terça-feira, 22 de julho de 2008
Meu filho gosta de rock!!!
Estou em férias com meu filho. Moramos a uma distância que muitas vezes dá preguiça de contar os tantos quilômetros. O amor nos aproxima, mas estreitamo-nos ainda pelo telefone, pela internet e pelos livros. Curiosamente, por causa de um jogo de videogame (Guitar Hero), também estreitamos a distância através da música. Pedro, aos 10 anos, me disse que gosta de Starway to Heaven, Smoke on the Water e Rock You Like a Hurricane. Ele ainda é novo no ramo e não sabe dos Beatles nem de Elvis, mas fala com entusiasmo ao me apresentar Linking Park e Franz Ferdinand. Por isso, fucei a memória já preguiçosa pelo balanço da rede e pelo cheiro de maresia, para lembrar de um livro bacana sobre o assunto e que fosse escrito para garotos da idade do meu roqueiro mirim. Pois é, lembrei de ELVIS – O REI DO ROCK, livro do português José Jorge Letria ilustrado com o talento de Afonso Cruz e publicado pela editora Texto Brasil. Há cerca de um mês, beliscando o meu tradicional café numa livraria de Brasília, passei os olhos no livro que me encantou primeiro pelas ilustrações. Confesso que gosto mais de fantasia que de “biografias” quando o assunto é Literatura Infantil, mas, pensando bem, agora, diante desta situação em que me vejo apresentando o rock ao meu garoto – e ele a mim, com suas novas bandas preferidas – acho que este livro cumpre o seu papel e é uma ótima pedida. A história é parecida com a que vivo hoje, mudando apenas de gênero: um pai apresenta a sua filha a história do seu ídolo do rock. A menina havia se encantado com a balada Love me tender e daí, seguiu curiosa até encontrar o pai solícito em apresentar os sucessos e fracassos do Rei do Rock. Sim, é importante falar de tudo. Este livro pode ser a introdução para que, além de livros, seu filho possa gostar de música boa. Bem, se a literatura não ajudar, o videogame pode dar uma forcinha. Caso contrário, faça como antigamente: coloque o primeiro disco do RAMONES na pickup e aumente o som. Hatuna Matata!!!
quarta-feira, 16 de julho de 2008
"Proibidos" para maiores...
Muito se escreve para crianças “ensinando” as boas maneiras, as “delícias” de ser bem comportado, a “importância” de sempre obedecer aos pais além das “benesses” de dormir cedo, não sem antes escovar os dentes, é claro. Não sei até que ponto estes temas podem ser chamados de “literatura” e como tal ser apresentados aos alunos nas escolas. Não sei se já observaram o interesse das crianças quando lêem estes livros. O que eu percebo é que tais assuntos parecem “quadrados” para o olhar poligonal infantil. É por isso que vez em quando me descabelo de felicidade ao roer as delícias de livros como O Pequeno Nicolau, A Maldição da Moleira, Na Beira da Estrada e Declaração Universal do Moleque Invocado.
Dia desses encontrei dois tesouros literários prontos a conquistar minha alma infantil: Mamãe já foi pequena antes de ser grande e Dicionário, o pequeno rebelde. Antes de prosseguir quero alertar aos mais conservadores: Se lidos por adultos, estes livros podem levar à reflexão, ao riso e a uma regressão cronológica quase como o elixir da fonte da juventude. Já se o leitor for uma criança, ela simplesmente vai se enxergar nos personagens e – provavelmente – verá o papai e a mamãe também. Estão na minha lista de “Altamente Recomendáveis”. Mas chega de tro-lo-ló e vamos aos livros.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Livros para os Roedores e diversão para as crianças.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Céu azul, azul, azul e histórias no horizonte.
O Tino preparou duas histórias para as crianças. A primeira, a lenda japonesa de Urashima Taro, recontada em texto e ilustrações por Lúcia Hiratsuka. Conversamos sobre lendas brasileiras, de culturas diversas, lendas urbanas e depois, apresentamos a história, que envolveu a todos. Foi gratificante perceber a turma se chegando, interessada no destino do jovem pescador. A história - mais uma vez - mostrou a força narrativa que a transformou numa referência de fantasia para todo um povo.
A outra história que trouxemos para a turma é um clássico, mas ainda não havia desfilado em nossas manhãs: Marcelo, Marmelo, Martelo, de Ruth Rocha com ilustrações de Adalberto Cornavaca. Para se ter uma idéia, quando o Tino perguntou se alguém conhecia a história, ninguém se manifestou, mas ao começar a mediação, três ouquatro crianças, de idades diferentes, já a conheciam da escola. O que não impediu todos nós a viver um momento lúdico, cheio de risos e novas palavras. Ruth Rocha recheou nossa fantasia com sua originalidade, talento e capricho na arte de escrever.
Depois, Daniel - nosso monitor - pediu para contar O Iglu, livro de Flávia Lins e Silva, ilustrado por Mariana Massarani e que ele, Daniel, havia levado para ler em casa na semana anterior. A turma também mostrou atenção enquanto a história do menino João, filho de pais separados ganhava os ares do cerrado. Nossos pequenos leitores desenvolveram uma atenção durante a mediação que não existia no início do projeto. Foi contuída sobre um trabalho bem maquiado, camuflado e sutil de mediação de leitura. Acreditamos que para esta conquista é necessário que o mediador já conheça a história, tenha intimidade com o livro, descubra os tesouros escondidos nas palavras e - é claro - goste de crianças.
O final daquela manhã foi na nossa sala de leitura onde convidamos as crianças para escreverem recados num painel que vai divulgar o projeto num Congresso de Leitura no exterior. Depois a gente dá mais detalhes. No mais, quero ressaltar o quanto é prazeroso dispor de um tempo que - se formos colocar no papel - não temos para levar fantasia a tantos meninos. A recompensa não sai nas fotos, nos textos, nas palavras ditas. Mas ela palpita, dança e sorri aqui dentro do peito. Acredite. Faça a sua parte seja onde for. Vale a pena. Sempre. Hatuna Matata.
terça-feira, 8 de julho de 2008
De Pernambucho para a Espanha.
Assim que Ana Paula e eu chegamos ao Rio de Janeiro, em maio passado, largamos as malas no hotel e fomos ao Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Era um sábado à tarde e estávamos ansiosos para encontrar – entre outros tantos amigos - o André Neves (que no começo da semana iria a Brasília, enquanto nós acompanharíamos o Salão em terras cariocas). Numa primeira volta pelos corredores, novos e velhos amigos, mas nada de André. Fomos nos encontrar só no final da tarde no espaço externo do Salão. Estavam com ele Ivan Zigg, Ana Terra, Elma e Hermes Bernardi Jr. Depois de um afetuoso abraço de letrinhas, André nos olhou com um sorriso maroto e sacou da mochila mais uma de suas pedras preciosas e disse: - Trouxe para vocês. Cuidem com carinho.
Nem acreditei quando recebemos a tal preciosidade: o livro Orejas de Mariposa, primeira edição espanhola, com os frutos tão saborosos semeados por André Neves e agora colhidos por nossos olhos. Fizemos uma roda e ficamos a descobrir a história e as nuances das ilustrações de cada página daquele livro ímpar. A produção gráfica, começando pela capa dura – comum em livros infantis europeus e ainda raro por aqui – até o colorido fiel às ilustrações de André (meus olhos não se acostumaram ainda a tantas matizes perfeitas) tudo encanta. Há vermelhos e azuis difíceis de se ver em livros impressos no Brasil. Numa página em especial, há uma explosão de cores sobre um fundo cinza. Parei ali e deixei o braço arrepiar seus pêlos. Lindo, lindo, lindo.
O livro conta a história de Mara, uma menina com orelhas de abano que aprende com a mãe a usa-las para “voar” sobre as palavras sujas de um grupo de crianças zombeteiras. Estas, falam mal das meias, sapatos, roupas e orelhas de Mara que a tudo responde com muita poesia e sabedoria. Com frases curtas e bem lapidadas, a história nos mostra uma menina que conhece suas limitações, seus defeitos, e vive bem consigo, sobrevivendo aos “ataques” do grupo falastrão.
Se você pensa que esta edição é restrita e não pode ser acolhida na sua casa, pode tirar o cavalinho da chuva. Depois que o livro foi lançado na Europa (em março deste ano), ele ganhou tradução e edição portuguesa (Orelhas de Mariposa) através da Callis e pode ser encontrado nas boas lojas do ramo. Como foi impresso no exterior, a edição nacional oferece os mesmos caprichos da edição importada. Um tesouro à disposição da nossa fantasia.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Heranças da Leitura
Na última terça, 01 de julho, assisti a palestra HERANÇAS DA LEITURA, em que o escritor Léo Cunha e sua mãe – também escritora, teórica da literatura infantil - Maria Antonieta Antunes Cunha contaram sobre os alicerces familiares e educacionais que os aproximaram dos livros. O encontro, promovido pela Distribuidora de Livros Arco-Íris, Editora Dimensão e EAPE (Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação), aconteceu em Brasília, no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e foi direcionado aos cursistas do BIA (Bloco Inicial de Alfabetização). Eu fui de metido e curioso. Com isso, ganhei uma tarde ótima na companhia das palavras de Léo e Antonieta e de outros queridos amigos como Aldanei Andrade (Firimfimfoca) e João Bosco Bezerra Bomfim (autor do Romance do Vaqueiro Voador).
Hoje, o menino leitor é escritor premiado que sofre a influência inusitada da sua filha Sofia, que o ajudou, por exemplo, a formatar o texto do livro Contos de Grin Golados. Outra herança afetiva de Léo foi a escritora Sylvia Orthof. Durante a palestra, Léo Cunha brindou o público com trechos de seus livros Pela Estrada Afora (influência da personalidade do avô), o já citado Contos De Grin Golados, Profissonhos e Cantigamente – este, infelizmente, esgotado. Eu e Ana Paula gostamos muito das suas histórias e poemas. Léo, talvez por ter sido contaminado com tanta herança, sabe alcançar a imaginação dos pequenos. Ah, quase esqueci: o cara é super simpático.
Já sua mãe, Maria Antonieta, também simpática, falou emocionada da forte herança literária que recebeu não do seu pai (avô de Léo), mas de sua mãe. A pequena Antonieta sofria de um problema nos olhos que a impedia de ler os livros da escola e os de histórias. Esta tarefa era feita com paciência e amor por sua mãe. Assim, fábulas, contos de fadas e outras maravilhas eram colhidas pelos olhos da mãe e depositadas nos ouvidos da pequena Antonieta. Tal como uma mãe-passarinho, sua mãe a alimentou com histórias saborosas que tornaram a mulher Maria Antonieta, curada do problema ocular, uma estudiosa da Literatura Infantil. Em sua palestra, falou das delícias de ler O Gênio do Crime de João Carlos Marinho. Reforçou a idéia de que há 02 pilares quando se fala de heranças da leitura: um, da família, outro, do educador. Os pais, são importantes enquanto formadores de leitores quando são vistos lendo por seus filhos, quando lêem para eles e quando oferecem livros para os pequenos. Já o educador deve ser, antes de tudo, um leitor. Depois, precisa colocar sua criatividade e ousadia a serviço das oportunidades de encantamento literário do aluno. Por fim, a autora do livro Literatura Infantil – Teoria e Prática, encerrou a fala, dizendo que a Literatura Literária é capaz de suprir o imaginário, o coração e inclusive, o inconsciente do cidadão. Embora, dentro da concepção escolar, esta Literatura não sirva para “nada”, pode “apenas” aquecer a alma e o coração. “Abrir” a cabeça do leitor.
Saí de lá certo de os Roedores de Livros – como aconteceu naquela tarde - encontrarão ainda muitos parceiros nesta lida de mostrar que a literatura, por si só, é importante para a formação do cidadão. Uma herança das mais ricas que podemos deixar aos nossos filhos, a todas as crianças. Hatuna Matata.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Enquanto isso...
não pra fazer dormir
meus filhos.
Conto histórias
para acordá-los."
Fabrício Carpinejar
Hatuna Matata.
sábado, 28 de junho de 2008
A Cultura pesa...
... as crianças recebiam com alegria exuberante uma penca de livros que a Mariana Massarani doou para o projeto. O colorido contagiante de suas ilustrações e as histórias sempre maravilhosas que elas contam não paravam nos olhos dos nossos meninos e meninas. Foram todos para as tocas dos pequenos roedores. Valeu, Mariana. Muito obrigada!!! Quando quiser e puder, dê uma volta por aqui. A turma aguarda a sua visita.
Eu aproveitei a deixa e li para as crianças O CASO DAS BANANAS. Foi um furdunço. Todo mundo ligado nos links que ligavam uma página à outra, tanto na rima do texto do Milton Celio quanto na dica que a Mariana Massarani deixava em suas ilustrações. Fiquei cercada de meninos curiosos. Nota 10 para o livro. Fez cócegas na imaginação dos Roedores de Livros. Por fim, tive que atender à Edna (foto abaixo), estudante universitária que veio conhecer o projeto e nos entrevistar para um trabalho da faculdade.
Depois de ver nossos machos roedores esbaforidos, limpamos os livros e ocupamos as estantes com o que temos de mais precioso: livros. Foi mais um sonho realizado. Queremos mais. Mais livros e a possibilidade de abrirmos a biblioteca durante a semana com atividades para as crianças das escolas da redondeza e seus familiares. Por enquanto, os livros encontram a fantasia das crianças do projeto e do Centro Comunitário da Criança. Enfim, a Cultura pesa, mas temos ombros largos e uma força maior que músculos: a solidariedade e o amor pelas crianças. Este foi um sábado ainda mais feliz. Voltamos para casa com um sorriso estampado no rosto, ordendo as orelhas. Hatuna Matata!!!
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Palavras, batatas, ilustrações e coca zero.
Com a organização de Elizabeth Serra, Luiz Raul Machado e Claudia de Miranda, a edição é trilíngue (inglês, alemão e português) e exibe 130 páginas com textos de Laura Sandroni, Nelly Novaes Coelho, Maria Antonieta Cunha, Edmir Perrotti, Ezequiel Teodoro da Silva. Depois dessa viagem na história da nossa literatura, entram os personagens principais: 36 escritores e 24 ilustradores são reverenciados nas páginas seguintes. Uma página para cada, e duas obras citadas de cada homenageado com imagens da primeira edição de clássicos da nossa literatura, muitos, esgotados nas editoras. Há ainda uma reverência justa à obra de Monteiro Lobato. No final, outra preciosidade: nomes e endereços desta seleção de autores e ilustradores. São justamente homenageados todos aqueles que você certamente lembra agora e alguns que eu - reconhecidamente - ignorava até então e, por causa do livro, passei a conhecer como Lino de Albergaria, Eliane Ganem e Werner Zotz. Lembro que este livro foi publicado em 1994 e talentos mais recentes não aparecem. Mas dá para se lambuzar com tanta informação útil tratada com extremo carinho. Imagino que a produção deve ter se exaurido num esforço hercúleo para chegar ao produto final.
Eu nem acreditei quando o livros saltou aos meus olhos no meio de um punhado de gibis na sobeloja da Academia do Saber. Naquela hora, pareceu agradecer por ter encontrado tão apaixonado leitor. Ah, ele ainda não conhecia a Ana Paula. Os dois se apaixonaram no primeiro encontro, horas depois. Este livro é um verdadeiro e imprescindível suporte à memória da nossa Literatura Infantil, assim como o Dicionário Crítico da Literatura Infantil e Juvenil Brasileira. Deveria sofrer uma atualização pelo menos a cada década e servir de suporte para que os mais jovens pudessem ter a curiosidade em descobrir tantos bons livros nos sebos deste Brasil. Para isso, contamos com o excelente site Estante Virtual.
Coroei aquela descoberta com um almoço delicioso nas proximidades da rua do ouvidor. Foi difícil almoçar pois o livro não saía da mesa. Enfim, degustei palavras, batatas, ilustrações e coca zero. Inesquecível. A estante dos Roedores de Livros ganhou mais um morador ilustre. Hatuna Matata.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Programa Leitura em Debate
No final da tarde de 29 de maio, uma quinta feira, no Auditório Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, assisti a um encontro ímpar e de muita valia para os que, como eu, têm um vínculo com a Literatura Infantil e Juvenil. Foi a estréia do programa Leitura em Debate: a Literatura Infantil e Juvenil que apresentará 08 edições com periodicidade mensal até dezembro de 2008 sempre com a curadoria e mediação de Anna Claudia Ramos (Veja a programação completa no flyer abaixo).
Naquela ocasião o tema debatido foi “Discutindo a qualidade na Literatura Infantil e Juvenil” e contou com as palestrantes Emília Galego (Cuba), Elizabeth Serra (Brasil) e Silvia Castrillón (Colômbia) todas representantes do IBBY em seus países e com um histórico invejável de atividades em prol da Leitura.
Anna Cláudia Ramos abriu a palestra falando sobre a importância da criação daquele programa, do aval da Fundação Biblioteca Nacional e do time de convidados selecionados para aquela estréia. Depois, passou a palavra para Elisabeth Serra que lembrou prontamente que há cerca de 10 anos não se falava (ou questionava) a qualidade
Depois, falou a Emília Galego – que eu não conhecia e que fiquei fã. Ela falou sobre o conceito de MERCADO (oferta e demanda) pedindo a atenção do nosso olhar para a entrada das editoras internacionais no mercado latino americano (notadamente, no Brasil, a compra da Editora Moderna, Salamandra e Objetiva pela Santillana e a entrada da Edições SM com um forte trabalho de divulgação). Em resumo, ela afirma a lógica capitalista de que o livro que mais se publica é o mais vendido e vice versa e que tudo isso nem sempre tem a ver com qualidade. Um ciclo vicioso que mina as atividades das editoras de pequeno porte e conseqüentemente faz com que a literatura infantil entre no mundo da globalização. As idéias mais originais correm o risco de se perderem em meio a publicação e venda dos blockbusters internacionais. Eu, que estou timidamente escrevendo algumas idéias, me senti intimidado diante de tanta realidade. Silvia Castrillón falou da dura realidade das bibliotecas do seu país e comentou acerca das observações de Emília e Elisabeth que, por fim, se mostrou em busca de um texto contestador. Disse que encontra pouco texto com um “quê” de original e reclamou que há muito livro politicamente correto na Literatura Infantil. Suas últimas palavras naquela tarde ecoaram no auditório da Biblioteca Nacional: “É muito importante que todos percebam que os livros de qualidade não vão fazer a revolução. O caminho é muito mais longo. A grande missão que devemos abraçar é a de levar os livros a todas as classes pois todos têm direito a Arte”. Assim seja!