domingo, 12 de julho de 2009

Oficinas de brinquedos populares para crianças na Fnac.

O grupo Roedores de Livros estará esta semana na Livraria Fnac (ParkShopping) ensinando a garotada a fazer seus próprios brinquedos. As oficinas acontecem às 17h e são de graça, mas as inscrições devem ser feitas antes, na livraria ou pelo telefone 2105-2000. Confira a programação:

Segunda, 13 de julho — Oficina de fantoches
São bonecos feitos de feltro e tecido que podem ser manipulados pelas mãos das crianças com movimentos para os braços e cabeça do fantoche. Uma infinidade de badulaques, penduricalhos
e outros frufrus darão autonomia para que cada criança possa customizar o seu fantoche.
Vagas limitadas a 20 crianças.

Terça, 14 de julho – Oficina: O Sapo Equilibrista e o Sapo Bocarrão
Aqui a brincadeira não vai para o brejo, pois o sapo equilibrista desafia a gravidade dançando no ar e se equilibrando em dedos, canetas e no que mais a imaginação mandar. E ainda há o sapo bocarrão que, como o nome já diz, tem uma bocona articulada pronta para brincar com a criançada. Tudo feito a partir de cartolina, tesoura, cola canetinhas hidrocor e muita criatividade.
Vagas limitadas a 20 crianças.

Sexta, 16 de julho – 17h - Oficina: Paper Toy.
Sucesso no mundo todo, o Toy Paper (Papel Brinquedo) virou mania na internet e mexe com a fantasia dos designers que – a partir de uma folha de papel – criam personagens divertidos em 3D para o deleite das crianças. Nesta oficina, a turma aprenderá a fazer um gato e um rato que se move de forma surpreendente.
Vagas limitadas a 20 crianças.

Sábado, 18 de Julho – 17h - Oficina de Barangandão.
Tradicional brinquedo popular feito com papel crepom, jornais e barbante. O resultado estético, prima pelo visual colorido. Quando a criança gira o brinquedo, produz um belo efeito visual além de um som muito interessante.
Vagas: 20 crianças.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Manifestos no Manifesto por um Brasil Literário

No final da manhã da última quinta, 02 de julho, aconteceu o esperado lançamento do Manifesto Por um Brasil Literário, uma ação capitaneada pelo Instituto C&A de Desenvolvimento Social com o apoio da Casa Azul (organizadora da Flip), FNLIJ (Fundação nacional do Livro Infantil e Juvenil), Instituto EcoFututo e o Centro de Cultura Luiz Freire.

Estávamos lá, eu e Ana Paula, ao lado de outras duas centenas de professores, autores, ilustradores, editores, profissionais do mundo do livro, curiosos e representantes do poder público (em todas as suas instâncias).

Depois de todas as formalidades (discursos dos patrocinadores, a leitura do Manifesto por Bartolomeu Campos de Queirós e a fala de representantes do poder público - em que o Secretário de Cultura do estado de São Paulo, Cláudio Augusto Calil, foi "convidado" a encerrar a sua fala, a mais interessante até então) o manfesto ganhou cor e calor.

O público foi convidado a se manifestar. Uma professora - que preferiu não se identificar - relatou que, após um trabalho hercúleo de revitalização durante três anos que levou, de fato, alunos e professores a frequentar a biblioteca da sua escola, aquele espaço foi fechado para dar vazão a duas turmas de 30 alunos. Ou seja: parece que quando há demanda de alunos, mais fácil é desativar a biblioteca da escola do que construir novas salas de aula.

Houve ainda mais pressão sobre as instituições públicas onde se destacou a cobrança por uma maior clareza nas escolhas dos livros. Em outras palavras, não basta somente ter mais verba disponível. É preciso usá-la de forma mais competente e transparente. Quando a coisa esquentou, os manifestantes foram convidados a não mais usarem a palavra pois o tempo havia se esgotado. Uma pena.

Polêmicas à parte, outro destaque daquela manhã em Parati (RJ) foi a presença do escritor Bartolomeu Campos de Queirós, que não se ateve somente à leitura do manifesto - do qual é autor. Após um pequeno intervalo, ele retornou à mesa onde pode conversar com os presentes. Sua prosa, sempre poética, desabafou algumas verdades ao lado de alguns anônimos que pediram a palavra e outros nem tanto, como Marina Colasanti, que questionou se a maior facilidade em se formar pedagogos - devido a proliferação de faculdades de Pedagogia e a dificuldade em se conhecer e/ou acompanhar o que é ensinado em tantas instituições - não colaboraria para a formação de um profissional menos qualificado.

Cito a seguir algumas frases ditas por Bartolomeu na ocasião do Manifesto:

"Acho que não há interesse político de se formar um país inteligente".

"Vamos deixar as crianças um pouco de lado - que estão ali, felizes, no recreio - e vamos cuidar um pouco mais dos nossos professores".

"Deve-se cuidar com carinho do que o professor QUER ensinar e não dizer a ele o que TEM que ensinar. Isso é uma ditadura pedagógica. O professor está sendo usado como um atravessador. Estamos transformando em adestramento um processo de educação. Há que se criar espaços para a fantasia na escola".

"Nosso professor não é bem remunerado, muitas vezes vai de ônibus para a escola, não tem status social e só aparece na televisão quando está em greve por melhores salários. Não sei se esse professor tem como encantar o aluno. A escola, hoje, é um espaço sem desejo. Nem do aluno, nem do professor".

"O nosso mundo tem o tamanho da nossa palavra. Nosso mundo está velho de palavras. A gente muda o mundo quando muda a nossa palavra. E a gente está querendo mudar o mundo usando palavras antigas".




O vídeo acima mostra Bartolomeu Campos de Queirós comentando o Manifesto Por um Brasil Literário. Caso você tenha interesse em conhecê-lo na íntegra, CLIQUE AQUI. Se desejar aderir ao manifesto, CLIQUE AQUI. Nós assinamos o livro e seguimos, como sempre, nos manifestando de várias formas, por um Brasil mais literário. Hatuna Matata!!!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Desparafusando na FLIPINHA 2009.

Os Roedores de Livros estarão na FLIP 2009, participando da programação da FLIPINHA e lançando o livro CADÊ O JUÍZO DO MENINO? com apresentação musical do Tino Freitas no sábado, 04 de julho, 13h, na Tenda da Biblioteca da FLIPINHA, na Praça da Matriz (Parati - RJ). Apareçam por lá. Hatuna Matata.

O primeiro autógrafo a gente nunca esquece...

O 11º Salão FNLIJ do livro para crianças e jovens tinha duas novidades para mim.

A primeira, sem dúvida, foi o local. O Centro Cultural Ação da Cidadania passarai a abrigar o maior e melhor evento nacional do gênero. Um lugar lindo, com uma infraestrutura bem melhor que a dos salões anteriores abria suas portas para mim e para Ana Paula.

A segunda, mais intensa, foi a de entrar no Salão como autor. Sei lá, foi diferente. Estranhamente gostoso. Uma sensação que sumiu depois do primeiro dia, mas que naquela tarde do sábado, 13 de junho, me tomou por inteiro já na entrada, quando recebi o crachá.

Depois de abraçar alguns amigos que encontramos nos corredores, é claro que fui ao stand da Manati. Lá, tudo lindo demais. Encontrei meu livro ao lado de tantos outros que aprendi a admirar. Rosalina, Marieta, e A Cristaleira dividiam espaço com Cadê o Juízo do Menino. As pessoas entravam no stand, folheavam o livro, achavam engraçado. Meu olho brilhou, encheu meu sorriso de cor e eu fiquei ali parado um tempão meio sem saber da vida.

Foi Ana Paula quem me trouxe de volta:

- Ei menino sem juízo, a moça quer um autógrafo!!!

A mãe do Lucas estava ali, ao lado, esperando por um carinho meu na folha de rosto do livro.
Pausa para pensar o que escrever... Afinal, era o primeiro autógrafo... A dedicatória saiu fácil, afinal, Lucas é nome de menino traquino, feliz. Soltei a mão e deixei um abração para o Lucas. A mãe dele sorriu. Espero que os dois tenham se divertido com o livro. Eu estava muito, MUITO feliz.

Faltou Mariana naquele primeiro encontro com o livro. Mas ela esteve presente em outros tantos bons momentos naquela visita ao Rio. Para encerrar o primeiro dia, uma foto com Silvia Negreiros e Bia Hetzel, as meninas que apostaram na minha história. Muito criativas, elas me ensinam a atravessar o caminho das pedras. Estamos juntos nesta lida de levar a fantasia para a casa do pensamento das crianças sem juízo. Hatuna Matata.

O mensageiro e os Roedores de Livros.

Seria muito mais fácil dizer não.

- Ah, meninos… passei a semana inteira trabalhando, ontem fui à 03 escolas e hoje à tarde terei mais uma apresentação na Expotchê. Tô precisando relaxar aqui no hotel, aproveitar a piscina, tomar um café v a g a r o s a m e n t e. Vamos deixar para uma próxima vez?

Mas ele não disse isso. Muito pelo contrário. Aliás, foi ele quem ligou para dizer:

- Vocês vêm me pegar que horas?

Bocejando ao celular o Tino disse:

- Já estamos a caminho…



Hermes Bernardi Jr. tinha mesmo passado a semana trabalhando, tinha visitado e se apresentado em 03 escolas no dia anterior, tinha que fazer uma apresentação no meio da tarde na badaladíssima Expotchê e estava hospedado num super hotel da Capital Federal.

Mas trouxe na bagagem – de fato – o desejo de conhecer as crianças do projeto Roedores de Livros. Os deuses enviaram o mensageiro para mostrar que ainda há generosidade por aí.

Foi lindo ver os olhinhos das crianças brilhando ao se deparar com um autor vindo de tão longe. Hermes havia presenteado nossos meninos com alguns livros e sua história estava na pontinha da memória dos pequenos.

O autor de livros bons de roer como Planeta Caiqueria e E Um Rinoceronte Dobrado (RESENHADOS AQUI) conversou com a turma, fez uma apresentação improvisada do seu Lilliput de Sorvete e Chocolate, ao ar livre; fez mediação de leitura, batizou a todos “em nome da ordem dos rinocerontes dobrados”; autografou todos os livros com um carinho sincero; lanchou e andou de trem conosco.

Tudo isso aconteceu na manhã de sábado, 06 de junho, uma semana antes dele lançar dois novos livros (Doido pra voar e O Emaranhado da Moçoroca) no Salão da FNLIJ no Rio de Janeiro… Mas isso é assunto para outra hora.

Agora só queremos agradecer a Hermes - em nome das nossas crianças – por dispor do seu tempo e compartilhar conosco todo o seu talento e amizade.

E para vocês, queridos leitores, algumas fotos do nosso encontro inesquecível. Hatuna Matata.

Hermes conquista o olhar dos Roedores de Livros com sua performance teatral.

Abaixo, quem encontra os quindins na página de E O Rinoceronte Dobrado?
Um autógrafo carinhoso para cada criança...
Euzinha, sendo batizada "em nome da ordem dos rinocerontes dobrados"...
Por fim, nosso convidado andou de trem no brinquedo cantado movido pelo Tino.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Roedores de Livros no Rio de Janeiro.

Fuçando sobre o lançamento do livro do Tino e da Mariana Massarani (Editora Manati) encontrei a foto acima no SITE DO 11º SALÃO FNLIJ seguida da legenda:

Tino Freitas encheu a Biblioteca FNLIJ/Petrobras na leitura do livro "Cadê o juízo do menino?".

Foi assim mesmo. Tinha um mar de crianças. O Tino até mergulhou. Sem juízo!!! Mas a gente conta tudinho depois, com novas fotos. Essa é só de aperitivo.

sábado, 20 de junho de 2009

Aprendendo sobre ilustração em livros para crianças.

Este convite é para quem estiver em Brasília. Aproveitem!!!

Palestrantes:
MIRIAM GABBAI, formada em Belas Artes e História,dona e editora de arte da Editora Callis.
JONAS RIBEIRO, formado em Letras, escritor e ilustrador,autor de cerca de 80 livros infanto-juvenis.
O livro A HISTÓRIA ROCAMBOLESCA DE MADAME VALESCA, estará em promoção no local: DE 38,00, por 15,00.




quarta-feira, 17 de junho de 2009

Um lançamento SEM JUÍZO...

Queridos amigos,
Desde sábado passado (13/06) acompanhamos de perto o 11° Salão FNLIJ, no Rio de Janeiro. Sei que vocês passam por aqui sempre em busca de novas informações sobre o projeto, sobre novos livros e sobre o que acontece de bom culturalmente referente à infância. Pois é: estamos colhendo todas essas informações para repassar a vocês assim que retornar a Brasília, pois por aqui são muitas emoções e pouco tempo para o computador. Desde sábado encontrei os amigos, vi meu livro pela primeira vez numa estante, recebi o crachá como autor, dei o primeiro autógrafo, aprendi muito nos seminários, enfim... tudo isto estará relatado por aqui, em breve.
Passo por cá somente para convidá-los oficialmente para -se não de forma presente, que seja no pensamento - nos encontrarmos na próxima sexta, 19 de junho, para o lençamento do meu primeiro livro, CADÊ O JUÍZO DO MENINO? (ilustrações de Mariana Massarani, Editora Manati), as 15h, na BIBLIOTECA FNLIJ PARA CRIANÇAS, dentro da superprogramação do 11° Salão FNLIJ, no CENTRO CULTURAL AÇÃO DA CIDADANIA (Av. Barão de Tefé, 75), no Rio de Janeiro.
Caso vocês se encontrem distantes e queiram adquirir o livro, ele está à venda no SITE DA LIVRARIA CULTURA.
Abraços Musicais e até breve!!!
Hatuna Matata.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Os meninos descalços

O motivo da Ana Paula estar com este sorriso solto aí na foto acima é um só: Samuel. Menino roedor de livros desde o ano passado, naquele dia apareceu com uma pergunta daquelas que desconcertam a gente pela simplicidade, expontaneidade e força quando acontece dentro de um projeto de leitura. Foi no final da manhã de sábado, 30 de maio. Era a hora das crianças escolherem os livros para empréstimo. Edna e Célio estavam viajando, cada um com seus motivos profissionais e particulares. Na Ceilândia, eu, Ana Paula e as crianças.

Ao chegarmos, muito barulho (a creche passa por uma reforma) e foi preciso uma sessão enorme de músicas e brinquedos cantados até que fosse possível reunir o grupo para uma boa mediação. Ouvidos atentos para Marina e Makulelê (Gilles Eduar, projeto Bem Me Quer). O livro encantou a todos com seu enredo simples valorizando as amizades que se formam apesar das diferenças seja na aparência, nos costumes, enfim. Após a leitura, Ana Paula perguntou ao pequeno grupo se ali havia alguém diferente.

Depois de um breve silêncio um deles respondeu afirmativamente e apontou para outro: "Fulano é diferente". Observamos ali que uma das crianças com mais características distintas do grupo enxergou no outro algum problema. Mas ressaltou: "Eu gosto muito dele. Somos amigos". E são mesmo. Brincam juntos. Brigam juntos. Como todas as crianças. Dividem suas histórias. As da vida. As dos livros.

Ana Paula leu ainda As Meninas Descalças (Jonas Ribeiro, Projeto Bem-Me-Quer), outro texto reforçando a importância em conviver bem na diversidade. Ali, no tapete vermelho, todos atentos à história do encontro, na praia, entre duas meninas de classes sociais opostas. "As meninas estão descalças como nós aqui no tapete", lembrou uma das crianças. Pura sabedoria infantil.

Depois da mediação, hora de escolher os livros. Ana Paula com as fichas e sacolas, eu com a câmera e os meninos comos livros. Foi então que apareceu o Samuel perguntando: "Tem mais livros do André Neves?". Ana levantou a cabeça e pescou na caixoteca A Caligrafia de Dona Sofia. "Esse eu já li", disse o menino. Ana procurou mais um pouco e ofereceu Poesias dão nomes ou nomes dão poesias? "Esse eu já li", disse o menino. Ana então encontrou O Monstro Monstruoso da Caverna Cavernosa, de Rosana Rios que, em nova versão, ganhou ilustrações de André Neves. "É esse o que eu vou levar", gritou Samuel, pegando o livro e guardando-o na sacola. Aquele livro havia acabado de chegar junto com o Mateus (que veio depois da aula, mesmo atrasado), outro fã do autor e ilustrador pernambucano. As outras crianças escolheram seus livros e fomos todos para casa. Eu e Ana Paula, felizes, por colher frutos tão saborosos em nosso jardim de livros. Amo muito tudo isso! Hatuna Matata!!!

Nas Bancas...

A Revista Crescer de junho chegou às bancas com a sua lista dso 30 melhores livros infantis do ano (não informa se de 2008 ou 2009 ou de junho de 2008 a junho de 2009). A lista é criada a partir da avaliação de 40 personalidades ligadas ao universo do livro infantil (livreiros, pesquisadores, professores, bibliotecários, pedagogos, etc). É o quarto ano da lista. Não é comum se falar dos melhores livros na grande mídia, portanto, esta seleção, de responsabilidade das jornalistas Cristiane Rogério e Marina Vidigal, é um oásis no deserto em que muitos pais se encontram quando encontram a seção infantil de sua livraria preferida com os livros apertados uns contra os outros de um jeito que quase não dá para tirar da estante.

Entre os contemplados, há livros de 16 editoras, destacando a Cosac & Naify, com 6 títulos; a Cia das Letrinhas, com 5, Salamandra e Brinque Book com 3 indicações, cada. São apresentados em seções e com indicações de idade. Como em toda lista, a gente sempre sente falta de um ou outro livro que poderia estar ali, afinal são só 30 títulos em meio a tantos lançamentos. Mas vale a sua corrida à banca para conhecer os indicados.

A revista apresenta ainda uma reportagem com os 10 passos para escolher um bom livro; outra, sobre o cuidado com o livro politicamente correto, além de um especial de três páginas com o carismático Roberto Carlos Ramos, considerado um dos maiores contadores de histórias do planeta. Vale à pena. That's all, folks.

No site da revista Crescer você pode conferir OS INDICADOS DESTE ANO, os de 2008, de 2007 e a lista de 2006 que elegeu os "55 melhores livros para o seu filho".