gomes de Barros, considerado o poeta maior da Literatura de Cordel, narrando um embate entre franceses e turcos. Uma leitura prazerosa e sem desculpas.
domingo, 23 de setembro de 2007
20 mil pageloads...
Obrigado pela visita. A casa é nossa. Sejam bem vindos e tragam os amigos. That's all, folk's!