quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tchau Chupeta

Sabe quando a pessoa gosta muito de uma coisa, mas muito, muito mesmo que a vontade que se tem é a de compartilá-la com todos? Pois é... aconteceu comigo. Ando assim cantando pelos cotovelos, pelo quarto, pela rua, no carro... tudo culpa do PEQUENO CIDADÃO, um DISCAÇO "para crianças" que eu já havia citado aqui em outros posts, mas a sensação de ouví-lo além dos limites do myspace é indescritível. O disco surge da união de talento dos amigos Antônio Pinto, Arnaldo Antunes, Edgard Escandurra e Taciana Barros. Ah, e seus filhos soltos no estúdio.
Comprei o disco dia desses e aí, ele tomou conta do meu som.

Começa com a faixa homônima, uma sacada genial do Arnaldo em que "É sinal de educação /
Fazer sua obrigação / Para ter o seu direito de pequeno cidadão". Na música, pode tudo: fazer a tarefa, jogar videogame, arumar o quarto, para depois bagunçá-lo.

Depois, vem O SOL E A LUA, tema do amor impossível, que começa assim, devagarzinho e vai crescendo, crescendo, crescendo.. aí a gente já está balançando o pé e cantando o refrão junto, até o sol congelar seu (o dele) coração.

Caramba, o disco é muito bom. Poderia falar de todas as canções, mas você pode pescar no MYSPACE DO PEQUENO CIDADÃO e tirar suas opiniões. Lá você vai encontrar muitos vídeos bacanas e pode deixar seu recado para a turma. Mas, vai por mim. invista aí uns reais e leve o disco para casa.

Impossível resistir ao charme de O X. Veja o making of da gravação desta música no vídeo abaixo.



Uma coisa bem bacana é que tem uns rocks bem legais. SAPO-BOI é rockabilly para ouvir nas alturas. Letra engraçada, vocais, riffs e solo de guitarra para deixar o Chuck Berry feliz da vida. O punk também aparece nos dois minutos de LARGA A LAGARTIXA. Um travalíngua super!!!

Mas o nosso xodó (meu e da Ana Paula) é TCHAU CHUPETA. Nós, que só largamos as danadas bem depois dos 48 minutos do segundo tempo... pra falar a verdade, bem depois da prorrogação... Acho que se Os Mutantes fossem gravar algo do gênero, seria essa música. Os vocais da segunda parte, a voz da Taciana e a letra irresistível (Já pensou uma mãe chupando chupeta / Já pensou um pai chupando chupeta / e uma avó de bobs chupando chupeta).

Vou resumir tudo plagiando uma frase do Renato Russo: OUÇA NO VOLUME MÁXIMO!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lançamento do CADÊ O JUÍZO DO MENINO no Salão FNLIJ.

Gente, hoje fez 1 mês que retornamos do Rio de Janeiro e ainda temos muito o que contar sobre o 11º Salão FNLIJ para Crianças e Jovens. Eu gostaria de aproveitar para falar sobre o lançamento do meu primeiro livro, CADÊ O JUÍZO DO MENINO?. Foi na tarde do dia 19 de junho, uma sexta feira. Meu filho (Pedro) e meu pai (Freitas) tinham vindo de Fortaleza. Os amigos Klecius e Amanda vieram de Brasília. E Ana Paula, claro, estava ali para me acompanhar neste momento tão especial.

Na Biblioteca FNLIJ para Crianças - local do lançamento - uma verdadeira tropa sem juízo aguardava por Mariana Massarani, por mim e pelo livro. Gente demais da conta. Todos curiosos:

(uma criança) - O menino vai ficar cansado de ficar de cabeça para baixo!
(Tino) - Quando ele cansar a gente vira a capa e deixa ele de cabeça pra cima!
(outra criança) - Mas aí as letras ficam de cabeça para baixo!
(Tino) - Aí, a gente deita o livro, para o menino e as letras da capa descansarem, e entramos na história!!!

Mariana - inspirada nas minhas camisetas estampadas - escolheu uma calça bem bacana, cheia de cadeiras coloridas. Lindona. Eu cheguei com uma camisa branca, simples. Ela estranhou. Sorrimos. Quem de nós havia perdido o juízo? De certa forma, os dois (hehehe). Tudo a ver.

Por falar em perder o juízo, no meio do papo com as crianças eu perguntei:

(Tino) - Quem aí já perdeu o juízo?
(quase todo mundo levantou a mão!!!)
(uma criança gritou) - Eu sempre deixo o meu quarto desarrumado!

Quarto desarrumado foi o mote para começar a leitura do livro e arrancar sorrisos da plateia. Depois, o papo seguiu bem informal. Bia Hetzel falou um pouco também. Ao final, convidamos algumas crianças para encontrar os parafusos que a Mariana escondeu nas ilustrações. Enfim, depois de 40 minutos de boa conversa, pausa para os autógrafos, fotógrafos, abraços, sorrisos e muita, muita festa.

Na foto acima, papai, Pedro e Ana Paula desparafusam os sorrisos ao meu lado. Como é bom dividir estes momentos com a família. Estes são os meus amores. Minhas flores. Por quem perco o juízo. Por quem entrego meu amor inteiro. Estavam lá e como foi bom tê-los comigo.

Aqui, meus queridos Klecius, Pedro (mais uma vez) e Amanda. Comemorando conosco mais esta conquista. A tarde passou rápida em meio a tantas emoções. Mas cada alegria ficou registrada no meu coração. Outros tantos amigos escritores, ilustradores, contadores de história, amantes dos livros, passaram por lá deixando também muito carinho e o desejo positivo de que esta estreia semeie outras tantas. Foi demais. Inesquecível. Obrigado Bia e Silvia (Manati) e Mariana, por emprestarem talento e amizade ao meu projeto. Que agora é NOSSO. Hatuna Matata!!!

P.S. Dia 23 de agosto, lançaremos o livro em Brasília, na LIVRARIA CULTURA (Casapark). Abusaremos das surpresas neste encontro. Em breve darei mais notícias sobre o evento.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Com as barbas de molho...

Essa foto bonita aí de cima é do Mateus lendo o divertido A Barba do Tio Alonso (Emma King-Farlow, com as ilustrações sempre divertidas de Anna Laura Cantone, Cia das Letrinhas). Isso foi na manhã do sábado, 27 de junho. Um dia diferente, em se tratando do Roedores de Livros. Explico: só vieram 04 crianças (Ariel, Marcos, Mateus e Samuel) das 30 cadastradas. Quatro sorrisos e abraços saudosos e festivos. O motivo? Duas semanas sem projeto devido a nossa viagem para o 11º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens.

Para que o projeto aconteça é necessário que pelo menos um de nós (eu ou o Tino) estejamos presente pois o Roedores de Livros não oferece uma fórmula simples, pronta, tipo duas colheres de achocolatado num copo de leite. Descobrimos os ingredientes mágicos e contamos sempre com a ajuda providencial de Edna e Célio para tocar o projeto. Ajuda mais que bem vinda e necessária. Mas nem sempre é fácil mexer a colher para que tudo saia perfeito e saboroso para todos. E o tempo, aliado da experiência, nos mostrou que é melhor fazer um pequeno recesso sempre que nós dois estivermos fora.

Duas semanas - mesmo avisando a todos - parece ter sido o suficiente para desmemoriar a turma de que no dia 27 a gente retomaria as atividades. Sei lá. O fato é que só os mosqueteiros apareceram. E foi um dia diferentão, mas muito, muito bom. Começou com Samuel pedindo para "tocar" violão. Ele "vestiu" o instrumento e soltou a mão direita nas cordas mostrando algum ritmo. Os outros três passaram a acompanhar samuel em canções da igreja, algumas do repertório do Tino e outras "preciosidades" infantis. O mais divertido foi a performance afinada de Ariel desfilando o seu "japonês" na interpretação do tema original do desenho Naruto. Show de bola!!!

Ficamos ali, esperando a manhã passar, cantando e contando histórias da vida real num bate papo informal até que vimos que seríamos mesmo só os seis (eu, Tino e os mosqueteiros). Conversamos sobre alguns livros de semanas anteriores e Mateus pediu para ler A Barba do Tio Alonso. Sentamos todos para ouvir a sua leitura, bem feita, em bom tom, em pausas perfeitas. O menino está ficando bom nisso. O pequeno Marcos - que ainda não sabe ler - não resistiu e se instalou ao lado do irmão (como faz sempre em casa com os livros que a dupla leva semanalmente do projeto) e deitou sua atenção nas páginas do livro e na voz do irmão.

Quatro meninos, muitas músicas e uma leitura. Parece pouco. Mas afetivamente aquela manhã valeu muito. Avisamos que sábado seguinte não iríamos (afinal, a FLIP já estava no calendário dos Roedores de Livros) mas que retornaríamos no dia 11 de julho. Saíram com a promessa de avisar toda a turma. Esperamos encontrar mais sorrisos festivos na volta. Hatuna Matata.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bons e velhos amigos...

Há muitos anos encontrei Janaína numa tarde quente em Brasília. O papo foi rápido, mas lembro como se fosse hoje. Falamos da vida. Impressões divergentes, convergentes. Sintonia de velhos e bons amigos. Lembro ainda que brincamos com seu sobrenome diferentão (Michalski) e o meu nome não menos incomum (Florentino). Depois disso… pluft: Janaína sumiu. Ou eu sumi. Sei lá...

Passou o tempo.

De repente, no meio dos coredores do 11º Salão FNLIJ encontro a moleca saindo do lançamento do seu primeiro livro. Na verdade, ela me encontrou: - TINO? É VOCÊ? Êita mundinho pequeno esse. Não é que Janaína resolveu escrever para crianças e jovens? Bem, trouxe seu livro para casa e só aqui, depois que a tempestade repousou, deitei os olhos sobre a história e gostei muito do que li.

ONDE O SOL NÃO ALCANÇA (ilustrações de Alê Abreu, Nova Fronteira) é um livro sobre amigos. Mais que isso: conta sobre como nasceu a amizade entre Nana e Ana Paula. Uma história que começa no quintal, sobe o muro, se avizinha e ganha a rua até ficar no coração da gente. Apesar de ser o seu primeiro livro, Janaína Michalski mostra muita intimidade com a arte de pescar palavras. E ela pesca as mais bonitas para a sua história.

– Bala de quê?

- De hortelã.

Foi tudo o que elas disseram. Sentadas lado a lado, passaram a tarde olhando a rua. Nenhuma palavra. Só o barulho dos papéis das balas de hortelã. Às vezes Nana olhava para ela. Às vezes ela olhava para Nana. Nana achou o olhar da menina igual à água cintilante da piscina quando estava coberta de sol. De vez em quando, a menina dava um sorriso para Nana.
Na mesma hora em que a tarde foi embora, o saco de balas acabou. As meninas se olharam e concordaram que tinham de ir”.

As ilustrações de Alê Abreu dão mais calor ao texto. Caprichos de grafite e lápis de cor. As páginas do livro estão repletas de tardes quentes. E as tardes de Alê têm cores fortes e muita imaginação para conquistar a amizade do texto de Janaína. Parecem saber os segredos um do outro, como bons e velhos amigos.

Não lembro se naquela longínqua tarde quente em Brasília, Janaína e eu dividimos balas de hortelã. Mas depois daquele encontro, certamente posso usar das palavras da personagem Ana Paula para dizer a minha amiga de longa data:

- Desce daí, vem brincar”.

Convido a todos para brincar com as palavras de Janaína. Hatuna Matata.

domingo, 12 de julho de 2009

Oficinas de brinquedos populares para crianças na Fnac.

O grupo Roedores de Livros estará esta semana na Livraria Fnac (ParkShopping) ensinando a garotada a fazer seus próprios brinquedos. As oficinas acontecem às 17h e são de graça, mas as inscrições devem ser feitas antes, na livraria ou pelo telefone 2105-2000. Confira a programação:

Segunda, 13 de julho — Oficina de fantoches
São bonecos feitos de feltro e tecido que podem ser manipulados pelas mãos das crianças com movimentos para os braços e cabeça do fantoche. Uma infinidade de badulaques, penduricalhos
e outros frufrus darão autonomia para que cada criança possa customizar o seu fantoche.
Vagas limitadas a 20 crianças.

Terça, 14 de julho – Oficina: O Sapo Equilibrista e o Sapo Bocarrão
Aqui a brincadeira não vai para o brejo, pois o sapo equilibrista desafia a gravidade dançando no ar e se equilibrando em dedos, canetas e no que mais a imaginação mandar. E ainda há o sapo bocarrão que, como o nome já diz, tem uma bocona articulada pronta para brincar com a criançada. Tudo feito a partir de cartolina, tesoura, cola canetinhas hidrocor e muita criatividade.
Vagas limitadas a 20 crianças.

Sexta, 16 de julho – 17h - Oficina: Paper Toy.
Sucesso no mundo todo, o Toy Paper (Papel Brinquedo) virou mania na internet e mexe com a fantasia dos designers que – a partir de uma folha de papel – criam personagens divertidos em 3D para o deleite das crianças. Nesta oficina, a turma aprenderá a fazer um gato e um rato que se move de forma surpreendente.
Vagas limitadas a 20 crianças.

Sábado, 18 de Julho – 17h - Oficina de Barangandão.
Tradicional brinquedo popular feito com papel crepom, jornais e barbante. O resultado estético, prima pelo visual colorido. Quando a criança gira o brinquedo, produz um belo efeito visual além de um som muito interessante.
Vagas: 20 crianças.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Manifestos no Manifesto por um Brasil Literário

No final da manhã da última quinta, 02 de julho, aconteceu o esperado lançamento do Manifesto Por um Brasil Literário, uma ação capitaneada pelo Instituto C&A de Desenvolvimento Social com o apoio da Casa Azul (organizadora da Flip), FNLIJ (Fundação nacional do Livro Infantil e Juvenil), Instituto EcoFututo e o Centro de Cultura Luiz Freire.

Estávamos lá, eu e Ana Paula, ao lado de outras duas centenas de professores, autores, ilustradores, editores, profissionais do mundo do livro, curiosos e representantes do poder público (em todas as suas instâncias).

Depois de todas as formalidades (discursos dos patrocinadores, a leitura do Manifesto por Bartolomeu Campos de Queirós e a fala de representantes do poder público - em que o Secretário de Cultura do estado de São Paulo, Cláudio Augusto Calil, foi "convidado" a encerrar a sua fala, a mais interessante até então) o manfesto ganhou cor e calor.

O público foi convidado a se manifestar. Uma professora - que preferiu não se identificar - relatou que, após um trabalho hercúleo de revitalização durante três anos que levou, de fato, alunos e professores a frequentar a biblioteca da sua escola, aquele espaço foi fechado para dar vazão a duas turmas de 30 alunos. Ou seja: parece que quando há demanda de alunos, mais fácil é desativar a biblioteca da escola do que construir novas salas de aula.

Houve ainda mais pressão sobre as instituições públicas onde se destacou a cobrança por uma maior clareza nas escolhas dos livros. Em outras palavras, não basta somente ter mais verba disponível. É preciso usá-la de forma mais competente e transparente. Quando a coisa esquentou, os manifestantes foram convidados a não mais usarem a palavra pois o tempo havia se esgotado. Uma pena.

Polêmicas à parte, outro destaque daquela manhã em Parati (RJ) foi a presença do escritor Bartolomeu Campos de Queirós, que não se ateve somente à leitura do manifesto - do qual é autor. Após um pequeno intervalo, ele retornou à mesa onde pode conversar com os presentes. Sua prosa, sempre poética, desabafou algumas verdades ao lado de alguns anônimos que pediram a palavra e outros nem tanto, como Marina Colasanti, que questionou se a maior facilidade em se formar pedagogos - devido a proliferação de faculdades de Pedagogia e a dificuldade em se conhecer e/ou acompanhar o que é ensinado em tantas instituições - não colaboraria para a formação de um profissional menos qualificado.

Cito a seguir algumas frases ditas por Bartolomeu na ocasião do Manifesto:

"Acho que não há interesse político de se formar um país inteligente".

"Vamos deixar as crianças um pouco de lado - que estão ali, felizes, no recreio - e vamos cuidar um pouco mais dos nossos professores".

"Deve-se cuidar com carinho do que o professor QUER ensinar e não dizer a ele o que TEM que ensinar. Isso é uma ditadura pedagógica. O professor está sendo usado como um atravessador. Estamos transformando em adestramento um processo de educação. Há que se criar espaços para a fantasia na escola".

"Nosso professor não é bem remunerado, muitas vezes vai de ônibus para a escola, não tem status social e só aparece na televisão quando está em greve por melhores salários. Não sei se esse professor tem como encantar o aluno. A escola, hoje, é um espaço sem desejo. Nem do aluno, nem do professor".

"O nosso mundo tem o tamanho da nossa palavra. Nosso mundo está velho de palavras. A gente muda o mundo quando muda a nossa palavra. E a gente está querendo mudar o mundo usando palavras antigas".




O vídeo acima mostra Bartolomeu Campos de Queirós comentando o Manifesto Por um Brasil Literário. Caso você tenha interesse em conhecê-lo na íntegra, CLIQUE AQUI. Se desejar aderir ao manifesto, CLIQUE AQUI. Nós assinamos o livro e seguimos, como sempre, nos manifestando de várias formas, por um Brasil mais literário. Hatuna Matata!!!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Desparafusando na FLIPINHA 2009.

Os Roedores de Livros estarão na FLIP 2009, participando da programação da FLIPINHA e lançando o livro CADÊ O JUÍZO DO MENINO? com apresentação musical do Tino Freitas no sábado, 04 de julho, 13h, na Tenda da Biblioteca da FLIPINHA, na Praça da Matriz (Parati - RJ). Apareçam por lá. Hatuna Matata.

O primeiro autógrafo a gente nunca esquece...

O 11º Salão FNLIJ do livro para crianças e jovens tinha duas novidades para mim.

A primeira, sem dúvida, foi o local. O Centro Cultural Ação da Cidadania passarai a abrigar o maior e melhor evento nacional do gênero. Um lugar lindo, com uma infraestrutura bem melhor que a dos salões anteriores abria suas portas para mim e para Ana Paula.

A segunda, mais intensa, foi a de entrar no Salão como autor. Sei lá, foi diferente. Estranhamente gostoso. Uma sensação que sumiu depois do primeiro dia, mas que naquela tarde do sábado, 13 de junho, me tomou por inteiro já na entrada, quando recebi o crachá.

Depois de abraçar alguns amigos que encontramos nos corredores, é claro que fui ao stand da Manati. Lá, tudo lindo demais. Encontrei meu livro ao lado de tantos outros que aprendi a admirar. Rosalina, Marieta, e A Cristaleira dividiam espaço com Cadê o Juízo do Menino. As pessoas entravam no stand, folheavam o livro, achavam engraçado. Meu olho brilhou, encheu meu sorriso de cor e eu fiquei ali parado um tempão meio sem saber da vida.

Foi Ana Paula quem me trouxe de volta:

- Ei menino sem juízo, a moça quer um autógrafo!!!

A mãe do Lucas estava ali, ao lado, esperando por um carinho meu na folha de rosto do livro.
Pausa para pensar o que escrever... Afinal, era o primeiro autógrafo... A dedicatória saiu fácil, afinal, Lucas é nome de menino traquino, feliz. Soltei a mão e deixei um abração para o Lucas. A mãe dele sorriu. Espero que os dois tenham se divertido com o livro. Eu estava muito, MUITO feliz.

Faltou Mariana naquele primeiro encontro com o livro. Mas ela esteve presente em outros tantos bons momentos naquela visita ao Rio. Para encerrar o primeiro dia, uma foto com Silvia Negreiros e Bia Hetzel, as meninas que apostaram na minha história. Muito criativas, elas me ensinam a atravessar o caminho das pedras. Estamos juntos nesta lida de levar a fantasia para a casa do pensamento das crianças sem juízo. Hatuna Matata.

O mensageiro e os Roedores de Livros.

Seria muito mais fácil dizer não.

- Ah, meninos… passei a semana inteira trabalhando, ontem fui à 03 escolas e hoje à tarde terei mais uma apresentação na Expotchê. Tô precisando relaxar aqui no hotel, aproveitar a piscina, tomar um café v a g a r o s a m e n t e. Vamos deixar para uma próxima vez?

Mas ele não disse isso. Muito pelo contrário. Aliás, foi ele quem ligou para dizer:

- Vocês vêm me pegar que horas?

Bocejando ao celular o Tino disse:

- Já estamos a caminho…



Hermes Bernardi Jr. tinha mesmo passado a semana trabalhando, tinha visitado e se apresentado em 03 escolas no dia anterior, tinha que fazer uma apresentação no meio da tarde na badaladíssima Expotchê e estava hospedado num super hotel da Capital Federal.

Mas trouxe na bagagem – de fato – o desejo de conhecer as crianças do projeto Roedores de Livros. Os deuses enviaram o mensageiro para mostrar que ainda há generosidade por aí.

Foi lindo ver os olhinhos das crianças brilhando ao se deparar com um autor vindo de tão longe. Hermes havia presenteado nossos meninos com alguns livros e sua história estava na pontinha da memória dos pequenos.

O autor de livros bons de roer como Planeta Caiqueria e E Um Rinoceronte Dobrado (RESENHADOS AQUI) conversou com a turma, fez uma apresentação improvisada do seu Lilliput de Sorvete e Chocolate, ao ar livre; fez mediação de leitura, batizou a todos “em nome da ordem dos rinocerontes dobrados”; autografou todos os livros com um carinho sincero; lanchou e andou de trem conosco.

Tudo isso aconteceu na manhã de sábado, 06 de junho, uma semana antes dele lançar dois novos livros (Doido pra voar e O Emaranhado da Moçoroca) no Salão da FNLIJ no Rio de Janeiro… Mas isso é assunto para outra hora.

Agora só queremos agradecer a Hermes - em nome das nossas crianças – por dispor do seu tempo e compartilhar conosco todo o seu talento e amizade.

E para vocês, queridos leitores, algumas fotos do nosso encontro inesquecível. Hatuna Matata.

Hermes conquista o olhar dos Roedores de Livros com sua performance teatral.

Abaixo, quem encontra os quindins na página de E O Rinoceronte Dobrado?
Um autógrafo carinhoso para cada criança...
Euzinha, sendo batizada "em nome da ordem dos rinocerontes dobrados"...
Por fim, nosso convidado andou de trem no brinquedo cantado movido pelo Tino.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Roedores de Livros no Rio de Janeiro.

Fuçando sobre o lançamento do livro do Tino e da Mariana Massarani (Editora Manati) encontrei a foto acima no SITE DO 11º SALÃO FNLIJ seguida da legenda:

Tino Freitas encheu a Biblioteca FNLIJ/Petrobras na leitura do livro "Cadê o juízo do menino?".

Foi assim mesmo. Tinha um mar de crianças. O Tino até mergulhou. Sem juízo!!! Mas a gente conta tudinho depois, com novas fotos. Essa é só de aperitivo.