sábado, 26 de junho de 2010

Roedores de Livros na TV SENADO (programa INCLUSÃO)


Olá, pessoal,
No início do mês recebemos a visita da jornalista SOLANGE CALMON e a equipe do programa INCLUSÃO da TV SENADO para a gravação de um dia de atividades no projeto. O programa apresenta vários projetos e personagens que tem a leitura e a literatura infantil como foco. O Roedores de Livros aparece logo na abertura. A reportagem poderá ser assistida nesse domingo, 27/06, as 9h e as 17h, na TV Senado. Sintonize aí na sua cidade e compartilhe da nossa companhia na telinha.

Assim que for disponibilizado no Youtube a gente posta aqui no blog.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

De volta para a toca...

Queridos... depois de uma semana em terras cariocas, estamos de volta ao lar. Na bagagem, muitas histórias do 12º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens - algumas publicáveis. Muitos livros também. Aos poucos a gente conta. Por enquanto, apenas uma foto. A da minha casa no Salão: o stand da Manati. Foi ali que estacionei a maior parte do tempo e encontrei amigos, leitores, professores... A foto, de Bia Hetzel, clica uma turma da pesada... bem, da pesada mesmo, só eu (hehehe)... os outros são mesmo é gente fina. Em sentido anti-horário estão Carla, Andreia, Mateus, Mateus Rios, Giu, eu e Graziela Hetzel. Agora, vou dormir, pois amanhã é dia de retomar a vida que corre paralela à literatura. Hatuna Matata!!!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Apertando o PLAY e lançando outro livro no Salão FNLIJ

Queridos... continuo no Rio de Janeiro, participando do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Sem tempo para demais postagens (fica para depois), convido aos que puderem a aparecer no próximo sábado, 16h, para o lançamento do CONTROLE REMOTO. Esse livro está dando o que falar por lá e estou certo que vocês vão gostar. Clique AQUI e vejam como ganhar um desconto na compra de um exemplar no Salão do Livro. No mais, cliquem sobre a imagem acima para conferir o endereço e até lá. Hatuna Matata!!!

domingo, 13 de junho de 2010

Brasília, no Rio de Janeiro


Copiei o título do post do Dobras da Leitura para informar que estamos no Rio, para participar do 12° Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Nessa segunda, 15h, lanço o livro BRASÍLIA DE A a Z (com ilustrações do Kleber Sales - que estará aqui também). Durante o lançamento, um bate papo sobre curiosidades da Capital Federal. Espero você.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Se a casa é sonolenta, acordamos leitores!

Foi difícil acordar naquela manhã de sábado, 22 de maio. O Distrito Federal amanheceu com um friozinho gostoso e uma ventania que parecia soprar: ffffffffica em caaaaaaaaaaaaasa... Mas eu, Tino e Celio nos juntamos a outros tantos corajosos pequenos Roedores de Livros e fomos nos aquecer com histórias lá no Shopping Popular da Ceilandia. A sala estava quentinha e as almofadas, irresistíveis. Aproveitamos para ler A CASA SONOLENTA (Audrey Wood e Don Wood, Ática). Todos gostaram MUITO e depois, numa ideia gostosa e maluca, produzimos a foto acima para vocês.

Para levantar do tapete foi preciso o Tino empunhar o violão e abrir a sessão musical com o Sai Preguiça, Pezinho de Limão, Borboletinha e outras canções de despertar meninos quietos. As músicas ganham a cada semana mais adesões à medida que as crianças vão se familiarizando com o repertório. Aparecem as favoritas, cantam mais alto e, por vezes, trazem sugestões de casa.

Há algumas semanas temos trabalhado o desenho com as crianças, através de livros e exercícios que são antes de tudo diversão para os dedos e a imaginação. Tudo isso com um motivo muito especial, mas que não vamos contar agora. Como parte desse exercício do olhar e do compor, levamos dos livros sem texto que são clássicos do nosso repertório - e de muita gente por aí: O ALMOÇO (Mário Vale, Formato) e ZOOM (Istvan Banyai, Brinque Book).

Mas a garotada não tá nem aí pro tal exercício. Na verdade, todo mundo se divertiu dando voz às imagens. Em O Almoço, foi um frisson louco o suspense ao abrir - e não abrir - a última página. Teve gente que não queria ver de jeito nenhum e outros que se aperrearam ao imaginar a cena sugerida. E aí, foi delicioso ver o olhar de surpresa de todos diante da pegadinha visual proposta por Mário Vale nesse livro. Show de bola.
Quanto ao zoom, a cada página que passava, as crianças foram entrando no jogo e prestando mais atenção nos detalhes para tentar adivinhar o que surgiria mais à frente. Ao final de leitura coletiva, experimentamos o livro de trás pra frente e foi igualmente deliciosa a sensação. Nossa turma mergulhou fundo no desafio de ler dois livros sem texto. Passaram com louvor.

Ao final daquela manhã entregamos folhas de papel recortadas num tamanho diferente, comprida e estreita, para que a turma desenhasse, ocupando os espaços da melhor maneira possível. Criatividade, originalidade e algumas imitações, afinal, o olho curioso sempre atina para o que acontece ao lado ora para não fazer igual, ora para procurar um norte. O dia foi assim: começou sonolento e terminou cheio de leitores, no sentido mais amplo que essa palavra pode ter. Hatuna Matata!!!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Livro do TINO na lista dos 30 MELHORES LIVROS INFANTIS DO ANO

A Revista CRESCER de junho, além da reportagem sobre o projeto ROEDORES DE LIVROS (no post abaixo) também veio com a surpresa do livro do Tino e da Mariana Massarani - Cadê o Juízo do Menino? - na lista dos 30 MELHORES LIVROS INFANTIS DO ANO. Aqui na toca dos roedores estamos todos felizes com mais essa conquista. O Tino conta no LITERATINO como foi que recebeu a notícia e outras coisas acerca dessa lista. Abaixo, a resenha sobre o livro publicada nessa edição especial. Hatuna Matata!!!

domingo, 6 de junho de 2010

Roedores de Livros na CRESCER - Projeto Generosidade

Olá, pessoal. O mês de junho chegou repleto de novidades por aqui. Uma delas foi que o Roedores de Livros foi selecionado pela equipe da revista CRESCER (Editora Globo) para compor o PROJETO GENEROSIDADE, em reportagem da jornalista BRUNA MENEGUEÇO, que está disponível para leitura NESTE LINK. Mas se você é curioso(a) vá até as bancas e descubra na mesma edição da revista quais OS 30 MELHORES LIVROS INFANTIS DO ANO, entre outras seções e reportagens muito bacanas. Hatuna Matata.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Roedores no brejo: rãs, sapos, um pouco de medo e um barquinho de papel.

Na manhã do sábado 15 de maio escolhemos algumas histórias chieas de batráquios: Três livros e um conto popular na manga, além de uma historinha divertida para ensinar a turma a fazer barquinhos de papel. Pode parecer mentira, mas as crianças não sabiam fazer. É capaz até de você, leitor desse blog, não lembrar de como se faz. Mas quando eu era menina me divertia à beça soltando barquinhos de papel nos cantos de rua por onde corria a água da chuva.

A primeira história foi o conto A Rã Santa Aurora, do livro OS BICHOS QUE TIVE (Sylvia Orthof, com ilustras de Gê Orthof, Salamandra) - um dos preferidos dos Roedores de Livros. O texto conquista a atenção das crianças mesmo com as poucas e belas ilustrações de Gê. É a história de uma rã, presente que pai da menina Sylvia trouxe de uma viagem. Ela queria mesmo era uma nuvem, mas a rã veio numa caixa e trouxe muitas histórias consigo. Divertidíssimo. Aliás, o livro todo.

Na sequência, O SACO (Nova Fronteira), clássico primeiro livro da dupla dinâmica Ivan & Marcello (clique AQUI e saiba um pouco mais da história do livro, segundo Zigg (o Ivan). No livro, uma bicharada sacode o saco para descobrir o que tem lá dentro. O livro tem o dedo do Ivan. Garantia de surpresas no texto, boas risadas e ótimas ilustrações.

Aí, uma das meninas pediu para ler O BICHO-MEDO E SEU SEGREDO (de Eliane Pimenta, com ilustrações de Mateus Rios, Manati). O livro estava no expositor e instigava a curiosidade da turma pelo seu título curioso (ninguém resiste a saber um segredo) e a ilustração genial do Mateus Rios. A cada página, o texto sussurrava um bicho estranho que atiçava o olhar da turma que ao ver as criações medonhas que habitavam o menino Leonardo. Foi uma pausa na saparia. Mas a garotada se amarrou na trama.

Findo o segredo do bicho-medo, foi a hora de sacar um brinquedo inflável para contar a fábula O Sapo e o Boi. O sapo foi inflando, inflando, inflando até... A turma quase estourou de rir com a performance "do sapo". E percebeu na hora o caminho tortuoso da inveja do batráquio. Essa história você encontra no livro FÁBULAS DE ESOPO (Cia das Letrinhas).

Separamos para o final a história de MÁRIO, O MARINHEIRO que aprendi há muito tempo atrás. A partir de uma folha em branco e um personagem navegador (marinheiro, pirata, etc) o mediador constrói um passaporte, um chapéu, um barquinho de papel entre outras coisas até chegar à camisa do personagem principal.

Todo mundo ligado, de olho nos desdobramentos da folha e da história (um dia desses a gente posta no youtube). Mal sabiam que na oficina de artes iriam aprender a fazer o seu barquinho de papel e os segredos para contar a história em casa. Foi uma farra de criança. Animada e descomportada e criativa. Hatuna matata.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O craque da Copa do Mundo é Odilon Moraes

Quando se fala em Copa do Mundo de Futebol a primeira lembrança que tenho não é da Seleção Canarinho, mas da Argentina. Nasci em 1972 e, apesar de estar certo que assisti a alguma coisa da copa da alemanha em 74 a memória me falha completamente. Mas, com seis anos, em 1978, lembro perfeitamente daquela noite, na sala de casa, meu pai, minha mãe, amigos da família, o primeiro aniversário do meu irmão. Era 21 de junho. Um barulhão das conversas das pessoas apaixonadas por um Brasil que estava por vir e uma torcida alegre e otimista pela seleção peruana. Explico: para o Brasil se classificar para a final era necessário que a Argentina fizesse 4 ou mais gols de diferença.

A copa era na Argentina e, apesar da nossa torcida, a seleção peruana entregou o jogo perdendo por 6 x 0. O barulhão foi se aquietando a cada gol portenho. Uma tristeza gigante que eu ainda não entendia de onde vinha. Depois, o Brasil – que tinha em Rivelino o seu camisa 10 - ganhou da Itália por 2 x 1 e ficou com o terceiro lugar sem ter perdido uma partida sequer. Fomos campeões morais. Coisas do futebol. E eu estava com a camisa rubro-negra do meu time de coração.

Quatro anos depois, o Flamengo – meu time, depois do Fortaleza - já era campeão fluminense, brasileiro e mundial. Zico era o craque e dono da camisa 10 da Seleção brasileira – e eu vestia a mítica segunda camisa do mengão, branca. Ao lado de Sócrates, Falcão e companhia, o galinho de Quintino embalava o povo brasileiro num sonho repleto de futebol arte. Aquele sim foi o meu escrete favorito. E ainda hoje lembro como foi difícil descobrir de onde vinha aquela tristeza tão grande que dominara os amigos da família naquele 1978. O Brasil perdeu da Itália por 3 x 2, massacrado pelo camisa 20, Paolo Rossi. O segundo gol deles – num erro de passe infeliz de Toninho Cerezo ainda hoje me dá pesadelos.

Míope, dependendo dos óculos desde os 6 anos – daqueles “fundo de garrafa” – nunca fui um atleta fenomenal, embora tenha medalhas escolares em natação e handball - eu era goleiro!!! Lá pelos 12 anos ainda cultivava o sonho infantil de marcar um gol de cabeça. Naquele tempo eu era craque mesmo no violão - e em redação. Mas numa pelada no Clube Santana (em Sobradinho, BA) estava na área quando vi a bola chegar de um cruzamento. Parado estava, parado fiquei. Apenas fechei os olhos e inclinei a cabeça para receber a bolada. Aquilo doeu, mas foi bom. Fiz o gol da vitória e desde então, acho que nunca mais joguei uma partida. Virei torcedor profissional.

E é como torcedor que escolhi o meu craque da Copa do Mundo de 2010. Chama-se Odilon Moraes. Não sei se ele jogou futebol quando menino no interior paulista. Mas ele bate um bolão danado quando assume o ataque com um lápis na mão. Assim, ele resolveu contar uma história sobre o amor de um menino pela Seleção. Uma história em verde, amarelo, azul e branco. Uma m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a história com texto invisível.

Digo isso porque o texto - invisível no livro - está escrito na cabeça do leitor. Na sua, na minha, na de Odilon. Somos nós que colocamos as palavras, as vírgulas, as pausas. Somos nós que pasamos a história para a página seguinte e escolhemos a data e as personagens. O PRESENTE (Cosac Naify) é o gol de mão e cabeça (ao mesmo tempo) que Odilon nos oferece. E eu – que nunca tive uma camisa 10 autografada - vou levar a que ele desenhou para ganhar a sua assinatura no nosso próximo encontro. E será com ela que vou torcer para o Brasil ser campeão mais uma vez. Hatuna Matata.

P.S. As ilustrações acima (exceto a reprodução da capa do livro) são recortes das páginas do livro O PRESENTE. É preciso ler cada página por inteiro para que a arte de Odilon seja percebida em seu contexto original. Não as reproduzo por inteiro aqui para não estragar as surpresas do livro.