
Passou o tempo.
De repente, no meio dos coredores do 11º Salão FNLIJ encontro a moleca saindo do lançamento do seu primeiro livro. Na verdade, ela me encontrou: - TINO? É VOCÊ? Êita mundinho pequeno esse. Não é que Janaína resolveu escrever para crianças e jovens? Bem, trouxe seu livro para casa e só aqui, depois que a tempestade repousou, deitei os olhos sobre a história e gostei muito do que li.


- De hortelã.
Foi tudo o que elas disseram. Sentadas lado a lado, passaram a tarde olhando a rua. Nenhuma palavra. Só o barulho dos papéis das balas de hortelã. Às vezes Nana olhava para ela. Às vezes ela olhava para Nana. Nana achou o olhar da menina igual à água cintilante da piscina quando estava coberta de sol. De vez em quando, a menina dava um sorriso para Nana.
Na mesma hora em que a tarde foi embora, o saco de balas acabou. As meninas se olharam e concordaram que tinham de ir”.

Não lembro se naquela longínqua tarde quente em Brasília, Janaína e eu dividimos balas de hortelã. Mas depois daquele encontro, certamente posso usar das palavras da personagem Ana Paula para dizer a minha amiga de longa data:
“- Desce daí, vem brincar”.
Convido a todos para brincar com as palavras de Janaína. Hatuna Matata.
Um comentário:
achei as imagens lindas! de uma poesia muito sutil... com certeza está na minha lista de proximos a adiquirir
Postar um comentário