A manhã de 24 de julho foi mais um dia igual ao outros no Roedores de Livros. Um sábado diferente como acontece a cada edição do projeto. Igual, mas diferente. Explico: música, livros e arte estão no núcleo do que acreditamos ser o motor principal do que fazemos e está vinculado ao que sempre acontece em nossa toca. Por isso tudo é tão igual. Diferente são as reaçoes diversas que registramos (com os olhos, com a máquina fotográfica, com a pele, com todos os sentidos) a cada livro lido. E foi assim naquela manhã.
Depois de tocar para as crianças, o Tino assumiu a mediação enquanto eu e Edna trabalhávamos no registro dos novos livros que desembarcaram no projeto: alguns vindos do Rio de Janeiro através da doação de escritores e editoras, outros que nós garimpamos nos sebos por aí; e por fim, os que nos chegam doados por amigos.
Naquele dia separamos alguns livros como ATÉ AS PRINCESAS SOLTAM PUM (Ilan Brenman, il Ionit Zilbermann, Brinque Book) e OS TRÊS LADRÕES (Tomi Ungerer, Global), entre outros. Todos ganharam a atenção - e sorrisos - das crianças. Mas foi com OBAX (André Neves, Brinque Book), a menina inventadeira de histórias, que percebemos o envolvimento maior das crianças. Não seria uma surpresa dizer a vocês que as ilustrações ganharam o olhar dos miúdos, afinal um livro do André Neves sempre causa um impacto na retina. Algo como se, de repente, a gente corresse numa chuva de bolhas de sabão.
Mas, além dos desenho, do projeto gráfico, o enredo também foi fisgando o interesse das crianças, que foram se chegando, se chegando, encurtando a distância entre o Tino, o livro e a turma. Dessa vez, tá tudo registrado. Note que nas três últimas fotos acima, tiradas em sequência, o Vinícius (de blusa preta) parece hipnitizado, com os olhos seguindo o livro e quase ficando de pé de tanta ansiedade para descobrir o desenrolar. Perceba também que o Vitor (blusa verde) só aparece no campo da máquina na terceira foto. É que ele - a exemplo de todos ali - não resisitu e "entrou" na história. Ponto para André. Ponto para as crianças. Esse é um jogo em que todos ganham quando os times estão em sintonia.
Ao final, sugeri uma atividade simples e bem divertida, que surpreendeu as crianças. Consiste em dobrar uma folha ao meio na vertical, escrever cada um o seu nome bem grande numa das metades e com a folha dobrada, recortá-la contornando o nome. Ao abrir a folha, observando o lado "em branco", nota-se que cada nome tem uma forma diferente. Cabe a cada um descobrir que forma é essa. De lá sai cada "coisa"... que tal você tentar por aí também!!! Hatuna Matata!!!
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