sexta-feira, 27 de junho de 2008
Palavras, batatas, ilustrações e coca zero.
Com a organização de Elizabeth Serra, Luiz Raul Machado e Claudia de Miranda, a edição é trilíngue (inglês, alemão e português) e exibe 130 páginas com textos de Laura Sandroni, Nelly Novaes Coelho, Maria Antonieta Cunha, Edmir Perrotti, Ezequiel Teodoro da Silva. Depois dessa viagem na história da nossa literatura, entram os personagens principais: 36 escritores e 24 ilustradores são reverenciados nas páginas seguintes. Uma página para cada, e duas obras citadas de cada homenageado com imagens da primeira edição de clássicos da nossa literatura, muitos, esgotados nas editoras. Há ainda uma reverência justa à obra de Monteiro Lobato. No final, outra preciosidade: nomes e endereços desta seleção de autores e ilustradores. São justamente homenageados todos aqueles que você certamente lembra agora e alguns que eu - reconhecidamente - ignorava até então e, por causa do livro, passei a conhecer como Lino de Albergaria, Eliane Ganem e Werner Zotz. Lembro que este livro foi publicado em 1994 e talentos mais recentes não aparecem. Mas dá para se lambuzar com tanta informação útil tratada com extremo carinho. Imagino que a produção deve ter se exaurido num esforço hercúleo para chegar ao produto final.
Eu nem acreditei quando o livros saltou aos meus olhos no meio de um punhado de gibis na sobeloja da Academia do Saber. Naquela hora, pareceu agradecer por ter encontrado tão apaixonado leitor. Ah, ele ainda não conhecia a Ana Paula. Os dois se apaixonaram no primeiro encontro, horas depois. Este livro é um verdadeiro e imprescindível suporte à memória da nossa Literatura Infantil, assim como o Dicionário Crítico da Literatura Infantil e Juvenil Brasileira. Deveria sofrer uma atualização pelo menos a cada década e servir de suporte para que os mais jovens pudessem ter a curiosidade em descobrir tantos bons livros nos sebos deste Brasil. Para isso, contamos com o excelente site Estante Virtual.
Coroei aquela descoberta com um almoço delicioso nas proximidades da rua do ouvidor. Foi difícil almoçar pois o livro não saía da mesa. Enfim, degustei palavras, batatas, ilustrações e coca zero. Inesquecível. A estante dos Roedores de Livros ganhou mais um morador ilustre. Hatuna Matata.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Programa Leitura em Debate
No final da tarde de 29 de maio, uma quinta feira, no Auditório Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, assisti a um encontro ímpar e de muita valia para os que, como eu, têm um vínculo com a Literatura Infantil e Juvenil. Foi a estréia do programa Leitura em Debate: a Literatura Infantil e Juvenil que apresentará 08 edições com periodicidade mensal até dezembro de 2008 sempre com a curadoria e mediação de Anna Claudia Ramos (Veja a programação completa no flyer abaixo).
Naquela ocasião o tema debatido foi “Discutindo a qualidade na Literatura Infantil e Juvenil” e contou com as palestrantes Emília Galego (Cuba), Elizabeth Serra (Brasil) e Silvia Castrillón (Colômbia) todas representantes do IBBY em seus países e com um histórico invejável de atividades em prol da Leitura.
Anna Cláudia Ramos abriu a palestra falando sobre a importância da criação daquele programa, do aval da Fundação Biblioteca Nacional e do time de convidados selecionados para aquela estréia. Depois, passou a palavra para Elisabeth Serra que lembrou prontamente que há cerca de 10 anos não se falava (ou questionava) a qualidade
Depois, falou a Emília Galego – que eu não conhecia e que fiquei fã. Ela falou sobre o conceito de MERCADO (oferta e demanda) pedindo a atenção do nosso olhar para a entrada das editoras internacionais no mercado latino americano (notadamente, no Brasil, a compra da Editora Moderna, Salamandra e Objetiva pela Santillana e a entrada da Edições SM com um forte trabalho de divulgação). Em resumo, ela afirma a lógica capitalista de que o livro que mais se publica é o mais vendido e vice versa e que tudo isso nem sempre tem a ver com qualidade. Um ciclo vicioso que mina as atividades das editoras de pequeno porte e conseqüentemente faz com que a literatura infantil entre no mundo da globalização. As idéias mais originais correm o risco de se perderem em meio a publicação e venda dos blockbusters internacionais. Eu, que estou timidamente escrevendo algumas idéias, me senti intimidado diante de tanta realidade. Silvia Castrillón falou da dura realidade das bibliotecas do seu país e comentou acerca das observações de Emília e Elisabeth que, por fim, se mostrou em busca de um texto contestador. Disse que encontra pouco texto com um “quê” de original e reclamou que há muito livro politicamente correto na Literatura Infantil. Suas últimas palavras naquela tarde ecoaram no auditório da Biblioteca Nacional: “É muito importante que todos percebam que os livros de qualidade não vão fazer a revolução. O caminho é muito mais longo. A grande missão que devemos abraçar é a de levar os livros a todas as classes pois todos têm direito a Arte”. Assim seja!
domingo, 22 de junho de 2008
Comida, Diversão e arte.
As crianças – mostrando um caráter de “fidelidade à leitura” como diria a Edna – apareceram para informar que não ficariam para o projeto, pois foram convidadas para um evento. Ah... e levaram quatro convites para nós. Foi uma demonstração de carinho e respeito emocionante e inesperada.
A seguir, um resumo daquele sábado nas palavras da roedora Edna Freitass.
sábado, 14 de junho. Sabíamos que nossas crianças foram convidadas a participar de um evento na antiga Pró-Gente, hoje, IESB. Dessa forma, já esperávamos que poucas crianças aparecessem no projeto. Agradável surpresa! Numa demonstração de compromisso e fidelidade às nossas manhãs de leituras prazerosas, antes de seguirem para o IESB, foram até o Centro Comunitário nos dizer que iriam participar daquela manhã e das brincadeiras que aconteceriam por lá. Valeu, crianças! Com este gesto, nossas crianças nos brindaram com mais um sinal de que vale a pena sairmos todos os sábados de nossas casas e viajarmos até a Ceilândia para, simplesmente, na companhia dessas crianças, descobrirmos, juntos, o prazer de ler.
Fomos todos ao evento. Foi maravilhoso ver "nossas" crianças, anonimamente, animando a festa dos novos moradores (iesB e equipe) da Ceilândia. Que o IESB seja mais um agente formador de novos leitores. Nós, os Roedores, seguimos fazendo a nossa parte.
P.S. Enquanto a turma se divertia, eu, Célio, Edna, Tino e Hilariana (foto acima) assistíamos a tudo e planejávamos ações futuras.
P.S.2. Para saber o que o IESB achou do encontro, clique aqui.
sábado, 21 de junho de 2008
Mil novecentos e lá vai pedrinha...
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Iguaizinhas, parecidas, diferentes.
Ana Terra é uma menina curiosa. E há muito aprendi que sem o motor da curiosidade não teríamos chegado à lua, criado a lâmpada elétrica incandescente nem descoberto que no interior de um coco verde há um líquido delicioso, refrescante e nutritivo. Numa visita recente a Brasília, a escritora e ilustradora gaúcha separou um tempo para um passeio diferente, fruto da sua curiosidade. Além do Congresso Nacional, da Torre de TV e da Ponte JK, ela queria visitar papelarias. Buscava por papéis com texturas e imagens diferentes para suas colagens. Descobrimos uma lojinha de produtos japoneses no final da Asa Sul e foi difícil escolher o que levar entre tantos e belos achados. Passou um tempinho e dia desses fomos premiados com o novo fruto da curiosidade de Ana Terra: o livro Sai pra lá (Texto e ilustrações de Ana Terra, Larousse) que surpreende nas ilustrações, no projeto gráfico e, é claro, na história.
Escrever para os pequenos sem parecer bobo não é fácil. Em Sai pra lá, Ana Terra valoriza a inteligência do pequeno leitor e desenvolve o enredo em frases curtas, enxutas, cadenciadas e com um humor que dialoga com as ilustrações. Ah, as ilustrações. A moça que dorme ouvindo as estrelas pegou tinta acrílica, papéis, tecidos, fotografias, selos, linhas, rendas bateu tudo no liquidificador da sua imaginação e serviu 32 páginas saborosas para olhos de todas as idades. De primeira, eu fiquei fã das ovelhas vestidas de linha. As personagens andam de patins, jogam xadrez, fazem piquenique. Há sempre uma sutileza a observar. Lá pelas tantas, um gato está sob a mira do olhar desconfiado de dois pássaros... Por que será?
O projeto gráfico apresenta dois momentos em que o livro também vira brinquedo. O leitor precisa sair da rotina posicionando-o de um jeito diferente. No final, Ana Terra brinca com os outros bichos que passeiam pela história. A gente se diverte mais um pouco, como naqueles filmes em que o diretor coloca imagens extras enquanto passam os créditos.
As ovelhas de Sai pra lá, definitivamente, entram para o nosso seleto rebanho onde estão Ofélia, Maria e as Outras. Ana Terra teve sua curiosidade premiada com este livro, um marco na sua produção literária. Mas não fique pensando, caro leitor, que os Roedores de Livros também não são curiosos. Uma ovelha nos contou (méééééééé...) que a escritora e ilustradora gaúcha está trabalhando em projetos novos e interessantes. Daqui, deixo as barbas de molho e espero curioso e paciente. Hatuna Matata.
P.S. Nesta última foto, Ana Terra (à esquerda) mata a curiosidade e troca figurinhas com Eva Furnari.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Livros e educação ambiental
domingo, 15 de junho de 2008
Meninos do Mangue na Ceilândia
Encerrava-se a semana do meio-ambiente e levamos alguns livros sobre o tema para a mediação. Daniel pediu para ler A árvore generosa, livro que ele conhecera na semana anterior e que gostara muito. Todos foram se chegando e se envolvendo com a belíssima história.
As ilustrações de Shel Silverstein falavam tão alto quanto seu texto. As crianças gostaram muito.
Depois, Jardson leu A Última Flor Amarela, de Caulus e os olhares percorriam o livro em busca das ilustrações que sumiam à medida em que o personagem ia destruindo as flores.
Por fim, a surpresa que deixou Daniel sem graça. Não sabia como agradecer e ficou surpreso e feliz ao ver a dedicatória que Roger Mello escreveu para ele. Na foto acima, o registro do momento da entrega. O Célio - na foto, ao lado do Daniel - fez as honras e recebeu toda a emoção daquela hora. Agradecemos ao Roger, sempre simpático e solícito, pela atenção. O projeto segue em frente. Além de livros, voluntários e crianças - mais do que tudo - o amor é o grande motor que une crianças e livros nas manhãs de sábado na Ceilândia, entorno de Brasília. Hatuna Matata.
O livro é fruto de muito trabalho.
Marilda Castanha apresenta mais uma prancheta de estudos, enquanto Nelson Cruz mostra o resultado final no livro. Neste caso, o livro é Agbalá, um lugar continente e o desenho descreve o desconforto, a forma desumana com que os escravos eram transportados nos navios negreiros. Em sua pesquisa, Marilda encontrou uma ilustração minúscula (acima, à esquerda da prancheta) que ampliou para fazer a sua visão a partir daquela idéia. No resultado final, o mar não é verde ou azul. A percepção da ilustradora deu cores de sangue ao mar que transporta os escravos. Genial.
A foto acima mostra o início do processo de criação. À esquerda da prancheta (que Nelson apresenta ao público enquanto Marilda explica o seu trabalho) um estudo para a composição das páginas e, ao lado, os rascunhos para as primeiras idéias para os desenhos.
Agora, Nelson Cruz fala sobre o livro Chica e João. Ele pesquisou em pinturas antigas (Marilda Castanha segura fotocópia de uma aquarela de Rugendas retratando o Arraial do Tijuco - que viria a se transformar em Diamantina), livros de história, além de fotografar a cidade na época da pesquisa, para seus estudos de imagens.
Acima, o artista apresenta o original da sua ilustração retratando o Arraial do Tijuco e como ficou o resultado do uso do desenho no livro.
Depois de muito papo, o casal colocou seus originais na mesa, à disposição da curiosidade dos presentes. Acima, estudos e produtos finais do trabalho de Marilda Castanha. Abaixo, a lápis, o início do desenho que resultou na belíssima imagem em cores. Os dois, assim, lado a lado, dão a dimensão da distância percorrida pelo artista para chegar ao ponto desejado.
Para os que não leram nosso relato sobre o encontro com Marilda Castanha e Nelson Cruz no Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás e queiram compartilhar aquele momento, é só clicar aqui.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Literatura Infantil nas bancas de revistas.
A edição especial da revista Discutindo Literatura (Escala Educacional), destaca o gênero infanto-juvenil numa edição primorosa que aborda desde um pequeno histórico da sua evolução, passando por idéias para cultivar leitores, a importância dos clássicos da literatura e dos contos de fadas, da contação de histórias na formação do leitor (êba!!!), o aumento de livros sobre a cultura negra e indígena, o envolvimento entra arte e literatura e outros assuntos. Clique na imagem acima para ler o índice. Estou certo que vai te motivar a procurar a revista nas bancas. Assim como o especial Projetos de Leitura da revista Nova Escola, o exmplar acima é um prato cheio. Estão lá Bartolomeu Campos de Queirós, Heloísa Prieto, Daniel Munduruku, Rui de Oliveira, Anna Claudia Ramos... Tanta gente boa reunida em 66 páginas recheadas com assuntos relevantes sobre a Literatura Infantil.
Outro lançamento que surpreende é a revista Língua Portuguesa (editora Segmento) que destaca na capa uma entrevista com Ruth Rocha tocando num tema delicado: a coragem para romper velhos padrões da escrita para crianças. A entrevista ganha cinco páginas nesta edição e a autora de clássicos como Marcelo, Marmelo, Martelo fala do seu processo de criação, os problemas que encontra em muitos livros infantis, a febre em publicar livros sbre "bons costumes", fala sobre a literatura infantil nos tempos da ditadura e por fim, responde de forma suscinta ao repórter sobre qual dica daria aos pais para que possam identificar um bom livro infantil: "Escolheria os clássicos. É o melhor critério". A revista ainda apresenta duas páginas sobre o bom livro infantil. Adriana Falcão, Odilon Moraes, Cárcamo, Tatiana Belinky, Ilan Brenman e Ivan Zigg falam sobre as virtudes e pecados que envolvem a produção literária para crianças e jovens.
Por fim, depois de uma semana de espera, chegou ontem à banca próxima da minha casa a edição de junho da revista Crescer (Globo) em que destaca na capa e relação do que considera os 30 melhores livros infantis do ano. São 12 páginas que, além dos livros, apresentam um belo projeto gráfico e quadros com curiosidades, dicas e entrevistas com personalidades do mundo do livro. A escolha foi baseada nos votos de 38 jurados escolhidos entre integrantes da FNLIJ, de projetos de leitura, educadores e demais especialistas em literatura infantil. A lista surpreende com a inclusão de alguns livros ótimos, porém menos badalados, como Não Vou Dormir (Christiane Gribel, com ilustrações de Orlando, Global), Morcego Bobo (Jeanne Willis, ilustrações de Tony Ross, Martins Fontes), Toda Criança Gosta (Bia Hetzel, ilustrações de Mariana Massarani, Manati) e O Rei Maluco e a Rainha Mais Ainda (Fernanda Lopes de Almeida, ilustrações de Luiz Maia, Ática). Surpreende também pela presença de alguns livros que, a meu ver, não deveriam constar nem na lista dos 60 melhores. No final, o trabalho de Cristiane Rogério e Marina Vidigal cumpre o seu papel: antes de premiar o melhor livro (a revista acertadamente opta pelo plural), a revista premia seus leitores - e eu me incluo neste rol - com uma reportagem ampla que, antes de tudo, estimula um passeio à livraria para conhecer as indicações. E isso já vale por todo o trabalho.
Mas a revista Crescer de junho oferece outras delícias para quem gosta de literatura para crianças. Além de uma página escrita por Tamara Foresti dedicada a decifrar os números da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, chamo a atenção para a coluna de Fabrício Carpinejar, chamada Primeiras Intenções, publicana na página 76 com o título de Era uma vez outra vez. É o melhor da edição de junho. Carpinejar descreve, de forma a arrepiar o leitor, a relação de seu filho com a literatura. No meio disso, um encontro inusitado com Os Problemas da Família Gorgonzola, de Eva Furnari. Imperdível!!! Clicando acima, você pode ler a inrodução do texto. Espero que você tome coragem, desligue o computador e vá até a banca mais próxima comprar a revista. Vale a pena. Hatuna Matata!!!
quinta-feira, 12 de junho de 2008
O Segredo de Ivan Zigg
Como qualquer criança ou adulto, Ivan Zigg também guarda segredos que nem mesmo os mais íntimos conhecem. Mas há um, em especial, que se tornou público. E se você quiser saber qual é, convido-o a conhecer seu novo livro publicado pela Rocco. O título não poderia ser diferente: Segredo.
Há tempos que os Roedores de Livros promovem a idéia de que livro infantil não é só para criança. E não somos os únicos a pensar assim – é claro! O Segredo de Ivan Zigg pode ser um belo presente para seu filho(a), sobrinho(a) ou outra criança a quem você dedique seu afeto. Mas pode ser também um presente surpreendente para o seu companheiro, namorado, marido, namorido... enfim. Pode servir tanto para declarar sua paixão reprimida quanto para apimentar o dia dos namorados com uma idéia original e encantadora. Presente para qualquer dia desde que seja um dia para celebrar uma relação entre pais e filhos ou entre um casal. O Segredo faz sucesso por aqui. Já passou por muitas mãos curiosas. Arrancou sorrisos da Júlia, brincadeiras do Tino e “ooooohhhhhh” de muitas amigas e amigos a quem – travestida de fofoqueira – mostrei o Segredo.
Espero que Ivan Zigg não saia por aí espalhando outros segredos como o seu medo de montanha russa, sua paixão por motos, seu pavor em ver sangue e a sua veia jornalística pulsante na adolescência quando, no colégio, escrevia à mão e distribuía entre os alunos um jornal onde o que não faltavam eram segredos dos outros. Por fim, vou contar um segredo que Ivan não sabe: nós adoramos as esfihas do Largo do Machado. Queremos mais, mais e mais!!! Hatuna Matata!
PS1. Ivan Zigg lança Segredo no próximo domingo, 15 de junho, na Livraria da Travessa no Leblon, Rio de Janeiro. Clique na imagem acima para uma melhor leitura do convite.