Brincar. Esse foi o primeiro impulso. E nosso maior brincante entrou em ação: o roedor Célio! Trouxe até desafio que fez miolo de menino esquentar mais do que de pão! Como você faria para atravessar um de cada vez: um punhado de milho, uma galinha e uma raposa, para o outro lado sem perder nenhum dos três?
Enquanto você matuta a resposta , vou te contando mais sobre esse sábado: depois de muito sapo invertido rs (yoga) com a permissão dos roedores mirins, compartilhei com eles um dos meus livros preciosamente predileto," A árvore vermelha", publicado pela editora SM, escrito pelo autor Shaun Tan.
A reação das crianças me foi bem curiosa. Este livro fala de sentimentos mais cinzas, mais azuis, mais pra dentro. Pensar sobre angústia, aflição, espera, frustração... Houve quem ficou desconcertado, como se fosse vergonhoso assumir pensar que se sente às vezes essas coisas...teve quem ficou introspectivo, mas com o olhar bem atento, se reconhecendo nas imagens, sentindo um pouco de conforto, quem sabe de consolo... e relatos se fizeram ouvir, desabafo de gente pequena que não vai “ser” quando crescer , porque já “são”.
Esse é um livro de frases curtas, profundas, de imagens com detalhes sutis e complexas, que nos fazem ganhar muito tempo lendo e apreciando suas páginas.
Depois de ouvir: -essa história é muito triste! (rs), fomos ao encontro de uma invenção de João Anzanello Carrascoza (texto) e Juliana Bollini (ilustração): o livro “Prendedor de Sonhos” editado pela Scipione, onde Zelito Traquitana, inventor de uma cidadezinha, que dava conta do recado e ainda sobrava tempo para atender os pedidos dos outros povoados, conseguiu sorrisos e risadas divertidas com suas invenções: o termômetro digital de azar, a máquina de fazer dever de casa, só pra citar algumas!