segunda-feira, 25 de maio de 2009
Ah, se eles pudessem escolher...
Louco para andar na montanha russa...



quinta-feira, 21 de maio de 2009
Os melhores livros de 2008 segundo a FNLIJ





Rabisco (Michele Iacocca, Ática) venceu na categoria Imagem (livro sem texto);
O Livro Inclinado (Peter Newel, Cosac & Naify) venceu na categoria Traduçào Adaptação / Criança;
O Gato e o Escuro (Mia Couto, com ilustrações incríveis de Marilda Castanha, Cia das Letrinhas) venceu na categoria Literatura em Língua Portuguesa;
Um Livro de Horas, preciosa edição bilíngue com poemas de Emily Dickinson traduzidos e ricamente ilustrados por Ângela-Lago (Ática) venceu como Melhor Ilustração;
As 14 pérolas da Índia em que Ilan Brenmann escreve ótimas histórias cheias de sabedoria (ilustrado por Ionit Zilbermann, Brinque Book) ganhou na categoria Reconto;
Histórias da Avó (Burleigh Muten, com ilustrações de Sian Bailey), um livro belo e cheio de ótimas histórias sobre mulheres sábias, venceu na categoria Tradução / Adaptação Reconto;
O Menino Poeta (Henriqueta Lisboa, Peirópolis) ganhou nova e premiada edição com ilustrações e projeto gráfico assinados por Nelson Cruz, o que tornou este um livro ainda mais rico, venceu na categoria Poesia;
O Fazedor de Velhos, de rodrigo Lacerda, que me encantou com sua história sobre a busca de um jovem por sua identidade (ilustrações de Adrianne Gallinari, Cosac & Naify) é o melhor para o Jovem;
Pelos Jardins Boboli (Rui de Oliveira) foi o grande lançamento no Salão da FNLIJ do ano passado. É um primor em informações sobre a arte de ilustrar cercado de um projeto gráfico ousado e belíssimo. Ganhou como melhor Teórico;
O Almanaque Machado de Assis também veio na mala de livros que trouxemos para casa depois do Salão da FNLIJ. Luiz Antônio Aguiar conseguiu compilar de forma original a vida e obra do Bruxo do Cosme Velho num ano (2008) em que outras tantas obras falaram sobre Machado de Assis, vencendo na categoria Informativo;
E O Livro das Perguntas, tradução de Ferreira Gullar para texto clássico de Pablo Neruda com fotografias da arte de Isidro Ferrer, numa edição caprichisíssima da Cosac & Naify, venceu também na categoria Poesia (tradução, imagino). Presenteamos cinco amigos com esta edição.
Saiba mais sobre outros livros premiados e sobre o 11º Salão FNLIJ (que acontecerá em junho) visitando o SITE DA FNLIJ.
Se esta seleção servir de estímulo para visitar a livraria, já valeu à pena escrever este post. Boa leitura. Hatuna Matata.
Tiririca, sombra e história fresca...







segunda-feira, 18 de maio de 2009
O primeiro livro a gente nunca esquece...

Hoje recebi a notícia que foi o melhor presente que um Roedor de Livros poderia receber no dia do seu aniversário:
A editora informou que NESTA SEGUNDA, 18 de maio, os arquivos do meu PRIMEIRO LIVRO vão para a gráfica. O primogênito intitula-se CADÊ O JUÍZO DO MENINO, ganhou asas nas ilustrações absurdamente geniais de MARIANA MASSARANI e ninho nos braços carinhosos e competentes da equipe da MANATI. O projeto ficou LIIIINNNDDDOOOOOOOOOOOOOO!!! Aqui em casa tá uma festa só. E eu não poderia fazer outra coisa que não dividir essa alegria com vocês.
Aos poucos, vou contando sobre o livro, como e quando a ideia surgiu, a emoção de receber um telefonema da editora, a ansiedade, o silêncio – para evitar o mau olhado – até chegar hoje e poder desembrulhar a notícia e distribuir entre os amigos. Por enquanto deixo só a capa para vocês irem acostumando o olhar…
O lançamento acontecerá daqui a um mês, 19 de junho, 15h, no CENTRO CULTURAL AÇÃO DA CIDADANIA, durante o 11º Salão FNLIJ, no Rio de Janeiro. Acho que depois disso ele estará à venda nas livrarias e na internet. Lançaremos também em Fortaleza, Sampa e Porto Alegre – confirmo as datas logo, logo.
Hauna Matata!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Criança dá trabalho!!!







P.S. Valeu a visita, Rafael!!! E os biscoitos estavam de-li-ci-o-sos!!!!!!!!!!!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Sabor não é só para comida.
É difícil imaginar que uma criança, nos dias de hoje, possa sentir tanto a falta dos livros como a pequena Sayuri sentiu. Mas, naqueles longínquos tempos da Segunda Guerra Mundial, o máximo de entretenimento para a família era um aparelho de rádio (a TV só chegaria nos anos 50). Na colônia japonesa, era o livro que convidava a menina para brincar. E ela se divertia mesmo sem saber ler. A mãe, sempre atarefada, descobria um tempo e lia para Sayuri.
Mas o conflito – que colocou o Brasil e o Japão em lados opostos – fez com que a família da pequena Sayuri, imigrantes japoneses morando no interior de São Paulo, por medo de alguma retaliação, guardasse os livros de uma forma segura e original: escondendo-os debaixo da terra.
“Parece um enterro. Mas ninguém morreu. No quintal. O sol bate forte no buraco cavado debaixo do abacateiro. As galinhas ciscam no monte de terra, como se tivessem descoberto uma mina de minhocas. As nuvens passeiam com preguiça. Nada de chuva. Se chovesse, tudo ficaria para outro dia”.
Assim começa o MARAVILHOSO Os Livros de Sayuri (texto e ilustrações de Lúcia Hiratsuka, Edições SM). Tudo aconteceu de repente. E logo quando a menina ia aprender a ler na escola. Um desejo que crescia no seu pensamento:
“Escola. Não importava qual, eu queria aprender a ler. Imagina, não ter que esperar os bichinhos dormirem, não ter que esperar minha mãe arrumar um tempo. Ler tudo sozinha? Tanta coisa eu saberia… Até o que acontece do outro lado do mundo. Era a melhor coisa. Melhor que goiaba madura? Quem sabe.”
Mas ainda houve tempo de Sayuri esconder um livro dentro do seu colchão. O livro que era como uma herança da família. Sua avó deu de presente à sua mãe quando esta ainda era criança. Agora, estava prometido à Sayuri. Vez em quando, sozinha, a menina folheava seu precioso segredo e imaginava o seu conteúdo.
“Tem traço que parece uma montanha, outro lembra um rio, ou será uma chuva? Uma árvore? Talvez galhos? Muitos não parecem nada. Viro o livro. Olho de ponta-cabeça. Uma das letras parece alguém dando cambalhota. E o que está escrito na capa do meu livro? Agora que as aulas vão começar, vou saber logo, logo.”
Começaram as aulas de Sayuri. À noite e às escondidas. Enquanto isso, descobri os sabores do livro de Lúcia Hiratsuka. Tantos. Provei do medo das crianças ao deparar com duas luzes misteriosas no meio da noite na estrada de volta para casa, margeada por um enorme capinzal, árvores gigantes e pios de corujas. Gosto de murici guardada na geladeira. Provei da excitação de descobrir ao lado da personagem as primeiras palavras em japonês (sol e lua). Gosto de pudim de leite condensado com muita cobertura de caramelo.
A história, repleta de sentimentos, transmite ao leitor o cotidiano de uma família imigrante japonesa em solo brasileiro. Mostra uma menina descobrindo e se encantando com segredos de um livro. Mais ainda: mostra particularmente a importância que o universo dos livros tem para a criança, independente da sua origem. Lúcia Hiratsuka escreveu uma história de amor ao objeto livro, sujeito das nossas fantasias.
Sayuri aprendeu com o pai que Sabor não é só para comida. Os Livros de Sayuri é assim, cheio de sabores. Como um Merengue de Morango. Massa de bolo, regada com calda caramelada, pedaços de suspiro e morangos frescos. E eu nem falei das ilustrações do livro, em grafite. De uma beleza, delicadeza e importância no projeto, dando um toque especial à receita, como o chantilly no Merengue. Um livro daqueles que, certamente, eu não deixaria enterrar. Esconderia dentro do colchão, sem dúvida alguma. Hatuna Matata.
P.S. Ana Paula Bernardes e Lucia Hiratsuka no Seminário Prazer em Ler (2007).
P.S.2 Para os mais curiosos, Sayuri – nome da personagem principal deste livro – significa Flor-de-lis.
P.S.3 VEJA AQUI mais Lucia Hiratsuka nos Roedores de Livros.
P.S.4 Ah... quase ia me esquecendo, foi em Os Livros de Sayuri que aprendi o significado de SAKURA.

“Parece um enterro. Mas ninguém morreu. No quintal. O sol bate forte no buraco cavado debaixo do abacateiro. As galinhas ciscam no monte de terra, como se tivessem descoberto uma mina de minhocas. As nuvens passeiam com preguiça. Nada de chuva. Se chovesse, tudo ficaria para outro dia”.

“Escola. Não importava qual, eu queria aprender a ler. Imagina, não ter que esperar os bichinhos dormirem, não ter que esperar minha mãe arrumar um tempo. Ler tudo sozinha? Tanta coisa eu saberia… Até o que acontece do outro lado do mundo. Era a melhor coisa. Melhor que goiaba madura? Quem sabe.”






P.S.2 Para os mais curiosos, Sayuri – nome da personagem principal deste livro – significa Flor-de-lis.
P.S.3 VEJA AQUI mais Lucia Hiratsuka nos Roedores de Livros.
P.S.4 Ah... quase ia me esquecendo, foi em Os Livros de Sayuri que aprendi o significado de SAKURA.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
3 anos de Roedores de Livros!!!


sábado, 2 de maio de 2009
Surpresas que deixam a gente grande por dentro!!!










sexta-feira, 1 de maio de 2009
Um café com Bili e Décio Pignatari
No início da semana saímos eu, Pedro e Júlia para dar uma volta na Livraria Cultura. As "crianças" procuravam por Naruto, Capricho e outros heróis - facilmente encontrados nos primeiros 5 minutos na revistaria. Depois, fui garimpar as novidades enquanto os dois se esparramavam nos puffs em frente à TV na seção infantil. Marcamos para dali a meia hora no café do andar superior. Pontualmente estavávamos todos tomando um café ao lado de alguns livros, mas o que conquistou a todos nós acabou ficando na loja por causa do preço - e não do conteúdo.
O tal livro, BILI COM LIMÃO VERDE NA MÃO (Ilustrações de Daniel Bueno) é um lançamento da Cosac & Naify e tem chamado a atenção de toda a mídia por receber o rótulo de infantil e ser de autoria de um dos pilares da poesia concreta no Brasil, Décio Pignatari. Parêntesis: dia desses minha amiga Denise confessou ter em sua biblioteca um artigo raro - primeira edição do cultuado Galáxias de outro concretista, Haroldo de Campos. O livro segue do início ao fim sem pontuação fértil de neologismos e genialidade (leia um trecho). Fecha o parêntesis. Não é costume neste blog escrever sobre um livro que não foi lido na sua íntegra, mas o café que tomei ao lado das crianças e de Bili foi merecedor destas linhas. Aliás, merece muito mais que estas poucas palavras.

Não dá para rotular o livro como infantil. Vai além disso. É um playgroud onde o leitor (seja ele adulto ou criança) é convidado a dar loops, cair de grandes alturas enfim, voar com as palavras. Júlia e Pedro se interessaram primeiro pelo formato do livro. Grandão (30cm x 15cm), com uma capa que "veste" o livro por inteiro e convida logo o olhar curioso para conhecer o conteúdo. Eu já tinha dado uma olhada no livro e enlouquecido com o projeto gráfico de Luciana Facchini sobre ilustrações de Daniel Bueno. Aliás, o projeto - belo e inteligente - é uma maravilha e deveria ser creditado na capa por sua importância ao brincar junto com as palavras de Pignatari.
Fui tomando o café enquanto os meninos folheavam a obra, descobrindo algumas das suas delícias. Ora sorriam, ora maravilhavam-se. Em determinado momento (há duas páginas que encontram-se dobradas) discutiam se deviam ou não desdobrar as páginas. Desdobramos. Surpresa!!! Havia texto escondido por lá. Deixei os meninos brincando com Décio, Daniel e Luciana e fui ao caixa levar outras delícias. Mas estou economizando para trazer BILI COM LIMÃO VERDE NA MÃO na minha próxima visita. Vale cada centavo. É a palavra lapidada com beleza e inteligência. Capaz de encantar crianças e adultos. E isso, definitivamente, não se encontra todo dia por aí. Hatuna Matata.
P.S.1 Hoje saiu no Caderno C do jornal Correio Braziliense uma resenha - mais técnica e precisa - sobre o livro. Para ler o texto de João Paulo é necessário clicar sobre a imagem da resenha (acima). Se vocês quiserem descobrir mais coisas, recomendo uma passadinha na livraria mais próxima. Se não der para levar o livro para casa, leve - como eu, Pedro e Julia - a sensaçào de ter apreciado uma obra de arte.
P.S.2 Saiu uma entrevista com Décio Pignatari na revista BRAVO! Ali também você encontrará mais informações sobre o livro e seu autor.
O tal livro, BILI COM LIMÃO VERDE NA MÃO (Ilustrações de Daniel Bueno) é um lançamento da Cosac & Naify e tem chamado a atenção de toda a mídia por receber o rótulo de infantil e ser de autoria de um dos pilares da poesia concreta no Brasil, Décio Pignatari. Parêntesis: dia desses minha amiga Denise confessou ter em sua biblioteca um artigo raro - primeira edição do cultuado Galáxias de outro concretista, Haroldo de Campos. O livro segue do início ao fim sem pontuação fértil de neologismos e genialidade (leia um trecho). Fecha o parêntesis. Não é costume neste blog escrever sobre um livro que não foi lido na sua íntegra, mas o café que tomei ao lado das crianças e de Bili foi merecedor destas linhas. Aliás, merece muito mais que estas poucas palavras.

Não dá para rotular o livro como infantil. Vai além disso. É um playgroud onde o leitor (seja ele adulto ou criança) é convidado a dar loops, cair de grandes alturas enfim, voar com as palavras. Júlia e Pedro se interessaram primeiro pelo formato do livro. Grandão (30cm x 15cm), com uma capa que "veste" o livro por inteiro e convida logo o olhar curioso para conhecer o conteúdo. Eu já tinha dado uma olhada no livro e enlouquecido com o projeto gráfico de Luciana Facchini sobre ilustrações de Daniel Bueno. Aliás, o projeto - belo e inteligente - é uma maravilha e deveria ser creditado na capa por sua importância ao brincar junto com as palavras de Pignatari.
Fui tomando o café enquanto os meninos folheavam a obra, descobrindo algumas das suas delícias. Ora sorriam, ora maravilhavam-se. Em determinado momento (há duas páginas que encontram-se dobradas) discutiam se deviam ou não desdobrar as páginas. Desdobramos. Surpresa!!! Havia texto escondido por lá. Deixei os meninos brincando com Décio, Daniel e Luciana e fui ao caixa levar outras delícias. Mas estou economizando para trazer BILI COM LIMÃO VERDE NA MÃO na minha próxima visita. Vale cada centavo. É a palavra lapidada com beleza e inteligência. Capaz de encantar crianças e adultos. E isso, definitivamente, não se encontra todo dia por aí. Hatuna Matata.

P.S.2 Saiu uma entrevista com Décio Pignatari na revista BRAVO! Ali também você encontrará mais informações sobre o livro e seu autor.
Assinar:
Postagens (Atom)