Desde que os Roedores retomaram as atividades "oficiais" com as crianças na Ceilândia não tive tempo de postar nenhuma dica de livro, apesar de estar imersa neste universo todos os dias. Mas as coisas andam a todo vapor por aqui. Os Roedores estão a mil com viagens, apresentações e oficinas. Isso é bom, mas me preocupa a falta de tempo para outras coisas.
No meio desta confusão positiva, parei para uma leitura singular: o livro HISTÓRIAS DE SABEDORIA & ENCANTAMENTO (Hugh Lupton, com ilustrações de Niam Sharkey, publicado pela Nova Fronteira). São sete histórias de diversas partes do mundo (França, Haiti, Rússia, Irlanda, ...) recontadas com talento, trazendo a todos, adultos e crianças, um universo delicado repleto de ilustrações magníficas e personagens maravilhosos como um macaquinho atrapalhado, uma curandeira de nome estranho e um sábio cego. O texto ensina valores de forma sutil.
Para mim, uma surpresa: a história francesa "A Ratinha Branca" remete a canção RATO (de Paulo Tatit e Edith Derdyk), que o Tino ADORA, e que eu e Vilma encenamos com fantoches há vários anos. Foi uma delícia conhecer a história que, certamente, deu origem a canção.
O livro tornou nossa noite mais leve e certamente - assim como na história do pastor irlandês - esta noite, libertarei minha borboleta para que siga em busca de novos mares, ilhas e castelos. A única coisa chata do livro: - o preço!!! Mas, quem sabe, podemos sonhar com um pote de ouro no quintal de casa (talvez o Paulo Coelho tenha se inspirado na história do mascate inglês para escrever seu "Alquimista"). Enfim... Hatuna Matata!!!
terça-feira, 24 de abril de 2007
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Livros Livres no Distrito Federal
Nesta terça, 23 de abril, Dia Mundia do Livro, a Câmara do Livro do Distrito Federal aderiu ao movimento LIVRO LIVRE e nós libertamos A ILHA DO TESOURO (livro acima) daqui de casa. A iniciativa é ótima! Participe você também.
Caso você se sinta impelido a libertar algum exemplar da sua coleção, ou deseja saber mais sobre o LIVRO LIVRE, leia a matéria abaixo publicada no site da Câmara Brasileira do Livro.
"Você já ouviu falar em Livro Livre? Não? Pois você está perdendo uma boa oportunidade de participar de um grupo de pessoas privilegiadas que, em qualquer dia, hora ou lugar, podem ter acesso aos mais variados títulos literários. Este é o Livro Livre, uma brincadeira interessante que começou nos Estados Unidos e já está tomando conta da América Latina.
O Cruzamento de Livros, ou Bookcrossing como é mais conhecido, nasceu em 2001 a partir de um banco de dados armazenado no site norte-americano http://www.bookcrossing.com/. A idéia inicial é bem simples. Na brincadeira, leitores de diferentes localidades libertam seus livros em qualquer lugar para que outros leitores, cadastrados no Bookcrossing, possam achar estes exemplares, ler e, em seguida, libertá-los em outro local para que outro “leitor o encontre”.
Para não perder a obra de vista, o bookcrossing.com usa uma ferramenta de rastreamento que pode localizar o livro em qualquer parte do mundo. Assim, o proprietário pode acompanhar seu livro até que ele volte à suas mãos novamente. A brincadeira vai além, com o Bookcrossing, as pessoas que lêem o seu livro podem postar comentários no site.
Este mês, dia 23/4, Dia Internacional do Livro, a Câmara do Livro do Distrito Federal (CLDF) com patrocínio do Pátio Brasil Shopping o “Shopping da Cultura” pretende lançar o Livro Livre em Brasília. A entidade espera a participação de instituições públicas e privadas no sentido de incentivar seus funcionários a participar do projeto.
Buscando despertar o interesse do leitor brasiliense pelo Livro Livre, a Câmara do Livro do Distrito Federal, lançará uma forte campanha que envolverá, entre outras iniciativas, a entrega de panfletos e cartazes em pontos estratégicos da cidade, confecção de camisetas, marcadores de livros etc...
O controle e rastreamento destes livros em Brasília serão realizados pela própria Câmara do Livro do DF, que fará o registro no site da entidade http://www.camaradolivrodf.org.br/. Desta forma, nossos leitores poderão acompanhar seus livros e os comentários das centenas de pessoas que acharam e leram seus exemplares.
Até o último dia 14, cerca de 539 mil obras estavam registrados no bookcrossing.com, disponíveis para os mais de 157 mil participantes do Livro Livre. Até o momento, somente 214 leitores brasileiros espalhados pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e Rio Grande do Sul estão cadastrados.
A síntese do Livro Livre:
1- Você lê um livro e gosta muito, pois proporcionou-lhe uma experiência agradável, educativa e deliciosa.
2 - Você acha importante que outras pessoas tenham a oportunidade factual, real, prática, efetiva, de desfrutar dessa mesma experiência.
3 - Você pega aquele livro que você já leu, ou compra outro exemplar, e na primeira folha cole a etiqueta com o número de registro que você efetuou pela Internet.
4 - Você imprime, recorta no tamanho e cola no livro, na primeira página.
5– Você liberta este livro em um lugar público, num café, numa biblioteca, num shopping, no metrô , na rodoviária num banco da praça, com todo o cuidado para não pegar chuva ou sol. 6 – A pessoa que achou deve ler no máximo em uma semana, entrar no site e fazer um comentário, e libertá-lo nomavamente.
Então é isso. A semente do saber e da cultura literária está plantada. Sendo assim, podemos afirmar que os leitores de Brasília já fazem parte do Livro Livre. Saia de casa agora! Pode ser que seu livro predileto esteja bem ali, no banco da praça. "
Caso você se sinta impelido a libertar algum exemplar da sua coleção, ou deseja saber mais sobre o LIVRO LIVRE, leia a matéria abaixo publicada no site da Câmara Brasileira do Livro.
"Você já ouviu falar em Livro Livre? Não? Pois você está perdendo uma boa oportunidade de participar de um grupo de pessoas privilegiadas que, em qualquer dia, hora ou lugar, podem ter acesso aos mais variados títulos literários. Este é o Livro Livre, uma brincadeira interessante que começou nos Estados Unidos e já está tomando conta da América Latina.
O Cruzamento de Livros, ou Bookcrossing como é mais conhecido, nasceu em 2001 a partir de um banco de dados armazenado no site norte-americano http://www.bookcrossing.com/. A idéia inicial é bem simples. Na brincadeira, leitores de diferentes localidades libertam seus livros em qualquer lugar para que outros leitores, cadastrados no Bookcrossing, possam achar estes exemplares, ler e, em seguida, libertá-los em outro local para que outro “leitor o encontre”.
Para não perder a obra de vista, o bookcrossing.com usa uma ferramenta de rastreamento que pode localizar o livro em qualquer parte do mundo. Assim, o proprietário pode acompanhar seu livro até que ele volte à suas mãos novamente. A brincadeira vai além, com o Bookcrossing, as pessoas que lêem o seu livro podem postar comentários no site.
Este mês, dia 23/4, Dia Internacional do Livro, a Câmara do Livro do Distrito Federal (CLDF) com patrocínio do Pátio Brasil Shopping o “Shopping da Cultura” pretende lançar o Livro Livre em Brasília. A entidade espera a participação de instituições públicas e privadas no sentido de incentivar seus funcionários a participar do projeto.
Buscando despertar o interesse do leitor brasiliense pelo Livro Livre, a Câmara do Livro do Distrito Federal, lançará uma forte campanha que envolverá, entre outras iniciativas, a entrega de panfletos e cartazes em pontos estratégicos da cidade, confecção de camisetas, marcadores de livros etc...
O controle e rastreamento destes livros em Brasília serão realizados pela própria Câmara do Livro do DF, que fará o registro no site da entidade http://www.camaradolivrodf.org.br/. Desta forma, nossos leitores poderão acompanhar seus livros e os comentários das centenas de pessoas que acharam e leram seus exemplares.
Até o último dia 14, cerca de 539 mil obras estavam registrados no bookcrossing.com, disponíveis para os mais de 157 mil participantes do Livro Livre. Até o momento, somente 214 leitores brasileiros espalhados pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e Rio Grande do Sul estão cadastrados.
A síntese do Livro Livre:
1- Você lê um livro e gosta muito, pois proporcionou-lhe uma experiência agradável, educativa e deliciosa.
2 - Você acha importante que outras pessoas tenham a oportunidade factual, real, prática, efetiva, de desfrutar dessa mesma experiência.
3 - Você pega aquele livro que você já leu, ou compra outro exemplar, e na primeira folha cole a etiqueta com o número de registro que você efetuou pela Internet.
4 - Você imprime, recorta no tamanho e cola no livro, na primeira página.
5– Você liberta este livro em um lugar público, num café, numa biblioteca, num shopping, no metrô , na rodoviária num banco da praça, com todo o cuidado para não pegar chuva ou sol. 6 – A pessoa que achou deve ler no máximo em uma semana, entrar no site e fazer um comentário, e libertá-lo nomavamente.
Então é isso. A semente do saber e da cultura literária está plantada. Sendo assim, podemos afirmar que os leitores de Brasília já fazem parte do Livro Livre. Saia de casa agora! Pode ser que seu livro predileto esteja bem ali, no banco da praça. "
sexta-feira, 20 de abril de 2007
A fada pediu: - Doe um livro infantil
FNAC E ROEDORES DE LIVROS LANÇAM CAMPANHA DE DOAÇÃO DE LIVROS INFANTIS E INFANTO-JUVENIS
Sábado, 21 de Abril, a partir das 14h00, na Fnac.
Em abril a FNAC promove a campanha A FADA PEDIU: - DOE UM LIVRO INFANTIL arrecadando livros infantis e/ou infanto-juvenis para a formação de uma biblioteca comunitária na sede da ONG PRÓ-GENTE, na Ceilândia, onde acontece o projeto ROEDORES DE LIVROS, voltado para o incentivo à leitura junto a crianças carentes. Quem se interessar em ajudar pode trazer seu livro de casa ou adquirir exemplares na própria loja. A doação será feita na entrada da Fnac. O lançamento da campanha acontecerá no sábado, 21 de abril, entre 14h00 e 16h00 no Fórum de Eventos (ao lado do Café), com a apresentação do mix cultural dos Roedores de Livros integrando contação de histórias, música ao vivo e oficina de barangandão (brinquedo popular feito com jornal, papel crepom, barbante e fita crepe).
ROEDORES DE LIVROS
O projeto ROEDORES DE LIVROS visa despertar o gosto pela leitura junto ao público infantil – principalmente entre crianças de baixa renda, que não tem tando acesso a bens culturais. Em 2006 atendemos a mais de 900 crianças. Em 2007 o projeto acontece nas manhãs de sábado, na sede da OnG Ação Cristã Pró-Gente, na cidade de Ceilândia-DF, atendendo semanalmente a um grupo de 40 crianças. Os Roedores de Livros trabalham com a interdisciplinaridade, integrando atividades como contação de histórias, artes plásticas e música ao vivo com o objetivo final de despertar o gosto pela leitura. A campanha que ora acontece na Fnac visa criar um acervo de livros infantis e infanto-juvenis na sede da OnG, oferecendo às crianças daquela comunidade o acesso gratuito ao livro, à fantasia. Requisitos fundamentais para uma infância rica. Para formar um cidadão melhor.
Sábado, 21 de Abril, a partir das 14h00, na Fnac.
Em abril a FNAC promove a campanha A FADA PEDIU: - DOE UM LIVRO INFANTIL arrecadando livros infantis e/ou infanto-juvenis para a formação de uma biblioteca comunitária na sede da ONG PRÓ-GENTE, na Ceilândia, onde acontece o projeto ROEDORES DE LIVROS, voltado para o incentivo à leitura junto a crianças carentes. Quem se interessar em ajudar pode trazer seu livro de casa ou adquirir exemplares na própria loja. A doação será feita na entrada da Fnac. O lançamento da campanha acontecerá no sábado, 21 de abril, entre 14h00 e 16h00 no Fórum de Eventos (ao lado do Café), com a apresentação do mix cultural dos Roedores de Livros integrando contação de histórias, música ao vivo e oficina de barangandão (brinquedo popular feito com jornal, papel crepom, barbante e fita crepe).
ROEDORES DE LIVROS
O projeto ROEDORES DE LIVROS visa despertar o gosto pela leitura junto ao público infantil – principalmente entre crianças de baixa renda, que não tem tando acesso a bens culturais. Em 2006 atendemos a mais de 900 crianças. Em 2007 o projeto acontece nas manhãs de sábado, na sede da OnG Ação Cristã Pró-Gente, na cidade de Ceilândia-DF, atendendo semanalmente a um grupo de 40 crianças. Os Roedores de Livros trabalham com a interdisciplinaridade, integrando atividades como contação de histórias, artes plásticas e música ao vivo com o objetivo final de despertar o gosto pela leitura. A campanha que ora acontece na Fnac visa criar um acervo de livros infantis e infanto-juvenis na sede da OnG, oferecendo às crianças daquela comunidade o acesso gratuito ao livro, à fantasia. Requisitos fundamentais para uma infância rica. Para formar um cidadão melhor.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
O caminho: - Dar o exemplo e dar acesso!!!
Em 18 de abril de 1882 nascia José Bento Monteiro Lobato ou simplesmente Monteiro Lobato, em Taubaté (SP) , no Vale do Paraíba. Grande escritor da nossa literatura, criou os personagens e as histórias do Sítio do Pica Pau Amarelo além de traduzir diversos estrangeiros para o português. Desde 2002 o Brasil comemora nesta data (18 de Abril) o Dia Nacional do Livro Infantil. Para lembrar desta data, republicamos acima a olustração do livro amoroso que recebemos do Hemetério e reproduzo abaixo artigo de Eliane Lobato intitulado LIVROS SÓ MUDAM PESSOAS publicada na revista ISTO É edição de 11 de abril último. Eliane é Chefe da sucursal da revista Isto É no Rio de Janeiro. Boa leitura a todos!!!
Sinceramente, existem poucas coisas mais simples do que essa frase do poeta Mário Quintana: “Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Nas páginas de um livro estão todos os caminhos, argumentos e chaves para abrir o pensamento. Então, por que se lê tão pouco no Brasil?
Tirando o analfabetismo, as razões esbarram em questões culturais. Entrevistei, certa vez, a escritora Ana Maria Machado, premiada na área infanto-juvenil, e perguntei como se consegue fazer uma criança gostar de ler. Ela respondeu: “Dando o exemplo.” Os pais levam os filhos ao parque e ao cinema. Levam à livraria? Na maioria das vezes, não. Logo que a saga de Harry Potter, de J. K. Rowling, começou a virar fenômeno mundial, muito se debateu sobre a qualidade do best-seller baseado no bruxinho órfão. O crítico literário e escritor inglês Harold Bloom, por exemplo, disse que não adiantava ficar assanhado com o sucesso de Harry Potter porque esses adolescentes se tornariam, no futuro, no máximo, leitores de Stephen King. Mas como bem lembrou Ana Maria Machado, a amizade com os livros se faz de várias maneiras. Potter poderia levar a Marcel Proust? Sim, se o primeiro proporcionar o prazer da leitura.
Já dizia o poeta Oswald de Andrade: “A massa ainda comerá o biscoito fino que eu fabrico.” Muito timidamente, isso acontece. Ver Espumas flutuantes, de Castro Alves, ser vendido a dois reais – numa dessas máquinas em que se inserem as moedas e o produto é liberado – em uma estação de metrô parece devaneio. Mas acontece: eu vi! Vai demorar muito para chegarmos às tiragens iniciais de um John Grisham, por exemplo, de quase um milhão de exemplares só nos Estados Unidos. Mas o caminho é esse: dar o exemplo e dar acesso.
Sinceramente, existem poucas coisas mais simples do que essa frase do poeta Mário Quintana: “Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Nas páginas de um livro estão todos os caminhos, argumentos e chaves para abrir o pensamento. Então, por que se lê tão pouco no Brasil?
Tirando o analfabetismo, as razões esbarram em questões culturais. Entrevistei, certa vez, a escritora Ana Maria Machado, premiada na área infanto-juvenil, e perguntei como se consegue fazer uma criança gostar de ler. Ela respondeu: “Dando o exemplo.” Os pais levam os filhos ao parque e ao cinema. Levam à livraria? Na maioria das vezes, não. Logo que a saga de Harry Potter, de J. K. Rowling, começou a virar fenômeno mundial, muito se debateu sobre a qualidade do best-seller baseado no bruxinho órfão. O crítico literário e escritor inglês Harold Bloom, por exemplo, disse que não adiantava ficar assanhado com o sucesso de Harry Potter porque esses adolescentes se tornariam, no futuro, no máximo, leitores de Stephen King. Mas como bem lembrou Ana Maria Machado, a amizade com os livros se faz de várias maneiras. Potter poderia levar a Marcel Proust? Sim, se o primeiro proporcionar o prazer da leitura.
Já dizia o poeta Oswald de Andrade: “A massa ainda comerá o biscoito fino que eu fabrico.” Muito timidamente, isso acontece. Ver Espumas flutuantes, de Castro Alves, ser vendido a dois reais – numa dessas máquinas em que se inserem as moedas e o produto é liberado – em uma estação de metrô parece devaneio. Mas acontece: eu vi! Vai demorar muito para chegarmos às tiragens iniciais de um John Grisham, por exemplo, de quase um milhão de exemplares só nos Estados Unidos. Mas o caminho é esse: dar o exemplo e dar acesso.
terça-feira, 17 de abril de 2007
Roedores em ação - 14 de abril - parte I
Gente, não sai da minha cabeça a florada da barriguda aí de cima. Ela estava assim, linda, na manhã do sábado 14 de abril na sede da Pró Gente, na Ceilândia. Todos recebemos este sinal como as boas vindas para nosso projeto que efetivamente começou naquela manhã.
Nossa Sala da Fantasia está linda, aconchegante e com a Juliana à frente das histórias, parece que as crianças ficam imersas noutro mundo... na foto acima, pés descalços, bocas abertas e olhos arregalados...
Os CDs acima só produzem o som de risos... a garotada se lambuzou com as cores e fez destes piões a alegria do sábado...
Nossa queria Luciana - roedora novinha em folha - ensinou a turma como transformar papel em borboleta...
... e deu asas a imaginação da nossa turma.
Nossa Sala da Fantasia está linda, aconchegante e com a Juliana à frente das histórias, parece que as crianças ficam imersas noutro mundo... na foto acima, pés descalços, bocas abertas e olhos arregalados...
Os CDs acima só produzem o som de risos... a garotada se lambuzou com as cores e fez destes piões a alegria do sábado...
Nossa queria Luciana - roedora novinha em folha - ensinou a turma como transformar papel em borboleta...
... e deu asas a imaginação da nossa turma.
Roedores em ação - 14 de abril - parte II
Bem, como vocês podem notar, nossa estante já tem alguns livros, mas continuamos esperando a sua doação. No próximo sábado lançaremos nova campanha da Fnac... mas isso é assunto para outra postagem.
Juliana continua encantando com seu dom de encantar contando...
... a alegria dominou a oficina de artes...
... e continuou com a música ao vivo... Uma delícia de sábado. Bom de roer... isso é apenas o começo!!!
Juliana continua encantando com seu dom de encantar contando...
... a alegria dominou a oficina de artes...
... e continuou com a música ao vivo... Uma delícia de sábado. Bom de roer... isso é apenas o começo!!!
terça-feira, 10 de abril de 2007
A vida deveria ser DOCE como um poema de CORA CORALINA
Há exatos 22 anos, a poetiza goiana Cora Coralina foi conhecer as estrelas. Certamente, levou aos habitantes do éter, seus doces e sua poesia tão intensa de sentimentos. Há exatos três dias estive na cidade de Goiás Velho, na Casa de Cora Coralina, às margens do Rio Vermelho.
Lá, respirei os ares da sua poesia, passeei por salas e corredores que ouviram aqueles passos calmos, repletos de sabedoria.
É indescritível a sensação. Fica guardada aqui no meu coração. Registrada apenas na foto acima. Melhor homenagem para lembrar esta data é ler um poema da Cora. Hoje, deixo aqui o "Todas as vidas". Não tem o estigma do infantil, tão presente neste blog. Mas tem o carinho de uma "neta" das palavras dela. Sinto-me assim. Ah, meu Goiás, tão quente nestes dias, tão delicioso em seus sotaques e manias... sua filha retorna ainda mais saudosa destas raízes... raízes que Cora Coralina descreveu tão bem em sua tardia obra.
"Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
Pedra de anil sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
Toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceito,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
A mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida
Minha irmãzinha...
Tão desprezada,
Tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida
– a vida mera das obscuras."
Cora Coralina vive dentro de mim... nestes dias, cada vez mais viva!!!
Obrigada, Cora por me receber tão bem em sua "casa".
Lá, respirei os ares da sua poesia, passeei por salas e corredores que ouviram aqueles passos calmos, repletos de sabedoria.
É indescritível a sensação. Fica guardada aqui no meu coração. Registrada apenas na foto acima. Melhor homenagem para lembrar esta data é ler um poema da Cora. Hoje, deixo aqui o "Todas as vidas". Não tem o estigma do infantil, tão presente neste blog. Mas tem o carinho de uma "neta" das palavras dela. Sinto-me assim. Ah, meu Goiás, tão quente nestes dias, tão delicioso em seus sotaques e manias... sua filha retorna ainda mais saudosa destas raízes... raízes que Cora Coralina descreveu tão bem em sua tardia obra.
"Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
Pedra de anil sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
Toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceito,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
A mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida
Minha irmãzinha...
Tão desprezada,
Tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida
– a vida mera das obscuras."
Cora Coralina vive dentro de mim... nestes dias, cada vez mais viva!!!
Obrigada, Cora por me receber tão bem em sua "casa".
Apertando foles ou abrindo janelas?
Nesta PÁSCOA, compramos a edição de Abril da revista VIDA SIMPLES que apresenta em sua capa a sugestiva e ótima reportagem ERA UMA VEZ (que a Edna havia nos mandado por email) que fala sobre a importância da ficção na nossa vida. Além da reportagem, a revista apresenta outros assuntos muito interessantes e um particularmente me tocou: o artigo ESPETACULAR do educador EUGENIO MUSSAK na coluna PENSANDO BEM.
A seguir, reproduzo - com a autorização da revista - trecho do artigo e indico logo após o link para quem desejar ler o texto na íntegra. Quero acreditar que os Roedores de Livros tentam - em quase um ano de atividades - abrir janelas. Boa leitura:
"Imagine a seguinte cena, como se fosse um filme que você está assistindo: “Há uma sala fechada, quase totalmente escura, na qual não se podem identificar com clareza os móveis, objetos e pessoas. Quem tenta caminhar bate nas coisas e perde o equilíbrio. E o pior é que o ar é rarefeito, difícil de respirar, e há um cheiro de mofo irritando as narinas. Existe apenas uma janela alta, mas está quase totalmente fechada, deixando aparecer só uma estreita fresta embaixo da cortina. Paira, na sala, intenso desejo de respirar com intensidade e enxergar com clareza. Mas, como?
Do lado de fora, uma pessoa resolve ajudar os que estão na sala. Procura um fole, dotado de uma mangueira fina o suficiente para passar pela fresta da janela. Com esforço, introduz a mangueira e começa a fazer um cansativo movimento de vaivém, na tentativa de arejar o recinto. Pelo esforço, apesar da boa intenção, cansa-se e irrita-se. Com o tempo, começa a esbravejar contra as pessoas da sala, culpando-as por estarem ali, o que as leva a respirar ainda mais depressa, piorando a situação.
Tal acontecimento é observado por outro homem do lado de fora. Esse homem não participa, só observa, mas reflete sobre o que está acontecendo. Percebe o esforço do primeiro em mandar ar para a sala e o das pessoas em respirar o ar pouco e viciado. Nota que o desespero está tomando conta de todos e que o desânimo está chegando. O homem do fole não tem mais força nem paciência. As pessoas da sala estão começando a achar que é melhor deixar como está, pois dá para continuar vivendo desde que se respire pequenininho.
O observador, então, levanta-se do banco em que se acomodara, dirige-se lentamente ao centro da cena e, com um movimento decidido, mas delicado, afasta as duas lâminas da janela, faz correr as pesadas cortinas, e algo parecido com milagre acontece: o ar a luz entram pelo novo espaço, com a naturalidade desconcertante das coisas óbvias”.
Na metáfora acima há dois homens tentado resolver o problema da sala fechada. O primeiro tenta fazer o ar entrar usando a força. O segundo apenas abre a janela, deixando o ar fluir, como é de sua natureza, e a luz ocupar o espaço. Qual dos dois poderia ser comparado a um educador de verdade? O que força a entrada ou o que abre a janela? "
Texto integral no link: Revista VIDA SIMPLES.
A seguir, reproduzo - com a autorização da revista - trecho do artigo e indico logo após o link para quem desejar ler o texto na íntegra. Quero acreditar que os Roedores de Livros tentam - em quase um ano de atividades - abrir janelas. Boa leitura:
"Imagine a seguinte cena, como se fosse um filme que você está assistindo: “Há uma sala fechada, quase totalmente escura, na qual não se podem identificar com clareza os móveis, objetos e pessoas. Quem tenta caminhar bate nas coisas e perde o equilíbrio. E o pior é que o ar é rarefeito, difícil de respirar, e há um cheiro de mofo irritando as narinas. Existe apenas uma janela alta, mas está quase totalmente fechada, deixando aparecer só uma estreita fresta embaixo da cortina. Paira, na sala, intenso desejo de respirar com intensidade e enxergar com clareza. Mas, como?
Do lado de fora, uma pessoa resolve ajudar os que estão na sala. Procura um fole, dotado de uma mangueira fina o suficiente para passar pela fresta da janela. Com esforço, introduz a mangueira e começa a fazer um cansativo movimento de vaivém, na tentativa de arejar o recinto. Pelo esforço, apesar da boa intenção, cansa-se e irrita-se. Com o tempo, começa a esbravejar contra as pessoas da sala, culpando-as por estarem ali, o que as leva a respirar ainda mais depressa, piorando a situação.
Tal acontecimento é observado por outro homem do lado de fora. Esse homem não participa, só observa, mas reflete sobre o que está acontecendo. Percebe o esforço do primeiro em mandar ar para a sala e o das pessoas em respirar o ar pouco e viciado. Nota que o desespero está tomando conta de todos e que o desânimo está chegando. O homem do fole não tem mais força nem paciência. As pessoas da sala estão começando a achar que é melhor deixar como está, pois dá para continuar vivendo desde que se respire pequenininho.
O observador, então, levanta-se do banco em que se acomodara, dirige-se lentamente ao centro da cena e, com um movimento decidido, mas delicado, afasta as duas lâminas da janela, faz correr as pesadas cortinas, e algo parecido com milagre acontece: o ar a luz entram pelo novo espaço, com a naturalidade desconcertante das coisas óbvias”.
Na metáfora acima há dois homens tentado resolver o problema da sala fechada. O primeiro tenta fazer o ar entrar usando a força. O segundo apenas abre a janela, deixando o ar fluir, como é de sua natureza, e a luz ocupar o espaço. Qual dos dois poderia ser comparado a um educador de verdade? O que força a entrada ou o que abre a janela? "
Texto integral no link: Revista VIDA SIMPLES.
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Fotos do Lançamento do Projeto: Bastidores...
Para que a festa fosse um SUCESSO contamos com a ajuda de vários amigos que doaram seu trabalho. Nestas fotos não aparecem a CRISTINA, HILARIANA, nem a TITA. Estavam envolvidas demais em TODA PARTE e aqui meninas, nosso MUITO OBRIGADO. Outras tantas pessoas que ajudaram, também não estão aqui por um motivo ou outro, mas esperamos que nosso agradecimento se dê continuamente nas manhãs de sábado.
Na foto acima, Amanda (de camiseta rosa) recebe a garotada. Edna (faixa branca no cabelo)comanda os detalhes burocráticos. Na mesa, Lisianny e Margareth (de costas) distribuíam os crachás.
Na cozinha, Néia (à direita) comandava a equipe que preparou um sem número de sanduíches e sucos para aplacar a fome da criançada!!! O lanche, aprovado por adultos e crianças, não era conto de fadas, não: estava simlesmente DELICIOSO!!!
Andréa (acima) atuou em diversas pontas: aqui, como apoio na distribuição dos sucos, mas também ajudou na oficina de artes assim como a Vilma (abaixo), ensinando a todos como fazer o barangandão.
Com a Luciana, nossa equipe da oficina de artes ficou completíssima.
Na foto acima, Amanda (de camiseta rosa) recebe a garotada. Edna (faixa branca no cabelo)comanda os detalhes burocráticos. Na mesa, Lisianny e Margareth (de costas) distribuíam os crachás.
Na cozinha, Néia (à direita) comandava a equipe que preparou um sem número de sanduíches e sucos para aplacar a fome da criançada!!! O lanche, aprovado por adultos e crianças, não era conto de fadas, não: estava simlesmente DELICIOSO!!!
Andréa (acima) atuou em diversas pontas: aqui, como apoio na distribuição dos sucos, mas também ajudou na oficina de artes assim como a Vilma (abaixo), ensinando a todos como fazer o barangandão.
Com a Luciana, nossa equipe da oficina de artes ficou completíssima.
Fotos do Lançamento do Projeto: Roedores no palco...
Naquele sábado, 31 de março, os Roedores se multiplicaram e soltaram a voz. Juliana Maria, já conhecida de todos por aqui, abriu a caixa de Pandora (oooops... o Baú Cláudio Martins) e despejou suas histórias para todos.
Adriana Frony assumiu o controle da festa com seus Brinquedos Cantados e botou todo mundo para ANDAR DE TREM em diversas línguas... divertidíssima!!! Seja bem vinda ao grupo!!!
O Tino Freitas nem preciso falar... sempre que assumia seu posto de violeiro oficial, era um tal de beijos de minhoca pra lá, sapos lavando o pé pra cá e tantas outras canções que estavam na ponta da língua da criançada.
Depois de algumas apresentações sem registro, é com muita satisfação que apresentamos aos blogueiros roedores nossa querida Luz Borges, conhecida internacionalmente (dá-lhe Cuba) como Dona Cotinha. Desfilou poemas da Cecília e deixou nossa festa ainda mais bonita.
Adriana Frony assumiu o controle da festa com seus Brinquedos Cantados e botou todo mundo para ANDAR DE TREM em diversas línguas... divertidíssima!!! Seja bem vinda ao grupo!!!
O Tino Freitas nem preciso falar... sempre que assumia seu posto de violeiro oficial, era um tal de beijos de minhoca pra lá, sapos lavando o pé pra cá e tantas outras canções que estavam na ponta da língua da criançada.
Depois de algumas apresentações sem registro, é com muita satisfação que apresentamos aos blogueiros roedores nossa querida Luz Borges, conhecida internacionalmente (dá-lhe Cuba) como Dona Cotinha. Desfilou poemas da Cecília e deixou nossa festa ainda mais bonita.
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