quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Jô Oliveira, Café na Fnac e Ecoline na UnB

Quando cheguei ontem na Fnac para mais uma tarde de oficinas com as crianças tive a grata surpresa de encontar o Jô Oliveira na sessão de livros de Arte. Jô é pessoa querida em meu coração desde os tempos da faculdade (Artes Plásticas na UnB) quando nos conhecemos - eu aluna e ele MESTRE. Ontem, enquanto tomava um café (com espuma de leite) com o Tino, eu tentava lembrar onde estavam aqueles desenhos feitos com Ecoline naqueles idos 1994... Achei!!! E aqui estou, saudosa dos longos cabelos e - principalmente - do meu macacão azul de brim... emprestei para uma amiga que se esqueceu de devolver... êita nóis... faz tempo!!! Mas aqui está a primeira ilustração... para registar mais este encontro com nosso gigante nas artes do desenho, Jô Oliveira. Aguardem nosso mestre em aventuras cordelistas!!! Hatuna matata!!!

Roedores em reportagem no Hoje em Dia

Olá Pessoal... abaixo texto integral da reportagem da Cristina Fausta sobre os Roedores de Livros publicada no último domingo no suplemento CADERNO BRASÍLIA do jornal HOJE EM DIA. Obrigada, Cristina, Debrot e toda a equipe pelo reconhecimento. Esperamos frutificar motivos para mais reportagens. Abraços mirins.

Um voluntariado de humanismo

Cristina Fausta
Repórter

Lucas e Beatriz Gameiro Borges são irmãos. Ambos participaram das oficinas de contação de histórias realizadas pelo grupo Roedores de Livros, na Biblioteca Comunitária T-Bone, na 712/713 Norte, durante o ano de 2006. Os ganhos foram salutares, segundo explica a estudante de psicologia e mãe das crianças, Márcia Gameiro. «O vocabulário do Lucas melhorou consideravelmente e a Bia, que é a filha única, aprendeu a dividir a atenção e os brinquedos», comenta Márcia Gameiro. «Fiz dois amigos», comemora Bia, com apenas três anos de idade. Mas para a mãe, o principal ganho foi a convivência com as crianças vindas de comunidades carentes e de instituições sociais. «Foi muito bom para eles conviverem com outras realidades, essa integração é importante», acredita.

Agora, Lucas e Bia devem fazer o caminho inverso. É que os Roedores de Livros decidiram enfatizar o principal objetivo do projeto que é o de trabalhar com crianças carentes. Por este motivo, o projeto está de mudança para a ONG Pró-gente, na Ceilândia. A instituição tem mais de 30 anos de atividades junto à comunidade e é inscrita na Associação Brasileira das Organizações não Governamentais (ABONG). «Queremos estar perto das crianças mais carentes que, pelas dificuldades, terão uma oportunidade, talvez única, de um contato feliz com o universo da literatura», comenta o responsável pela parte musical do evento, Tino Freitas.

Os Roedores de Livros surgiram quando a artista plástica Ana Paula Bernardes recebeu um convite para desenvolver um trabalho com crianças aos sábados na Biblioteca T-Bone. Era o momento de sacar da gaveta um antigo sonho que tinha formato de projeto. «Nosso trabalho é despertar na criança o prazer de ler através da contação de histórias, da arte e da música», explica Ana Paula. Para reunir os três itens em um único encontro, os roedores dividem o trabalho em cinco momentos: contação de histórias, momento da leitura, no qual as crianças têm acesso a um baú de livros, oficina de artes, onde são confeccionados brinquedos populares (origami, traca-traca, rói-rói e outros) relacionados ao tema do dia e, para finalizar, cantigas de roda. Fazer um encontro temático é uma estratégia para aguçar a criatividade das crianças. «Depois da contação de histórias, na oficina de arte, eles estão com a imaginação a mil», explica a contadora de histórias, Juliana Maria. Vários momentos marcaram o trabalho dos roedores em 2006. O grupo relembra algumas das histórias que mais mexeram com a crianças. Entre elas, estão os contos africanos e a história do saci. «Quando contei que a presença do saci vem acompanhada de um vento fomos agraciados com um forte brisa que adentrou a biblioteca, foi fantástico. Quanto à história da África, acho que houve uma identificação cultural», relembra Juliana Maria.

Alterações e patrocínio

O trabalho dos Roedores de Livros na Ceilândia terá algumas mudanças. A comunidade do Plano Piloto, que costumava participar das oficinas só terão oportunidade de estar com o grupo de 15 em 15 dias, isso porque haverá uma turma fixa de crianças da Ceilândia que será avaliada ao longo do ano. As atividades estão marcadas para começar em março, mas há uma só questão pendente: o patrocínio.Os Roedores pretendem montar uma biblioteca para a comunidade envolvida com a Pró-gente. Também precisam de recursos para manter o lanche, o transporte das crianças e adquirir material para oficinas de artes (papel, tintas, lápis de cor, pincéis, lápis de cor). O grupo já encaminhou o projeto para algumas instituições que apoiam projetos culturais, mas não obteve respostas. A professora do Departamento de Teoria Literária da UnB, Elza Pérez, parabeniza o grupo pela iniciativa e resume o pensamento do teórico francês Bachelard para ressaltar a importância do trabalho dos Roedores de Livros. «A literatura e a arte permitem a humanização do indivíduo. Isso é fundamental para o mundo. É fundamental para desconstruir e construir valores, normas e comportamentos sociais. Desenvolve o espírito crítico e, por sua vez, a percepção política, social e participativa», e complementa: «Precisamos formar melhores professores para que trabalhos como este possam ser desenvolvidos nas escolas», finaliza. Vale ressaltar, que este é um trabalho voluntário cuja eficácia já foi conferida pela comunidade brasiliense.

O grupo aceita doações de livros infantis e de material de artes. A quem puder ajudar, seguem algumas sugestões de livros: Contos de Fadas dos Irmãos Grimm, de Perruat, contos de Andersen, livros de Monteiro Lobato, Ana Maria Machado e Ruth Rocha. As doações podem ser deixadas na SCLN 302, Bloco E loja 7, em horário comercial. Para conhecer melhor o trabalho do grupo acesse: http//roedoresdelivros.blogspot.com ou ligue: (61) 8119 2907.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Nelson Cruz presenteia os Roedores de Livros

Queridos amigos... estamos aos poucos atualizando as novidades para vocês.. e são muitas!!! Mas vamos assim, aos pouquinhos... Em janeiro recebemos algumas ilustrações maravilhosas e entre elas esta brasileiríssima Cinderela que o Nelson Cruz nos enviou. Ele rabiscou palavras de apoio e falou sobre a ilustração acima: "(...) fiz para uma exposição na Mostra Internacional de ilustradores de Sármede, na Itália. O tema é a Cinderela e fiz a Cinderela brasileira".
Nelson é mineiro de Belo Horizonte e ilustra livros há mais de 15 anos. Já recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, entre eles o prêmio Jabuti, em 2001, pelas ilustrações no livro Chica e João. Foi também indicado pela FNLIJ ao prêmio Hans Christian Andersen de ilustração em 2002 e para a lista de honra da IBBY com o livro Conto de escola, de Machado de Assis, em 2004. Difícil fazer uma seleção dos livros do Nelson que nós gostamos, mas vamos lá: Mateus (genial livro-imagem relançado pela Scipione), Dia de Chuva (uma ótima história da Ana Maria Machado) e o Murucututu (história do Marcos Bagno) . Ah, o Tino ainda lembra de um livro muito legal: No Longe das Gerais. Espero que vocês tenham gostado do presente. Nós adoramos!!! Ao Nelson, nosso eterno MUITO OBRIGADO!!! Nós, crianças, estamos sempre encantadas com suas ilustrações. Abraços mirins.

SUPER BLOG sobre Música Infantil Brasileira

Gente... há algum tempo, quando fomos entrevistados pela TV RBI o Tino (meu sapo desencantado) citou a coleção TABA e as dificuldades em encontrá-la nos dias de hoje... a necessidade de uma reedição em Livro CD... enfim... estamos meio que loucos por aqui com o Blog da Cláudia, que descobrimos recentemente. Chama-se CANTOS E ENCANTOS e vale a sua visita!!!
No Blog ela disponibiliza sua espetacular coleção de discos infantis... é impressionante... tem fotos, som, histórias... enfim!!! Parabéns, Cláudia, pela iniciativa. Os Roedores agradecem!!!
A TABA foi lançada em 1982 pela Abril Cultural, em fascículos acompanhados de discos, com histórias genuinamente brasileiras e produzidas especialmente para a coleção. Foi vendido em bancas, tinha um ótimo apelo visual e vários pontos positivos, como formato, preço compatível, brindes e histórias inéditas, além de interpretação musical por cantores nacionais bastante conhecidos e conceituados.
Participaram da Coleção autores conceituais como Ruth Rocha, Joel Rufino dos Santos, Ana Maria Machado e Sylvia Orthof, além de ilustradores do naipe de Walter Ono, Alcy e Michele. Outra coisa maravilhosa da TABA e que - de certa forma - tem a ver com o que fazemos nos Roedores de Livros, foi a inserção da música brasileira dentro da historinha... Ouvíamos canções com Caetano, Nara Leão, Tom Zé, Gal Costa... Isto foi - e é - genial!!! Música e literatura. Tudo a ver!!! Saudades da TABA!!! Deveria ser reeditada. Hatuna Matata!

P.S. Copiamos algumas imagens da coleção, postados inicialmente no Blog Cantos e Encantos.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Receita do Melhor e do Pior *


Ele gostava de escrever histórias. Preferia as fábulas. É dele a popular “A raposa e as uvas”. Grego, foi escravizado em Roma. Na terra dos Césares, comandava a cozinha de um senhor rico, dono de enorme prestígio. Um dia, o poderoso lhe ordenou:
- Vou receber a elite política, econômica e intelectual do país. Faça um jantar com o que há de melhor. Escolha especiarias, carnes, frutas e verduras sem preocupação com gastos. O importante é a excelência.
Os convidados chegaram. Depois dos aperitivos, sentaram-se à mesa. O cardápio surpreendeu. Entrada: língua. Prato principal: língua. Sobremesa: língua.
Indignado, o mandachuva cobrou explicação do subalterno. Esopo explicou:
- O senhor pediu o melhor. O que pode superar a língua? Com ela, fazemos discursos, aprendemos filosofia, conquistamos parceiros, ganhamos promoções, cantamos louvores, conversamos com Deus.
- Pois agora providencie outro banquete, mas com o que há de pior.
Esopo repetiu o cardápio e a explicação: - Com a língua, é possível caluniar, insultar, mentir, prejudicar a si e ao outro. A língua constrói e destrói mundos.

* Publicado na coluna Dicas de Português por Dad Squarisi (Correio Braziliense, 31/12/2006).
A imagem acima é uma referência a Esopo, que teria vivido no século VI a.C. Todas as referências a ele são discutíveis pois se trata mais de um personagem lendário do que histórico. A única certeza é que as fábulas que lhe são atribuídas foram reunidas pela primeira vez por Demétrio de Falera, em 325 a.C. Ao que tudo indica, viajou pelo mundo antigo e conheceu o Egito, a Babilônia e o Oriente. Concretamente, não há indícios seguros de que tenha escrito qualquer coisa. Entretanto, lhe foi atribuído um conjunto de pequenas histórias, de caráter moral e alegórico, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais. Na Atenas do século V a.C., essas fábulas eram conhecidas. Suas fábulas sugerem normas de conduta que são exemplificadas pela ação dos animais (mas também de homens, deuses e mesmo coisas inanimadas). Esopo partia da cultura popular para compor seus escritos, que refletem um caráter realista e irônico.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Fotos das oficinas em janeiro na Fnac

Olá amigos... estamos de volta ao blog depois de duas semanas ausentes por motivos pertinentes aos Roedores: vamos contando as novidades - e são muitas - ao longo desta semana. Novas parcerias, presentes de ilustradores, reportagens, novos livros no nosso acervo e não posso deixar de contar sobre o domingo delicioso que passamos - eu e o Tino - ao lado de velhos amigos, novos amigos e Tapetes Contadores de Histórias... mas isso fica para breve. Por enquanto, vou postando algumas fotos das nossas oficinas de Janeiro na Fnac ... lembrando que ainda oferecemos novas oficinas durante esta semana, a partir das 16h30. Confira a programação no site da Fnac. No mais, curtam a garotada fazendo arte com os Roedores de Livros na Fnac Brasília. Até!!!




quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Ùltimas oficinas de Janeiro na Fnac


Queridos amigos Roedores de Livros... seguimos com as últimas oficinas de janeiro na Fnac. Aconselhamos a quem não conseguiu inscrever que apareça por lá... sempre faltam algumas crianças e, neste caso, encaixamos os que esperam por sua vez lá no café. Sempre sobram vagas.
No mais, saibam que a Fnac estendeu o convite para fevereiro. Em breve, notícias sobre o projeto. Muitas novidades. Abraços mirins a todos e até breve!!! Ah, aproveito para dizer que em logo postaremos as fotos das oficinas. É que estamos por demais atarefados... seguem as oficas desta semana.

24 de Janeiro (quarta) – 16h30
Oficina: CHAVEIRO.
Quantidade de vagas: 30 crianças.
Formas divertidas, cores fortes e diversas opções para sua customização, as crianças poderão criar bichos que existem e bichos que não existem, princesas, príncipes... enfim, uma diversidade de personagens podem “fugir” da imaginação da garotada e tomar a forma de um chaveiro muito especial.
25 de Janeiro (quinta) – 16h30
Oficina: CINCO MARIAS.
Quantidade de vagas: 20 crianças.
Brinquedo muito popular, nesta versão dos Roedores de Livros, serão feitos com saquinhos de tecido e arroz. As crianças poderão customizá-los. Durante a oficina todos aprenderão a brincar com as Cinco Marias.
26 de Janeiro (sexta) – 16h30
Oficina: TRACA-TRACA.
Quantidade de vagas: 20 crianças.
Também conhecido com Escada de Jacó, este é um elaborado brinquedo popular feito com madeira e fitas de cetim que dobra e desdobra, dando a impressão de um eterno sobre e desce, além de ser possível criar a forma de diversos animais como cachorro, girafa, peixe e cavalo. Diversão garantida!!!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Segunda semana de oficinas na Fnac

Gente, o Blogger continua me enganando e mais uma vez não consegui colocar as fotos na ordem, mas vai assim mesmo. Enfim, entramos na segunda semana de oficinas na Fnac Parkshopping (Brasília). Gratuitas e com as inscrições esgotadas, segundo o pessoal da Fnac, seguimos nesta quarta, quinta e sexta com o Barangandão, o Rói-rói e os Fantoches, respectivamente. Com o retorno da Vilma, estamos com a dupla de volta. E se você não conseguiu inscrever sua criança (ela deve ter entre 05 e 10 anos), apareça por lá para o caso de algum inscrito não comparecer!!! Nunca se sabe.

Bem, sobre as oficinas:

17 de Janeiro (quarta) – 16h30
Oficina: BARANGANDÃO (foto abaixo).
Quantidade de vagas: 30 crianças.
Tradicional brinquedo popular feito com papel crepom, jornais e barbante. O resultado estético, prima pelo visual colorido. Quando a criança gira o brinquedo, produz um belo efeito visual além de um som muito interessante.


18 de Janeiro (quinta) – 16h30
Oficina: RÓI-RÓI (primeira foto - lá em cima).
Quantidade de vagas: 30 crianças.
Este tradicional brinquedo popular – também conhecido como MATRACA - tem o SOM como principal elemento lúdico. As crianças podem imitar o som de um besouro voando, do ranger de uma porta e outras experiências sonoras.


19 de Janeiro (sexta) – 16h30
Oficina: FANTOCHES (foto acima).
Quantidade de vagas: 20 crianças.Boneco feito de feltro e tecido pode ser manipulado pelas mãos das crianças com movimentos para os braços e cabeça do fantoche. Rico em possibilidades de customização, este brinquedo popular vai estimular a criatividade da garotada.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Dos Mestres - Dad Squarisi

Tenho mania de anotar ou recortar (lembrar?... a memória anda falhando...) frases, idéias soltas, reportagens... enfim... assim como o Tino, sou leitora e fã da coluna da Dad Squarisi (que tem um livro "infantil" muito bacana, com ilustrações do Fernando Lopes, publicado pela LGE chamado Deuses e Heróis: Mitologia para crianças em que ela conta de forma "moderna", numa linguagem mais usual, contemporizando os mitos com símbolos/personagens que as crianças reconhecem!!! Mas não é do livro da Dad que vim falar aqui... Voltando ao assunto dos recortes, encontrei na minha agenda a coluna "Dicas de Português" publicada no jornal Correio Braziliense do dia 31/12. Último dia de 2006. A coluna está perfeita. Com uma historinha do Esopo (que vou recontar aqui assim que a Dad autorizar, é claro!!!) e repleta de frases geniais. Marqui uma para reproduzir aqui para vocês... é a cara dos Roedores de Livros... vem com o título DOS MESTRES:

"LEIA MUITAS HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS.
DÊ EMOÇÃO À VOZ.
DEIXE-AS TOCAR AS ILUSTRAÇÕES.
DÊ-LHES TEMPO PARA SONHAR, VIVER OUTRAS VIDAS, SOLTAR A IMAGINAÇÃO, COMENTAR.
ASSIM NASCE UM LEITOR."

P.S. O Tino lembra que, depois de muitos anos querendo saber o motivo da palavra muito ter o som de muinto, foi devidamente esclarecido pela Dad num papo rápido e informal. Valeu Dad!!! Perdoe nossos deslizes aqui. Seguimos aprendendo, sempre!!! Hatuna Matata!!!

Algumas dicas para animar as férias...


Nestas férias, ficamos em casa. Vez em quando saímos para um cinema, um boliche, um passeio para um lanche diferente, colônia de férias... enfim... no meio destas atividades, sempre uma passadinha na livraria para garimpar bons livros. Na lista que apresento a seguir, listo os livros mais recentes da nossa estante das maravilhas... desde o presente belíssimo que a Juliana nos deu (O Fio da Aranha), passando pelas histórias maravilhosamente bem escritas por Marcelo Coelho (A Professora de Desenho), a trama bem montada por Regina Machado (Nasrudim) e a maravilhosa compilação de duas histórias da Silvia Orthof (A Fada pra lá...). Para quem busca uma boa dica... espero que esta listinha ajude. Abraços mirins.

FIO DA ARANHA. Ryunosuke Akutagawa & Hideyuki Fujikawa. Ed. Shinseken.
Era manhã no Paraiso. Contemplando o lago da flor de lotus, o Sublime Buda percebe um condenado que sofria um justo castigo nas profundezas do inferno.Kandata, o condenado, sofria os castigos do inferno por seus inúmeros crimes durante a sua vida: assassinatos roubos, incêndios. Lembrou-se então o Sublime Buda de uma única boa ação de Kandata: ao caminhar por uma floresta, tinha ele poupado a vida de uma aranha. Devido a este ato de generosidade, o Sublime Buda decidiu oferecer uma oportunidade de escapar dos tormentos do Inferno. Fez baixar um grosso fio prateado de aranha até o Lago de Sangue, onde Kandata estava submergido. Kandata sobe pelo fio ancioso para sair do inferno, de chegar mesmo ao Paraíso, mas tudo termina em vão...O Fio da Aranha, conto publicado em 1918, foi o primeiro de uma série destinada a jovens, e denota forte influência da filosofia budista.

A PROFESSORA DE DESENHO. Cia das Letrinhas. Marcelo Coelho, com ilustrações de Luiz Maia.
Um autor que tem alergia a fábulas e se irrita com bichos falantes escreve lembranças da infância: a coleguinha Helena tinha um cabelão vermelho, o professor de ciências dava bronca em Robertão, a professora Lucinha um dia quis apresentar o namorado aos alunos. São situações semelhantes àquelas que toda criança vive na escola. Marcelo Coelho narra esses acontecimentos segundo a lógica cristalina em que as crianças são especialistas. Com isso, as cenas evocadas se metamorfoseiam, perdem todo o ridículo e podem emocionar todas as pessoas, crianças ou não.Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1995, categoria criança

NASRUDIM. Regina Machado, com ilustrações de Ângela Lago.
Como em Formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo, neste livro Regina Machado demonstra uma fina compreensão da tradição oral, dos aspectos éticos e formais que dão vigor a essas narrativas sem dono. Originário do folclore da Turquia, o personagem Nasrudin é um mulá (que em árabe significa "mestre"). É um herói curioso: parece ingênuo de tudo, mas é mais esperto do que todos nós. Alguns de seus contos são dignos de um verdadeiro sábio oriental, com enigmas lógicos e soluções mirabolantes. Outros são casos de simpática malandragem, de confusões que só se resolvem com muita esperteza. Nasrudin às vezes lembra um personagem muito familiar aos leitores brasileiros: Pedro Malasartes, cujas travessuras e astúcias são narradas há séculos nos países de cultura ibérica.Regina Machado combinou os contos do mulá com a história de uma divertida turma de amigos reunidos em torno de Kláun Noguera, uma espécie de contador de histórias que os desafia a adivinhar como Nasrudin se livra de enrascadas e passa a perna nos amigos, no rei e até mesmo na própria mulher.Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 2001, categoria reconto

A FADA PRA LÁ DE PASÁRGADA E CABIDELIM O DOCE MONSTRINHO. Silvia Orthof com ilustrações de Andrés Sandoval. Coleção Barco a Vapor. Editora SM.
Fadas existem aos montes: fadas celestes, fadas do sol, fadas-duendes, mas nenhuma se compara à fada Poesia. Ela é a mais brasileira de todas as fadas do mundo: negra, com linda cabeleira cheia de tranças e adora fazer rimas. O universo da fada Poesia é recheado de seres fantásticos: a ninfa Brisa, o tio Vento, com seu cavalo alado e guarda-chuva quebrado, e um anão gigante chamado Mini-Máxi, que tem um calo de estimação falante em um dos dedos do pé. Quando todos esses seres se encontram, tudo pode acontecer, até um inusitado pedido de casamento.