O comentário que compartilharei aqui, pode soar exagerado, ofensivo, irrelevante, mas não é essa a minha intenção (desconsiderando que de intenção o inferno está cheio...), se trata de uma constatação, que me frusta, da qual não sei, e isso me leva a pensar mais a respeito, da origem dessa ideia, essa prática no dia a dia, onde é que se aprende a cometer o que estou chamando de “holocausto”.
Após o “Fumaça”, fui conhecer O leão Papa-desenhos, escrito por Beniamino Sidoti e ilustrado por GIanluca Foli. A ilustração é muito divertida! Usa de muitas cores! Acho incrível como podemos nos encantar com tanto entusiasmo por escritas e ilustrações tão diferentes! Em ambos, “Fumaça” e “O leão Papa-desenhos”, percebemos o cuidado do layout, são muito bem elaborados! Muito bem, voltando a atenção para o papa-leão, a história nos conta de um leão que gostava muito de desenhos de crianças! Comia muitos deles! (Inclui muitos, muitos, nisso!). As crianças mal acordavam e já se punham a desenhar para alimentar o tal felino, caso contrário, todos temiam de uma mudança de cardápio. #medo
Esse é um holocausto velado e super cotidiano. Não tenho como falar de exceções aqui, então generalizando, expresso que já faz bom tempo que as escolas em virtude de seus equivocados sistemas de educação e todos que fazem parte dele (inclua-nos nessa, porque a sociedade civil também é responsável) vem matando aos montes algo muito precioso no ser humano: a criatividade.
Não me lembro de ver em currículos de licenciatura, magistério ou pedagogia, uma disciplina chamada: como matar a criatividade de alunos, mas de algum jeito isso já faz parte de muita didática por aí...talvez no mundo real fosse legal ter um leão que papasse essas noções equivocadas, esses inibidores, essa cegueira aprendida que se reproduz sem questionar, esse jeito de ensinar a não pensar ... antes, que a criatividade das crianças vire fumaça e Sócrates seja confundido com figurante de seriado americano! rs