Começamos... Neste sábado, 12 de abril, iniciamos as atividades do projeto Roedores de Livros em 2008. É o nosso terceiro ano. De muitos outros. Da nossa visita a Goiânia, trouxemos alguns livros de uma coleção de contos populares recontados e lustrados por Claudio Martins na forma de cartas enigmáticas. Nossas crianças adoraram. Se apoderaram dos livros e leram em voz alta para o pequeno grupo (muitos ainda não sabiam da retomada do projeto). A dificuldade na leitura não foi maior que o desejo de ler em voz alta e assim, espontaneamente, ouvimos as histórias. Foi emocionante. Só estando lá para mostrar o arrepio no braço. Pois foi assim, à sombra de uma árvore, na voz de Deysiane, Guilherme (que leu - e bem - mesmo sem os óculos de sete graus que estavam quebrados), Tiago e Wanessa. Enquanto isso, o pequeno André ouvia a tudo, atento, abraçado ao seu novo amigo "dragão" que nem se importou em ficar de cabeça pra baixo (Veja na última foto).
Hoje pela manhã recebemos um email da Edna Freitas - nossa roedora que a cada dia se mostra muito mais que uma ótima relações públicas e arquivista - relatando sua visão do nosso encontro matinal no último sábado. A seguir, reproduzo o seu relato. No mais, aguardem por novas notícias deste mundinho que - graças a Deus - continua a nos presentear também com ótimas surpresas, como o desenrolar desta estréia. Hatuna Matata.
OS ROEDORES DE LIVROS - sob o céu de ceilândia - 12.04.2008
pensando alto:
Hoje fomos ao centro comunitário da criança para receber a sala - onde nós, os roedores, trabalharemos a partir de agora. Não poderia ser um lugar melhor: uma creche. Tudo se respira crianças.
Ao chegarmos lá, estavam lavando a sala para nos entregar tudo limpinho.
A notícia se espalhou ao redor e logo algumas crianças ficaram sabendo de nossa presença. E vieram até nós.
Somos voluntários. Ser voluntário é saber lidar com o improviso. Enquanto aguardávamos a sala para colocar nossas caixas, livros,..... fomos fazendo o reconhecimento da área.
E tudo começou a acontecer ali mesmo. Sob as árvores, sob o céu de ceilândia.
E levamos os livros onde as crianças e nós estávamos. "Discretamente" colocamos os livros sobre a grama... E não é que hoje, as crianças é que contaram/leram as histórias para nós?
Sim, ficamos ouvindo. E tivemos que organizar 'os leitores', pela ordem.
Hoje a natureza imperou: era terra, grama, árvores, um céu lindo, nosso trabalho de voluntário foi um grande pic-nic onde o ingrediente LEITURA reinou absoluto. Nossos leitores estavam com sede, sede de ler. Ler para serem ouvidos. Ouvidos por nós. Valeu.
Retornei pela estrutural, refazendo os
Inté.
Edna


















