domingo, 24 de novembro de 2013

Enrique, os monstros e os Roedores de Livros.

Sábado passado (23/11) foi mais um dia de leituras na bibliotoca do Roedores de Livros. Entre as leituras mediadas, Sylvia Orthof nos brindou com seu ótimo Mudanças no galinheiro mudam as coisas por inteiro (nova edição com ilustrações de Mariana Massarani, publicada pela Rovelle). Enquanto Ana Paula, Célio e seu Raul (pai do Guilherme - primeira geração de pequeninos Roedores de Livros) discutiam sobre as estantes novas (em breve nosso espaço estará mais supimpa ainda), eu (Tino) e as crianças seguimos com as leituras.
O último livro mediado naquela manhã foi ENRIQUE E OS MONSTROS (Beatriz Montero, il Ana Rocha, Aletria). A história, com uma sonoridade bem bacana para se ler em voz alta, brinca com os monstros que o Enrique não tem medo, mas que frequentam a sua casa.  As ilustrações são muito bacanas, feitas a partir de colagens. Colaboram com o ar lúdico do livro (um delicioso contraste com o tema do livro: Monstros). Ao final da leitura, uma surpresa: há uma página no livro que convida o leitor a recortar umas partes para construir seus monstros.

Como não dava pra fazer isso com um livro apenas, pois ali, na bibliotoca, tínhamos mais 14 leitores, corri para a xerox da feira e fiz cópias daquela página plus. Foi uma FARRA!!! A criançada que já tinha adorado o livro, vivenciou a construção do seu monstro pessoal a partir das imagens oferecidas na obra. Nossa sala ficou que era só cola, tesoura, e frases como "olha aqui o meu tá mais doido que o da..." e por aí vai. Por fim, fotografei esses seis aí de cima pra matar a curiosidade de vocês que passam aqui no blog.

Por fim, não resisti a postar a árvore de natal que encontrei na parede da nossa sala de leitura quando chegamos de manhã cedo. Claro que foi uma ideia da Dayla, realizada pelas crianças durante a semana... mas ela deve escrever sobre isso depois. Por enquanto, é só. Até breve! Hakuna Matata!!!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mãos na massa e olhos nas páginas!




Farinha, óleo, sal, tinta....ou como disseram alguns, pozinho de fazer bolo! rs Recipiente pronto pra receber mãos de roedores-mirins cheios de ideias! Esse ingrediente é essencial!



Lemos três livros muito divertidos:


"O Paradeiro do Padeiro" publicado pela Editora Elementar,escrito por Marco Miranda e ilustradoramente ilustrado por Suzete Armani!  E os livros "Asa de Papel" e "Tem de Tudo Nesta Rua..." supimpamente ilustrados e escritos por Marcelo Xavier e publicados pela editora Formato! 

Depois dessa inspiração, cada um deu forma a muitos objetos e comidas gostosas! Foi um festival literástronômico! Teve muito estômago que saiu roncando(rs), mas imaginário satisfeito com tanta criação! :)


Essa massa é muito fácil de fazer e existem várias receitas dela na internet! Há  inclusive uma que utiliza ingredientes não tóxicos e que se ingeridos não faz mal, sendo excelente para brincar com os menores!  

Para nossa oficina utilizamos esses ingredientes:
- 4 colheres de sopa de Farinha de Trigo
- 1 colher de sopa de Tinta guache
- 1 colher de chá de Óleo
- 2 colheres de sopa de Água
- 2 colheres de sopa de Sal

Sugerimos para essa atividade ter uma bacia grande para misturar os ingredientes e a medida que você for misturando, analise se precisa mais de água ou de farinha até chegar numa consistência que não esteja grudando nas suas mãos. Ha! Para a massa ficar colorida pode amassar, amassar, amassar muito!!! #mesmo


Agora é com você! Mãos na massa! 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Um Noé, uma arca, uma história e três olhares!

Não, não será um ciclope a vos contar essa história...se bem que seria legal..., imagina se fosse o Tyson, irmão do Percy Jackson!(mas o do livro, pq é beeeem mais legal do que o do filme!)...enfim, voltando ao foco desta foca, vamos ao dilúvio artístico!

Tudo começou numa manhã de sábado nada nublada, mas bem ensolarada, com a mediação do livro “Tem lugar pra Todos” publicado pela editora Jorge Zahar de autoria de Massimo Cassia! Um livro que se pode incluir na lista das “experiências de leitura do balacubaco!”


Com a arca lotada, vários roedores se reuniram em volta desse "queijo" italiano e "tandam": o desafio foi lançado: ser um Noé contemporâneo tentando repetir o feito criativo de Massimo Cassia, afinal temos a prova "viva", impressa de que há lugar pra todos nessa arca!


Mas, como é de costume da nossa gordice literária, fomos em busca de submergir na história mergulhando numa outra perspectiva, digamos mais tradicional. Lemos "O Primeiro Arco-Íris" publicado pela editora Brinque-Book escrito por Su Box, com ilustrações meigas de Susie Poole!


E lá por meio da milionésima onda, nossos tri-pulantes, mais aventureiros que Pippi Meialonga visitando o Himalaia, acabaram também descobrindo que houveram aqueles que generosamente pensaram nos que não foram! Sim! Quantas vezes você já pensou nos que não entraram na arca? Pois é, pois é, pois é! Mas Ana Maria Machado e Ziraldo nos lembraram do fato com o livro "De fora da Arca" publicado pela Salamandra. Foi muito divertido pensar nisso, não no adeus dos pobres animais, mas em conhecer essas perspectivas diferentes e principalmente as criaturas! 

                                     

 Mas para quem acha que é fácil reunir tantos animais em uma arca só, lhes relato que os roedores mirins consideraram esse desafio o maior de todos os tempos até hoje, usando até mesmo a palavra impossível! 

Desafio lançado! Que achas de tentar?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Video da visita de Lúcia Hiratsuka ao Roedores de Livros

A escritora e ilustradora LÚCIA HIRATSUKA esteve no projeto ROEDORES DE LIVROS nos dias 18 e 19 de outubro de 2013, conversando com alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal e crianças do projeto sobre seus livros e sua forma de ilustrar; e ministrando oficina de Sumiê para adultos. Todos os encontros oferecidos gratuitamente para a comunidade. O Roedores de Livros conta com o apoio do FAC - Fundo de Apoio à Cultura do GDF. Nesse vídeo, você pode assistir a um resumo do que foram esses encontros!!!



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Coordenação motora para que te quero?!

O Livro “Do Alto do Meu Chapéu” publicado pela editora Projeto, de autoria de Gláucia de Souza, foi nosso motor de uma sexta-feira (27/09) onde proseei muito com moscas. Afinal, que biblioteca consegue competir com açúcar e dois santos?! Brincadeiras a parte com os céus, Dia de São Cosme e Damião é dia de sair na rua à procura dos doces, eis nosso Halloween.


Mas pra essa espera, houve presença:



O desafio foi: sem usar lápis para definir antes a figura que iriamos criar, usar somente a tesoura como ferramenta! É uma atividade simples, porém complexa, que gera caretas e silêncios, mas nada que “mãos a obra” não nos impulsione a descobrir que para conseguir algo, não se começa conseguindo, mas tentando!


Lá pro meio dessa conversa criativa, resolvemos ser ponte para novos encontros! Abrimos ao acaso os livros “Ou isto ou Aquilo” de Cecília Meireles publicado pela Editora Nova Fronteira e “Abraço de Pelúcia e mais poemas” de Marta Lagarta publicado pela autêntica, para inspirar os próximos recortes!


Hans C. Andersen (1805-1875) está mais presente em nosso cotidiano e imaginário do que temos consciência. Muitos de suas histórias nos são bem conhecidas! Entre elas: "O Patinho Feio", "A Pequena Sereira", "O Soldadinho de Chumbo", só para citar algumas. Além disso, o dia Internacional do Livro Infantil é comemorado em 2 de abril, data de seu nascimento, e a mais importante premiação internacional do gênero leva seu nome.

Se vocês desejarem ver mais dos desenhos e recortes em papel que Hans C. Andersen criava para acompanhar contos fantásticos e que ao fim desdobrava deixando seus ouvintes mais maravilhados, podem procurar o livro “Do Alto do Meu Chapéu” e também acessar a galeria de imagens disponíveis no Museu de Odensee na Dinamarca, a sua terra natal: Recortes por Hans Christian Andersen
(Obs.: o site está em inglês.)

 Por fim, para a interrogação e o ponto de exclamação do título deste post, eis uma possível resposta: pra criar como Andersen!


Até a próxima!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O tempo é uma bela invenção

Sábado 28 de Setembro, primavera. Certa vez li: “tempo é criação”, recado advindo de Lao Tsé. Nesse sábado lembrei-me disso e ri por dentro ao perceber o quanto nossa “criação” anda torta. É muita querência pra pouco tempo. rs


Brincar. Esse foi o primeiro impulso. E nosso maior brincante entrou em ação: o roedor Célio! Trouxe até desafio que fez miolo de menino esquentar mais do que de pão! Como você faria para atravessar um de cada vez: um punhado de milho, uma galinha e uma raposa, para o outro lado sem perder nenhum dos três?

Enquanto você matuta a resposta , vou te contando mais sobre esse sábado: depois de muito sapo invertido rs (yoga) com a permissão dos roedores mirins, compartilhei com eles um dos meus livros preciosamente predileto," A árvore vermelha", publicado pela editora SM, escrito pelo autor Shaun Tan.

A reação das crianças me foi bem curiosa. Este livro fala de sentimentos mais cinzas, mais azuis, mais pra dentro. Pensar sobre angústia, aflição, espera, frustração... Houve quem ficou desconcertado, como se fosse vergonhoso assumir pensar que se sente às vezes essas coisas...teve quem ficou introspectivo, mas com o olhar bem atento, se reconhecendo nas imagens, sentindo um pouco de conforto, quem sabe de consolo... e relatos se fizeram ouvir, desabafo de gente pequena que não vai “ser” quando crescer , porque já “são”.


Esse é um livro de frases curtas, profundas, de imagens com detalhes sutis e complexas, que nos fazem ganhar muito tempo lendo e apreciando suas páginas.

Depois de ouvir: -essa história é muito triste! (rs), fomos ao encontro de uma invenção de João Anzanello Carrascoza (texto) e Juliana Bollini (ilustração): o livro “Prendedor de Sonhos” editado pela Scipione, onde Zelito Traquitana, inventor de uma cidadezinha, que dava conta do recado e ainda sobrava tempo para atender os pedidos dos outros povoados, conseguiu sorrisos e risadas divertidas com suas invenções: o termômetro digital de azar, a máquina de fazer dever de casa, só pra citar algumas!


Aproveitamos essa leitura para começar a conhecer a *MACLI – Mostra de Arte Contemporânea em Literatura Infantil, conhecendo outro tipo de “livro”, o catalogo de arte! Pro nosso final feliz, Dona Zica não teve sorte com o índice de má sorte no ar: bolo de cenoura com calda de chocolate nos aqueceu o coração e deixamos encomendado a Zelito Traquitana: uma máquina para aprender a ser como ele: um ótimo criador de tempo!


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Cola, papel, tesoura: arapuca cantada por um Rouxinol

Na última sexta, o dia começou por uma leitura de um jeito meio juntos e misturados! rs Abrimos o livro Arapuca de Daniel Cabral no tapete mágico dos Roedores e várias mãozinhas foram passando as páginas...e vivenciamos que  “juntos” quer dizer as vezes: diminuir o ritmo ou acelerar para acompanhar a de outros, chegar a um tempo só entre o passar das páginas, que seja pra você, pra mim e que mesmo de cabeça para baixo não se deixa de ler, sendo esse tipo de leitura, uma experiência tão importante e prazerosa quanto a leitura individual e silenciosa.


O livro Arapuca é uma narrativa por imagens, onde o personagem de um menino muito criativo, cria um painel muito sortido em seu quarto com uso de materiais que estavam descartados como lixo surpreendendo sua vizinhança. Essa história foi o pontapé para arte-criar nessa ocasião!

As crianças perceberam que ler está além das palavras, que leitura de imagens é tão fascinante quanto a da decodificação das letras! Empolgamos com a possibilidade de criar nosso painel e fomos em busca de cola, revistas e um único papel ofício tamanho A1! Consultamos também as ilustrações dos livros Zoo Zureta e Os Três Porquinhos de Porcelena, criadas respectivamente pelos ilustradores Ionit Zilberman e Walther Moreira Santos para termos mais ideias!


Mas antes de entrarmos em ação, ouvimos a história “ O Rouxinol e o Imperador” de Hans Christian Andersen, história ao qual o livro Arapuca foi baseado.Pensamos nos processos criativos de se escrever uma história por inspiração da leitura de outra e na pluralidade criativa que cada ilustrador compartilha conosco mesmo tendo o mesmo texto como inspiração! Viva a diferença!


Detalhe: a imagem que mais causou bafafá, foi a da morte em cima do imperador, mas essa você só confere lendo o livro Histórias Maravilhosas de Andersen! Que por acaso, se você nos fizer uma visita, ele, o livro ficará feliz da silva sauro de ser lido! Sem falar em nós, os roedores e ela, a biblioteca! :)

Em seguida, lá fomos nós ao peteleco grudástico criativo!


O clímax foi quando as crianças descobriram que podiam criar vários Frankensteins , misturando olhos, bocas, narizes em infinitas possibilidades de criar novos rostos e criaturas!


Obs.: Que ficou criativo ficou! Mas...rs #medo hahah que venham as próximas oficinas!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Dois Holocaustos

Sacrifício pelo fogo é o significado da palavra Holocausto. Por meio da leitura de dois livros, lembrei-me de um fato histórico e reconheci outro, tão histórico quanto o primeiro, mas que, com um porquê que ainda não sei responder do porquê ainda acontece.

O comentário que compartilharei aqui, pode soar exagerado, ofensivo, irrelevante, mas não é essa a minha intenção (desconsiderando que de intenção o inferno está cheio...), se trata de uma constatação, que me frusta, da qual não sei, e isso me leva a pensar mais a respeito, da origem dessa ideia, essa prática no dia a dia, onde é que se aprende a cometer o que estou chamando de “holocausto”.


O primeiro livro é intitulado Fumaça de Antón Fortes e Joanna Concejo, publicado no Brasil, em 2011, pela Editora Positivo. O livro é lindo! Cuja ilustração usa técnica simples, lápis, muito complexa, de uma sutileza e casa de uma forma muito perfeita com o texto que me soou aos ouvidos como se eu estivesse escutando a história, o relato, pela voz de outrem, pela voz do menino. É um livro que fez dessa leitora um escafandro a querer ir mais fundo, mais fundo. Mergulhei completamente. Relata a vivência no holocausto que nos é mais “conhecido”, no campo de concentração nazista, pela fala de um menino, uma criança.

Após o “Fumaça”, fui conhecer O leão Papa-desenhos, escrito por Beniamino Sidoti e ilustrado por GIanluca Foli. A ilustração é muito divertida! Usa de muitas cores! Acho incrível como podemos nos encantar com tanto entusiasmo por escritas e ilustrações tão diferentes! Em ambos, “Fumaça” e “O leão Papa-desenhos”, percebemos o cuidado do layout, são muito bem elaborados! Muito bem, voltando a atenção para o papa-leão, a história nos conta de um leão que gostava muito de desenhos de crianças! Comia muitos deles! (Inclui muitos, muitos, nisso!). As crianças mal acordavam e já se punham a desenhar para alimentar o tal felino, caso contrário, todos temiam de uma mudança de cardápio. #medo


Eis agora o segundo “holocausto” que menciono. Após a leitura do livro fiquei pensando instantaneamente no ato de transformar prazer em obrigação. Há! E quanto se faz disso nas escolas! Essas, infelizmente, usadas muitas vezes como “casas de chaminé” e não é as do tipo para Mary Poppins e Van Dick dançarem no telhado! Onde é que se aprende a obrigar a nós, (digo nós, pq todos já fomos crianças) a desenhar, a ler, a brincar como atividade obrigatória? Reconheci muitos professores e pedagogos nesse leão da história!
Esse é um holocausto velado e super cotidiano. Não tenho como falar de exceções aqui, então generalizando, expresso que já faz bom tempo que as escolas em virtude de seus equivocados sistemas de educação e todos que fazem parte dele (inclua-nos nessa, porque a sociedade civil também é responsável) vem matando aos montes algo muito precioso no ser humano: a criatividade.

Não me lembro de ver em currículos de licenciatura, magistério ou pedagogia, uma disciplina chamada: como matar a criatividade de alunos, mas de algum jeito isso já faz parte de muita didática por aí...talvez no mundo real fosse legal ter um leão que papasse essas noções equivocadas, esses inibidores, essa cegueira aprendida que se reproduz sem questionar, esse jeito de ensinar a não pensar ... antes, que a criatividade das crianças vire fumaça e Sócrates seja confundido com figurante de seriado americano! rs

domingo, 22 de setembro de 2013

Dias comuns também são dias de festa!

No Roedores, alguns dias são como dias de festa, mesmo quando não há um motivo especial a comemorar. Acontecem encontros maravilhosos, leituras inspiradoras e a gente volta pra casa feliz, feliz, feliz e não sabe bem o motivo. Pois foi assim no sábado, 14 de setembro. A foto acima destaca os livros que mediamos durante aquele encontro com as crianças. Não foi a primeira vez que APRENDENDO COM OS BICHOS - YOGA PARA CRIANÇAS (Joãocaré, WMF Martins Fontes) foi apresentado à turma. Na verdade, a Dayla tem introduzido a yoga aos poucos antes do inicio das leituras e esse livro tem sido nosso companheiro há algumas semanas.
Como o dia anterior tinha sido uma sexta-feira 13, nossa menina-prodígio trouxe O CASAMENTO DA BRUXA ONILDA (Enric Larreula e Roser Capdevila, Scipione) para a sala de leitura. O livro conta uma história criativa e divertida sobre os pretendentes a marido que passaram a cercar a bruxa - e os motivos pelos quais ela dizia não a todos! O texto apresenta personagens inusitados e algumas repetições que podem ser usados pelo mediador para "jogar" com as crianças durante a leitura, e fazer disso o motor para uma diversão tamanha!

O LEÃO PAPA DESENHOS (Beniamino Sidoti, il. Gianluca Foli, Pulo do Gato) traz um tema que, por si só, chama a atenção dos leitores: o animal de alimenta dos desenhos das crianças, e as crianças tinham que desenhar por obrigação para salvar a própria pele... pois vai que o leão, com fome, come uma criancinha e passa a gostar mais desse novo menu... Enfim, a turma seguiu atenta ao desenrolar da história.
Por fim, escolhemos um livro sem texto para encerrar as mediações: TEM LUGAR PARA TODOS (Massimo Caccia, Pequena Zahar). Bem, não vou contar a história e estragar as surpresas. Mas a gente se divertiu paca identificando a bicharada e algumas pegadinhas visuais. O traço singular do autor e as leituras que suas ilustrações oferecem nos permitiram ficar em suas páginas por uns bons 10 a 15 minutos. Tiradas divertidas da garotada, a percepção na mudança da paisagem e um detalhe pequenino no final, plenamente percebido por nossos leitores foram alguns destaques durante a mediação desse livro recomendadíssimo!!!
Deixei para o final do post o relato da visita do querido Jardesson (na foto acima, da esquerda para a direita, Celio, Dayla, Jardesson, Ana Paula e Tino). O cara - que era um menino esperto, espoleta e muito querido por nós (quando o projeto acontecia na Pró Gente e na Creche Comunitária da Criança) agora é um rapaz lindo, inteligente e com o olhar cuidadoso de quem observa o mundo para dar o próximo passo. Nosso menino cresceu. Está maior do que a gente. E - imaginem - que delícia é ver o afeto que semeamos no passado frutificar assim. Jardesson chegou cedo, conversou conosco, assistiu às mediações, falou da vida e esperamos, quem sabe, seguirmos juntos semeando leitores. Acho que o seu brilho, certamente, iluminou nossas leituras nesse dia em que uma visita, bons livros e uma criançada atenta e divertida transformou um dia comum num dia de festa! Foi muito bom!

sábado, 14 de setembro de 2013

Mesa de Biblioteca é como Coração de Mãe:



Essa foi à primeira semana que nosso sábado ficou beeeeeeeeeeeeeem grande, abraçando a semana inteira! 
Um dia em especial vos relato: sexta-feira nada treze, mais com doze pontas: que não são de cabelo, nem de narizes empinados, mas de dobras, muitas dobras, papéis, muito papéis!


Mas antes, uma pausa para Lupi: o papagaio que está em apuros!
Motivo: O escritor, roedor mirim Israel, ficou de nos contar na próxima sexta!


Onde paramos?! (pausa para a memória de peixe) Ha! Sim! Para inaugurar nossa sexta que oficialmente agora é nosso dia de oficinas, escolhemos a arte tradicional e secular japonesa de dobraduras: Origami!


Para muitas das crianças que nos visitaram foi o primeiro contato com essa arte! Foi curioso ouvir delas a descoberta de fazer algo divertido por meio de formas geométricas, sem precisar cortar ou colar, além de "apressado come crú", "bebês não nascem andando, aprendem e seus primeiros passos não são perfeitos.", "impossível é um invenção muito errada." entre outras reflexões! #curtimos


Mas é claro que depois de tantas estrelas, houve o momento “sexta-feira treze”, né?! rs


A história do dia ficou por conta da Clarice ou melhor por Clarineta, bruxa e princesa, uma menina que não gostava do seu irmão mais novo, foi de bruxa a princesa em 24 horas e que descobriu se os príncipes só gostam de princesas. #ficaadica