"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la" (Cecília Meireles).
E a estação das flores chegou, enfim. No meio de um calor sufocante, uma secura absurda no ar e uma vontade aguda de mergulhar no mar. ANDRÉ NEVES chegou a Brasília um dia antes da primavera chegar, em 22 de setembro. Ouso dizer que foi ele quem a trouxe, junto com Obax, personagem-título de um dos seus três livros lançados em 2010 - os outros são Margarida (Abacatte) e Lino (Callis).
André veio participar do FEST LIVRO, um evento promovido pelo INDI (Instituto Natural de Desenvolvimento Infantil), que tem um jeito todo especial de lidar com crianças e livros durante TODO O ANO, culminando com a festa que acontece há 26 anos no segundo semestre. A escola estava completamente decorada com motivos referentes aos livros de André e de Hermes Bernardi Jr (que participa da festa na semana que vem). O menino que saltita no coração do artista pernambucano arregalou os olhos e o sorriso em meio a tanta beleza, como a da árvore chiea de flores da primeira foto desse post.
O evento, capitaneado por LIA COSTA e sua equipe, é voltado para pais, filhos e educadores da escola, mas este ano abriram espaço para o público em geral num dia concorrido voltado para uma bate papo com o escritor e ilustrador pernambucano.
Nesse encontro, André falou do seu momento enquanto escritor, dos artistas que o influenciaram e influenciam, dos livros que não tem pressa de encontrar uma editora, embora já estejam "prontos" e da inquietude que o provoca a escrever e ilustrar. Falou de tantas outras coisas mais (e-book, mercado editorial, etc) que a noite ficou pequena para a lua cheia que se agigantava no céu, curiosa.
Nos outros dias (André ficou até ontem em terras candangas) ele se dedicou a conversar com os alunos e educadores do INDI, numa maratona exaustiva, porém confortante, segundo ele, pois gostou da conversa que teve com todos, inclusive com os adolescentes. Sua obra foi lida, percebida e discutida por todos.
Na noite de sexta, a culminância do projeto se deu com a homenagem que o INDI preparou para o artista. Casa cheia, pais, alunos, escritores e ilustradores de Brasília, muita gente mesmo, para assistir aos alunos cantarem a música que o professor de música da escola, FELIPE RODRIGUES, compôs a partir da leitura de LINO. Gente, foi EMOCIONANTE. A música é linda, falando das emoções do personagem do livro com uma força que há muito eu não via em canções acerca do universo infantil. Uma beleza ímpar. Chorei os litros de água que havia bebido naquele dia, e acho ainda que chorei outras mágoas que estavam guardadas. Desidratei de emoção.
Por fim, fica a qui o registro de um trabalho muito bem feito entre a escola, a família e o escritor. Seria muito bom se fosse dessa forma na maioria das vezes em todas as escolas. Mas não o é. Posso afirmar. Então, deixo aqui minha exultação ao INDI, à JULIA, à LIA (que arrebentou mais uma vez) e a toda a equipe que trabalhou exaustivamente para que tudo acontecesse a contento. Obrigado, ANDRÉ, por partilhar do seu carinho conosco. Foi demais!
Ao final, uma chuva de flores caiu do céu da minha imaginação. E seu perfume permanece ainda aqui, agora. É a primavera que André e Obax oferecem a todos nós. Hatuna Matata!!!
4 comentários:
Pirei geral!!QUE TUDO LINDO!
;o)
Que delicia, ter seus personagens se agigantando e literalmente mergulhar na sua historia! Adorei a postagem! Gostaria de ter visto pessoalmente.
Beijos!
Tino!
Que emoção ver nosso trabalho registrado aqui.
Nós o admiramos e respeitamos pelo belo trabalho de incentivo à literatura.
Priscila (Equipe Lia)
Eu afirmo o mesmo, Tino, nem todos têm a mesma "capacidade" (no sentido amplo da palavra) para expressar o que sente ao ler um livro.
André estava feliz demais. Isto é o mais importante.
Em breve, mataremos as saudades, se Deus quiser!
Bjks
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