sábado, 4 de junho de 2011

FNLIJ elege o ROEDORES DE LIVROS como O MELHOR PROJETO DE INCENTIVO À LEITURA DO BRASIL EM 2011.

É com muita alegria que compartilhamos com todos os familiares, amigos, escritores, ilustradores, apoiadores, e demais parceiros de vida e trabalho a notícia de que nosso projeto ROEDORES DE LIVROS - desde 2006 atuando como importante ferramenta de promoção da leitura no entordo do Distrito Federal - foi vencedor do XVI CONCURSO OS MELHORES PROGRAMAS DE INCENTIVO À LEITURA JUNTO A CRIANÇAS E JOVENS DO BRASIL.

O concurso, promovido pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), representante do IBBY (International Board on Books for Young People) no Brasil, traz ao nosso projeto um importante reconhecimento e nos dá mais certeza que estamos trilhando um caminho certo, além de mais confiança para vencer os desafios que aparecem a cada semana.

O prêmio será entregue na próxima segunda em evento solene da FNLIJ na solenidade de abertura do 13º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Depois a gente posta a cobertura do evento.

Ah, e tem ainda a MELHOR NOTÍCIA: como prêmio, a FNLIJ nos oferece um acervo de 500 LIVROS para nossa biblioteca!!! PENSE na felicidade!!! Só livro bom!!! Nossas crianças agradecem!!!


Obrigado a todos pelo apoio de sempre.

Abraços de todos os Roedores de Livros.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sentir-se à vontade...

O primeiro encontro após os combinados aconteceu no sábado, 16 de abril. Como registrado na última foto desse post, escolhemos uns livros bem divertidos para as crianças - e para nós também, ora essa! Pandolfo Bereba e Não Confunda (ambos de Eva Furnari, Moderna) além de Uma História Atrapalhada (Gian Rodari, il. Alessandro Sanna, Biruta) encheram de risos a sala de leitura.

Enquanto eu e Ana Paula nos revezávamos nas leituras, Edna e Marcela (nossa colaboradora eventual) seguiam no cadastro dos livros. Carimbar, numerar, registrar e disponibilizar. São esses os verbos em nossa Bibliotoca.

Como em cada semana, há sempre um momento em que as crianças escolhem livros para uma leitura ali mesmo. A foto acima registra a turma em plena ação. Os que não sabem ler ainda experimentam, degustam os livros; outros leitores arriscam alguns livros mais extensos que o habitual; outros pegam papel e giz de cera e vão desenhar. Acontece de tudo. Deixamos todos bem à vontade.

É esse sertir-se à vontade que faz toda a diferença. Ainda encontramos em algumas livrarias e em algumas escolas um certo cuidado em deixar os livros ao alcance das crianças. Ali, no Roedores de Livros, os livros estão ao alcance do desejo. E isso é tudo o que as crianças mais querem. E nós também. Hatuna Matata!!!

domingo, 29 de maio de 2011

Combinados dos Roedores de Livros...

Nem "só" de mediação de leitura vive o Roedores de Livros. Isso é o que mais acontece, mas há outros assuntos transversais que respiram em torno do livro e da literatura. No sábado, 09 de abril, fizemos a mediação de 02 livros que fazem muito sucesso por aqui: O Rei da Fome (Marilda Castanha, Ediouro) e Asa de Papel (Marcelo Xavier, Formato). Entre as leituras, conversamos sobre a importância do livro, falamos da nossa biblioteca (batizada de BIBLIOTOCA - aguardem o post sobre a "inauguração" dela) e de como devemos cuidar do espaço e dos livros.

A conversa seguiu então para a criação conjunta das regras da Bibliotoca, ou, como preferimos chamar: os COMBINADOS. Juntos, adultos e crianças fomos pensando cada ítem e chegamos a um conjunto de 15 ítens.

A partir daí, convidamos as crianças para escreverem os acordos numa cartolina. Cada criança fez também dois desenhos que serviram como "assinatura" e que emolduraram nosso cartaz. Esse tipo de ação promove a gestão coletiva fazendo com que as crianças se sintam ainda mais pertencentes ao espaço, aumentando o diálogo, o respeito. Enfim, encurtando as "distâncias".

Aquele cartaz está na nossa sala de leitura e tem ajudado bastante cada vez que alguém "esquece" e transforma a almofada em "passarinho", por exemplo. Depois, escrevemos os Combinados noutra cartolina, emolduramos com outros desenhos das crianças e expusemos na entrada d projeto, para que nossas visitas também conheçam os acordos da casa.

Para conhecer nossos combinados, clique sobre a imagem acima. E se desejar, comente esse post com os combinados que você gostaria de ver numa bibliotoca como a nossa. Hatuna Matata!!!

domingo, 22 de maio de 2011

Reportagerm da VEJA sobre a descoberta do prazer da leitura por uma nova geração.

Na semana passada a Revista Veja surpreende com uma matéria de capa sobre a descoberta do prazer da leitura por uma nova geração. O texto apresenta exemplos de leitores que mergulharam nesse universo a partir de livros "menores" (segundo os críticos) como Harry Potter, a série Crepúsculo, ou A Cabana e a partir daí passaram a descobrir livros "melhores". Vale MUITO a leitura. Há ainda mais de uma centena de dicas de livros. Parabéns à Veja.

NESTE LINK você acompanha a íntegra da reportagem, publicada no blog TUDO SOBRE LEITURA.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Censura em debate...

O tema é atual, importante e pertinente. Seria ótimo uma transmissão simultânea para que muitos interessados e que não estão na Cidade Maravilhosa pudessem tomar conhecimento do debate. Fica a dica para a Prefeitura do Rio. E aos que estiverem em terras cariocas, aproveitem a discussão! Hatuna Matata!!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Reinações na Biblioteca

Por todo canto do Planeta dos Livros se comentou o dia 02 de abril. Em virtude de ser o natalício de Hans Christian Andersen (1805), comemora-se em todo o mundo o Dia do Livro Infantojuvenil. No projeto, comemoramos também. Andersen, Literatura e mais Leitores. Casa cheia, mais uma vez: 21 crianças. E o tema do dia foi bibliotecas.

A primeira leitura foi do livro O Cavaleiro e o Dragão (Tomie de Paola, Editora Moderna) e a segunda foi a história Deu Rato na Biblioteca (Célia Madureira e Raquel Gonçalves, il. José Regino, Franco Editora). Essa última algumas crianças já conheciam pois as autoras visitaram muitas escolas do Distrito Federal apresentando o livro e seus personagens (Racumim e Racutia) numa versão teatral de muito sucesso por aqui.

Em seguida fui perguntar quem conhecia algumas histórias de Andersen. Claro que eles conheciam, muitos a partir de filmes e desenhos animados. Munido de alguns livros com histórias do escritor dinamarquês, falei da sua importancia, do tempoem que ele escreveu aquelas histórias e escolhi uma menos conhecida ( ) que pesquei do livro Contos de Andersen, escolhidos e ilustrados por Lisbeth Zwerger, numa edição primorosa da Martins Fontes. Todos atentos esperando pelo desfecho. Como é mágico o desenrolar de uma boa história.

Por fim, ao final da mediação, descobri meu querido Pai, às vésperas dos 70 anos, feito menino, entretido no meio das histórias das Reinações de José Mindlin (José Mindlin, Ática). :) Em nossa biblioteca também acontecem encontros inesquecíveis a cada semana. Esse foi mais um deles. Nada mais a dizer a não ser: Hatuna Matata!!!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Jura, jurado, juradinho?

A seguir, o relato de Edna Freitass sobre o encontro com as crianças no sábado passado:

Cada dia no projeto Roedores de Livros é único.

Podemos até imaginar como será o dia, construir o enredo. Mas são as crianças que põe as vírgulas, as reticências, as exclamações e um ponto final a cada encontro. E assim foi naquela manhã de sábado, 26 de março, quando os demais roedores necessitaram levar nossas ações a outros Estados, e ficamos eu e Célio para tocarmos o projeto.

Antes de chegarmos à toca dos Roedores, onde nosso projeto acontece, resolvemos tomar um café na praça da feira e o encontro começou ali mesmo, quando se aproximaram os irmãos Israel, Isabela e Isaac com dois novos convidados.

Já na toca, aos poucos, as crianças foram chegando. Vitória, Victor, Erik, Lucas, Amanda, Isabela, Isaac, Israel, Jonatas, Arthur, Cauan, Pedro Henrique, Josielen, Jonathan, Maykon, Débora, Ruth, Rebeca, Henrique, Natália e Daniel somaram-se ao trio inicial. 21 crianças além de mim e do Célio! Um desafio e tanto para nós dois.

O som das vozes das muitas crianças nos encorajaram e aconteceu de tudo: adivinhações, desenhos, leituras solitárias e compartilhadas, visitas à biblioteca, inscrições de novas crianças, esclarecimentos junto a mães e pais, além de coisas do cotidiano que se tornam mais engenhosas quando envolvem 21 crianças e 2 adultos, como as idas ao banheiro e ao bebedouro.


Célio, bem acostumado a resolver as burocracias do projeto (sim, elas existem e são tão importantes quanto os outros afazeres), tomou a iniciativa de mediar a leitura naquela manhã. E o fez bem com o genial Mania de Explicação (Adriana Falcão, com ilustrações de Mariana Massarani, Salamandra) colocando as cucas maravilhosas das crianças para ferver em criatividade acerca das definições nada comuns para palavras como Amor, Saudade e Sucesso.

Entre uma e outra atividade, as crianças cobraram a razão dos demais roedores (Ana Paula, Clara e Tino) não estarem ali. Explicamos e dissemos que, na volta deles, teríamos novidades. Felizes, decidiram que o dia seria diferente do habitual. Foi um sábado singular na rotina do projeto.

O pequeno Israel, depois de um longo recesso, retornou com o mesmo entusiasmo do ano passado. Participou de todas as atividades.... pintou e bordou!!!! À meia boca ficou (junto coma turma) perguntando pelo lanche.... explicamos que em virtude da singularidade do dia, não teríamos o delicioso lanche. Ele deixou claro que o lanche era importante, muito importante. Dando um ponto final nas atividades daquele dia, ele me abraçou carinhosamente e disse como quem pede um brinquedo ao Papai Noel:

- Tia Edna, vc jura juradinho que no próximo sábado teremos lanche?

Ficou jurado, juradinho. Sábado que vem termos lanche e literatura. E mais Roedores de Livros!!!

terça-feira, 29 de março de 2011

Um ar tão bom de respirar...

19 de março. O dia reservado para cadastrar as crianças que participarão do projeto Roedores de Livros em 2011. As 9h, eu e Ana Paula subimos à Torre A do Shopping Popular da Ceilândia e deixamos os novos formulários para os pais e/ou responsáveis irem preenchendo sob as observações de Celio e Edna acerca do projeto. Os dois já haviam chegado, aberto as janelas, desenrolado os tapetes, deixado correr um novo ar pelos livros saudosos de leitores. Confesso que, particularmente naquele dia, eu não estava muito confiante numa presença maciça das crianças, motivado pelo simples fato de que seria necessária a presença dos pais. Com esse pensamento, eu acompanhei Ana Paula no tradicional e delicioso café na praça de alimentação.

Quando voltamos, Gabriel (na foto acima, entre Celio e Edna) já estava lá. Aos poucos foram chegando Vitor, Natalia, Vitória, mães, avós, pais e eu me enchi de esperança em um ano bom, repleto de crianças. Gabriel foi o grande pescador de meninos daquela manhã. Ao ver que tinha mais meninas que meninos, desceu as escadas e foi buscar os amigos.Quando a farra começou pra valer, já estávamos com 18 crianças na Sala de Leitura. Apertada e barulhenta, como a gente gosta. Muita gente nova. Olhos curiosos. Silêncio mesmo só quando a Ana Paula pescou o Cadê o Juízo do Menino? da estante e começou a contar as desparafuzices. Todo mundo grudado no livro. Felicidade.

Eu também fui à estante e peguei o Comilança. Com ele em mãos, fomos brincar com as onomatopeias e com as gulodices do mundo animal. Fizemos uma leitura coletiva. E nos divertimos. Muito.

Depois das leituras, liberamos a casa para os novos moradores e eles a tomaram para si. Metros quadrados de infância e literatura. Um ar tão bom de respirar. Que seja assim todas as manhãs de sábado. Hatuna Matata!!!

domingo, 27 de março de 2011

Literatura Infantil no Painel das Letras (Folha)

A coluna PAINEL DAS LETRAS, da jornalista Josélia Aguiar (Folha de São Paulo), publicou ontem duas notas cujo conteúdo referia-se à Literatura Infantil e que reproduzo nas imagens desse post. A primeira, destaca a Feira de Bologna, que começa hoje. Muitos amigos por lá. Daqui, desejamos sucesso nos negócios. A outra fala de um segmento que vem crescendo a cada ano e que promete sacudir o mercado do livro: as vendas porta a porta. Clique sobre as imagens para ampliá-las.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Como você lê um livro?

Há tempos eu não usava tantos sentidos na leitura de um livro como o fiz com O LIVRO NEGRO DAS CORES (Menena Cottin e Rosana Faría, Pallas). Impossível ficar indiferente ao seu conteúdo. Das possibilidades diversas de leitura contidas em suas páginas negras. Impossível não pensar naqueles que dizem que o livro vai acabar com a popularização dos e-books. Impossível não trazer esse livro para casa depois de tê-lo ao alcance das mãos.

Conheci a edição portuguesa em 2009 e descobri em junho passado que a Pallas iria publicá-lo por essas terras. Em novembro, encontrei a editora Cristina Warth na entrega dos prêmios literários da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro e ela falou com entusiasmo do carinho com que a Pallas estava preparando a edição brasileira. A edição estava à bordo de um navio, vindo da China. Isso só me deixou ainda mais curioso e ansioso.

Ao entrar numa livraria há duas semanas eu o encontrei. O coração bateu forte. Corri ao seu encontro. Queria saber dos amarelos, verdes e azuis de Tomás, personagem do livro. O encontrei mais belo, em capadura. Mergulhei os olhos no breu. Toquei nas penas, nos morangos e na chuva. Descansei no cinza das palavras. Ah, as palavras de Tomás. Para ele as cores tem sabor, textura, cheiro, som. Para mim também. É certo que para você não é diferente, amigo leitor. Mas, se você ainda não descobriu isso, deixe Tomás lhe mostrar como é. As autoras são venezuelanas e o livro ganhou o Prêmio Bologna Ragazzi de 2007, na categoria Novos Horizontes. Acho que não devo dizer mais. Surpreendam-se com o novo. Vocês verão quão intensa e diferente pode ser a experiência da leitura no "velho" suporte de papel. Parabéns à Pallas por continuar investindo em livros de qualidade.

Abaixo, convido vocês a descobrirem um pouco mais sobre o livro. O vídeo foi editado em Portugal, mas dá para entender muito bem. Boa "leitura". Hatuna Matata.