quarta-feira, 3 de março de 2010
Como contar uma história para ninar seu filho, neto, sobrinho...
A técnica dessa senhora ultrapassa a barreira da língua.
Ela conta uma história como poucos...
Assistam ao filme e durmam se for possível!!!
Hatuna Matata.
terça-feira, 2 de março de 2010
Despertando a emoção com o livro.
Judson, Jadson e Jefferson e J.... Esmênia. Os quatro irmãos acima nos esperavam na porta da sala na Torre A. Com eles, a primeira grande diferença visível entre as semanas anteriores do projeto: a mãe estava junto. Nas outras sedes, geralmente as crianças chegavam e saíam sozinhas. Mesmo morando pertinho, a maioria dos pais não acompanhava os filhos. Agora, o Roedores de Livros acontece num local cheio de feirantes e alguns deles abraçaram a oportunidade de oferecer um pouco de fantasia aos filhos. No primeiro dia conhecemos mães, avós e até mesmo um pai - fato raro.
Esse ano selecionamos crianças entre 6 e 11 anos. Mas foi surpreendente o número de crianças menores de 6 anos que apareceram por lá. Fizemos um "cadastro reserva" a veremos a possibilidade de envolvê-los nas atividades futuramente. Entre uma inscrição e outra fomos deixando a turminha à vontade, descobrindo o espaço, os livros e vez em quando a gente parava tudo, escolhia um livro e contava uma história. Aí vinha aquela sensação de felicidade ao ver todo mundo atento, com os olhos colados no livro, vez em quando soltando um sorriso, um ar de espanto. Era o que a gente queria: emocionar as crianças com o livro.
Ao final, uma surpresa muito bem vinda: Esmênia pegou o livro É UM RATINHO? e imitou a mediação que o Tino havia feito no começo da manhã, contando a história para algumas crianças que chegaram depois. Foi inesperado e muito legal. Muito. E foi só o primeiro dia. Queremos mais boas surpresas. Hatuna Matata.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Aos 95 anos, morre José Mindlin, um dos homens mais apaixonados por livros do planeta.
Para quem deseja se aproximar um pouco da paixão que José Mindlin os Roedores de Livros recomendam dois livros que foram lançados recentemente e escritos como uma mini biografia pelo próprio Mindlin:
REINAÇÕES DE JOSÉ MINDLIN (Ática, 2008) - voltado para o público infantil (mas nós adoramos também) e...
NO MUNDO DOS LIVROS (Agir, 2009) - histórias MARAVILHOSAS de quem era apaixonado por livros e como ele fazia para conseguir obras raras num tempo em que não havia internet e outras facilidades do mundo moderno.
Brasileiros no Chile
Por favor, amigos, passem essa mensagem adiante e façam chegar ã grande impressa. Caso queiram, utilizem o serviço de comentários para enviar mensagens e informações para nós.
Entre as centenas de brasileiros lamentavelmente surpreendidos pelo terremoto chileno, há um grupo de participantes de um Congresso Iberoamericano de Literatura Infantil. São por volta de quarenta , alguns dos quais convidados da fundação espanhola SM e do governo chileno. Entre estes, as duas brasileiras ganhadoras do premio Hans Christian Andersen, Lygia Bojunga e Ana Maria Machado, esta membro da Academia Brasileira de Letras. Estao também em Santiago escritores e ilustradores, funcionários do alto escalão do MEC e do MINC, pesquisadores e especialistas em literatura brasileira , bem como os promotores de nossas mais importantes iniciativas em prol da leitura. Ainda que todos passem bem, estão ansiosos por providências que permitam seu retorno ao país o mais breve possível.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Decorando a "nova" toca dos Roedores de Livros
As semanas foram se passando e a nova "toca" foi ganhando um pouco da nossa cara a partir das doações que foram chegando. Tinta para a pintura do espaço, "choro" para que a mão de obra ficasse mais em conta, a descoberta da necessidade de grades para evitar pichações, quadros para as paredes ficarem mais convidativas ao olhar, amigos e outros tantos voluntários nos cercando de atenção e enfim... depois de algumas semanas, tudo ganhou um colorido cheio de motivação. Motivação que inspirou a nossa nova parceira - Clara Etiene - a escrever o belo relato que publico a seguir:
“Era uma casa muito engraçada... não tinha teto, não tinha nada...”
Primeiro chegaram as estantes trazidas pelo Célio; pesadas, grandes, bonitas, representam a fortaleza do zelo. As caixas de livros vieram no carro da Edna, eles têm sido, já há algum tempo, seus ilustres passageiros; o pessoal da Associação dos Feirantes do Shoppping Popular e a Dona Ana, nossa amiga nessa empreitada, cuidavam da limpeza do espaço. Eu, contadora desta memória, andava por lá procurando o pintor para que ele fosse das os retoques que ficaram faltando na pintura. Não o encontrei até agora...
Coisas misteriosas aconteciam naquele lugar, o pintor não foi encontrado, assim como não foram encontradas as chaves do carro da Ana Paula que aflita ligava de sua casa reclamando a própria ausência naquele dia de arrumações e mudanças. Mas, uma roedora brasileira não desiste nunca, Ana Paula pediu ajuda e chegou ao nosso espaço com “mala e cuia”: casinha para guardar objetos, arquivo colorido, almofadas estampadas, quadro de avisos e lindas telas que mais tarde iram parar na vidraçaria mais próxima para a preparação das molduras.
No final da tarde, esperamos a Ana almoçar, e fomos para nosso primeiro “encontro técnico”, sentadas nas almofadas coloridas, falamos do Projeto...surgiram tantas idéias, ponderamos sobre algumas decisões e, de repente, nos sentimos em casa... Era como se aquele espaço, antes vazio, sem cor, sem nada, a partir daquele momento abrigasse todas as nossas histórias, leituras e sonhos.
Fechamos tudo, guardamos as caixas de livros, viemos embora e deixamos os contos, romances, poemas, travessuras e sonhos nos esperando até o próximo sábado...
Bem, só sei que foi assim. Depois vieram alguns dias de férias de verdade, o retorno para os afazeres do início do ano, mas o desejo de recomeçar era tão forte que em plena quarta feira de cinzas realizamos a última etapa antes de encontrarmos as crianças: uma reunião com a ASFESCEI (associação dos feirantes, responsável pelo local). Ali, apresentamos o espaço reformado e as ideias dos projetos. Também ouvimos muito o que todos tinham a dizer. Ficou claro que ligar o motor da fantasia a serviço de uma comunidade melhor é a vontade de todos. Hatuna Matata!
P.S. Na foto acima, da esquerda para a direita, em pé: Sales, Lindalva, Francisco, Ana Maria, Milton, Tuna e Edna. Sentados: José Carlos, Eu (Ana Paula), Lís Maria, Clara Etiene e Tino Freitas. Eis a nossa seleçào para 2010.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Confraria Reinações - mais um encontro.
Somos um grupo de pessoas que curte a literatura feita pra crianças e adolescentes e há quase três anos resolvemos nos reunir mensalmente para conversar sobre LIJ. Já realizamos 33 encontros. Em 2009, foi criada uma extenção da Reinações na cidade de Caxias-RS. Já realizamos também dois saraus cujo público-alvo foram crianças e adolescentes, algumas mesas-redondas e um seminário sobre clássicos durante a Feira do Livro de 2010. As atividades são sempre gratuitas e abertas a que quiser aparecer.
Descobrindo a nova toca dos Roedores de Livros
Chegamos devagar, com os olhos curiosos e cheios de esperança. Com o desejo latente de desfrutar de um teto certo para nossas atividades semanais. Um abrigo para os nossos livros que em 2009 se espremeram em caixas de papelão enquanto nossas estantes esperavam vazias o momento de novamente se enfeitarem de livros e encher de fantasia os olhos das crianças.
O lugar estava lá. Esperando por nós. Pedindo um carinho. Uma cor. Uns quadros. Gente entrando e saindo. No coração dos Roedores, além do desejo de uma toca nova, o suspiro ansioso e cheio das dúvidas que chegam a cada recomeço. A cada mudança.
Fazer a mediação sob o céu azul de Ceilândia, sobre um tapete vermelho, ao abrigo da sombra de um pinheiro tem um rico valor simbólico e é bem poético. Mas, na prática, a buzina, a fumaça e o som dos motores dos carros, o sol, a fina poeira vermelha, o frio e a chuva jogavam contra nós. A favor, as crianças, os livros e a vontade de todos de transformar o Homem.
Saímos daquela primeira visita com uma lista inicial de ítens para uma reforma. Lista que ainda cresceria bastante até a "toca" ficar com a cara dos Roedores de Livros. E que só se tornou real a partir da resposta de queridos amigos ao nosso chamado. Uma campanha que correu à boca miúda e que serviu ao seu propósito: nos ajudar a oferecer um espaço digno de receber a fantasia, livros, leitores e "Roedores". Desde já agradecemos a todos que colaboraram. No próximo post vocês verão que estamos de "Casa Nova". Hatuna Matata.
Inscrições para participar do VIVA E DEIXE VIVER no DF.
Um dos braços da ASSOCIAÇÃO VIVA E DEIXE VIVER atua em Brasília desde 2007 fazendo um importante trabalho de humanização através da Contação de Histórias com atividades no HRAS (Hospital Regional da Asa Sul). Agora abre inscrições para quem deseja participar das suas ações no Hospital Regional de Samambaia. Para mais informações é só CLICAR AQUI. Há ainda processos de seleção acontecendo em cidades como São Paulo. Saiba mais no site da associação. Hatuna Matata.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Literatino - o blog do Tino Freitas.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
LEITURA: Prazer e Gosto - Uma entrevista com Maurício Leite.
A seguir, publico apenas um aperitivo da entrevista, que está no site do INSTITUTO C&A.
Instituto C&A – Como você define seu trabalho?
ML – O que tento fazer de uma forma menos poética e mais científica é despertar nas pessoas o gosto pela leitura. Sem blá-blá-blá, teatrinho, bonequinho, dancinha... O objeto principal do meu trabalho é o livro.
Instituto C&A – E é possível formar um leitor? Há caminhos a serem seguidos?
ML – Acho que sim. Para isso, tem que ter livros e um plano de trabalho, um programa para o livro. Tem que saber até onde você vai levar esse leitor. Eu trabalho com a criança como se fosse o último dia da minha vida, porque não sei quanto tempo vou ter ali para alimentar aquela fome de livro e de leitura nela. Faço o trabalho como se fosse a última vez. Mais do que ficar falando da importância de ler, é fundamental sentir na pele o prazer e o gosto da leitura. Não vejo outras palavras quando se vai trabalhar com leitura: prazer e gosto. É sempre importante lembrar que a literatura não é uma coisa técnica. É arte e é prazer. E você não pode dar um prazer mecânico. Você não pode dar uma coisa que não tem. Se não aconteceu com você, não pode acontecer com outro. Não é verdadeiro.
NESTE LINK você acessa a entrevista completa.