Maio na Biblioteca: histórias, bichos e sentimentos em roda

Durante o mês de maio, nossas rodas de leitura acolheram histórias, sentimentos, reflexões e muitas descobertas. As sessões foram conduzidas com livros cuidadosamente escolhidos, sempre seguidas por oficinas criativas que prolongavam o encantamento iniciado nas leituras. As mediações aconteceram com crianças de diversas idades e foram espaços potentes de escuta, troca e afetividade.

 📅 04/05 – Histórias com cobras e um momento de escuta

Começamos a manhã convidando as crianças a lerem juntas: os mais velhos lendo para os mais novos. Escolhemos livros com mais texto para avaliar como está o percurso leitor dos nossos pequenos. Foram dois capítulos compartilhados com atenção e carinho.

Na sequência, entramos no universo das cobras com três livros cheios de surpresas e humor: O Saco, de Ivan Zigg; Que Bicho Será que a Cobra Comeu?, de Angelo Machado; e A Cobra e o Grilo, de Giovana Bozzano Hetzel. 

Apesar das histórias bem-humoradas e curtas, encontramos um desafio significativo: muitas crianças demonstraram desinteresse pela leitura, preferindo ir direto ao lanche e à oficina. Foi necessário interromper a mediação para uma conversa franca sobre a proposta da biblioteca, o respeito ao momento de leitura e o direito de escolha de participar ou não, desde que sem atrapalhar os colegas. O diálogo foi produtivo e reorientou a participação do grupo.

Depois da conversa e do lanche, seguimos para a oficina: as crianças coloriram, recortaram e montaram cobras e peixes em 3D. Brincaram, imaginaram e deram vida a novos bichos de estimação.

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 📅 11/05 – Um aniversário para guardar no coração 

Neste dia comemoramos o aniversário da nossa biblioteca com uma sessão de contos e músicas do grupo Paepalanthus, realizada na Casa do Cantador, em Ceilândia. Estiveram presentes crianças dos projetos Roedores de Livros, Farol da Quebrada e Associação Despertar Sabedoria. O evento foi especialmente importante porque muitas crianças relataram nunca ter visitado esse espaço cultural antes.

 Esse dia merece um post especial, com todos os detalhes e emoções vividas. Em breve, compartilharemos!

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 📅 18/05 – Diversidade, acolhimento e um elefante coletivo

Esse foi o primeiro dia de mediação de leitura da voluntária Ana Claudia, que compartilhou com as crianças suas memórias de leitora e professora, emocionada por se reconhecer na proposta da biblioteca. Ela e os demais mediadores conduziram a leitura de três livros:

• Bom dia, todas as cores, de Ruth Rocha (Editora Salamandra)

• Cadê o livro que estava aqui?, de Telma Guimarães e Jana Glatt (Editora FTD)

• Tusk, Tusk, de David McKee.

As crianças participaram com entusiasmo, conectando suas experiências pessoais com os enredos e ilustrando sua compreensão da história com muitos comentários e previsões. As diferentes faixas etárias foram respeitadas com serenidade e escuta.

A oficina foi inspirada no livro Tusk, Tusk: cada criança coloriu quadrados com traços desconexos, que no final se juntaram para formar um grande elefante multicolorido. A atividade trouxe reflexões sobre colaboração e aceitação. Um quadrado rasgado foi emendado e integrado à obra final, mostrando que nem um erro foi capaz de estragar o trabalho coletivo.  

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📅 25/05 – Histórias que navegam 

A mediação deste sábado trouxe livros com temáticas de perdas, amizade e cuidado:

 

• Um dia, um rio, de Léo Cunha e André Neves (Editora Pulo do Gato)

• Leo e a Baleia, de Benji Davies (Paz & Terra)

• Achados e Perdidos, de Oliver Jeffers (mediação: Samuel Kallebe) (Salamandra)

Foi emocionante ver o jovem Samuel, 12 anos, assumir a mediação com preparo e segurança, após ler e anotar os principais pontos da história. Ele reproduziu gestos e perguntas que observou em outros mediadores, criando suspense e promovendo interação. O momento foi inspirador, mostrando como a vivência leitora forma seus futuros protagonistas.

A oficina trouxe a técnica do origami. Cada criança construiu seu barco de papel, que foi depois decorado e colocado para flutuar numa bacia com água. Algumas crianças quiseram preservar seus barcos fora da água, outras fizeram experiências com pesos, flutuadores e diferentes formatos. Descobriram, com alegria, que algumas dobraduras podiam transformar os barquinhos em pequenas embarcações resistentes.

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💗 Maio foi um mês de escutas, descobertas e fortalecimento de laços. Seguimos navegando com as palavras e construindo juntos esse espaço de leitura, afeto e liberdade.