Queridos amigos... enfim, chegamos do 1º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás... a foto acima é o "Kit Roedores" que levamos para as apresentações e para as oficinas que fomos convidados (as malas não couberam na foto... hehehe)... Temos muito a dividir com vocês ao longo desta semana. Encontros e conversas com Ricardo Azevedo, Nelson Cruz e Marilda Castanha. Encontros com amigos virtuais. O monólogo de Lygia Bojunga. As oficinas e apresentações. Enfim, um Salão que teve seus sucessos e seus percalços - como tantos outros. Esperamos que possa crescer em sua segunda edição. Nós provamos das suas delícias e, aos poucos, compartilharemos com vocês. Abraços de letrinhas.
terça-feira, 8 de abril de 2008
1º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás - Parte I
Queridos amigos... enfim, chegamos do 1º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás... a foto acima é o "Kit Roedores" que levamos para as apresentações e para as oficinas que fomos convidados (as malas não couberam na foto... hehehe)... Temos muito a dividir com vocês ao longo desta semana. Encontros e conversas com Ricardo Azevedo, Nelson Cruz e Marilda Castanha. Encontros com amigos virtuais. O monólogo de Lygia Bojunga. As oficinas e apresentações. Enfim, um Salão que teve seus sucessos e seus percalços - como tantos outros. Esperamos que possa crescer em sua segunda edição. Nós provamos das suas delícias e, aos poucos, compartilharemos com vocês. Abraços de letrinhas.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Saudades, guri. Saudades.
"Foi uma jornada e tanto. Daquele 23 de fevereiro de 2002, com uma apresentação sensacional da Elisa Lucinda, até hoje, 31 de março de
Com estas palavras, nosso querido Lourenço Flores inicia sua carta informando o enceramento das atividade da nossa livraria de estimação Esquina da Palavra. Todos sentimos muito. Ao mesmo tempo, conhecemos as dificuldades e torcemos para que o amigo siga seu caminho sem tantos obstáculos. Para não me demorar nas palavras, copiamos texto da jornalista Conceição Freitas publicado ontem no jornal Correio Braziliense. Assinamos embaixo. O resto é silêncio.
"Acabou um paraíso
Se o paraíso é uma espécie de livraria, como dizia Jorge Luis Borges, uma espécie de paraíso acabou de acabar, a livraria Esquina da Palavra, na 405 Norte. O mesmo Borges inventou uma biblioteca de Babel, muito gigante, onde caberiam todos os livros que foram escritos e os que ainda vão ser, todas as histórias de todas as pessoas, tudo o que cada uma viveu e o que cada uma poderia viver.
A biblioteca do Borges ocupa salas hexagonais, como uma colméia, cada uma delas com o mesmo número de prateleiras, que se repetem ao infinito. Livros sobre todos os temas que pertencem ao mundo, os que não pertencem, os que já pertenceram e os que ainda vão pertencer. Muitos totalmente aloprados, mistura de todas as combinações de letras, de tal modo que é impossível lê-los.
Claro que a biblioteca de Borges é uma metáfora. Do universo, dizem. Da complexidade e infinitude do cosmos e de todas as possibilidades imagináveis e inimagináveis de tudo que o contém. Hoje já tem gente aproveitando o conto para uma metáfora da internet , a rede de compartimentos infindáveis.
A biblioteca de Babel é aterrorizante. Ela existe para nos avisar de que o todo é inalcançável e maluco de quem imaginar que pode dominar o conhecimento completo de tudo o que existe no cosmos.
A Esquina da Palavra era uma livraria sem a ambição inexeqüível da completude. Fez escolha: literatura, com exceção para livros importantes de áreas do conhecimento. A Esquina da Palavra era teimosa: quis manter acesa a idéia de uma livraria que não despeja sobre a cabeça do leitor uma quilométrica oferta de títulos de interesses tão múltiplos quantos são os humanos sobre a Terra. Uma livraria que acolhe o leitor um a um, com o comedimento e a intimidade que ficam muito bem numa livraria.
As grandes redes de livraria são de uma comodidade difícil de escapar. Têm o título que eu procuro e se não têm, encontram, caso não esteja esgotado. Dão descontos que só as grandes redes podem oferecer. Mas são tão sufocantes quanto o Google com seus 4.330.000 resultados para a palavra livraria. A multidão de capas e títulos nas prateleiras e balcões me transformam numa formiguinha que perdeu o caminho de casa.
A Esquina da Palavra, paraíso que acabou nesta segunda-feira, era reconfortante como uma casa, estimulante como um mestre, e deixava cada um de nós do tamanho de nós mesmos — e com a ponte sempre aberta para o reencontro silencioso com a nossa própria humanidade, que é o que um bom livros nos dá, e até um ruim, tão bom é ler um livro.
Nos seis anos, um mês e oito dias de vida, a Esquina da Palavra fez encontros inesquecíveis de gente como Adriana Falcão, Adriana Lisboa, Marçal Aquino e shows igualmente marcantes, até mesmo o improvável encontro do senador Eduardo Suplicy com o também senador Marco Maciel, acompanhados pelo Supla e pelo João, os filhos. Mas acabou."
Por fim, se você estiver em Brasília no próximo final de semana, aceite o convite do Lourenço e apareça para a despedida: "Nos próximos sábado e domingo, dias 5 e
P.S. Lourenço e sua Livraria foram citados algumas vezes aqui no blog. Uma dessas postagens você lê AQUI.
terça-feira, 25 de março de 2008
Slão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás
Queridos amigos Roedores, começa na próxima quarta, 02 de abril, o 1º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás com show do Palavra Cantada, as 10h da manhã, no Teatro Rio Vermelho (Centro de Convenções de Goiânia). A programação segue até domingo e traz convidados ilustres como Lygia Bojunga, Ricardo Azevedo, Ângela Lago, Marilda Castanha, Nelson Cruz, Marcelo Xavier, Marisa Lajolo entre tantos outros bambas falando sobre literatura infantil, ministrando oficinas de ilustração, fazendo shows (a Bia Bedran estará por lá na sexta feira). Os Roedores de Livros também foram convidados. Juliana e Tino apresentam o show Direto da estante pro alto-falante, zás-trás num instante tem gosto de bombom com músicas e histórias no ESPAÇO FADA, no sábado, 05/04 (14h) e domingo, 06/04 (15h). Eu ministrarei duas oficinas. A primeira, sobre Brinquedos Populares, será na Sala Pedras de Paraúna, sábado, 05/04 (14h). A segunda, Literatura Infantil - A fantasia a serviço da educação, será na Sala Serra Dourada, no domingo, 06/04 (9h30). As inscrições para as palestras, shows e oficinas podem ser feitas diretamente no SITE OFICIAL DO SALÃO. A gente se encontra por lá.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Um presente para os olhos
O cinema é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento. Há outras técnicas para que a imagem ganhe vida e que também conquistam a criança. Lembro de ter comprado um LP do Balão Mágico que vinha com um cineminha de papel que a gente colocava no toca discos e ficava vendo as imagens terça-feira, 18 de março de 2008
Roedores de Livros de casa nova!!!
No último dia 05 de março falamos do "namoro" com uma instituição na Ceilândia que provavelmente abrigaria o projeto Roedores de Livros a partir de abril. Agora é oficial: o Centro Comunitário da Criança, instituição com mais de 20 anos prestando assistência social a crianças e jovens da Ceilândia reuniu seu conselho e decidiu oferecer um espaço para que os Roedores de Livros possam receber as crianças do projeto. Devemos retomar as atividades a partir de 12 de abril próximo. O local fica a menos de 200 metros da nossa sede de 2007. Portanto, seguiremos com as crianças do ano passado em idade de participar do projeto e abriremos inscrições para novas crianças. Mas isto é assunto para outra hora. Desde já, nosso muito obrigado à Helen e Rita que abraçaram a idéia e a levaram ao conselho. Na "toca" dos roedores (como diria a Edna) estamos todos "mordendo as orelhas" de tanta felicidade. Em 2006 os Roedores de Livros convidaram o Centro Comunitário da Criança para uma visita ao projeto, quando acontecíamos ainda na Biblioteca Comunitária T-Bone (vejam a cobertura). Hoje o convite parte deles. Fica a lição que o "profeta Gentileza" deixou nas ruas do Rio de Janeiro: Gentileza gera gentileza. Ah, os Beatles cantaram também na música The End no final do LP Abbey Road: "And in the end / the love you take / is equal to / the love you make". Sem dúvida alguma, all we need is love!!!A foto acima foi tirada em fevereiro último nas instalações do Centro Comunitário da Criança.
sábado, 15 de março de 2008
Os livros também cantam!!!
Queridos amigos... semana passada chegou pelo correio o Historiar nº 06, boletim bimestral da Associação Viva e Deixe Viver, uma OSCIP que conta com o apoio de voluntários que se dedicam a contar histórias para crianças e adolescentes hospitalizados. Nesta edição, foi publicado um texto do Tino sobre alguns livros-CD que gostamos muito. Aproveito para reproduzí-lo a seguir. Deixamos ainda um abraço de letrinhas para a Lígia Pin que nos visita sempre por aqui e que é o nosso elo de ligação com a associação. Enfim, música, literatura, solidariedade e amizade num campo fértil para uma vida melhor. Seguimos plantando."Os livros também cantam!!!
A música brasileira acompanha a literatura infantil desde tempos idos. Nos anos
Depois, Vinícius de Moraes adaptou alguns versos do livro A Arca de Noé (1970) para um disco homônimo lançado no Brasil em
No final dos anos 80 o CD conquista o mundo. Sua capacidade de armazenar até 74 minutos de música (a duração da Nona Sinfonia de Beethoven) e seu formato compacto, instigou novas possibilidades para quem desejava aliar música e literatura. Surgiram então os Livros-CD diversos em forma, inspiração e conteúdo.
Nestes termos, gostaria de falar sobre três títulos
O Cavalinho Azul é um clássico escrito por Maria Clara Machado nos anos 60. Em
O texto de Amigos do Peito (Editora Formato) é de Cláudio Thebas que também assina a produção musical ao lado de Carlos Renoya e André Bedurê. O livro tem uma sonoridade gostosa de ler em voz alta. Um humor inteligente que alcança as crianças. O tema é um dia na vida de um garoto. O despertar, a casa, a escola, os vizinhos, o irmão, bichos de estimação. As ilustrações caprichadas de Eva Furnari. Alguns poemas são plenos de meninice como
Tino Freitas."
quinta-feira, 13 de março de 2008
Lágrimas com pontos e vírgulas
Queridos roedores,Dia desses visitando o blog Ler pra Crescer capitaneado pela jornalista Cristiane Rogério, resolvi morder a isca que ela deixou, falando sobre um artigo publicado na revista em que trabalha. Fui à banca, comprei a revista e me identifiquei com o texto. A seguir, reproduzo com a autorização da Revista Crescer o artigo escrito pela atriz Denise Fraga e publicado na página 98 da citada revista, edição de fevereiro de 2008. Devo confessar que as questões levantadas no artigo não são de exclusividade da autora. Vivemos isto aqui em casa e quem sabe, também na casa de vocês. Me senti acolhida pelo texto de Denise Fraga. Espero que vocês também. O livro a que ela se refere é Peter Pan e Wendy e o livro que aparece na foto é a edição com texto integral publicada em 1999 pela Companhia das Letras com tradução de Hildegard Feist. Recentemente saiu uma edição pela editora Salamandra com tradução do texto integral feita por Ana Maria Machado. Acho que em qualquer uma das opções o leitor estará bem servido. Boa leitura. Hatuna Matata.
P.S. Os negritos e itálicos são por minha conta!!!
Lágrimas com pontos e vírgulas.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Histórias pra gente grande.
A arena improvisada no Átrio dos Vitrais da Caixa Econômica Federal em está lotada. Acredito que umas 70 pessoas estão ali. São 19h do domingo, 09 de março. Depois dos avisos de praxe (desliguem seus telefones, etc) uma música instrumental, delicada, embala as expectativas de todos. Warley Goulart entra em cena e começa a tecer no tabuleiro. Os olhares diversos do público percorrem cada movimento dos fios. Tecem juntos com o balé das mãos de Warley. Pausa na música. Um silêncio delicioso se apodera da sala. É a terceira vez que assisto a este espetáculo e ainda me emociono. O contador de histórias convida-nos a uma pausa. Pausa para fiar. A música Debaixo D’ Água, de Arnaldo Antunes, chega na voz suave e encantada de Maria Bethânia. O olhar do público continua seu ir e vir no tabuleiro. Ainda sem palavras a história ganha
De repente outra música instrumental surge entre as palmas. Pouco a pouco domina a cena. É a deixa para que Helena Contente comece a contar A Princesa de Bambuluá, história que Ricardo Azevedo adaptou e publicou no livro Contos de Espanto e Alumbramento (Scipione). O silêncio da arena ganha o som de passos que se aproximam. São os guardas do Átrio que chegam para assistir a performance. Helena está coberta por uma roupa negra da cabeça aos pés e os funcionários parecem saber o que virá a seguir. Buscam um lugar para manter a guarda. A Princesa de Bambuluá está viva nos olhos da contadora. Todos estamos focados na aventura de João em busca do seu amor. Desajuizados assim como o pobre rapaz, aceitaríamos os suplício e provações de João só para conhecer o fim da história. Mas não temos pressa. Helena é Iara, embora a personagem não faça parte desta história. Mas a sua voz traz um encanto que não conquista apenas os guardas. O público está entregue ao talento e à beleza da moça diante da história. Sensualidade. Mais bocas abertas. Olhos colados no corpo, ferramenta que movimenta a engrenagem do conto. Enquanto a narrativa segue, Helena joga com as caixas do cenário. Troca de roupa, brinca com peças de vestuário e aguça a curiosidade da platéia. Ricardo Azevedo ficaria surpreso ao ver que seu texto encontrou uma porta-voz. Como uma torcida organizada, rimos na hora certa. Um riso rápido na medida certa para seguirmos ouvindo. João segue vencendo suas provações e chega a Bambuluá. É hora do show. Mais uma vez a música toma conta e convida Helena para dançar. Uma dança que contagia, provoca risos, provoca os guardas. Mas, assim que acaba a música, a história pede silêncio. Ainda me arrepio. Volta a música e provoca mais risos. Cadu e Warley também riem da cena. Eles trabalham se divertindo. Não é ótimo?! Enfim, a história termina. Os guardas procuram outra coisa para fazer. Nós continuamos lá. Mais aplausos e alguns Iuhús naquele começo de noite, fim de domingo, fim de temporada. O público está mais à vontade. Eu escrevo.
Uma música andina cresce no ar e o grupo apresenta o último cenário da noite. Carlos Eduardo Cinelli, o Cadu, senta-se ao lado de um painel negro e começa a contar A Terra é Redonda do livro O Homem que não Queria Saber Mais Nada e Outras Histórias (ática) de Peter Bichsel. O texto é precioso, diferente, inteligente, criativo. As soluções que Cadu encontrou para contá-lo também são. Compartilhamos os absurdos ao lado de Monalisa, Almodóvar, Björk, Egberto Gismontti, Walter Salles, Beatles, Michelangelo, Papa Léguas e Coyote. Do painel saem soluções absurdas para o personagem pôr em prática seu grande desejo: dar uma volta perfeita no planeta. Na verdade, as soluções absurdas nascem de problemas mais absurdos ainda... mas que no fundo, no fundo, têm uma lógica!!! Caramba como este texto é bom. Cadu também. Ele segue pescando soluções no painel até que chega a primeira carreta. O público se mostra cúmplice num riso coletivo. Riso que vai se descontrolando na boca enquanto o texto se desenrola. Começa um jogo de advinhas. O público acha que já sabe o que há por vir, mas há sempre uma surpresa. Os risos seguem. Cadu tem o público na mão. Há um momento em que ele dispara o verbo. Fala, fala, fala e a gente fica sem fôlego. Tem o domínio do texto, parece que foi ele quem escreveu. Com um talento para proteger mochilas, o contador segue sua sina. Hã... será que a história me dominou e passei a escrever absurdos? A história chega ao seu final. Na verdade, o texto foi dito, mas nosso contador ainda surpreende numa performance de rodopios impressionante. Sou eu quem fica tonto. Tonto com tanta criatividade e encantamento. Estou feliz, entregue aos braços imaginários das palavras de Marina, Ricardo, Peter, Warley, Helena e Cadu. Ouço os aplausos. Público
Este texto é o relato da última apresentação de O mundo de fora pertence ao mundo de dentro, espetáculo integrante da temporada 2008 dos Tapetes Contadores de Histórias em Brasília (DF). Na foto acima, Warley, Cadu e Helena.
terça-feira, 11 de março de 2008
Ex-Libris dos Roedores de Livros
Chegou ontem!!! Primeiro, o do nosso acervo particular. Queríamos ver se ficava bom. Gostamos. Agora, pedimos para fazer o do acervo do Projeto. Chegará em breve!!! Para inaugurar, escolhemos o clássico Where the wild thing are, do genial Maurice Sendak.Para os que não estão familiarizados com a expressão latina, "ex-libris" ou "ex-bibliotheca" significa "dos livros de..." ou "da biblioteca de...", ou ainda "livros dentre aqueles" pertencentes a determinada pessoa ou instituição. A denominação ex-libris não é apenas dada a etiquetas fixadas em livros, também são chamados de ex-libris toda a marca de posse feita em uma obra, quer seja o nome do possuidor por escrito, um sinal convencional, um símbolo, um brasão de armas, um monogramas ou uma sequência de iniciais, carimbos diversos e por fim, esta etiqueta isolada, que o possuidor da obra cola, em geral, à capa interna do livro encadernado ou numa das suas folhas de guarda. (para saber mais, clique AQUI).
